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Olá, me chamo Mariana Bonfim e tenho 26 anos.


Comecei o curso de Magistério em 2013 e me formei em 2015. Fiz
na escola Instituto de educação do Paraná, localizada em Curitiba.
Iniciei Pedagogia no em 2016 e me formei em 2021. Realizei na
Faculdade OPET, localizada em Curitiba.
Realizei alguns cursos, para me aperfeiçoar mais, dentro das
escolas em que trabalhei. Onde encontrei vários métodos de
ensino, brincadeiras, aprendizados, para estimular as crianças.
Realizei cursos na Instituição Guido Viaro, onde me deu um
suporte para novas metodologias de ensino. A Faculdade OPET
me ofertou cursos de aperfeiçoamento, como fundamentação
teórica para minha formação.
Iniciei minha carreira como professora, no ano de 2013, logo
quando comecei o magistério, em uma escola particular de
Curitiba. Totalizando 8 anos de experiência com crianças e sala
de aula. Dentre alguns anos de escola e sala de aula, trabalhei
com diversas idades e turmas, como por exemplo, berçário,
maternal até o pré 2.
Nos últimos 2 anos e meio, tenho me dedicado a atender famílias
e ser babá nas horas em que mais
precisam. O meu principal objetivo é
ajudar e ser uma babá pedagógica,
onde além de Cuidar dos pequenos,
ensino e desenvolvo as principais
características de sua idade.

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Ser babá e cuidar é perceber as crianças como elas são, e como
se mostram, seus gestos e falas, sua dor e limitação. Percebendo
isso, o cuidador tem condições de prestar o cuidado de forma
individualizada, a partir de suas ideias, conhecimentos e
criatividade.

Cuidadoras e babás é um profissional de qualidades especiais,


expressas pelo forte traço de amor à humanidade, de
solidariedade e de doação. Nesta perspectiva mais ampla do -
cuidado, o papel do cuidador ultrapassa o simples
acompanhamento das atividades diárias das crianças, seja nos
domicílios e/ou em qualquer tipo de instituições na qual necessite
de atenção ou cuidado diário.

O cuidador infantil tem a função de acompanhar o


desenvolvimento global de crianças de 0 a 7 anos, observando as
suas necessidades particulares e realizando algumas das
seguintes atividades:

 Observar e compreender a dinâmica da criança e do contexto


sociofamiliar, entendendo sua função e o papel de cada
indivíduo envolvido para atuar de forma adequada a cada
situação;

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 Intermediar a relação entre a mãe e a criança, comunicando-
se adequadamente com ambas, mostrando interesse e
disponibilidade e ajudando nas rotinas diárias, a fim de dar à
mãe o suporte esperado;

 Facilitar as relações da criança com o grupo e com o ambiente,


atendendo às necessidades coletivas e singulares para
permitir o pleno desenvolvimento individual;

 Dar andamento às rotinas diárias, utilizando-se de práticas


apropriadas visando à saúde e o bem-estar da criança.

 E o principal, cuidar e amar a criança, prezando pelo seu bem


estar.

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MODULO 1

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É o período que vai do recém-nascido até os dois anos de idade
da criança, antes do surgimento da fala, sendo marcado pelo
desenvolvimento mental. Nesta fase a criança explora o mundo
através dos sentidos, isto é, ela precisa tocar e provar os objetos.

Nesse estágio as ações geralmente não são intencionais, a


aprendizagem ocorre "acidentalmente", por reflexos. A
inteligência é essencialmente prática, baseando-se em exercícios
de aparelhos reflexos: coordenações sensoriais e motoras de
fundo hereditário, que correspondem a tendências instintivas,
como a nutrição.

0 A 3 MESES
No primeiro mês, reage perante barulhos muito altos e pode se
assustar com barulho inesperado. Passa boa parte do tempo
dormindo. Seu sistema visual é limitado, portanto só enxerga
algum objeto ou alguém se estiver bem próximo a ele. Já no 2º ao
3º mês, o bebê já começa a acompanhar objetos e pessoas com
os olhos e reconhece os pais. Abre e fecha as mãos, leva-as à boca
e suga os dedos. Segura objetos com firmeza por certo tempo e
consegue pegar objetos suspensos.

Desenvolve um tipo diferente de choro para cada problema que


se apresenta, como por exemplo, o constante e agudo. Com
brincadeiras e músicas o bebê fica agitado, realizando
movimentos de pernas, braços, sorri e dá gritinhos.

