Você está na página 1de 18

Curso de Primeiros Socorros Infantil - Lei

Lucas Aula 1
Primeiros socorros são intervenções que devem ser feitas
de maneira rápida, logo após o acidente ou mal súbito, que visam a evitar
o agravamento do problema até que um serviço especializado de
atendimento chegue até o local. Essas intervenções são muito importantes,
pois podem evitar complicações e até mesmo evitar a morte de um
indivíduo.

Antes de qualquer procedimento de primeiro socorro, é importante que o


socorrista tenha em mente a necessidade de:

Manter a calma;

Afastar os curiosos;

Garantir que serviço de emergência seja chamado.

Telefones úteis em caso de emergência

Samu

192

Corpo de Bombeiros

193

Disque-intoxicação (Anvisa)

0800-722-6001

Defesa Civil

199

Polícia Militar

190

É muito importante salientar que algumas pessoas não estão preparadas


para realizar os primeiros socorros e, portanto, o ideal é que deixe outra
pessoa realizar os procedimentos adequados e auxiliar de outra maneira,
como, buscando socorro.

Omissão de socorro
A omissão de socorro é considerada crime em nosso país. Segundo o
Decreto-Lei Nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, deixar de prestar
assistência a uma pessoa em risco pode resultar em detenção ou multa.
Veja o art. 135 que aborda o tema:

Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco
pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou
ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses
casos, o socorro da autoridade pública:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão


resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a
morte.

Curso de Primeiros Socorros Infantil - Lei


Lucas Aula 2
Dentro das escolas, espaços normalmente repletos de crianças e
adolescentes das mais diversas idades correndo, brincando e praticando
atividades, é muito normal que pequenos acidentes aconteçam. Desde
quedas, trombadas e arranhões até machucados derivados de momentos
de desentendimentos entre os estudantes.

Embora sejam praticamente inevitáveis e de certa forma, façam parte do


processo de aprendizado, a realidade é que eles preocupam tanto os
educadores quanto as famílias, e dependendo da gravidade, podem causar
mal estar e desconfiança entre as partes.

Sendo assim, é muito importante que os gestores educacionais sejam


capazes de assegurar aos alunos um ambiente que transmita segurança
tanto para evitar que os acidentes aconteçam quanto para lidar, da melhor
forma possível, com os momentos em que eles vierem a ocorrer.

Ou seja, a palavra chave para este tópico dentro das instituições de ensino
deve ser prevenção. A seguir, daremos algumas dicas de como atuar neste
sentido. Vamos a elas.
Reconheça as situações de risco e cuide dos
ambientes mais críticos
O primeiro passo a ser dado pelo colégio para construir um ambiente mais
seguro para os seus estudantes é a identificação de toda e qualquer
situação que possa vir a causar os acidentes. Isso significa, na prática,
avaliar com cuidado os ambientes da instituição e entender quais os tipos
de risco eles oferecem para cada uma das faixas etárias que compõem o
seu público.

É importante que se tome cuidado principalmente com o pátio, espaço


onde as crianças tendem a brincar com mais energia e desatenção. Aqui, a
recomendação é optar sempre por brinquedos que tenham algum tipo de
selo de aprovação em segurança, superfícies que não sejam
escorregadias, ásperas ou esburacadas e que, preferencialmente,
absorvam o impacto em caso de quedas. Além disso, é mandatório que
cada um desses espaços conte sempre com a presença de profissionais
capacitados e atentos para supervisionar as brincadeiras. 

Brinquedotecas e salas de jogo também carecem de atenção especial, por


se tratarem de ambientes onde as crianças tendem a passar mais tempo
brincando no chão e em contato com objetos relativamente pequenos, que
podem ser levados à boca e engolidos por acidente. A dica, neste caso, é
sempre optar por itens que tenham peças grandes, principalmente para
crianças mais novas.

Outros lugares como laboratórios, bibliotecas e salas de aula, por exemplo,


também precisam ser observados com cuidado. É preciso ficar de olho em
janelas, tomadas, lousas, mesas, bancadas e outros móveis (que devem
sempre contar com protetores de quinas). Uma boa sinalização também é
primordial, especialmente em laboratórios, para evitar que qualquer tipo de
produto tóxico (que deve estar sempre guardado em armários com trancas)
seja ingerido acidentalmente.

