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Consulta e Exame fisico

2023
A Primeira Deverá

Consulta do ocorrer na
sua primeira
semana de
Recém- vida;

Nascido Avaliação da
saúde da
Estimular e
auxiliar o
aleitamento
puérpera. materno
exclusivo;

Verificação da
Orientar e
Caderneta de
realizar
Saúde da
imunizações;
Criança;

Estabelecer
ou reforçar a
rede de apoio
à família;
Acompanhando
a saúde da
criança
• Consulta da 1ª Semana
• Consulta do 1º Mês
• Consulta do 2º Mês
• Consulta do 4º Mês
• Consulta do 6º Mês
• Consulta do 9º Mês
• Consulta do 12º Mês
• Consulta do 18º Mês
• Consulta do 24º Mês
• Consulta do 36º Mês
Durante o exame
Não perturbar o RN,
Retirar a roupa
gradativamente,
A maior parte do exame
deve ser realizado com a
criança no colo da mãe,
Explique o que vai ser feito,
verificar sinais vitais e
antropometria,
Condições do nascimento da
Anamnese criança: tipo de parto, local do
parto, peso ao nascer, idade
gestacional, índice de Apgar,
intercorrências clínicas na gestação,
no parto, no período neonatal e
nos tratamentos realizados;

Antecedentes familiares e
condições de moradia (as
condições de saúde dos pais e
dos irmãos, o número de
gestações anteriores, o número
de irmãos; saneamento básico,
água);
Resumo do
crescimento

Nasce com 3.300g.


Perde até 10% do peso
durante os 4 a 5 primeiros
dias, depois de 10 dias
recupera o peso do
nascimento.
Boletim de Apgar

Sinal 0 1 2
Cor Cianose/ Corpo róseo, Completamente
palidez extremidades róseo
cianóticas
Frquência cardíaca Ausente < 100 > 100
Irritabilidade reflexa Ausente Alguns movimentos Choro, tosse ou
(espirros, mímica ou careta espirros
facial)
Tônus muscular Flacidez Alguma flexão de Boa
extremidades movimentação,
bem fletido
Esforço respiração Ausente Lento, irregular, Choro forte
choro fraco
Índice de Apgar(Tônus muscular, FC, FR, Cor,
Irritabilidade reflexa)

• Entre 7 e 10: normal (no 5º minuto);


• 4, 5 ou 6: intermediário (prematuridade,
malformação congênita, o que não significa
maior risco para disfunção neurológica);
• 0 a 3: maior risco de mortalidade e leve aumento
de risco para paralisia cerebral;
• Baixo índice de Apgar isoladamente: não prediz
disfunção neurológica tardia.
Exame físico
1 - OBSERVAÇÃO DA APARENCIA GERAL
*Registra-se a primeira impressão sobre a criança a ser
examinada.
*fisionomia (alegre ou triste, calma ou agitada, assustada,
irritada), interação com o meio (atividade: hipo, normo ou
hiperativa;
*resposta aos estímulos ambientais e interação com as pessoas:
comunicativa , apática, interessada, desinteressada, brincando,
retraída), postura (ereta, relaxada, encolhida, de proteção de
uma área do corpo dolorida ou incômoda),
*exibe traços característicos ou deformidades físicas,
*estado nutricional (obesa, emagrecida, caquética) e hidratação
(hidratada , desidratada), condições de higiene e vestuário.
Exame físico na primeira
consulta do RN
• PESO, COMPRIMENTO E PERÍMETRO
CEFÁLICO:
• Comprimento (< 2a) e altura (> 2a);
• PC: medidas acima ou abaixo e dois
desvios-padrão (< -2 ou > +2 escores
“z”) pode estar relacionado a doenças
neurológicas (microcefalia e
hidrocefalia).
• Perímetro cefálico (na maioria dos
recém-nascidos fica entre 32 e 36 cm);
• Ao nascimento o perímetro cefálico é 1
a 2 cm maior que o torácico.
Microcefalia
• Recém-nascido A TERMO (37 semanas ou mais de idade
gestacional):

 medida do Perímetro Cefálico (PC) menor ou igual a 31,5 cm


para meninas e 31,9 cm para meninos e equivalente a menor
que -2 desvios-padrão para idade a idade gestacional e sexo.
ORIENTAÇÕES PARA MEDIDA DO
PERÍMETRO CEFÁLICO NO RN

