Assistência ao RN em

Sala de Parto e
Alojamento Conjunto

Enf. Rafael Ferreira

 TRANSIÇÃO NEONATAL

 A transição do ambiente intra para o extra uterino é um

dos períodos críticos da vida do ser humano.

 Em nenhuma outra fase o homem está sujeito a tantas

intercorrências, com risco de lesões neurológicas
permanentes, como no período neonatal imediato.

 Daí a importância da assistência efetiva e imediata ao

RN na sala de parto

 Fase importante – avaliar/acompanhar – p/ diminuir

risco morbidade neonatal.

 Alta incidência de mortalidade em RNs nas primeiras 6-

12 horas e p/ outros nos primeiros dias.
 TRANSIÇÃO
 Adaptação Pulmonar:

 10’ até 6 horas (24-110 mov/min-média 60),

 Aproximadamente 50mov/min.
 Observar as pausas respiratórias
(não ultrapassar 20 seg).
 Observar constantemente a presença de
secreções.
 TRANSIÇÃO
 Adaptação Circulatória

 Fluxo direita p/ esquerda – Forame Oval (CIA-

alguns min. após parto) e Canal Arterial (art pulm e
aorta - de 4 à 48 horas, completando seu
fechamento após algumas semanas).
- FC: 160 bat/min (1-5 min) após cai p/ 130 bat/min.
- PA: normalmente mais baixa nas primeiras horas
(tipo parto-temperatura corpórea-atividade-
postura-estado alerta-sucção).
- Circulação periférica lenta - acrocianose
 TRANSIÇÃO

 Adaptação Metabólica:

Hipóxia/Hipoglicemia/Hipotermia
– por: asfixia do trabalho parto, choque térmico do
nascimento, necessidades de fontes de energia e
oxigênio.
 TRANSIÇÃO
 Adaptação Gastrintestinal:

 Sucção/deglutição (34-35 sem gestação), mas

pode estar diminuído nas primeiras 12 h.
- Esvaziamento gástrico: retardado no início
melhorando com 2-3 dias vida. Observar refluxo
gastroesofágico (transitório).
- Aleitamento Materno – melhora motilidade
intestinal e eliminação mecônio (cor verde
petróleo, viscoso, eliminado nas primeiras 24 h.).
 TRANSIÇÃO

 Adaptação renal:
- Considerado rim: “disfuncional”, “imaturo”, mas
é capaz de satisfazer as necessidades, com
exceção aos prematuros ou outras doenças
associadas.
- Função Renal: melhora em poucos dias, mas só
durante o 1º ano de vida – função normal.
- Início nas primeiras 24 horas após o nascimento.
 TRANSIÇÃO

 Adaptação Hematológica:
- Deficiência Vitamina K: reposição pós parto, evitando
doenças hemorrágicas.
- Imaturidade fígado: icterícia fisiológica, com aumento da
bilirrubina não conjugada – aumentar oferta LM, diminuir
exposição ao frio (glicólise - produção ácidos – acidose
resp – ac graxos em excesso – deslocando a bilirrubina
causando seu aumento).

 Adaptação do Sistema Imune:

- IgA ausente no Sist resp e Urinário – se criança não tiver
LM.
- Infecção é a causa principal de morbimortalidade
durante o período neonatal.
ANTECIPAÇÃO
ANAMNESE MATERNA

• Ausência de pré-natal
• Hipertensão Arterial
• Diabete Melitus
• Isoimunização Rh
• Infecções
• Polidrâmnio
• Oligoâmnio
• Gestação múltipla
• Pós-maturidade
• PREMATURIDADE
Assistência ao RN na
SALA DE PARTO

5
PERGUNTAS?
 SIM
 Ausência de MECÔNIO?
 Gestação a TERMO?
 RESPIRANDO ou chorando?
 TÔNUS muscular bom?
 COR rosada?
?
Hipotônico

