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TRIAGEM NEONATAL

Prof°: Jéssica Brandão


Técnica de enfermagem
Enfermeira – UECE
Residente Obstetrícia - UECE
Programa Nacional de triagem neonatal: 06/06/2001.
Obejtivo: Identificar distúrbios e doenças no RN, em tempo oportuno, para
intervenção adequada, garantindo tratamento e acompanhamento contínuo às
pessoas com diagnóstico positivo, com vistas a reduzir a morbimortalidade e melhorar
a qualidade de vida das pessoas.
Missão: Promover, implantar e implementar a triagem neonatal no âmbito do SUS,
visando a integralidade.
Realizar o rastreamento de todos os rn (0-28 dias)

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1.TESTE DO PEZINHO
TESTE DO PEZINHO
✘ Doenças rastreadas: Fenilcutonúria; doença falciforme e
hemoglobinopatias; Fibrose cística; hiperplasia adrenal
congênita; deficiência de biotinidase.
✘ Quando realizar? A partir do 3° até o 7° dia de vida, nunca
antes de 48 hrs de vida e no máximo até 30 dias de vida.
✘ Técnica do procedimento: coletar amostras de sangue
através da punção no calcanhar do RN, obtendo 4 manchas
de sangue em papel filtro. Bebê pode e deve amamentar
durante o procedimento.
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A escolha do local adequado para a punção é
importante, devendo ser numa das laterais da
região plantar do calcanhar, local com pouca
possibilidade de atingir o osso. Segure o pé e o
tornozelo da criança, envolvendo com o dedo
indicador e o polegar todo o calcanhar, de
forma a imobilizar, mas não prender a
circulação. A punção só deverá ser realizada
após assepsia e secagem completa do álcool.

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NORMAS GERAIS
✘ Em RN a termo: após 48 hrs de ingestão de proteínas (leite materno ou fórmula),
ideal no 5° dia de vida.
✘ Em RN pré-termo: após 48 hrs de ingestão de proteínas (leite materno ou
fórmula), ideal no 5° dia de vida
✘ Em RN Prematuro extremo ou muito grave: o procedimento poderá ser
realizado no 7° dia de vida.
✘ O procedimento deverá ser realizado em dupla, uma pessoa para fazer a coleta e
outra para conter o RN

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ANTES DA COLETA
✘ No caso de coleta de amostras de gêmeos, atentar para que não ocorra
troca na identificação das crianças nas respectivas amostras.
✘ O papel filtro utilizado para coleta é delicado, devendo ser armazenado em
temperatura ambiente, livre de calor e umidade excessiva.
✘ O material pré-coleta deve ser armazenado em recipiente fechado, na
gaveta identificada como “teste do pezinho”, no balcão localizado na área
de prescrição.

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APÓS A COLETA
✘ As amostras serão recolhidas quando estiverem completamente secas,
armazenadas em caixas de isopor própria (evitando umidade direta) e
colocadas na geladeira.
✘ Antes de enviar a amostra ao LACEN, checar novamente as informações
contidas no envelope e no papel filtro.
✘ Manter os dados da família atualizados no livro de registros do teste do pezinho
( nome da mãe, do RN, endereço e telefone).
✘ Registrar no livro de protocolo do teste do pezinho, a data de envio de cada
teste ao LACEN.
✘ Quando não for possível realizar o teste do pezinho no hospital, devido alta
antes do preconizado, os pais deverão ser orientados quanto local de coleta.
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TÉCNICA DO PROCEDIMENTO
✘ Orientar os pais do RN sobre o procedimento.
✘ Preencher o livro de registros do teste do pezinho, o envelope e o papel filtro com
as informações necessárias. O endereço e o telefone da mãe do RN também
devem ser colocados na parte da frente do envelope.
✘ Reunir, organizar os materiais necessários e preparar o ambiente.
✘ Realizar a higienização das mãos.
✘ Calçar luvas de procedimento.
✘ Posicionar o RN, preferencialmente no colo da mãe.
✘ Realizar a assepsia local de punção: em RN com IG menor ou igual a 30 sem utilizar
clorexidina aquosa; e em RN com IG maior ou igual a 30 sem realizar com
clorexidina alcoolica 0,5%.