1. Usar fita métrica de fibra de


vidro (na falta, usar fita
métrica comum em bom
estado de conservação)

2. A fita métrica deve contornar


todo o diâmetro cefálico,
passando as
sobrancelhas
sobre e proeminência
occipital.
• DESENVOLVIMENTO PÔNDERO-ESTATURAL
• Peso/estatura: diagnóstico nutricional.
• Curva de percentil: Cartão da Criança
• Dado isolado pouco significa;
• Curva ascendente: evolução favorável;
• Estabilização horizontal ou descendência da curva: sinal de alerta para uma
desnutrição;
• Verificação de peso: retirada completa das roupas, fraldas e calçados.
DESENVOLVIMENTO PÔNDERO-ESTATURAL
 Avaliar o peso em relação ao peso ao nascer;
 Perda de peso de até 10% ao nascer e sua
 recuperação até o 10º-15º dia de vida;
• Ganho de 20 a 30 g/dia durante os 3 primeiros
meses de vida;
• A partir 2º mês: 700 a 1000 g/mês;
• Triplicação do peso de nascimento até o
12º
mês.
Sinais Vitais:
FC: 100-160 bpm,
FR: 40/60 rpm,
Exame físico T: 36-37°C
Antropometria no RN termo:
PC: 32-38 cm
PT = ou até 2cm < que PC
C: 48-53 cm
Exame físico na primeira consulta do RN
Observe e avalie o
relacionamento da mãe e dos
DESENVOLVIMENTO familiares com o bebê: como
SOCIAL E respondem às suas
PSICOAFETIVO: manifestações, como interagem
com o bebê e se lhe
proporcionam situações variadas
de estímulo.
DADOS SUBJETIVOS
 

RECÉM-NASCIDO COM 10 DIAS DE PARTO


NORMAL SEM INTERCORRÊNCIA, NASCEU
DIA 25/06/2022, AS 6:35h, NO HOSPITAL DA
MULHER, PESANDO 2,950G, COMP.: 49cm,
PC: 33cm. AIG, APGAR 9/9, IG: 40 SEMANAS.
MAMOU NAS PRIMEIRAS HORAS DE VIDA,
Não REALIZOU PREVENÇÃO
OFTALMOLOGICA, MAS REALIZOU
HEMORRÁGICA. RN APRESENTOU
ICTERÍCIA, RECEBEU FOTOTERAPIA E TEVE
ALTA DIA 29/06/2022.
 
DADOS OBJETIVOS
 

PELE HIGIENIZADA, CABEÇA SIMÉTRICA,


FONTANELAS BREGMÁTICAS NORMOTENSA
3/3.MUCOSA OCULAR CORADA SEM EDEMAS
SEM SECREÇÃO, ORELHAS BEM
IMPLANTADAS, LÓBULOS SEM ALTERAÇÕES,
NARIZ LIMPO E INTEGRO, MUCOSA ORAL
CORADA, LÁBIOS E PALATO INTEGRO, TÓRAX
SIMÉTRICO, MV +, AC: BNF EM 2T, ABDOME
NORMOTENSO COTO AUSENTE. COLUNA
INTEGRA. EXTREMIDADES AQUECIDAS.
 
Exame físico na primeira consulta do RN
• ESTADO GERAL:
 postura normal: as extremidades fletidas,
 as mãos fechadas e o rosto, geralmente,
dirigido a um dos lados;

 Hipoatividade, irritabilidade, choro


excessivo; maus tratos, má higiene,
negligência;

 padrão respiratório: a presença de


anormalidades, como batimentos de asas
do nariz, tiragem intercostal ou
diafragmática e sons emitidos;

 Avalie o estado de vigília do recém-


nascido: o estado de alerta, o sono leve
 ou profundo e o choro.
•ESTADO GERAL: Identifique
sinais desidratação e ou
hipoglicemia:
Exame físico
na primeira  pouca diurese,
consulta do
 má ingestão (a criança não
RN
consegue mamar ou
vomita tudo o que mama),
 hipoatividade e
 letargia;
• PELE:

 Pesquisar assaduras, pústulas (impetigo), bolhas palmo plantares (sífilis);

 Esclarecer quanto à benignidade do eritema tóxico, manchas mongólicas;

 Edema (Se generalizado pensar em doença hemolítica perinatal, iatrogenia (uso


de colóides ou cristalóides em excesso), insuficiência cardíaca, sepse; se
localizado, sugere trauma de parto.