Escadas também pedem um cuidado diferenciado por parte da equipe da


escola. Recomenda-se sempre o uso de fitas antiderrapante, sinalização
nos degraus e um corrimão cuja altura seja capaz de atender,
principalmente, as crianças menores.  

Para as entradas de qualquer ambiente da escola, vale dar preferência


para portas e portões que contem com dispositivo de fechamento lento.
Isso ajuda a evitar que as crianças prendam a mão e os dedos.

Faça vistorias frequentes


A vistoria periódica dos espaços da escola também é uma prática
fundamental na redução dos riscos de acidentes. É importante avaliar
rachaduras, vazamentos, fiações expostas e vidros quebrados, por
exemplo.

Além disso, é preciso que se tenha uma boa iluminação, luzes de


emergência para situações de falta de energia, extintores de incêndio
instalados conforme orientação do corpo de bombeiros, saídas de
emergência bem demarcadas, assim como uma boa sinalização em todo e
qualquer espaço que possa provocar riscos aos estudantes.

Trabalhe a autoproteção
Outro aspecto primordial no processo de prevenção de acidentes é que a
equipe da escola seja capaz de trabalhar, com frequência, o senso de
autoproteção das crianças. O caminho é tentar criar uma cultura em que os
jovens se tornem os agentes da própria segurança.

Realizar atividades educativas que estimulem nos alunos a capacidade de


perceber, por conta própria, quais são os ambientes mais perigosos e
como se portar em cada um deles, distribuir cartazes visíveis nos espaços,
e a criação de canais claros de comunicação para que todos tenham a
clareza do que se deve e do que não se deve fazer dentro do colégio.

Mantenha uma equipe qualificada para lidar


com os acidentes
Mesmo com todo o esforço de prevenção sendo feito, é importante
ressaltar que ainda assim, os acidentes podem vir a acontecer. Neste caso,
é fundamental que as escolas mantenham em seu quadro de
colaboradores, profissionais aptos e bem treinados para lidar com
situações de emergência. Seja uma enfermeira ou algum outro profissional
da área da saúde capacitado para oferecer os primeiros socorros (e com
acesso ao material necessário para isso).

Dentro deste contexto, um bom caminho pode ser o de oferecer a todos os


colaboradores treinamentos educativos para que eles saibam como lidar
com a prevenção e com situações emergenciais. Os treinamentos podem
ser conduzidos tanto pela equipe de enfermagem da instituição quanto por
profissionais externos como paramédicos e bombeiros, por exemplo.

Sabemos que são muitos detalhes para se atentar, mas como estamos
falando de um público de faixa etária baixa e muita energia, não dá para
dormir no ponto. O lado positivo é que, seguindo a risca cada uma das
dicas acima, as chances de acidente ficam bastante reduzidas, os
professores mais tranquilos para exercer o seu papel e as crianças mais
confortáveis para brincar e aprender de maneira saudável e segura.

– Não entre em pânico. A primeira das regras básicas de primeiros


socorros é: antes de intervir, respire fundo e acalme-se. Mesmo que não
saiba bem por onde deve começar. Se estiver minimamente calmo isso vai
ajudá-lo a reflectir sobre o que pode fazer.

– Avalie a situação. Caso veja que a pessoa lesada consegue falar, peça


para ela contar o que aconteceu. Dê depois uma olhada em volta e veja se
existem, por exemplo, fios expostos perto da pessoa ferida, fumos tóxicos,
ou chamas. Uma das regras básicas de primeiros socorros é certificar-se
de que não nos estamos a colocar em perigo, de que vale depois a nossa
ajuda se ficarmos também feridos?

Nota: Se a vítima não consegue falar abra de imediato a boca e veja se


existe algo a atrapalhar a respiração, como uma prótese dentária. Em
situações extremas, não hesite em fazer respiração boca-a-boca.

– Preste atenção aos sintomas de choque. Se a vítima está pálida, fria,


a respirar com dificuldade e com náuseas, é muito provável que esteja em
estado de choque, podendo desmaiar a qualquer momento. Cubra de
imediato a pessoa com um cobertor ou casacos e role suavemente o corpo
dela para um dos lados, assim se vomitar, o vómito não se acumulará na
parte de trás da garganta (o que pode causar asfixia).