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Quando ouve a voz dos pais, o bebê vira a cabeça, comunica-se
através do choro e ruídos. Nesta fase, é importante organizar a
rotina do bebê, tornando os horários das atividades fixos, como
por exemplo, trocar a fralda depois da mamada ou dar banho
todos os dias na mesma hora. É importante que a rotina seja de
forma razoavelmente metódica.

4 A 7 MESES
Fica na postura de bruços e se apoia nos antebraços quando quer
ver o que está acontecendo ao seu redor. Rola de um lado para o
outro. Estende a mão para alcançar o objeto que deseja,
transfere-o de uma mão para outra e coloca-o na boca. Apresenta
equilíbrio quando colocado sentado.

Ri quando algo o agrada e quando o desagrada mostra raiva


através da expressão facial. Nesta fase, alguns bebês podem
demonstrar medo perante pessoas estranhas. Fica repetindo os
seus próprios sons e imita as vozes das pessoas ao seu redor.
Movimenta a cabeça na direção do som escutado. Para de chorar
ao ouvir música, sorri quando quer atenção do adulto. Formação
do conceito de causa e efeito no momento em que está
explorando um brinquedo.

8 A 11 MESES
Engatinha e senta sem apoio. Consegue ficar em pé com apoio.
Aponta para objetos ou pessoas. Pega pequenos objetos com o
indicador e o polegar.

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Demonstrar raiva quando não é o centro das atenções.
Reconhece sua imagem no espelho e reage com euforia. Reclama
quando é contrariado.

Localiza a fonte sonora. Bate palmas, joga beijo e entende quando


lhe dizem tchau. Começa a compreende o significado de alguns
gestos. Balança a cabeça quando não quer alguma coisa. Fase do
treino com monossílabos do tipo: “ma-ma”, “da-da”, “nenê”.

1 A 2 ANOS
Anda sem apoio. Com 1 ano e 6 meses pode começar a correr,
subir em móveis e ficar nas pontas dos pés sem apoio. Vira
páginas de um livro ou revistas (várias ao mesmo tempo). Gosta
de rabiscar no papel.
Mostra senso de humor. Nesta fase, o bebê ainda não
compreende as regras, contudo chora quando leva uma bronca e
sorri quando é o centro das atenções ou quando é elogiado.

Quando está bravo, pode atirar objetos ou brinquedos. Prefere


não compartilhar brinquedos com as outras crianças. Reconhece
o próprio nome. A partir dos 18 meses começa a criar frases
curtas. A criança começa a formar frases com uma palavra só, tipo
“nenê-papá, nenê-naná”, mas até o término do ano constrói
frases de até três palavras como: “quer ver tevê”. Esta é a fase das
perguntas: “que é isso?” Usa o próprio nome. Reconhece
as partes do seu corpo e de outras pessoas. Apresenta
atenção para histórias pequenas.

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Neste período, a Inteligência Simbólica e Intuitiva é também
comumente apresentada.

2 ANOS AOS 4 ANOS


Neste período surge a função semiótica que permite o
surgimento da linguagem, do desenho, da imitação, da
dramatização, etc. Podendo criar imagens mentais na ausência
do objeto ou da ação é o período da fantasia, do faz de conta, do
jogo simbólico.

Com a capacidade de formar imagens mentais pode transformar


o objeto numa satisfação de seu prazer (uma caixa de fósforo em
carrinho, por exemplo). É também o período em que o indivíduo
“dá alma” (animismo) aos objetos ("o carro do papai foi 'dormir'
na garagem").

Duas crianças “conversando” dizem frases que não têm relação


com a frase que o outro está dizendo. Sua socialização é vivida de
forma isolada, mas dentro do coletivo. Não há liderança e os
pares são constantemente trocados.

Existem outras características do pensamento simbólico como


por exemplo, o nominalismo (dar nomes às coisas das quais não
sabe o nome ainda), super determinação (“teimosia”),
egocentrismo (tudo é “meu”, não consegue se colocar,
abstratamente, no lugar do outro), etc.

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4 ANOS AOS 7 ANOS
Neste período já existe um desejo de explicação dos fenômenos.
É a “idade dos porquês”, pois o indivíduo pergunta o tempo todo,
não aceita a ideia do acaso e tudo deve ter uma explicação.
Distingue a fantasia do real, podendo dramatizar a fantasia sem
que acredite nela.

Seu pensamento continua centrado no seu próprio ponto de


vista. Já é capaz de organizar coleções e conjuntos sem, no
entanto, incluir conjuntos menores em conjuntos maiores (rosas
no conjunto de flores, por exemplo). Quanto à linguagem não
mantém uma conversação longa, mas já é capaz de adaptar sua
resposta às palavras do companheiro.