 Palidez (sangramento, anemia, vasoconstrição periférica ou sinal de arlequim –


palidez em um hemicorpo e eritema do lado oposto, por alteração vasomotora e
sem repercussão clínica).
• PELE:

 Cianose (Se generalizada: pensar em patologias cardiorespiratórias graves; se


localizada em extremidades ou região perioral: pensar em hipotermia).

• Icterícia Investigar o início (Icterícia patológica: nas primeiras 24 horas ou depois


do 7º dia de vida), duração (> 1 semana no RN a termo ou > 2 semanas no
prematuro), tonalidade (amarela com matiz intenso) ou se a icterícia se espalha
pelo corpo, atingindo pernas e braços. A icterícia fisiológica manifesta-se 48 a 72
horas após o nascimento e comumente desaparece ao final do 7º dia.
PELE
Cianose generalizada: geralmente causada
por problemas cardiorrespiratórios.
Cianose de extremidades (acrocianose)
pode ser originada por relativa hipotermia;
Peri umbilical pode ter significado
importante, sobretudo associado a uma
palidez (ex. infecção)
PELE
Icterícia: cor amarelada da pele e
mucosas pode ser considerada
anormal e deverá ser esclarecida a sua
causa de acordo com os seguintes
fatores: início antes das 24 horas ou
depois de 7dias
•Bilirrubina: tóxica p/ SN
•objetivo do tratamento:
prevenção do dano
neurológico. tratamento:
fototerapia, exosanguíneo
transfusão ou uso de
medicações

•A indicação da
fototerapia: depende dos
níveis sanguíneos de
bilirrubina, do peso do
RN, da idade gestacional e
de outros fatores que
podem aumentar o risco
de lesão do sistema
A exosanguíneo transfusão está indicada para os
casos de doença hemolítica por incompatibilidade Rh
e para os casos de insucesso da foterapia.
•Eritema Tóxico
•Pequenas lesões
eritema-papulosas
observadas nos primeiros
dias de vida. Regridem em
poucos dias.
Mílium Sebáceo:
pequenos pontos branco-amarelados localizados
principalmente em asas de nariz.
PELE
Hemangioma Capilar:
frequentes, principalmente na
fronte, nuca e pálpebra superior.
•Hematomas, petéquias e
equimoses: podem ser
encontrados no pólo de
apresentação.
• Quando localizadas na face
têm aspecto de cianose
localizada e é chamada
máscara cianótica.
Desaparece
espontaneamente.
Vérnix

Descamação de pele
• CRÂNIO:
 A fontanela anterior (bregmática) mede de 1cm a 4cm, tem forma
losangular, fecha-se do 9º ao 18º mês e não deve estar fechada no
momento do nascimento;

 A fontanela posterior (lambdoide) é triangular, mede cerca


de
0,5cm e fecha-se até o segundo mês;

 Verificar presença de fontanela tensa, abaulada – pode


indicar aumento da pressão intracraniana;
 Verificar presença de fontanela deprimida – característica
de
desidratação.
• CRÂNIO:
 Bossa serossanguínea (resultante do parto –
construída pela presença de um área de edema
de limites imprecisos no couro cabeludo);
 Cefalematomas (coleção mais
sanguínea,
delimitado e involue mais lentamente):
 Desaparecem espontaneamente.
Céfalohematoma
Suturas

•Após o parto, o afastamento


pode estar diminuído devido
ao cavalgamento dos ossos do
crânio, sem significado
patológico, e deve ser
diferenciado da crânio estenose
que é a soldadura precoce de
uma ou mais suturas cranianas
provocando deformações do
crânio com hipertensão
intracraniana
OLHOS:
• Reflexo fotomotor:
• projeta-se um feixe de luz em
Exame físico posição ligeiramente lateral a um
olho;
na primeira • A pupila deve se contrair
consulta do rapidamente;
RN • O teste deve ser repetido no outro
olho, devendo ser comparado com
o primeiro;
• Avalia basicamente a estrutura
anátomo- funcional.
Exame físico na primeira consulta do RN
• OLHOS:
Conjuntivites:
Proscrito( CREDE/ colírio de NITRATO DE PRATA para prevenção de
clamídia.