Atenção: Tenha muito cuidado com os fluídos corporais, tome as devidas


precauções para prevenir a transmissão de doenças contagiosas.

– Se não tem a certeza do que está a fazer, não mexa. Para mover uma
pessoa ferida é preciso ter plena consciência dos movimentos a seguir,
caso contrário poderá magoá-la ainda mais, ou até mesmo provocar a sua
morte. Não se precipite também a retirar objectos como pregos ou facas.
Se estiver sozinho a melhor opção é pedir auxílio.

– Nunca dê nada a uma pessoa inconsciente. É das mais importantes


regras básicas de primeiros socorros. Nem comprimidos, nem líquidos,
rigorosamente nada! Muitas pessoas pensam que a água ajuda uma
pessoa inconsciente a acordar, mas esquecem-se que isso pode interferir
com a respiração.

– Parar o sangue. Caso note que a pessoa está a sangrar muito coloque


sobre a ferida um pano, ou até as suas mãos, de modo a que o fluxo
diminua. Levante os membros levemente, isto se o movimento não
provocar dor à vítima e abra as roupas apertadas.

– Tratar das queimaduras. Retire de imediato a roupa se estiver em


chamas. Caso existam jóias retire-as também (se estiverem presas à pele,
não mexa!). Posteriormente, sempre com muito cuidado e se possível,
deite sobre a zona queimada água morna (lave durante cerca de dez
minutos). Por fim, cubra com um pano limpo e seco, isso vai ajudar a aliviar
as dores da vítima.

– Casos de asfixia. A pessoa consegue falar ou tossir? Está a receber ar


suficiente? Se assim for não interfira. Caso contrário, coloque-se atrás da
vítima e envolva os seus braços em torno do estômago. De seguida, faça
um punho com uma das mãos e coloque esse mesmo punho um pouco
acima do umbigo, precisamente abaixo das costelas. Posicione o lado do
polegar e do indicador em direcção às mesmas. Por fim, segure o punho
com a outra mão e provoque impulsos para dentro e ligeiramente para
cima. Repita se for necessário.

– Choque eléctrico. Neste tipo de situações é expressamente proibido


tocar na vítima até que o contacto eléctrico tenha terminado. Desligue de
imediato a fonte de electricidade. Caso a pessoa não tenha pulso e não
esteja a respirar procure imediatamente assistência médica.

– Espere. É a parte mais difícil de gerir. Depois de ter seguido as regras


básicas de primeiros socorros só lhe resta esperar pela ambulância. Até lá,
tente manter o acidentado o mais calmo possível. Converse com ele
mantendo uma voz suave.

Quando um corpo estranho (líquido ou sólido) chega à traqueia, o ar acaba


sendo obstruído total ou parcialmente. Em bebês, geralmente ocorre por
causa de líquidos, enquanto crianças maiores podem apresentar
problemas com sólidos, desde alimentos e até pequenos objetos. Saiba
como agir:

1 – Criança está tossindo: nesse caso, não se deve intervir;

2 – Criança engasgou, não consegue falar ou tossir, apresenta lábios


arroxeados e leva as mãos ao pescoço: independente da faixa etária,
retire o objeto da boca da criança se ele estiver evidente. Nunca retire às
cegas. Em crianças maiores de um ano, posicione-se atrás dela, explique
de forma sucinta o que será feito e inicie as compressões abaixo do
diafragma. Posicione uma mão fechada, encoberta pela outra, entre o
umbigo e a extremidade inferior do osso do peito da criança e realize
compressões em trancos para dentro e para cima. Deve-se repetir a
manobra até o objeto ser expelido ou caso ocorra perda de consciência.
Esses movimentos são conhecidos como manobra de Heimlich.

Em crianças menores de um ano, o socorrista deve primeiramente sentar,


apoiar o ventre do bebê no antebraço com a cabeça mais baixa que o
corpo, mantendo a boca aberta com os dedos. Nesta posição, aplicam-se
cinco golpes nas costas do bebê. Vire-o na sequência com a barriga para
cima e aplique cinco compressões no osso do peito da criança (logo abaixo
da linha imaginaria traçada entre os mamilos). Repetir o ciclo ate o objeto
ser expelido ou o bebê perder a consciência.

