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PERÍODO NEONATAL
CLASSIFICAÇÃO DO NEONATO
CONCEITOS DE PREMATURIDADE
Prematuridade moderada
Prematuridade extrema
Segundo Leone (1994), os recém-nascidos pré-termo extremo (PTE),
são definidos como aqueles cuja idade gestacional é menor ou igual a 30
semanas; apresentam, em decorrência desta maior imaturidade,
intercorrências mais frequentes e mais graves, favorecendo o desenvolvimento
de deficiência a curto e/ou em longo prazo. Estes neonatos costumam pesar
menos do que 1.500 g, medir menos do que 38 cm de estatura e menos do que
29 cm de perímetro cefálico, ao nascimento (LEONE, 1994; CALIL, 1996).
Os problemas mais frequentes que este grupo costuma apresentar são:
• Anoxia perinatal;
• Dificuldade na manutenção da temperatura corpórea;
• Insuficiência respiratória - DMH, DBP;
• Crises de apneia;
• Hiperbilirrubinemia;
• Infecções adquiridas;
• Hipo e hiperglicemia;
• Hipocalcemia precoce;
• Enterocolite necrotizante;
• Hemorragia intracraniana;
• Persistência de canal arterial (PCA);
• Retinopatia da prematuridade - fibroplasia retrolental;
• "Raquitismo da prematuridade";
• Anemia;
• Malformações congênitas;
• Iatrogenias - infusão de líquidos e eletrólitos;
• Efeitos adversos de drogas.
Fatores placentários:
• Infartos;
• Deslocamentos;
• Hemangiomas;
• Trombose venosa.
O bebê PIG
Diferenças anatômicas
Diferenças fisiológicas
Risco biológico:
• Peso abaixo de 1.500 g;
• Idade gestacional menor ou igual a 32 semanas;
• Pequeno para a idade gestacional;
• Asfixia perinatal;
• Problemas neurológicos: hemorragia intracraniana; convulsão
neonatal; meningite;
• Doença pulmonar crônica: ventilação prolongada;
broncodisplasia pulmonar;
• Hipoglicemia sintomática;
• Hiperbilirrubinemia;
• Infecções congênitas (toxoplasmose, rubéola, vírus da herpes tipo
II, sífilis, citomegalovírus).
Risco estabelecido:
• Hidrocefalia;
• Microcefalia;
• Anormalidades cromossômicas;
• Anormalidades musculoesqueléticas;
• Nascimento múltiplo acima de dois;
• Lesões do plexo braquial;
• Miopatias congênitas;
• Erros inatos do metabolismo;
• Infecção por HIV.
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A definição de apneia vem sofrendo modificações nos últimos anos em
função de novos conhecimentos sobre sua fisiopatologia. Inicialmente, definia-
se apneia em função dos movimentos respiratórios.Ausência de movimentos
respiratórios, por mais de 15 segundos, ocorre comumente em RNPT, em
incidência inversamente proporcional à idade gestacional. Esses episódios
podem ser acompanhados de bradicardia e cianose.Apneia neonatal é definida
como ausência de respiração por mais de 20 segundos, ou por alteração no
ritmo respiratório acompanhada de cianose e bradicardia. Após 30 a 40
segundos de interrupção da respiração, manifestam-se palidez e hipotonia, e o
RN deixa de responder a estímulos táteis, necessitando de intervenção mais
agressiva para se reverter o quadro instalado.Segundo Kliegman (1997),
apneia da prematuridade pode decorrer de uma redução do estímulo do SNC
dos músculos respiratórios dependente da IG, caracterizada por ausência
simultânea de fluxo de ar e de movimentos da parede torácica (apneia central).
As apneias curtas costumam ser centrais, ao passo que as apneias durante 15
segundos ou mais frequentemente são mistas.É importante enfatizar que
quanto mais imaturo é o recém-nascido, maior é a irregularidade respiratória e
maior o número de apneias que ocorrem sem bradicardia, cianose e com
recuperação espontânea.O RNPT é mais vulnerável a apresentar apneia, pois
seus centros respiratórios são imaturos e não coordenados, não respondendo
adequadamente a alterações da PaO2, PaCO2 e pH sanguíneos. Essas
alterações, por sua vez,também podem deprimir os centros da respiração,
propiciando novos episódios de apneia.A monitorização é fundamental para
detectar os episódios de apneias. A SatO2 não deve baixar de 80%, a FC em
recém-nascido a termo (RNT) não deve ser inferior à 80bpm, e nos RNPT
inferior à 100bpm. A patogênese da apneia do recém-nascido é multifatorial.
Imaturidade do centro respiratório, fatores ambientais, metabólicos e
cardiorrespiratórios podem precipitar a apneia sugerindo vulnerabilidade dos
centros respiratórios do tronco cerebral. Também há imaturidade de resposta
dos quimiorreceptores centrais e periféricos a hipercapnia e hipóxia.As apneias
próprias da prematuridade podem ser classificadas em (LOPES, 2001;
FALCÃO, 1999):Centrais: não se detecta contração diafragmática nem fluxo
aéreo nasal. Cessação total de movimentos respiratórios e consequentemente
de fluxo de ar nas vias aéreas superiores.Obstrutivas: a movimentação
diafragmática está presente, porém sem fluxo aéreo nasal. Cessação de fluxo
de ar nas vias aéreas superiores na vigência de movimentos respiratórios
ativos.Mistas: o início é central e, após alguns segundos, sobrevém a
contração diafragmática, com inibição do tônus motor, caracterizando apneias
mais duradouras.A grande maioria dos RNPT deixa de apresentar apneias ao
atingir a idade gestacional (IG) de 36 a 37 semanas.
O reflexo de Hering-Breuer, importante na manutenção do volume
pulmonar, apresenta menor intensidade no RNPT, aumenta no decorrer da
gestação com intensidade máxima entre a 36ª e 38ª semana de IG. Esta menor
intensidade deve- se a menor aferência vagal.Segundo Gross (1992), 50% dos
lactentes com peso ao nascimento abaixo de 1500 g apresentam uma apneia
intensa o suficiente para exigir intervenção. A apneia também parece ser uma
das maneiras pelas quais o prematuro responde ao estresse. O grau de
intervenção depende da frequência e intensidade dos episódios de apneia.Se o
neonato tiver apneias significativas, é necessário administrar metilxantinas, e
caso fracasse, institui-se CPAP nasal. Se a apneia persistir deve-se intubar ou
ventilar o lactente.O tratamento se dá por estimulação tátil, tratamento
farmacológico (xantinas), CPAP nasal, além de cuidados gerais como
posicionar o RN a 15°, aspirar secreções frequentemente e evitar o manuseio
desnecessário.A pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) nasal é
terapia eficaz das apneias mistas ou obstrutivas.
PNEUMONIA NEONATAL
SÍNDROME DE ESCAPE DE AR