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PREMATUROS

PROFESSORA KELLY CRISTINA SANCHES


CLASSIFICAÇÃO
◈ Pré-Termo: IG<37 semanas
◈ Termo: 37<IG<42 semanas
◈ Pós-Termo: IG>42 semanas
IDADE GESTACIONAL (IG)
◈ Peso ao nascimento: Indicador dos riscos e complicações
aos RN.

◈ Somente apresenta relevância quando associado à IG do


bebê.
Classificação dos Prematuros
(P + IG)
◈ Adequados (AIG).

◈ Pequenos (PIG).

◈ Grandes (GIG).
PREMATUROS
Na clínica pode-se encontrar dois bebês com o mesmo peso,
porém com IG diferentes e isto implicará em complicações
médicas diferentes.
PREMATUROS
◈ Com os avanços na neoanatologia, houve redução na
mortalidade neonatal e RN de baixas Ig possuem maiores
chances de sobrevida.
◈ EX: Bebê de 26 semanas (período de 3 meses de
desenvolvimento não fisiológico).
BEBÊ 22 SEMANAS
BEBÊ 22 SEMANAS
Determinação da IG
◈ Há várias técnicas, mas a convencional baseia-se
na data da última menstruação.
menstruação.
◈ Durante a gestação:
gestação: Medida do diâmetro
biparietal (ultrassonografia), ECC fetal,
determinação do nível de algumas enzimas no soro
materno e caracterização físico-químico do líquido
amniótico.
Determinação da IG
◈ Após o nascimento:
nascimento: Perímetro cefálico, peso, altura, EEG e
dosagem de hemoglobina fetal.
◈ Todas as técnicas devem ser conhecidas e utilizadas em
todo berçário de RN de alto risco.
Classificação dos RNPT:
Prematuridade
◈ Extrema: Abaixo de 30 semanas de IG.
◈ Moderada: 31-34 semanas de IG.
◈ Limítrofe: 35-36 semanas de IG.
Classificação dos RNPT: Risco
de Sobrevida
◈ Baixo Risco:
Risco: Peso acima de 1500g, IG acima de 32 semanas,
apgar >5, ainda que...anemia, pneunomia
◈ Alto Risco:
Risco: Peso abaixo de 1500g, IG<32 semanas, asfixias,
apgar<4, convulsões, meningite...
Causas de Prematuridade
◈ Doenças Maternas:
Maternas: HAS, diabetes, cardiopatias,
infecções bacterianas, malformações uterinas,
estado nutricional.
◈ Intercorrências Obstétricas:
Obstétricas: Gemelaridade,
placenta prévia, rompimento prematuro da bolsa
uterina.
◈ Malformações fetais.
fetais.
◈ Absorção de medicamentos e drogas.
drogas.
PREMATUROS
Imaturidade Orgânica dos Sistemas Fisiológicos:
◈ Sistema Enzimático;
◈ Sistema Respiratório;
◈ Fragilidade Capilar;
◈ Propensões à Infecções.
Imaturidade Orgânica
◈ Sistema Imunológico:
Imunológico: Maior susceptibilidade à infecção.
◈ Sistema Endócrino:
Endócrino: anemia, hipo/hiperglicemia, alteração
da bilirrubina.
◈ Sistema Nervoso
Imaturidade Orgânica
Sistema Respiratório:
Respiratório:
◈ PCR.
◈ Doença da membrana hialina.
◈ Apnéia.
◈ Necessidade freqüente de suporte ventilatório (VM: IOT/
CPAP: oxigênio na isolete).
SISTEMA NERVOSO
◈ O exame neurológico do prematuro deve
respeitar o caráter evolutivo do desenvolvimento
do SN e o exame neurológico do RN a termo não
pode ser transferido diretamente para o
prematuro.
Idade Cronológica X Idade Corrigida
◈ Idade Cronológica: Idade Real contabilizada a partir do
nascimento

◈ Idade Corrigida: Idade ajustada ao grau de prematuridade.