Existem algumas características alimentares e o que elas


provocam, que devemos estar atentas desde os primeiros meses
de vida. Com isso, veja alguns exemplos:
 Alergias nutricionais;
 Cólicas abdominais;
 Diarreia, constipação;
 Gases;
 Regurgitação.

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ALERGIAS NUTRICIONAIS
Intolerância ao leite, a mais comum é alergia ao leite de vaca. Em
geral, surge dentro dos primeiros dois meses de vida, após a
introdução do leite de vaca, pode apresentar vômitos, diarreia,
cólicas e outros sintomas.

A confirmação do problema ocorre após suspensão do leite e o


desaparecimento desses sintomas. Neste caso, deve-se substituir
o leite e em algumas situações a criança pode vir a tolerar o leite
de vaca por volta dos dois anos de idade. Vale ressaltar que, todos
os produtos derivados do leite também devem ser evitados.

CÓLICAS ABDOMINAIS
São descritas como dor ou cãibras abdominais, que se
manifestam por choro alto e retração das pernas sobre o
abdome. A cólica desaparece espontaneamente, em geral por
volta dos três meses de vida, embora nunca se deva garantir que
isso ocorrerá, já que o problema pode persistir por muito mais
tempo.

Causas: alimentação rápida e excessiva, deglutição de ar, técnica


de alimentação inadequada, etc. Pode-se tentar aliviar as cólicas,
tais como: colocar o lactente de bruços sobre uma tolha aquecida,
massagear o abdome, fazer arrotar e manter a criança sentada
após as refeições ou de lado, mudar frequentemente a posição
do lactente.

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DIARREIA E CONSTIPAÇÃO
Problema de diarreia na criança merece atenção especial.
Constipação: dificuldade ou desconforto ao tentar evacuar.
Importante identificar se a criança está fazendo uso de alguma
dieta, medicamento que estejam causando este problema. Deve-
se oferecer mais líquidos, suspensão de alimentos constipastes.

GASES
O abdômen apresenta-se distendido. Neste caso deve-se
identificar a causa, fazer exercícios e posicionar o bebê
adequadamente no berço (decúbito ventral).

REGURGITAÇÃO
É o retorno de pequenas quantidades de alimento após a
alimentação constitui ocorrência comum durante o primeiro ano
de vida. Nestes casos, é possível reduzi-la através de medidas
simples, como colocar a criança para arrotar após a alimentação,
movimentação mínima da criança, antes e durante a refeição, e
seu posicionamento de lado com a cabeça ligeiramente elevada,
após a amamentação.

NECESSIDADES INFANTIS
Quanto às necessidades de amor e afeto é importante para a
criança ser amada e se sentir segura desse amor. A principal fonte
de amor, particularmente durante o primeiro ano de vida, são os
pais, portanto a importância do estabelecimento desta ligação é
crucial para a criança. Vale destacar que durante todos os
estágios de desenvolvimento da criança, estas necessitam saber
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que são desejadas, aceitas e que possuem o lar e esse amor é
transmitido através de palavras e ações.

Numa creche, os profissionais que cuidam da criança, devem


durante sua assistência tentar suprir as necessidades de amor e
afeto da criança, principalmente quando as mesmas são
abandonadas. Uma necessidade que está intimamente
relacionada à de amor é a necessidade de segurança, pois no
meio existem inúmeros fatores que podem gerar insegurança
nas crianças tais como: rejeição por parte de pessoas
significativas, inabilidade social e também problemas físicos:
fome, frio ou outros desconfortos. Por este motivo devemos estar
alerta para os indícios que revelem ameaças a esse senso de
segurança.

Na necessidade de disciplina devemos saber que as crianças


devem estar preparadas para aceitar restrições no seu
comportamento, porém é importante compreendermos o que
vem a ser disciplina, pois não é punição, e conduzir a criança para
um comportamento aceitável, pois elas precisam aprender as
regras que regem o lar, a creche, a escola e a comunidade em
geral. Disciplinar é ensinar a realidade. Esta necessidade deve
fazer parte do cuidar da criança, pois à medida que estamos
prestando cuidados, devemos orientar e ensinar o que é aceitável
na sociedade.

À medida que as crianças crescem e se desenvolvem, elas se


tornam progressivamente capazes de direcionar suas atividades
e de tomar decisões mais independentes, surgindo assim a
necessidade de dependência. Por isso, é importante dar
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oportunidade para a criança se desenvolver e adquirir sua
dependência.