3 – Criança engasgou e perdeu a consciência: posicione-a numa


superfície rígida, com a barriga para cima. Abra a boca e retire o objeto
com os dedos em forma de pinça, caso ele esteja visível. Observe se a
respiração da criança se reestabelece. Caso o objeto não seja visualizado
ou a vitima não respirar, deve-se proceder com a respiração boca a boca,
com duas respirações de resgate. Caso ainda não haja respiração, devem-
se iniciar as compressões torácicas, revezando com respiração boca a
boca (30 compressões para cada duas respirações). Se houver alguém
próximo solicite que chame o resgate imediatamente; do contrário, grite por
socorro.

Erros comuns

– Ao ver a criança tossir, não dê tapas vigorosos em suas costas. Isso


pode deslocar o objeto estranho e causar obstrução completa da traqueia.

– Não tente retirar o objeto da boca da criança às cegas. Isso pode


empurrar o corpo estranho e obstruir por completo a via respiratória.

A maioria das queimaduras infantis acontece na cozinha. Os tipos mais


comuns são:

1 – Escaldadura: queimadura por líquidos quentes; acontece


principalmente em menores de cinco anos;

2 – Contato com fogo e objetos quentes. Quando provocadas por chamas


são as mais graves, atingindo maior extensão e profundidade da pele;

3 – Substâncias químicas: soda cáustica é a que representa o principal


risco;

4 – Exposição à eletricidade;

5 – Exposição solar;
O que fazer em casa:

Retire a roupa que cobre a área queimada. Se estiver grudada, lave a região até que
o tecido possa ser retirado com cautela; Deixe a superfície queimada em água fria
ou faça compressas frias e limpas na área acometida. A água alivia a dor, limpa,
impede a extensão da queimadura e diminui o edema. Não deixe as compressas
úmidas por muito tempo, já que a troca de calor pode levar à hipotermia do paciente;
Envolva a criança com lençol limpo, agasalhos, e encaminhe para atendimento
médico. Dê um analgésico para alívio da dor e ofereça líquido pela boca de forma
abundante em crianças conscientes
Erros comuns

– Não passe gelo nas queimaduras;

– Não passe pomadas ou medicações caseiras;

– Não fure as bolhas em casa. Deixe o médico avaliar primeiro e, se


necessário, fazer com técnicas adequadas de assepsia.

Em caso de suspeita de fratura, que é quando o osso se parte provocando


dor, incapacidade de movimentos, inchaço e, algumas vezes, deformidade,
é muito importante manter a calma, observar se há outros ferimentos mais
graves, como sangramentos, e chamar o serviço de emergência móvel
(SAMU 192).

Em seguida, é possível realizar os primeiros socorros à vítima, que devem


seguir as seguintes etapas:

Manter o membro afetado em repouso, numa posição natural e confortável; Imobilizar as


articulações que ficam acima e abaixo da lesão, com o uso de talas, como mostra as
imagens. Não havendo talas disponíveis, é possível improvisar com pedaços de papelão,
revistas ou jornais dobrados ou pedaços de madeira, que devem ser acolchoadas com
panos limpos e amarrados ao redor da articulação; Nunca tentar endireitar uma fratura ou
colocar o osso no lugar; Em caso de fratura exposta, deve-se cobrir o ferimento, de
preferência com gaze esterilizada ou um pano limpo. Se houver um sangramento muito
intenso, é necessário fazer compressão acima da região fraturada para tentar impedir a
saída do sangue.  Aguardar o auxílio médico. Caso não seja possível, recomenda-se levar
a vítima para o pronto-socorro mais próximo.

A fratura ocorre quando o osso se quebra devido a algum impacto maior do


que o osso pode suportar. Com o envelhecimento e com determinadas
doenças ósseas, como a osteoporose, o risco de fraturas aumenta,
podendo surgir mesmo com movimentos ou impactos menores, sendo
necessário um maior cuidado para evitar acidentes. 

