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O acidente doméstico é aquele que ocorre no local onde habitamos ou em seu entorno.
Tipos de habitação: apartamento, casa térrea, sobrado de alvenaria ou mesmo de madeira,
entre outros. O ambiente doméstico geralmente é constituído por: cozinha, lavanderia,
despensa, banheiro, sala de refeições, sala de visitas, quartos, quintal, jardim, garagem e
escadas.
Vários fatores podem estar relacionados a uma frequência maior de traumas dentro de
casa: pequenas dimensões, iluminação deficiente, móveis ou objetos pontiagudos, piso
escorregadio, tomadas elétricas sem proteção (ou mal protegidas), ausência de proteção
para a criança, como corrimão na escada, passadeira deslizante, objetos que podem causar
danos: martelo, serrote, alicate, furadeira, faca, espeto de churrasco, etc.
Fatores relacionados à ocorrência de acidentes:
# Idade: quanto menor a idade, maior deve ser a vigilância das crianças, a educação para
prevenção deve aumentar a medida de seu crescimento, mostrando os riscos e suas
consequências. O papel dos pais é fundamental, ao servirem de exemplo e darem as
orientações.
# Escolaridade: as pessoas mais instruídas terão possibilidades maiores de prevenir os
acidentes, assim como cuidar da primeira assistência.
# Ambiente físico: casas em mau estado de conservação, pequenas, mal situadas,
cômodos pequenos, cozinhas apertadas, também pequenas, com mau estado da fiação, da
tubulação, do gás, podem facilitar os acidentes.
Segundo o Relatório Mundial sobre Prevenção de Acidentes com Crianças e
Adolescentes, lançado em dezembro de 2008 pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 630 mil crianças
morrem anualmente vítimas de acidentes em todo o mundo.
De acordo com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do
Ministério da Saúde (MS), em 2015 foram registradas 2.441 mortes de crianças de 0 a
14 anos, no Brasil, devido a acidentes domésticos. No mesmo ano, 1.440 crianças e
adolescentes até 14 anos morreram devido a acidentes de trânsito. Em 2015, segundo o
Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), foram 100.559 crianças
internadas, na faixa etária de 0 a 14 anos, devido a causas acidentais.
PREVENÇÃO
Estudos mostram, no entanto, que 90% dos acidentes podem ser evitados com medidas
simples e eficazes de mudança de comportamento e de adequação, para a promoção da
prevenção. Em tempo de coronavírus, período em que crianças e adolescentes cumprem
o isolamento social em casa, é necessário elaborar e reproduzir orientações para
minimizar os riscos de acidentes nas áreas residenciais onde convivem.
As lesões decorrentes de acidentes (trânsito, envenenamento, afogamento, quedas,
queimaduras, entre outras) estão entre as principais causas de morte entre crianças e
adolescentes no Brasil.
Quanto menos a criança maior o risco de acidentes por isso a necessita de atenção é
inversamente proporcional a idade do infante. Os acidentes tendem a ocorrer mais
frequentemente quando ela adquire a habilidade de agir, engatinhar e pegar objetos. Elas
são imprevisíveis, põe tudo na boca, escalam, abrem portas e gavetas, retiram coisas,
adoram brincar com água e olhar pela janela. Estão interessadas no que estão fazendo,
não tendo consciência dos perigos. Mesmo quando começam a entender, ainda não
sabem o que é perigoso. Elas necessitam sempre de proteção, supervisão e disciplina.
Quedas
1. Nunca deixe uma criança sem assistência sobre uma mesa de troca de roupas.
Tenha fraldas à mão previamente.
2. Assegure-se de que os espaços entre as barras do berço ou cercadinho estejam
adequados.
3. Portas ou acessos para escadas ou outras áreas perigosas devem ser
rigorosamente bloqueadas.
4. Mantenha janelas e varandas fechadas. De preferência com rede de proteção.
5. Evite deixar a criança sozinha.
Afogamento
1. Não deixe a criança só na banheira por nenhuma razão. Mesmo com água rasa é
perigoso, uma vez que são necessários apenas alguns segundos para que ocorra o
risco de um afogamento.
2. Se sua casa tiver piscina, deixe-a sempre com rede de proteção. Esteja sempre
atento!
Brinquedos
1. Devem ser grandes o bastante para não serem engolidos e resistentes para não
quebrarem.
2. Não devem ter pontas nem arestas agudas.
3. Os brinquedos arredondados de material liso ou plástico são seguros.
4. Mantenha alfinetes, botões, fósforos, tesouras, facas e outros objetos pequenos
ou cortantes fora do alcance das crianças.
5. Remova móveis não fixos, de bordas cortantes e toalhas da área de brinquedo
das crianças.
Sufocamento
Queimaduras
Envenenamento
A faixa de maior risco de envenenamento é a compreendida entre 1 e 5 anos. Crianças
nessa idade podem colocar qualquer coisa em sua boca. Muitos produtos comumente
encontrados em casa podem ser venenosos se usados não apropriadamente, por isso:
1. Mantenha qualquer produto perigoso fora da visão e alcance da criança.
2. Tome cuidados extra quando alguém da família estiver em tratamento, usando
vários remédios e nunca diga que remédio é doce.