Nas ações da vida diária podemos dar espaço para a mesma


executar tarefas simples até mesmo comer sozinha, andar, se
vestir, etc, desta maneira se vai adquirindo independência.
Autoestima refere-se à valorização da criança, principalmente nas
áreas de aceitação da criança na sociedade.

Devemos favorecer o autoconceito positivo na criança


proporcionando estímulo e reconhecimento durante suas ações
e quando for comunicar um comportamento inaceitável é
importante enfatizar que não é a criança. Já na necessidade
biológica e física, de início enfatizamos que esta deve ser satisfeita
antes de tudo, são as necessidades de alimento, água, ar,
temperatura adequada, eliminação, estímulo e abrigo.

Os recém-nascidos são totalmente dependentes dos adultos para


satisfazer suas necessidades básicas. À medida que a criança
desenvolve, ela começa a progredir e assumir responsabilidade
por suas necessidades básicas.

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MODÚLO 2

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Quando se inicia um atendimento de babá, deve-se estar atenta
em como passar uma boa impressão. Inicialmente os familiares
pesquisam sobre as profissionais e faz o primeiro contato através
das redes sociais, sejam por WhatsApp, Instagram, Facebook ou
e-mail. Sempre ser educada, responder de maneira clara, ter uma
boa escrita e ser atenciosa.

A primeira conversa, sempre é a mais importante, pois é onde


serão esclarecidas todas as dúvidas. Sempre informar os horários
dos atendimentos, os valores, como será feito, como irá ser o seu
trabalho e se está de acordo com o que a família está precisando.
Mas lembrando, cada família tem uma necessidade diferente, e
por isso nesse primeiro momento, precisa estar bem claro sobre
as necessidades exigidas.

É muito importante, após combinar e acertar todos os detalhes,


marcar um encontro com a família, para que eles te conheçam
melhor e você se sinta segura no ambiente de atendimento.
Nesse primeiro momento que irão estar juntos, sempre lembrar
de ser gentil, usar roupas básicas e sociais, se mostrar pró ativa e
ser comunicativa. Após os procedimentos realizados com
tranquilidade, é só se preparar para o dia combinado para o
atendimento. Tenho certeza que será um sucesso!

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ROTINA, CUIDADOS BÁSICOS E
COMPORTAMENTO
Primeiramente devemos estar atentas de uma forma geral. Com
isso, vamos observar quais cuidados gerais precisamos ter, a
rotina e como se comportar.

NÃO DEIXE A CRIANÇA SOZINHA


Permaneça atento e fique de olho nela o tempo todo. Nunca se
sabe o que alguém dessa idade vai tentar fazer, abrir, tocar, puxar
ou derrubar; portanto, não deixe o pequeno sozinho por nenhum
segundo, nem mesmo para ir ao banheiro. Logo, leve a criança
com você sempre que precisar fazer qualquer coisa em outro
cômodo da casa, e não se esqueça de manter objetos perigosos
longe do alcance dela.

OFEREÇA UM LANCHINHO ENTRE AS


REFEIÇÕES
As crianças precisam comer com mais frequência do que os
adultos, portanto, ofereça alguns petiscos se ela estiver com
fome. Converse com os pais dela para saber o que eles costumam
servir. Algumas crianças podem comer biscoitos, outras só
comem frutas e talvez o lanche seja oferecido junto com um copo
de suco, de água ou de leite. Observe-a comer e aprenda a tirar a
comida da boca da criança se ela engasgar.
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Tome muito cuidado para não oferecer nenhum alimento que
provoque alergia. Os pais avisarão com antecedência se a criança
for alérgica. Além disso, fique atento ao tamanho dos petiscos:
alimentos grandes ou pequenos demais podem causar
sufocamento.

CULINÁRIA E SEGURANÇA
Pode ser feito algumas atividades com as crianças, como
culinária. Onde eles irão ajudar vocês nesse momento. Mas
lembrando, não deixe objetos cortantes e que possam machuca-
los no alcance deles. Alimentos quentes também é preciso tomar
cuidado e ter muita cautela. Mas é um momento muito divertido.
Lembrando que é preciso pedir permissão para os pais e ver se
está tudo bem em realizar o procedimento.

VERIFIQUE AS FRALDAS REGULARMENTE E


TROQUE-AS SEMPRE QUE NECESSÁRIO
O cheiro costuma ser um ótimo sinal de que uma fralda está
vencida. Caso a criança tenha aprendido a usar o penico ou a
privada há pouco tempo, fique atento aos sinais de que ela
precisa fazer xixi ou cocô e pergunte regularmente se ela quer ir
ao banheiro. Não espere até que ela avise por conta própria,
ou poderá ser tarde demais.

