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Noêmia Lopes
Especialistas são unânimes ao dizer que no dia dos pequenos os cuidados e a Educação devem ser
articulados. "Cuida-se ao educar e educa-se ao cuidar", explica Zilma de Oliveira, docente da
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP), campus de Ribeirão
Preto.
Para que os bebês estejam bem acolhidos e preparados para uma rotina cheia de descobertas,
desafios e aprendizagens, é preciso um olhar atento às questões de higiene. E isso não tem a ver só
com a limpeza do ambiente, dos objetos e dos brinquedos. Envolve também o modo como as
crianças se relacionam com elas mesmas, com as outras, com o espaço ao redor e com as tarefas
cotidianas. Isso inclui a hora do banho e de dormir.
Para ajudá-lo a cuidar dessas e de outras questões, NOVA ESCOLA selecionou hábitos simples,
porém importantes, que precisam fazer parte do dia a dia (leia as próximas páginas). Eles ajudam a
prevenir gripe, diarreia, piolho e outros males. Em todos os casos, é importante que as tarefas sejam
divididas entre o professor e o auxiliar. Embora seja importante trabalhar a questão da higiene com
zelo, vale lembrar que nenhum tipo de exagero é bem-vindo. "Alguns fatos podem escapar do
controle vez ou outra. Nesse caso, nada de desespero", explica Damaris.
Colocar em prática todos esses hábitos ensina comportamentos adequados aos bebês. "Ao cuidar
deles, transmitimos valores sobre os cuidados consigo mesmo e com o outro", explica Mariana
Exposito, diretora da Creche/Pré-Escola Saúde SAS/USP, na capital paulista.
Soninho
- Mantenha as portas e as janelas abertas, inclusive nos dias frios, para evitar o aumento de germes
no ar, o que facilita a transmissão de doenças.
- Disponha os bebês em posições opostas: a cabeça de um não deve ficar próxima à do outro.
- Assegure que todos tenham fronha e lençóis próprios e identificados, assim como chupetas e
paninhos.
- Lave as chupetas após o uso com água e detergente e guarde-as em potes individuais. Amarrá-las
às roupas é anti-higiênico.
Troca Da Fralda
- Lave as mãos antes e depois, evitando a contaminação própria e entre os bebês. Eles também
devem ter as mãos lavadas, pois existe a chance de tocarem nas secreções enquanto são limpos e
trocados.
- Mantenha o cesto de lixo (com pedal) próximo e descarte as fraldas sujas tão logo sejam retiradas.
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- Evite fraldas de pano. É difícil acondicionar as usadas para que sejam enviadas à casa das
crianças. A pré-lavagem também não é recomendada, pois há o risco de contaminação.
- Limpe o colchonete sempre antes e depois de cada troca com água e sabão. Outro procedimento
possível é forrá-lo com uma toalha de uso individual (que deve ser substituída todos os dias) e, sobre
ela, colocar papel toalha.
- Use luvas descartáveis só se houver machucados na criança ou em você. Mesmo assim, lave bem
as mãos antes e depois.
Banho
- Garanta o uso de toalhas individuais, que devem ser penduradas em cabideiros, identificadas e
separadas umas das outras. A lavagem pode ser feita na casa das crianças ou na creche a cada dois
ou três dias ou sempre que houver a necessidade.
- Assegure que os pentes também sejam de uso individual e guarde-os em bolsas identificadas.
- Se o bebê estiver com a fralda muito suja, remova as fezes com lenços umedecidos ou água
corrente e só então coloque-o na banheira.
- Banhe os pequenos com as mãos. Buchas e esponjas podem machucar ou transmitir doenças.
- Para supervisionar a escovação da turma inteira, forme grupos com no máximo cinco integrantes.
- Ensine aos pequenos que as escovas são de uso pessoal e descarte as que eventualmente forem
trocadas entre eles.
- Os porta-escovas devem ser individuais e identificados e permitir que elas permaneçam secas e
arejadas.
- Para enxaguar a boca, cada criança deve usar o próprio copo plástico.
- Lave as mãos com água e sabonete em abundância e ensine as crianças a fazer o mesmo ao
chegar à creche, antes das refeições, depois de ir ao banheiro ou de trocar a fralda e na volta do
parque. A limpeza deve incluir as palmas, os dorsos, todos os dedos, as unhas e os punhos.