Como imobilizar o membro afetado


A imobilização do membro fraturado é muito importante para tentar evitar
agravamento da fratura e garantir que os tecidos continuam sendo
corretamente perfundidos com sangue. Assim, para fazer a imobilização
deve-se:

1. Na fratura fechada

A fratura fechada é aquela em que o osso quebrou, mas a pele está


fechada, não permitindo observar o osso. Nestes casos, deve-se colocar
uma tala de cada lado da fratura e passar uma ligadura desde o início até o
fim das talas, como mostra a imagem. Idealmente, as talas devem passar
acima e abaixo das articulações próximas ao local.
2. Na fratura exposta

Na fratura exposta o osso está à mostra e, por isso, não se deve cobrir o
local com a ligadura no momento de fazer a imobilização, já que além de
poder piorar a dor também favorece a entrada de microrganismos para a
ferida.

Nestes casos, deve-se passar uma tala por trás do local afetado e depois,
com uma ligadura, atar acima e em baixo da fratura, deixando-a exposta.

Quando suspeitar de fratura


Deve-se suspeitar de fratura sempre que ocorrer um impacto em algum
membro, acompanhado de sintomas como:

Dor intensa; Inchaço ou deformação; Formação de uma área arroxeada; Sons de crepitação
ao movimentar ou incapacidade de movimentar o membro; Encurtamento do membro
afetado.

Caso a fratura seja exposta, é possível visualizar o osso para fora da pele,
sendo comum haver intenso sangramento. 

A confirmação da fratura é feita pelo médico após a avaliação física e


realização de um raio x do afetado e, em seguida, o ortopedista poderá
indicar o tratamento mais recomendado, que envolve o reposicionamento
do osso, imobilização com talas e gessos ou, em alguns casos, a
realização de cirurgia.
As convulsões, ou crises convulsivas, acontecem devido a descargas
elétricas anormais no cérebro, que levam à contração involuntária de vários
músculos do corpo. Normalmente, as crises convulsivas duram apenas
alguns segundos, mas também podem se estender por 2 a 5 minutos e
acontecer várias vezes seguidas.

Sintomas de convulsões em crianças


Em recém-nascidos, convulsões podem ser difíceis de reconhecer. Os
recém-nascidos podem apertar os lábios ou mastigar involuntariamente.
Seus olhos podem parecer estar olhando em direções diferentes. Eles
podem ficam moles periodicamente e/ou parar de respirar.

Em bebês mais velhos ou crianças pequenas, uma parte ou todo o


corpo pode se agitar, se mover espasmodicamente ou se enrijecer. Os
membros podem se mover sem propósito. A criança pode ter o olhar fixo,
ficar confusa, ter sensações estranhas (por exemplo, dormência ou
formigamento) em algumas partes do corpo ou ter sentimentos estranhos
(por exemplo, sentir muito medo sem um motivo).

Você sabia que...


Às vezes, as convulsões fazem com que as crianças simplesmente fiquem
com o olhar parado ou pareçam estar confusas em vez de causar os
movimentos de convulsão.

Convulsões são perturbações periódicas da atividade elétrica do cérebro


que resultam em algum grau de disfunção cerebral temporária.

Quando bebês mais velhos ou crianças pequenas têm convulsões, eles


costumam ter os sintomas característicos, como tremores ou movimentos
súbitos de uma parte ou de todo o corpo, mas os recém-nascidos podem
apenas estalar os lábios, mastigar involuntariamente ou perder todo o
tônus muscular periodicamente.

Um eletroencefalograma (EEG) é utilizado para diagnosticar o transtorno e


são realizados exames de sangue e de urina, exames de imagem do
cérebro e, às vezes, uma punção lombar para tentar identificar a causa.

Quando uma criança tem uma convulsão, os pais ou outros cuidadores


devem tentar proteger a criança para que ela não se machuque, por
exemplo, ao manter a criança afastada de escadas, objetos pontiagudos e
outros possíveis perigos. Não devem colocar nada na boca da criança nem
tentar segurar a língua da criança.
O principal foco do tratamento é a causa, mas se as convulsões
continuarem após a causa ter sido tratada, a criança recebe
anticonvulsivantes.

As convulsões são descargas elétricas desreguladas e anormais de


células nervosas no cérebro ou em parte do cérebro. Esta descarga
anormal pode causar

Convulsões

Movimentos involuntários

Alterações na consciência

Sensações anormais

Convulsões são espasmos musculares violentos, involuntários e/ou


associados a rigidez em uma grande parte do corpo.