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Antes de tirar a roupinha do bebê prepare o necessário:

 Trocador: Dispor de um trocador alto para não dobrar as


costas durante o processo da troca de fraldas. É bom lembrar
que nunca deve deixar o bebê sozinho. Um segundo pode
ocasionar uma queda. Caso não esteja em casa, coloque o
bebê sempre num trocador impermeável e dobrável em uma
superfície rígida e segura para evitar sujar mais do que o
necessário.

 Fralda limpa, toalhinhas úmidas ou algodão e pomada para


assaduras. Tenha à mão a fralda limpa, as toalhinhas e a
pomada para evitar se locomover sem necessidade.

Sempre utilizar produtos oferecidos pelos pais. Pergunte para os


pais, como eles realizam as trocas, e faça igual. Ela sempre sabe
o que é melhor para o seu filho. Lave as mãos antes de iniciar e
após a finalização das trocas. Isso é muito importante para não
haver contaminação.

TROCA DE FRALDA DO BEBÊ PASSO A PASSO


1. Coloque cuidadosamente o bebê de barriga pra cima no
trocador ou numa superfície segura, sólida, limpa e cômoda.

2. Desnude o bebê da cintura para baixo. Retire as fitas


autoadesivas da fralda suja, abra e levante as pernas do bebê
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e feche a fralda com segurança a parte da frente contra a de
trás. Caso haja cocô, utilize a parte da frente da fralda para
limpar a pele, sempre no sentido da frente para trás.

3. Levante as pernas do bebê e limpe a pele do seu bumbum


com uma toalhinha úmida ou com algodão. Sempre com o que
a mãe lhe ofereceu. Se for uma menina, sempre no sentido da
frente para trás, ou seja, da vagina até o ânus, para evitar
possíveis infecções. Se o seu bebê é um menino, limpe o pinto
igualmente as dobrinhas e o resto da zona da fralda sem
tentar forçar a separação entre a glande e o prepúcio.

4. Seque cuidadosamente a área com uma toalhinha seca,


principalmente nas dobrinhas da pele.

5. Após tirar a fralda utilizada do bebê, limpar adequadamente,


retire e jogue no lixo. Abra a fralda limpa e coloque-a debaixo
do bumbum do seu bebê. Erga a parte da frente cobrindo suas
genitais. Se seu bebê é um menino, assegure-se que seu
genital fique apontado para baixo para que a fralda possa
reter sua urina.

6. Aplique a pomada de preferência dos pais para isolar a pele


da umidade ao redor do ânus e assaduras entre as pernas.
Assegure-se de espalhá-la bem e lembre-se de que não é
necessário aplicar grande quantidade.

7. Uma vez que a parte dianteira está da mesma altura que a


traseira ao redor da cintura do bebê, pode fechá-la utilizando
as fitas autoadesivas que se encontra em ambos os lados da
parte traseira da fralda. Deverá ajustá-la o suficiente sem

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apertar muito, nem solto demais para não deixar escapulir
nada. Sempre com 2 ou 3 dedos de afrouxada.

Momentos de higiene como esse, vão acontecer muito


durante o dia. No princípio, quando são recém-nascidos, leva
mais tempo, pois deve executá-lo com muito cuidado. Depois
as trocas de fraldas tornam-se mais rotineiras, mas o
importante é saber aproveitar essa rotina de asseio como um
momento especial para compartilhar carinho, palavras
doces, massagens e brincadeiras com o bebê.

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Cubra o kit com adesivos divertidos e acrescente alguns curativos
coloridos. Outra opção seria pintar os curativos normais da
criança com canetinha se ela se machucar e você não tiver um
desses em mãos. Faça questão de reunir todos os itens
importantes e batize o kit de "Caixinha do dodói". Não faça
nenhum escândalo quando o pequeno se machucar, em vez
disso, simplesmente diga algo como "Opa! Vamos pegar um
curativo!", para que ele aprenda a rir da situação.

ESTEJA PREPARADO PARA AS EMERGÊNCIAS


Mantenha um papel com todos os números importantes, como o
telefone dos pais da criança, do pediatra e do Centro de
Assistência Toxicológica, em um papel ao lado do telefone fixo.
Esses números são cruciais em casos de emergência, mas só ligue
para os pais se realmente for necessário. Evite incomodá-los ou
preocupá-los sem motivo se eles estiverem fazendo algo
importante.