- Oriente a comunidade - o que inclui os pais dos bebês - a limpar as mãos ao entrar na creche, com
água e sabão ou com álcool gel.
Alimentação
- Deixe os alimentos esfriar à temperatura ambiente. Não assopre, pois isso aumenta a chance de
contaminações.
- Leve as crianças para o refeitório em grupos pequenos, evitando que fiquem aglomeradas enquanto
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se alimentam. Assim, todas podem aproveitar o momento e receber ajuda para aprender hábitos à
mesa, como se servir e usar talheres.
- Reserve um espaço para que as mães amamentem os bebês, distante dos locais de troca de fralda
e de banho.
- Certifique-se de que todos lavem as mãos antes das refeições, inclusive os bebês que tomam
mamadeira ou mamam no peito.
- Garanta que as crianças usem penicos, vasos de tamanho adequado ou com tampas adaptadas.
- Estabeleça uma rotina de várias idas ao banheiro para que os pequenos se acostumem.
- Os penicos devem ser colocados sempre no banheiro, distantes do vaso sanitário e do cesto de lixo.
O fundo deles deve ser forrado com papel higiênico. Terminado o uso, o conteúdo precisa ser
despejado no vaso, e o objeto, lavado.
- Ajude as crianças a se limpar com papel higiênico (ou chuveirinho, se necessário), bem como a
lavar as mãos em seguida.
Atividades
- Diariamente, solicite que a equipe de limpeza higienize os brinquedos depois de a criançada usá-
los. Coloque os materiais, a cada período de atividades, em um gaveteiro plástico, a ser retirado
pelos funcionários. Assim, todos poderão ser lavados com água e sabão e colocados para secar ao
ar livre. Enquanto isso, os pequenos poderão usar uma nova leva de brinquedos.
- Assegure a ventilação dos ambientes que os pequenos frequentam, bem como a alternância entre
momentos de atividades internas e externas, evitando que as crianças passem longos períodos em
um único ambiente fechado, o que aumenta a chance de transmissão de males como gripes,
resfriados e infecções.
Em princípio, os pequenos devem conhecer o próprio corpo para entender a importância de cada
hábito higiênico que vão adquirir. Os pais devem criar uma rotina, como: antes de se sentar-se à
mesa, devem lavar as mãos; antes de se deitar-se, devem escovar os dentes e usar o fio dental. Com
o tempo, eles vão se acostumar a essas atividades e vão fazê-las sem pensar.
Porém, eles devem entender o motivo de todas essas coisas. Os pais têm que conversar com seus
filhos e esclarecer as razões dessas obrigações com a limpeza corporal, de forma simples e usando
uma linguagem que eles entendam. É preciso dizer, por exemplo, que lavar e pentear os cabelos não
permite que os piolhos se proliferem ou ainda que as cáries danificam os dentes. Então, devemos
escová-los e usar fio dental várias vezes ao dias para evitar problemas.
• Escovar os dentes. Os pais devem explicar a maneira correta de fazê-lo, como escovar a língua e
de que forma usa-se o fio dental. Atenção: nos primeiros dias, fique olhando para ver se seu filho faz
certo; depois o deixe fazer sozinho, mas fiscalize, veja se está bem feito. Depois de um tempo,
quando vir que ele desempenha bem essa função, pode deixá-lo fazer totalmente sozinho.
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• Lavar as mãos antes das refeições, depois de usar o banheiro e quando chegar da rua. Até os
quatro anos, os pais devem levar a criança para lavar as mãos. Depois dessa idade, podem apenas
reforçar o recado, mas deixando que o façam. Lembre-se de ensinar cada passo – água, sabão,
enxáguar e enxugar.
• Pentear os cabelos. Para os meninos, essa tarefa é mais fácil; as meninas precisam de mais
atenção, até pelo, menos sete ou oito anos de idade para lavá-los e penteá-los. O importante é
ensinar desde cedo a pentear o cabelo ao acordar e depois do banho.