CUIDADOS DE
ROTINA
 PASSOS INICIAIS
Cuidados de Rotina
 Posicionar o bebê;
 Secar e desprezar os campos úmidos;
 Aspirar boca e nariz se necessário;
 Observar a vitalidade do bebê – AGPAR*
 Colocar RN no tórax/abdome mãe;
 Laqueadura do cordão
 Credização - oftalmia gonoccócica
 Kanakion Im 1mg Vasto lateral coxa esquerda (agulha insulina em ângulo 90°)
 Vacinas: Hepatite B e BCG
 Pesagem
 Identificação Mãe/RN
 Preenchimento das fichas e carimbo dos pés RN e polegar mãe e RN
 Medidas antropométricas e perímetros
* Escala Apgar

Verificar: 1° - 5° minuto de vida e em

crianças prematuras/graves no 10° min.
Coto Umbilical

- Cortar: 2-3 cm do
abdome do RN e
clampear;
- Observar: 2 Aa/ 1 Vv;
- Curativo: álcool 70%*;
- Coleta sangue p/ exame.
Condutas
•Profilaxia da oftalmia
gonocócica;
•Profilaxia da doença
hemorrágica do RN;
• Identificação;
• Exames de rotina:
tipagem e VDRL.
 IDENTIFICAÇÃO

MÃE RN
• Impressão digital • Impressão plantar
(polegar) direita; e digital (polegar)
direita;
• Pulseira.
• Pulseira.

Estatuto da Criança e do Adolescente

Cuidados ao RN em
Alojamento Conjunto
 Cuidados RN Normal
Primeiro Dia:

- Receber o RN na unidade: conferir identificação,

impressos do CO, e RN e prontuário da mãe;
- Verificar intercorrências e condições do RN e
mãe;
- Verificar prescrição e cuidados especiais, checar
a coleta do sangue do cordão umbilical e cuidados
RN (credê, Kanakion, vacina, clampeamento e curativo
coto umbilical, preenchimento correto dos impressos);
- Verificação de Antropometria e Perímetros;
 Primeiro dia de Vida
Verificar rotina:

Higienização – Banho
Berço aquecido por 4-6 horas ou berço comum.
Aferiçaõ de SSVV - Temperatura corporal
Eliminações: diurese e mecônio
Curativo coto umbilical – álcool a 70%
Exame físico e condições gerais do RN
Observar, comunicar e anotar: atividade, choro,
gemência, alteração respiratória, cianose, tremor,
secreção
Antropometria
 Primeiro Dia
Preenchimento dos livros: registro, RN
Nascido – sempre conferir dados maternos no
prontuário e com a mãe/parente;
Preenchimento dos impressos: Nascido Vivo
(sem erros ou rasuras), ficha bebê em alerta
cartão do RN, identificação berço, admissão em
folha de enfermagem;
Estimular e orientar Aleitamento;
Cuidados especiais: glicemia capilar;
Tipagem e Coombs: mãe e filho;
Comunicar: Fonoaudióloga.
 Dias Subsequentes:
 Ambiente aquecido e mantê-lo aquecido com roupas adequadas;
 Peso diário – perda de 5-10% peso corporal;
 Glicemia capilar M – Antes da mamada;
 Banho e curativo coto umbilical (curativo 4 a 6 x/dia);
 Temperatura (4x/dia);
 Controle eliminações e anotar;
 Observar, comunicar e anotar: atividade, choro, gemência,
alteração respiratória, cianose, tremor, secreção, obstrução nasal, ou
outras alterações observadas ou relatadas pela mãe;
 Acompanhamento dos cuidados pela mãe e orientar;
 Acompanhamento do Aleitamento e orientar;
 Observar vínculo mãe/filho;
 A importância do envolvimento da equipe de
enfermagem na assistência ao binômio mãe-
filho ressalta a necessidade de HUMANIZAR
essa assistência facilitando a interação entre
equipe profissional-RN-mãe.