AVALIE A POSSIBILIDADE DE PARTICIPAR DE


UM TREINAMENTO
Muitas escolas e centros profissionalizantes oferecem cursos de
cuidador infantil, onde você poderá aprender técnicas de
ressuscitação e outras informações que serão muito úteis em

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caso de emergência. Esses cursos, que também ensinam os
alunos a brincar e a lidar melhor com as crianças, não costumam
ser caros e vão impressionar qualquer pai que esteja em busca
de uma nova babá.

PERGUNTE QUAIS SÃO AS REGRAS BÁSICAS DA


FAMÍLIA
Procure aprender o máximo sobre as regras dos pais, como a
hora de ir para cama e a permissão para comer certas coisas
antes de dormir. Além das guloseimas serem prejudiciais à saúde
do pequeno, você poderá ser pego burlando a regra se ele já
souber falar e contar a verdade para os pais. Não acredite se ele
disser que o "papai sempre me deixa fazer tal coisa": as crianças
gostam de testar os limites dos adultos para ver se conseguem o
que querem.

ROUPAS
Sempre utilizar roupas confortáveis para o dia a dia. Não utilizar
regatas e shorts para os atendimentos. Lembrando que você
está lá para cuidar e atender crianças. As roupas ideais são,
calças, camisetas de manga e tênis ou chinelos para ficar dentro
de casa. Manter uma boa postura é essencial até nas
vestimentas.

SIGA AS REGRAS DA FAMÍLIA NA HORA DE


DISCIPLINAR A CRIANÇA.
Caso ela precise ser disciplinada, só faça isso se você já tiver
conversado com os pais sobre como agir em tal situação pessoas
diferentes têm regras diferentes e, mesmo que você acredite que
uma tapinha não faz mal a ninguém, por exemplo, muitos adultos
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não concordarão com essa opinião. Respeite a opinião dos
responsáveis e jamais use a força com as crianças.

SEJA EDUCADO E RESPEITOSO.


Não pegue coisas da geladeira sem permissão. A comida é da
família, e os pais chamaram você para cuidar da criança, não para
fazer um banquete. Respeite o resto da casa também, e não abra
gavetas, armários e guarda-roupas. Nunca se sabe quando uma
família tem uma ou mais câmeras de segurança espalhadas pela
casa, portanto, seja cuidadoso!

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MODULO 3

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Durante o dia a dia com as crianças, além de
Realizar as funções básicas de atendimento as crianças, irá
surgir um momento livre para realizar brincadeiras e atividades.
Por isso, devemos usar a imaginação e a criatividade. Com isso,
veremos detalhadamente como realizar bem essa função.

FAÇA UMA LISTA DE ATIVIDADES PARA


MANTER O PEQUENO OCUPADO
Crianças adoram brincar, logo, é importante que ela tenha um
monte de brinquedos e blocos de montar por perto. Dependendo
da idade, você também poderia trazer materiais de arte,
chocalhos, livros e até colheres de pau; O importante é usar a
criatividade!

Algumas crianças ficam muito felizes quando as babás trazem


antigos brinquedos de infância. Eles podem ser velhos para você,
mas o pequeno ficará bastante animado com um brinquedo
diferente. Prepare-se para mudar de brincadeira diversas vezes,
já que as crianças dessa idade se distraem facilmente.

SAIA PARA CAMINHAR NO CONDOMÍNIO OU


FAÇA ALGUM EXERCÍCIO
Coloque a criança no carrinho para dar um passeio pelo ambiente
do prédio e, durante o caminho, aponte várias coisas na rua ou
na calçada. Mas lembrando, nunca saia para fora do condomínio.
Melhor evitar qualquer situação que possa sair do controle.

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Começar a correr para lá e para cá com a criança e se divertir
junto com ela também é uma boa opção de exercício, mas você
precisará fazer isso do jeito certo. Passe horas correndo com o
pequeno se quiser colocá-lo para dormir ou até mesmo cansar
bastante.

Desperte seu lado artístico. Desenhe com giz de cera e peça que
a criança faça um desenho da família, do bichinho de estimação
ou do brinquedo favorito dela, já que ela ficará feliz em falar sobre
as coisas de que gosta. Vocês também poderiam brincar com
blocos de montar. Ajude o pequeno a construir diferentes tipos
de torres e mostre como derrubá-las no final. Por outro lado, se
ele ficar chateado quando a torre cair, simplesmente o ajude a
construir uma nova.