• Tomar banho. É preciso que a criança tenham uma hora marcada para tomar o banho e seus
utensílios (sabonetes, xampu, condicionador e toalhas) devem estar sempre ao seu alcance quando
estão aprendendo a tomar banho sozinhas. Os pais devem mostrar a maneira certa de lavar as
partes íntimas, os pés e todo o corpo. Elas precisam de auxílio até uns seis anos, quando podem
exercer essa atividade totalmente sozinhas.
Como agir com crianças com febre? E os resfriados que parecem nunca dar trégua? Como lidar com
a questão das convulsões febris? Essas e outras dicas preciosas de saúde na creche são abordadas
pela professora de enfermagem Cecília Sigaud.
Cecilia constrói seu trabalho a partir da crença de que crianças são seres únicos, competentes e que
possuem direitos. Assume algumas premissas: é na primeira infância que se inicia a formação dos
hábitos diários de vida. As crianças passam muitas horas de seu dia nas instituições de educação
infantil, que são responsáveis pela formação das crianças jovens, compreendendo
indissociavelmente o cuidado e a educação. Assim, entende que as instituições de educação infantil
se constituem em espaços privilegiados para contribuir para formação de hábitos diários adequados.
O Que É Saúde?
Saúde é um meio para se viver melhor. Não é uma meta, ou um objetivo em si mesmo a ser
perseguido! As pessoas não tem como objetivo de vida alcançar uma boa saúde. As pessoas buscam
a saúde como forma de alcançar seus projetos de vida. A saúde não acontece nas nossas vidas
somente nos serviços de saúde, ela acontece em todos os espaços onde vivemos, como a casa, a
escola, o local de trabalho. Assim, a saúde tem a ver com a maneira como a gente vive. E, nesse
aspecto, a creche tem uma importância muito grande na vida e saúde das suas crianças.
A creche, como ambiente de vida, tem sob o seu teto a saúde das crianças e de seus funcionários. A
saúde das crianças também depende dos grupos familiares que, por sua vez, têm suas maneiras
próprias de viver e demandas. Tais considerações nos levam a uma reflexão maior quando
desejamos compreender melhor as crianças que cuidamos nas instituições de educação infantil :
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Pensar as ações de saúde em creche é pensar um trabalho substancialmente distinto daquele que
desenvolvido pelos profissionais em serviços de saúde. Em primeiro lugar, trata-se de um
atendimento a grupos de crianças, coletivo, e não um atendimento individualizado, essencialmente
voltado para a promoção da saúde infantil.
Devemos focar em oferecer ambiente físico e emocional saudável, com condições para que as
potencialidades das crianças se manifestem em sua plenitude. Além disso, devemos proporcionar os
cuidados adequados para o atendimento das necessidades essenciais da crianças, que envolvem
relações respeitosas e sustentadoras entre as crianças e entre elas e os adultos, práticas de
alimentação, sono e higiene adequadas, oportunidades para brincadeiras e desenvolvimento da
criatividade e autonomia.
A creche com sua rotina e o tempo extenso de trabalho com as crianças é também um ambiente
privilegiado para acontecer a aprendizagem sobre temas do campo da saúde:
▪ Higiene
▪ Sono
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Na creche, muitas vezes encontram-se presentes também crianças com agravos ou problemas de
saúde leves, como resfriado. Ainda que as ações de saúde devam levar em conta o grupo de
crianças, quando uma está doente, ela necessita de cuidados específicos voltados para favorecer sua
recuperação. Há possibilidade de se contemplar alguns desses cuidados no ambiente da creche,
lembrando sempre que não serão praticados por profissionais de saúde e, portanto, serão limitados
às possibilidades dos trabalhadores da educação.
Ao respirarmos, o ar deve entrar em nosso corpo pelo nariz. A passagem pelo nariz e cavidade nasal
umidifica, aquece e limpa o ar que respiramos. Assim, quando a criança está resfriada é importante
limpar e desobstruir seu nariz antes da hora do sono e das refeições para que possa dormir e se
alimentar melhor. Para isso, pode-se despertar a atenção para a presença de secreção nasal e
ensinar as crianças a assoar o nariz para eliminá-la.
De modo geral, oferecer líquidos adicionais durante o dia é benéfico às crianças doentes. Devemos
buscar aumentar a ingestão de líquidos, oferecendo-os em canecas 30 minutos antes das refeições e
a partir de uma hora e meia depois.