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TÉCNICA DO PROCEDIMENTO
✘ Aguardar a secagem completa do antisséptico.
✘ Realizar a punção venosa: se utilizar agulha, posicionar o cartão próximo ao canhão
da agulha, a fim de aproveitar bem o volume da gota de sangue; tanto na coleta de
sangue com agulha ou seringa, lembrar que se deve colocar somente uma gota de
sangue em cada círculo do cartão.
✘ Sempre desprezar a primeira gota de sangue, pois ela pode conter fluídos teciduais,
podendo alterar o resultado do teste.
✘ Encostar o verso do papel filtro na nova gota que se forma na região demarcada
para a coleta (círculos) e fazer movimentos circulares com o papel, até o
preenchimento de todo o círculo.
✘ Deixar o sangue fluir naturalmente e de maneira homogênea no papel filtro,
evitando concentrações de sangue.
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TÉCNICA DO PROCEDIMENTO
✘ Só desencoste o papel do local de coleta quando todo o círculo estiver preenchido.
✘ Repita a mesma operação até que todos os círculos estejam totalmente preenchidos.
✘ Após a coleta, confortar o RN e realizar a compressão no local da punção durante 5 min ou
até cessar o sangramento.
✘ Realizar a higiene das mãos.
✘ Ao terminar a coleta o papel filtro deverá ser colocado em prateleira destinada
especialmente à secagem, permitindo que a amostra possa secar de forma adequada
Temperatura ambiente entre 15° e 20°, longe do sol, por cerca de 3 horas; isoladas: uma
amostra não pode tocar outra, nem qualquer outra superfície; Posição horizontal: mantém a
distribuição do sangue de forma homogênea; Realizar registros de enfermagem no
prontuário; Após secagem completa da amostra, estas deverão ser colocadas dentro do seu
respectivo envelope, colocadas em caixa de isopor e armazenadas na geladeira da sala de
medicação.
✘ O envio das amostras ao LACEN deve ocorrer em 2 a 3 dias após a coleta e o prazo máximo
nunca deve ultrapassar 5 dias após a coleta.
2.TESTE DO OLHINHO
✘ Teste do reflexo vermelho.
✘ Quando realizar: na 1° semana de vida (antes da alta da maternidade).
✘ Detecta: retinopatia da prematuridade, catarata congênita, glaucoma,
retinoblastoma, infecções, traumas de parto e cegueira irreversível.
✘ Finalidade: detecção de potenciais anormalidades oculares tratáveis,
adequação da orientação terapêutica, aconselhamento genético,
condutas de suporte, encaminhamento ao serviço oftamológico
especializado.

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AO EXAME:
✘ O teste baseia-se na percepção do reflexo vermelho que aparece ao ser
incidido um feixe de luz sob a superfície retiniana.
✘ Para que este reflexo seja visto, é necessário que o eixo óptico esteja livre.
✘ Quando a retina é atingida por essa luz, os olhos sadios refletem tons
vermelho, laranja ou amarelado.
✘ Quando há alguma alteração, esse reflexo tem qualidade ruim ou
aparece esbranquiçado.
✘ Deve comparar os dois olhos e avaliar as diferenças entre ambos os
olhos ou estrabismo .
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3.TESTE DA LINGUINHA
✘ “Obrigação da realização do protocolo de avaliação do
frênulo da língua dos bebês, em todos os hospitais e
maternidades do Brasil.” ( Lei 13002 de 20/06/2014)
✘ O Brasil com esta lei tornou-se o primeiro país a
oferecer este teste.
✘ Avaliar: se o frênulo lingual limita os movimentos da
língua – sucção, mastigação, engolir e falar.
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✘ A língua presa é uma alteração
comum, mas muitas vezes ignorada.
✘ Ela está presente desde o
nascimento, e ocorre quando uma
pequena porção de tecido, que
deveria ter desaparecido durante o
desenvolvimento do bebê na
gravidez, permanece na parte de
baixo da língua, limitando seus
movimentos.

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✘ Profissional qualificado
(fonoaudiólogo).
✘ Elevar a língua do bebê para verificar
se a língua está presa e também
observar o bebê chorando e sugando.
✘ Não tem contra-indicações.
✘ Realização na maternidade

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4.TESTE DO
CORAÇÃOZINHO
TRIAGEM DE CARDIOPATIA CONGÊNITA CRÍTICA

✘ Definição: é a aferição de pulso em todo RN aparentemente saudável, com


IG maior que 34 semanas, e antes da alta hospitalar.
✘ Etiologia: 1 a 2: 1000 RN vivos apresentam cardiopatia congênita crítica.
✘ 30% destes recebem alta hospitalar sem diagnóstico e evoluem para
choque, hipóxia ou óbito precoce antes de receber tratamento adequado.
✘ Quadro clínico: a alta ocorre geralmente entre 36-48 hrs de vida. Nesta fase
a manifestação ainda não é tão aparente.

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4.TESTE DA ORELHINHA
TESTE DE EMISSÕES OTOACÚSTICAS EVOCADAS (EOA)
✘ Finalidade: identificar o mais precocemente possível a deficiência auditiva
nos neonatos e lactentes.
✘ Objetivo: Encaminhar os RN para diagnóstico dessa deficiência, e
intervenções adequadas à criança e sua família.
✘ Quando fazer: 24 a 48 hrs de vida e no máximo durante o primeiro mês de
vida.
✘ Como funciona: produção de um estímulo sonoro de baixa intensidade e
na captação do seu retorno (eco), registrado em computador.

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A partir do estímulo sonoro, as partes internas emitem o eco que
será registrado sob forma de gráfico com o resultado do exame
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THANKS!

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