LEIA UM LIVRO
Até mesmo as crianças mais ativas costumam amar livros,
portanto, sente-se no chão ou no sofá, coloque o pequeno no colo
(elas também adoram carinho!), e leia um livro para ele. “Boa
Noite, Lua”, “O Gato de Chapéu” e “Uma Lagarta Muito Comilona”
são ótimas opções para essa faixa etária.

Mostre as figuras de um livro sobre uma fazenda ou zoológico e


diga: "Você está vendo o cachorrinho? Eu estou vendo o
cachorrinho! Cadê o cavalinho? Aqui está o cavalinho". Os
pequenos adoram exibir os próprios conhecimentos, e logo a
criança começará a apontar os bichinhos no livro.

Descreva um animal, como uma vaca, cavalo ou porco, e pergunte


qual é o som dele. Não tenha medo de fazer papel de bobo. Imite

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o som dos bichos se estiver lendo um livro sobre o assunto, e peça
que a criança faça o mesmo.

CANTE UMA MÚSICA


Escolha uma cantiga de roda clássica, ou alguma música que a
criança conheça. Talvez ela até possa sugerir uma! Os pequenos
amam músicas, particularmente aquelas que envolvem palmas e
coreografias. "Borboletinha", "Pop Pop", "Se Você Está Contente",
"A Dona Aranha", e quaisquer outras canções pré-escolares
fazem muito sucesso com essa faixa etária!

BRINQUE DE ORGANIZAR OBJETOS POR TEMA


As crianças um pouco mais velhas poderão aprender a separar
os brinquedos por tipo, tamanho, cor, ou qualquer outra
categoria. Depois de brincar uma vez, reorganize os objetos
usando um tema diferente.

ENSINE AS CORES
Quando a criança pegar algum brinquedo ou objeto de cor sólida
na mão, grite animadamente a cor em questão, como se fosse um
jogo: "Vermelho!", "Azul!", "Verde!". Quando ela começar a
entender a brincadeira, diga algo como "Você consegue juntar
todos os brinquedos vermelhos? Mostra quais são os vermelhos!"
Assim, você vai ajudá-la a aprender a identificar as cores.

Fale o nome da cor sempre que um de vocês colocar ou tirar um


novo brinquedo da pilha, e também quando a criança brincar com
um deles ou colocar uma cor na pilha errada.
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BRINQUE DE CONTAR
Conte os brinquedos até cinco ou seis se o pequeno parecer
interessado em números, e incentive-o a contar mesmo que ele
não saiba a ordem e não ligue para os erros. Dê diversos
exemplos de cada número, fazendo várias pilhas com dois ou três
brinquedos cada.

NÃO OFEREÇA ESCOLHAS DEMAIS


Ofereça um brinquedo de cada vez. Caso tenha muitas opções
de uma só vez, a criança vai brincar com a pilha toda por um
momento, mas ficará entediada logo depois, deixando a casa
uma bagunça. Peça que ela o ajude a organizar os brinquedos e
transforme a atividade em um jogo e agradeça o favor para que
ela fique feliz e queira ajudá-lo novamente.

Caso só receba uma coisa, o pequeno vai brincar com ela até ficar
entediado e, então, será hora de receber um novo brinquedo.
Depois de um tempo, porém, ofereça dois ou três brinquedos que
tenham alguma relação entre si porque as crianças dessa idade
também gostam de brincar com mais de uma coisa ao mesmo
tempo.
Dicas de bom comportamento para um ótimo atendimento.

SEJA GENTIL
Seja gentil e amoroso com as crianças. Sempre as tratar com
muito amor e respeito. Não seja maldoso, não fique irritado. Isso
só confundiria a criança, já que ela é pequena demais para
compreender certas palavras.

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Permaneça um pouco sério quando necessário, para chamar
atenção, em momentos de troca, atividades, entre outros e use a
oportunidade para ensinar alguma coisa.
Ser gentil é necessário, para cativar a criança e os pais.

CUIDADO COM O QUE DIZ


Nunca chame a criança por apelidos, como por exemplo:
moleque, pivete ou qualquer outra coisa do tipo. Pois crianças
aprendem novas palavras rapidamente e você nunca sabe o que
o pequeno vai repetir para os pais.

Além disso, algumas famílias podem ter visões negativas sobre


palavras que você considere inofensivas. Trate sempre as
crianças com amor e cuidado, pois você está exercendo uma
função importante.