Água deve estar ao alcance dos pequenos em todos os ambientes. E além disso, devemos sempre
lembrá-los de beber oferecendo-lhes. Crianças raramente pedem água, pois não querem parar de
brincar. Então, cabeperguntar um por um, já com o copo na mão: você quer beber água?
Resfriados
No caso das crianças resfriadas, aumentar a oferta de água é uma estratégia adequada para
fluidificar o catarro, facilitando sua eliminação. Essa ação é simples e viável, e alcança um grande
número de pessoas, crianças e trabalhadores, na creche. Tal e qual propor assoar o nariz, que as
crianças estão aptas a fazer desde muito cedo, a partir de um ano e meio de idade aproximadamente.
Minimizar A Contaminação
É preciso estar muito atentos, pois muitas vezes os profissionais atuam como disseminadores de
doenças entre as crianças enquanto lhes prestam os cuidados. Quando limpamos o nariz das
crianças com um lenço de papel, a humidade e os microrganismos presentes na secreção passam
para as mãos da educadora, que não consegue lavar a mão ou higienizá-la com álcool gel a todo o
momento. Os micróbios vivos permanecem na mão dos profissionais e são levados para outra criança
na hora de alimenta-la, escovar seus dentes, ou mesmo limpar seu nariz. Desse modo dissemina-se
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a doença.
Qual a solução? Ensinar a criança, desde cedo, a realizar algumas ações de cuidado pessoal! Isto é
muito interessante por várias razões: as crianças pequenas têm forte impulso para o desenvolvimento
de sua autonomia, os cuidadores são sempre em número menor do que as crianças, e as crianças
precisam de oportunidades repetidas para aprender e aprimorar suas habilidades. Existem muitas
estratégias lúdicas para trabalhar com elas esse aprendizado. No caso da habilidade de assoar o
nariz, primeiramente a criança precisa perceber que o ar entra e sai pelo seu nariz quando respira e
isso pode acontecer quando ela respira sobre um espelho, que fica embaçado em contato com o ar
que é expelido pelo nariz, ou quando ela solta um forte fluxo de ar pelo nariz fazendo voar papel
picado, por exemplo. Depois disso, trabalhar o tamanho do lenço de papel, para forçar a saída de ar
pelo nariz. E finalmente, descartar o papel sujo numa lixeira, para lavar as mãos em seguida.
As crianças que usam fralda estão sujeitas a um maior risco de contaminação, porque o conteúdo da
fralda pode vazar quando está muito cheia. Crianças com fezes na fralda e sentadas no chão, por
exemplo, poderão contaminar esse espaço. Brinquedos que tocarem o local contaminado também
ficarão comprometidos e, sem querer, outra criança coloca o tal brinquedo na boca e a transmissão
se estabelece!
Qual a solução? Trabalhar o desfralde tão logo se constate que a criança apresenta condições para
isso, tais como:
▪ abaixa sua calça sem ajuda (roupa com elástico na cintura de preferência),
▪ coloca-se sentada no vaso sanitário e lá permanece até terminar a eliminação para ser limpa por um
adulto.
Não é possível afastar toda a criança doente da creche. Isso vai esvaziá-la por completo e muitas
crianças ficarão muitos dias em casa, prejudicando sua adaptação à instituição. Quando a criança
doente está com o estado geral bom, feliz, brincando, alimentando-se razoavelmente e bebendo
líquidos, isto indica que ela tem condições de permanecer na creche. Às vezes, a creche precisa
oferecer uma atividade e um cantinho mais tranquilo com colchonete, e uma alimentação “especial”,
por exemplo. Crianças doentes podem não se alimentar no ritmo e na quantidade habitual, por isso
oferecer-lhes alimentos frios de sua preferência, várias vezes ao dia, pode facilitar sua aceitação. A
creche pode dispor de pequenos lanchinhos (às vezes até mais atrativos) para oferecer nos
momentos em que ela estiver se sentindo melhor, como gelatina, frutas ou sucos, sanduichinho de
queijo branco e peito de peru.
Mas uma criança que chora com frequência, está inapetente e caída, demonstrando claramente que
sua permanência está lhe causando ainda mais desconforto e sofrimento, deve então ir para a casa
porque a creche não tem condições de oferecer o que ela precisa.