3. Compre produtos domésticos em embalagens resistentes para a criança e guarde-
os em lugar seguro, mantendo-os sempre em seus recipientes originais.
4. Nunca deixe bebidas alcoólicas ao alcance de crianças.
5. Anote os números dos telefones do seu pediatra, do hospital, do Centro de
Controle de Intoxicação para buscar ajuda, caso a criança ingira alguma
substância não alimentar.
6. Sempre leia os rótulos cuidadosamente antes do uso de qualquer produto.
7. Ensine às crianças a não beber ou comer qualquer substância, a menos que seja
dado por adultos conhecidos seus.
8. As crianças tendem a imitar os adultos. Não tome remédios na presença de
crianças pequenas.
9. Realize faxinas domésticas periodicamente. Remédios velhos cujos prazos
estejam vencidos ou que denotem perda de suas características devem ser
jogados no lixo.
Cozinha
1. Engasgos
O engasgo é uma manifestação do organismo para expelir alimento ou objeto que toma
um “caminho errado”, durante a deglutição (ato de engolir). O engasgo é considerado
uma emergência, e em casos graves, pode levar a pessoa à morte por asfixia ou deixá-la
inconsciente por um tempo. Sendo assim, agir rapidamente evita complicações. A
manobra de socorro é diferente para adultos e para crianças.
Para Bebês:
Coloque o bebê de bruços em cima do seu braço e faça cinco compressões entre as
escápulas (no meio das costas). Vire o bebê de barriga para cima em seu braço e efetue
mais cinco compressões sobre o esterno (osso que divide o peito ao meio), na altura dos
mamilos. Tente visualizar o corpo estranho e retirá-lo da boca delicadamente. Se não
conseguir, repita as compressões até a chegada a um serviço de emergência (pronto
socorro ou hospital). Esses procedimentos são válidos somente se a criança ou o adulto
engasgado estiverem conscientes. Vítimas inconscientes precisam de atendimento
hospitalar rapidamente. Os primeiros socorros para asfixia ou engasgo devem ser
tomados até que seja possível o atendimento especializado.
Posicione-se por trás e enlace a vítima com os braços ao redor do abdome (se for uma
criança, ajoelhe-se primeiro), caso ela esteja consciente. Uma das mãos permanece
fechada sobre a chamada “boca do estômago” (região epigástrica). A outra mão
comprime a primeira, ao mesmo tempo em que empurra a “boca do estômago” para
dentro e para cima, como se quisesse levantar a vítima do chão. Faça movimentos de
compressão para dentro e para cima (como uma letra “J”), até que a vítima elimine o
corpo estranho.
2. Queimaduras
Colocar a parte queimada debaixo da água corrente fria, com jato suave, por,
aproximadamente, dez minutos. Compressas úmidas e frias também são indicadas. Se
houver poeira ou insetos no local, mantenha a queimadura coberta com pano limpo e
úmido.
No caso de queimaduras em grandes extensões do corpo, por substâncias químicas ou
eletricidade, a vítima necessita de cuidados médicos urgentes.
– nunca toque a queimadura com as mãos;
– nunca fure bolhas;
– nunca tente descolar tecidos grudados na pele queimada;
– nunca retire corpos estranhos ou graxa do local queimado;
– nunca coloque manteiga, pó de café, creme dental ou qualquer outra substância sobre
a queimadura – somente o médico sabe o que deve ser aplicado sobre o local afetado.
3. Quedas
O procedimento a ser tomado após uma queda vai depender muito da intensidade, local,
altitude e a gravidade. Porém, os primeiros socorros após uma caída leve com menos de
dois metros incluem:
1. Lave a região afetada com água e sabão ou soro fisiológico.
2 . Aplique uma solução antisséptica, caso exista uma ferida aberta.
3 . Cubra o local com um curativo limpo ou esterilizado.
Para as quedas graves com mais dois metros:
1. Chame imediatamente uma ambulância, ligando para o número 192.
2. Observe se a vítima está acordada e se responde quando é chamada.
3. Caso esteja inconsciente, verifique a respiração e se não estiver respirando faça
massagem cardíaca.
Em caso de sangramento: faça pressão sobre o local da hemorragia com um pano limpo
por, pelo menos, 10 minutos ou até chegada da ajuda médica.
Fique ligado! Se a pessoa que sofreu a queda ficar inconsciente por mais de 2 minutos
ou ter vômitos constantes, dor de cabeça intensa e incapacidade para movimentar
qualquer parte do corpo, por exemplo. Normalmente, estes sintomas podem ser sinal de
problemas graves, como traumatismo craniano ou hemorragia interna, e, por isso, é
recomendado levar imediatamente a vítima ao pronto-socorro, caso seja possível, ou
chamar uma ambulância.
4. Envenenamento