A epilepsia não é um distúrbio específico, mas se refere a uma tendência


de apresentar convulsões recorrentes que podem ou não ter uma causa
identificável.

As convulsões em crianças com frequência são similares às convulsões


em adultos. Contudo, alguns tipos de convulsões, como convulsões
febris e espasmos infantis, somente ocorrem em crianças.

Durante uma crise de convulsão é aconselhado que:

Deite a pessoa no chão, para evitar uma queda durante a crise convulsiva; Coloque a
pessoa deitada de lado, para evitar que possa se engasgar com a própria língua ou
com vômito; Dê espaço para a pessoa, afastando objetos que estejam próximos e que
possam causar lesões, como mesas ou cadeiras; Desaperte roupas apertadas, se
possível, principalmente em volta do pescoço, como camisas ou gravatas; Mantenha a
calma e espere que a crise passe.

Os episódios convulsivos podem acontecer em algumas pessoas devido a


doenças, como por exemplo a epilepsia, mas também pode acontecer
devido à falta de açúcar no sangue, abstinência de drogas ou álcool e até
mesmo devido à febre alta. 

Geralmente, a convulsão não é grave e não afeta a saúde, no entanto, é


importante ir ao hospital para identificar a causa e iniciar o tratamento mais
adequado, especialmente se a pessoa ainda não tiver diagnóstico de
qualquer doença que possa causar esse tipo de sintoma.
O que não se deve fazer
Durante uma crise convulsiva deve-se evitar:

Tentar imobilizar a pessoa ou amarrar os membros, pois pode resultar em fraturas ou outras
lesões; Colocar a mão na boca da pessoa, assim como objetos ou panos; Dar de comer ou
beber até que a pessoa esteja completamente alerta, mesmo que se desconfie de uma
diminuição de açúcar no sangue.

Após a convulsão é normal que a pessoa se sinta confusa e não lembre do


que aconteceu, por isso também é muito importante não abandonar a
pessoa até que recupere completamente a consciência, mesmo que as
convulsões já tenham terminado.

Como identificar uma convulsão


O sinal mais típico de uma convulsão é a presença de movimentos bruscos
e descontrolados de todo o corpo. No entanto, existem casos em que a
pessoa pode apresentar um convulsão sem apresentar esse tipo de
contração muscular, dependendo da região do cérebro onde as descargas
elétricas estão ocorrendo.

Assim, outros sintomas que podem indicar uma convulsão incluem:

Perda da consciência com desmaio; Aumento da produção de saliva; Perda de controlo dos
esfíncteres; Olhar ausente ou olhos fixos na parte superior ou lateral.
Além disso, a pessoa também pode ficar apática, deixando de responder
mesmo quando se entra em contato direto com ela.

Os sinais vitais são indicadores das funções vitais e podem orientar o


diagnóstico inicial e acompanhar a evolução do quadro clínico de uma
vítima. São considerados também como os sinais emitidos pelo nosso
corpo de que suas funções vitais estão normais e que qualquer alteração
indica uma anormalidade.

Os sinais vitais são: pulso, respiração, pressão arterial e temperatura.

Pulso
É a ondulação exercida pela expansão das artérias seguida por uma
contração do coração. Nada mais é que a pressão exercida pelo sangue
contra a parede arterial em cada batimento cardíaco.
O pulso pode ser percebido sempre que uma artéria é comprimida contra
um osso. Os locais mais comuns para obtenção do pulso são nas artérias
carótida, radial, femoral e braquial. Pode ainda ser verificado através da
ausculta cardíaca com o auxílio de um estetoscópio e denominamos pulso
apical. Na verificação do pulso deve-se observar a sua frequência, ritmo e
volume.

Índices Normais De Pulso

Homem 60 a 70 bpm Mulher 65 a 85 bpm Criança 80 a 120 bpm Bebê 100 a 160
bpm
Respiração
A respiração refere-se a entrada de oxigênio na inspiração e a eliminação
de dióxido de carbono através da expiração.
É a sucessão rítmica de movimentos de expansão e de retração pulmonar
com a finalidade de efetuar trocas gasosas entre a corrente sanguínea e o
ar nos pulmões.
Para avaliar a respiração devemos verificar seu caráter, se ela é superficial
ou profunda, seu ritmo que pode ser regular e irregular e por último sua
frequência, ou seja, a quantidade de movimentos respiratórios por minuto.