Medicação
A creche deve se responsabilizar por administrar apenas medicamentos encaminhados, com receita
médica, como antibióticos e outros, de necessidade pontual e bem justificada, nos horários
coincidentes com o período em que a criança fica na instituição. Por outro lado, vitaminas e outras
substâncias devem ser administradas pelas famílias, nos momentos que as crianças estão em casa.
Os cuidados precisam ser compartilhados!
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Febre
O que é febre? É um mecanismo de defesa do organismo quando estamos com alguma infecção ou
outro problema. Febre não é uma doença em si mesma.
Temos um centro termorregulador que regula a temperatura interna do corpo em torno de 37-37,5o C
(a temperatura medida nas axilas fica em torno de 36-36,5o C). No contato com vírus ou bactéria,
ocorre a ativação da produção de substâncias que agem nesse centro, que alteram a regulação da
temperatura para cima. A alteração, então, não é livre, é controlada pelo centro termorregulador, e a
temperatura só seria danosa acima de 41o C.
Os antitérmicos devem ser utilizados com indicação médica para combater a febre particularmente
quando vem acompanhada de desconforto, mas eles não são vitais e a creche não deve administrá-
los. Quando a criança apresentar febre, a família deve ser comunicada, alertando-a sobre o estado
geral da criança e outros sintomas presentes.
Crianças com febre, mas que correm, brincam e participam, podem permanecer na creche. Esta
decisão pode ficar a cargo da família depois de ser comunicada.
Dar banho morno nesses momentos é bom, mas fica complicado na creche. As compressas frias são
mais fáceis de lidar. Coloca-se compressas de água fria (não gelada!) nas axilas, cabeça e pescoço,
e virilha, e deixa-se por 5 ou 10 minutos, até perceber que a compressa ficou quente. Isso significa
que houve perda de calor. Segue-se trocando as compressas por 20 minutos aproximadamente para
então medir novamente a temperatura corporal da criança. A aplicação de compressas pode
acontecer por tempo indeterminado, enquanto a criança suportar bem. Se ela começar a tremer, pare
com o procedimento imediatamente, pois os tremores e calafrios são mecanismos que produzem
calor e a elevação da temperatura o corpo. mantenha a criança com roupas leves e apropriadas à
temperatura e em ambiente arejado.
A convulsão febril não é provocada pela febre alta. Crianças com histórico de convulsão febril são
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mais suscetíveis a ter novamente – mas não necessariamente! Convulsões febris são raras e
ocorrem em crianças susceptíveis, não causando danos ao sistema nervoso na maioria das vezes.
Convulsões Febris
▪ Coloque a criança voltada para um dos lados para evitar que se engasgue e sufoque com a saliva
ou vômito, sem introduzir nada em sua boca.;
▪ Cuide da cabeça para não bater, apoiando-a numa superfície macia como almofada, ou colo de
alguém;
▪ Folgue ou abra a blusa para liberar qualquer restrição à respiração e retire correntinhas, se houver;
▪ NUNCA DÊ NADA PARA A CRIANÇA TOMAR ENQUANTO ESTIVER inconsciente, nem mesmo
remédios!
▪ Após a convulsão a criança pode ficar sonolenta. Cheque se está consciente e deixe-a dormir;
▪ Ao término, ligue para os responsáveis e narre todo o acontecimento com detalhes para que eles
possam relatar o ocorrido para o profissional de saúde. Peça que venham buscar a criança
imediatamente e levem-na para avaliação em serviço de saúde.
Conjuntivite
A maior parte das conjuntivites é viral e a sintomatologia é mais leve. As conjuntivites bacterianas
causam dor e congestionamento mais intenso nos olhos, produzindo bastante secreção. Entretanto
ambas são contagiosas e, nesse estado, as crianças não devem frequentar a creche.
Em caso de gripe, que muitas vezes vem acompanhada de sintomas intensos, e de conjuntivite, é
preferível que o professor fique afastado do trabalho direto com as crianças nos grupos, pois poderá
disseminar a doença para as crianças. Pode-se deixá-lo dedicado às atividades de planejamento,
organização de estoque, relatório e até em áreas externas, sem que estabeleça contato com as
crianças.
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