CONFORTE A CRIANÇA NA HORA DE DORMIR


Caso o pequeno acorde e comece a chorar pelos pais,
simplesmente sente-se ao lado dele e diga delicadamente "Shhh...
Está tudo bem, eu estou aqui com você". Caso ele pergunte pelos
pais, diga que eles estarão lá brevemente e que vão enchê-lo de
beijos. Eles precisam saber que as coisas voltarão ao normal em
breve.

Tente cantar canções de ninar e balançar a criança em


uma cadeira de balanço.

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 Seja legal e muito amorosa. Trate a criança como se fosse uma
amiga; assim, ela sempre vai querer que você volte.
 Sempre mantenha a criança distraída com alguma coisa para
evitar que ela faça uma bagunça.
 Mantenha a criança distraia com alguma atividade, e se ele
começar a sentir falta dos pais, você pode usar isto como
recurso.
 Leve apenas brinquedos seguros e adequados à idade da
criança ou utilize os que são da própria criança, que estão
disponíveis em sua residência.
 Caso você REALMENTE precise deixar a criança sozinha por um
momento, coloque-a em um berço ou cercadinho. Fique
atento a qualquer barulho, não importa o quanto a sua
solução pareça segura.
 Você precisará pensar em muitas atividades diferentes se
quiser manter o pequeno distraído. Mas lembrando, as
atividades devem ser de acordo com a faixa etária. Pesquise
bem antes de realizar qualquer atividade.
 Converse com ele sobre qualquer coisa, crianças adoram
quando os adultos falam com elas.
 Seja sempre muito gentil, sem exceções. Demonstre calma e
compaixão para transmitir uma sensação de tranquilidade.
 Leia um livro para o pequeno se ele não conseguir dormir ou
até mesmo para distrai-lo. Você pode trazer o seu ou pegar
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um que já esteja por lá, o importante é que a obra seja
adequada à idade da criança.
 Não abra a porta para ninguém enquanto estiver trabalhando
como babá, a menos que os pais deem permissão.
 Sempre peça a permissão dos pais se quiser levar a criança
para passear na rua ou no parquinho.
 As crianças gostam de saber que um adulto está no controle,
cuidando bem delas. Pegue-a no colo se ela começar a chorar
e diga "Está tudo bem" e "Você está bem". Ela só quer saber
que alguém está lá por ela. Lembre-se de que essa idade é a
fase mais ativa da vida do pequeno.
 Aprenda a tirar objetos e alimentos da boca da criança se ela
começar a engasgar.
 A criança vai ficar entediada se você simplesmente deixar a
televisão ligada o tempo todo — experimente atividades como
ouvir música, comer um lanche, brincar com um animal de
estimação, andar pelo quintal ou jogar algum jogo.
 Não ofereça nenhum alimento que possa causar alergia ou
sem avisar os pais.
 Mantenha o pequeno longe de mesas e de outros móveis em
que ele possa bater a cabeça.
 Crianças também gostam de colorir, portanto, use giz de cera
e imagens para colorir com o tema favorito do pequeno, como
princesas, carros, trens ou personagens de televisão.
 Evite oferecer alimentos arredondados, como uvas ou
salsichas para crianças que não saibam mastigar. A maioria

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das crianças entre 06 meses e 1 ano e 6 meses não mastiga a
comida muito bem, portanto, corte tais alimentos em fatias.
Além disso, evite oferecer castanhas, salgadinhos e carnes
muito duras (a carne deverá ser bastante macia).
 Troque a fralda do bebê, dê comida e faça carinho se ele
começar a chorar. Caso nada disso funcione, comece a cantar!
Leve-o para dar uma volta no carrinho se ele começar a gritar,
o movimento é calmante.
 Se nada der certo, telefone para os pais depois de duas horas
e meia de choro constante.
 Nunca ofereça brinquedos, alimentos ou qualquer outro
objeto menor do que a boca da criança. Além disso, aprenda
a aplicar técnicas de primeiros socorros em caso de
sufocamento.
 Sobre a utilização do celular, deixe-o perto caso necessite
para conversar com os pais. Mas evite usar enquanto
estiver nos atendimentos. Qualquer distração pode ocorrer
um acidente.

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 Brinquedos, livros, blocos de montar, talvez uma fita ou CD
com todas as músicas que você gostava de cantar quando era
criança;

 Instruções dos pais;

 Números de emergência, incluindo o telefone dos pais e do


lugar em que eles estarão, do Centro de Assistência
Toxicológica, etc.;

 Bolsa de fraldas;

 Lenços umedecidos;

 Copo com canudo;

 Lanchinhos saudáveis que sejam permitidos pelos pais.

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