Índices normais da respiração

Homem 15 a 20 movimentos respiratórios por minuto Mulher 18 a 20 movimentos


respiratórios por minuto Criança 20 a 25 movimentos respiratórios por
minuto Lactente 30 a 40 movimentos respiratórios por minuto
Outros fatores podem alterar os valores normais da respiração como
exercícios físicos, medicamentos, fatores emocionais, portanto, é
importante que o socorrista saiba reconhecer estas alterações.

São empregados termos específicos para definir as alterações dos padrões


respiratórios, tais como:

Eupnéia: respiração normal, com movimentos regulares, sem dificuldades; Apnéia:


é a ausência dos movimentos respiratórios; Dispnéia: dificuldade na execução dos
movimentos respiratórios; Bradipnéia: diminuição da frequência
respiratória; Taquipnéia: aumento da frequência respiratória.

Como escolher os itens que compõem o kit de


primeiros socorros?
Conforme o Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional (PCMSO), toda empresa precisa promover meios
de preservar a saúde de seus trabalhadores.

Desse modo, o PCMSO especifica e padroniza os procedimentos e


condutas que as empresas precisam adotar a fim de minimizar os riscos
aos quais os empregados estão  expostos no ambiente de trabalho.

Uma das normas regulamentadoras que compõem esse programa é a


NR7, que estabelece os parâmetros a respeito dos kits de primeiros
socorros. Estes devem ser montados conforme o nível dos riscos
da atividade desenvolvida.

Além de atender às regulamentações impostas pela legislação vigente,


ao investir no kit primeiros socorros, a empresa assegura maiores
condições de promover o bem-estar e a segurança dos seus
colaboradores.

Cuidar desses aspectos não só reflete na vida pessoal como eleva o


grau de satisfação e de produtividade. Tais medidas também
simbolizam maiores condições de aumentar a lucratividade e de tornar o
empreendimento bem mais competitivo.

Conforme as orientações da NR7, o kit deverá ser montado conforme a


atividade à qual a empresa se dedica. Logo, o kit de uma indústria
siderúrgica deve ser diferente de uma instituição que atua na construção
civil, já que os riscos aos quais os funcionários estão expostos são
distintos em cada atividade.
Quais são os itens que deve conter a maleta?
Independentemente do ramo de atuação, a rapidez no atendimento
de primeiros socorros é essencial para monitorar os sinais vitais da vítima e
reduzir os riscos até a chegada a um hospital.

De modo geral, a maleta de primeiros socorros deve conter os seguintes


objetos:

Instrumentos
Na composição de um kit de primeiros socorros
empresarial, os instrumentos básicos mais importantes são:

pinça; tesoura; termômetro; colar cervical; luvas cirúrgicas; óculos de proteção; tala de
imobilização; máscara para proteção facial.

Material para curativo


Caso haja a necessidade de fazer curativo, os seguintes materiais não
podem faltar:

band-aid; antisséptico; esparadrapo; álcool 70%; água boricada; ?solução de iodo; algodão


hidrófilo; gaze esterilizada; ataduras de crepe; água oxigenada de 10 volumes.

O que não pode conter o kit de primeiros


socorros?
Não se pode incluir quaisquer tipos de medicamentos no kit de primeiros
socorros, nem mesmo um simples analgésico. Essa é a condição imposta
pela legislação que coordena e delimita o exercício das atividades médicas
no país.

Assim, em consonância com as normas estabelecidas pelo Decreto nº


20.931, nenhum medicamento deve ser incluído na caixa de primeiros
socorros. Salvo exceção aqueles expressamente autorizados pelos
profissionais competentes que trabalham na instituição.

Por isso, os itens que compõem o kit devem seguir a legislação a fim de
que as normas de segurança e de proteção da saúde do trabalhador sejam
rigorosamente observadas.

Como montar o kit conforme a legislação?


A principal norma que rege a montagem correta do kit de primeiros
socorros está prevista na NR7, incluída no PCMSO. Segundo esse
programa, a empresa precisa manter um kit com o material necessário
para prestar o socorro, e de acordo com os riscos da atividade
desenvolvida.