É a idade que o bebê teria se tivesse nascido de 40
semanas.
Correção da Idade
◈ Soma-se a idade gestacional em semanas ao tempo
(também em semanas) transcorrido após seu nascimento.
◈ Ex: Um bebê que nasceu a 2 meses (8 semanas) com idade
gestacional de 29 semanas. Qual será sua idade corrigida?
◈ Resposta: 8 + 29= 37 semanas
PREMATURO
◈ Com o caráter evolutivo da maturação neurológica
dessas crianças, espera-se uma equivalência entre
o comportamento da criança prematura com a
criança nascida a termo.
◈ Essa equivalência deve ocorrer nos 3 primeiros
anos da criança.
Caracterização do RNPT
◈ Imaturidade de grau variado.
◈ Esfíncter Esofágico Incompetente.
◈ Maior tempo de trânsito gastrointestinal.
◈ Imaturidade hepática e renal.
◈ Centros termorreguladores instáveis.
◈ Baixo estoque de gorduras.
◈ Sistema imune débil.
◈ Déficit de surfactante.
◈ Desenvolvimento neuromotor.
Fatores Predisponentes aos
Distúrbios Sensório-Motores
◈ Peso e IG.
◈ Bradicardia.
◈ Choque, Sepsis, Acidose, Hipóxia, Hipotermia.
◈ Doença da Membrana Hialina.
◈ Apnéia recorrente.
◈ Hidrocefalia.
◈ Encefalopatia Bilirrubínica.
◈ Leucomálacia Periventricular.
Alta Hospitalar: Estabilidade
Clínica
◈ A criança pode não apresentar alteração na avaliação
neurológica inicial, mas poderá evoluir com sinais
patológicos, principalmente no primeiro ano de vida.
Ambiente UTI
◈ Pode oferecer estimulação nociva, por nem sempre
apresentar padrões apropriados e assim não agirem na
integração sensório-motora da criança em relação ao
ambiente.
Ambiente UTI
◈ Ausência de Ciclos dia-noite.
◈ Inconsistência de Estimulação Tátil e Dolorosa, levando a
respostas de stress e fechamento constante dos olhos.
◈ Redução da Relação mãe-bebê.
◈ Redução da atividade Postural Tônica e Movimentos
Espontâneos.
Ambiente UTI
◈ Redução da Estimulação Gustativa e de Sucção (sondas e
IOT).
◈ Estimulação Auditiva, muitas vezes, nociva que provoca
sustos, pulos, movimentos abruptos.
◈ Estimulação reduzida de Linguagem e também de origem
Vestibular.
Conduta Hospitalar
◈ Tentar eliminar luzes, ruídos, movimentação intensa;
◈ Modificar localização e aconchego de isoletes ou berços,
música ambiente leve e relaxante;
◈ Rolinhos para Preensão;
◈ Proteção com lençol para evitar luz;
◈ Local para Amamentação.
Conduta Hospitalar
◈ Estimulação da Sucção.
◈ Estimulação Visual (Rosto Humano).
◈ Estimulação Auditiva (Voz da mãe, batidas do coração).
◈ Estimulação Vestibular (colchão dágua).
◈ Estimulação Proprioceptiva e Tátil.
Estimulação: Criança
◈ O bebê está constantemente recebendo estímulos e a
repetição desses leva ao aprendizado.
◈ Deve-se evitar repetições inadequadas e facilitar a
realização de movimentos básicos.
◈ Observação das terapias e encorajamento para toque e
manipulação do bebê.
Sintomas de Relação da UTI
Neonatal
◈ Potencial incidência de fratura ou luxação durante
o manejo de articulações.
◈ Rachaduras na pele ou comprometimento
vascular durante a imobilização ou colocação de
fitas para redução de deformidades.
◈ Aspiração durante avaliação da alimentação.
Sintomas de Relação da UTI
Neonatal
◈ Apnéia ou Bradicardia durante mobilização com
potencial evolução para parada respiratória.
◈ Hipotermia devido a manipulação prolongada do
bebê fora da isolete.
◈ Propagação de Infecções devido a procedimentos
inadequados.
PROJETO CANGURU
PROJETO CANGURU
Fase Ambulatorial
◈ Apesar dos avanços tecnológicos 25 a 29% dos
bebês prematuros são estimados como de alto
risco para comprometimento neurológico ou
atraso no DNM. Os demais necessitarão de
observação ambulatorial.
Fase Ambulatorial
◈ Caracterizada pela
estabilidade clínica da
criança e algum grau de
organização cerebral.
Fase Ambulatorial
◈ Será baseada na maturidade cerebral de cada
criança.
◈ Considerar sempre: Ciclo vígilia-sono,
comportamento da criança e avaliação neurológica.
◈ A estratégia central do programa será a estimulação
sensorial.
Estimulação Visual
◈ Ciclo Vigília-Sono.
◈ Resposta inicial: Fixação
Ocular e Perseguição
◈ Detecção dos movimentos,
forma e contraste
◈ Resposta voluntária de
direcionar a cabeça em direção ao
estímulo.
Estimulação Auditiva
◈ Resposta Reflexa de
orientação ao estímulo
integrada no TC.
◈ Resposta voluntária de
procura à fonte sonora.
Estimulação Vestibular
◈ Ajustes do Tônus muscular
de acordo com os
movimentos da cabeça.
Estimulação Motora
◈ Aquisição das atividades
funcionais (controle de
cabeça, tronco superior,
rolar, sentar....).
Considerações Finais
◈ Ambiente da Criança
(família).
◈ Resposta da criança à
Estimulação.
◈ Plasticidade Neural.
◈ Orientação do Cuidador.
◈ Reformulação do Programa.
QUESTÕES ESTUDO
1- Caracterize clinicamente o perfil de uma criança
prematura.
2- Explique como é realizado o cálculo para a correção da
idade da criança prematura.

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