Independentemente da área de atuação ou do porte da empresa, o kit de


primeiros socorros é obrigatório. Além disso, os equipamentos e materiais
devem ser devidamente condicionados em local adequado e seguro.

Além da NR7, há outras normas que também auxiliam as instituições na


criação de um ambiente seguro para o exercício das atividades de
rotina. Entre esses programas destaca-se o de Prevenção de Riscos
Ambientais, também chamado de PPRA.

Junto à NR9, o PPRA foi instituído com a finalidade de preservar a


integridade física do trabalhador. Um dos objetivos desse programa é a
educação preventiva, que assegura aos funcionários o incentivo à busca
de medidas que antecipem possíveis riscos à saúde.

Outro aspecto relevante é em relação ao uso dos Equipamentos de


Proteção Individual (EPIs). A necessidade de incentivar os trabalhadores
ao uso desses equipamentos tornou-se uma prioridade dentro das
empresas, visto que esse é um meio seguro de evitar acidentes.

As medidas de proteção à saúde e de segurança empresarial também


englobam as questões relacionadas ao aspecto estrutural das empresas.
Nesse processo, também estão incluídos elementos inerentes à
preservação do bem-estar dos profissionais.

Destaca-se também a normatização proposta pela NR23, cujo foco é


voltado para medidas de proteção contra incêndios, para a obrigação de
saídas de emergência e a distribuição de extintores em locais de fácil
acessibilidade.

Além da elaboração de um kit de primeiros socorros em conformidade com


a legislação, o atendimento a essas normas de segurança é
imprescindível. Ajudam, pois, a reduzir os riscos de exposição a acidentes
ou incidentes que podem colocar em risco a saúde e a vida do funcionário.

Quem pode manusear o kit de primeiros


socorros?
Um kit de primeiros socorros é um elemento essencial e que será
utilizado em momentos de urgência, principalmente nos casos de
pequenos incidentes. Essa intervenção objetiva minimizar os riscos dessa
situação emergencial até que um profissional de saúde assuma o controle.
Para facilitar o acesso a esses materiais, eles precisam estar armazenados
em um local  seguro, estratégico e longe de calor ou de umidade.

Contudo, isso não significa que o local mais apropriado seja,


simplesmente, uma pasta ou um armário vulnerável ou ao alcance de
todos. Para maior segurança, o kit precisa ser guardado de forma que
possibilite a supervisão dele pelos profissionais tecnicamente treinados.

Um dos principais cuidados de quem controla os itens constantes no kit


de primeiros socorros é a reposição do material que foi utilizado. Zelar pela
manutenção dos itens é fundamental para garantir a disponibilidade desses
recursos nos momentos de maior necessidade.

Ainda que as organizações adotem procedimentos para evitar


imprevistos no ambiente laboral, nem sempre é possível proteger os
funcionários de pequenos incidentes ou de todas as ameaças.

Por isso, além das práticas de prevenção propostas pela legislação


trabalhista, é preciso que alguns colaboradores sejam treinados e
devidamente capacitados para controlar eventuais problemas.

É necessário, portanto, orientar e capacitar um grupo menor de


funcionários, a fim de que aprendam os procedimentos mais adequados
para prestar um atendimento de primeiros socorros.

Isso não significa que a empresa não necessite desenvolver campanhas


para educar os demais funcionários. Na verdade, a educação precisa ser
extensiva a todos, mas o treinamento técnico — que capacita para uma
intervenção eficaz — deve ser restrito a alguns colaboradores de cada
setor.

Por questão de segurança, o acesso ao kit de primeiros socorros deve ficar


limitado somente às pessoas responsáveis pelo atendimento às urgências.
No entanto, antes mesmo que esse material seja entregue aos
responsáveis por essa função eles deverão passar por um treinamento.

Essa capacitação deve ser específica para que eles aprendam a manusear
os equipamentos corretamente, a fazer pequenos curativos e a prestar o
correto atendimento emergencial.

Vale salientar que a adoção de medidas corretas nos primeiros


instantes logo após um acidente pode ser determinante para uma boa
evolução do paciente. A avaliação dos sinais vitais, por exemplo, é
essencial nos casos de desmaios ou acidentes mais graves.

Você também pode gostar