 A presença de secreção purulenta evidencia uma conjuntivite e,


principalmente no RN, é importante descartar a infecção por
gonococo, clamídia e herpes vírus;
Obstrução do canal lacrimal (obstrução da válvula de Hasner)
Exame físico na primeira
consulta do RN
• OLHOS:
•Estrabismo e nistagmo lateral:
• são comuns nesta fase,
devendo ser reavaliados
posteriormente (após 6
meses);
• Os RN podem apresentar
eventualmente algum tipo
de desvio ocular, pois a
visão binocular só estará
bem desenvolvida entre 3 e
7 meses.
Hemorragias conjuntivais:
são comuns, mas são reabsorvidas sem qualquer
procedimento
glaucoma
congênito com
macro córnea
(diâmetro superior
a 11 mm)
Exame físico na primeira consulta do RN
Triagem Auditiva
ORELHAS E AUDIÇÃO: Neonatal Universal (Tanu)
ou

Observe implantação,
“teste da orelhinha”; o tamanho e a
simetria das orelhas.
•forma, tamanho,
simetria, implantação e
papilomas pré-
auriculares.
•Anomalia do pavilhão =
malformação do trato
urinário e anormalidade
cromossômicas.
•Acuidade auditiva:
emissão de ruído,
ORELHAS observar a resposta do
reflexo cócleo-palpebral,
que é o piscar dos olhos.
Exame físico na primeira consulta do RN
• NARIZ:
 Avalie a forma e a possível presença de secreção (sífilis);
 verificar presença e aspecto de secreção.
 Forma, permeabilidade das coanas, mediante a oclusão da boca e de cada
narina separadamente e/ou à passagem de uma sonda pelas narinas; e a
presença de secreção serosanguinolenta.
Exame físico na
primeira
consulta do RN
• BOCA:
• Alterações morfológicas podem
representar dificuldade para a
pega durante a amamentação;
• Observe a úvula, o tamanho da
língua (macroglossia), o palato, o
freio lingual e a coloração dos
lábios.
• Fendas, tumores, dente neonatal,
lábio leporino, pérolas de Ebstein
BOCA
Observar no palato duro e às
vezes nas gengivas, pequenas
formações esbranquiçadas,
as pérolas de Epstein; lesões
erosivas, com halo
avermelhado, chamadas
aftas de Bednar e presença
de dentes.
Observar a conformação do palato
(ogival); a presença de fenda palatina;
da fissura labial (lábio leporino); o
desvio da comissura labial que pode
estar associado à paralisia facial por
traumatismo
Exame físico na primeira
consulta do RN • PESCOÇO:
• Avalie a assimetria facial
e a posição viciosa da
cabeça;
• O torcicolo congênito tem
resolução espontânea em
90% dos casos;
• No entanto, nos casos
mais persistentes, pode
ser necessária correção
cirúrgica (protelada até os
três anos de idade);
• Movimentação passiva
Tórax: Inspeção: simetria, retrações,
FR, ingurgitamento mamário,
palpação de clavículas
Ausculta: sons pulmonares, ausculta
Exame físico cardíaca
Abdome: inspeção: distensão,
escavação, defeitos de parede
(onfalocele e gastroquise); cordão:
vasos; hérnia umbilical, diástase de
retos, palpação: vísceras e massas,
ausculta
Exame físico na primeira consulta do RN
• TÓRAX:
 Avalie a assimetria, pois ela sugere
malformações cardíacas, pulmonares, de
coluna ou arcabouço costal;

 Apalpe as clavículas, para avaliar se há


fraturas que poderiam acarretar diminuição
ou ausência de movimentos do braço;

 A fratura de clavícula é manejada


simplesmente prendendo-se o braço ao
tórax, para proporcionar conforto ao bebê;
tem caráter benigno e ocorre formação de
calo ósseo em 2 a 3 semanas;
Exame físico na primeira consulta do RN
• TÓRAX:

• Oriente a família para a involução espontânea de


mamas, que podem estar ingurgitadas ou com
presença de secreção leitosa (passagem de
hormônios maternos);
• TÓRAX:

Exame • Observe sinais de sofrimento


respiratório (tiragens, retração
físico na xifoidiana, batimentos de asas do
nariz, gemidos, estridor);
primeira • Frequência cardíaca, que
consulta normalmente varia entre 120bpm e
160bpm;
do RN • Observe a possível presença de
cianose.
Exame físico na primeira consulta do RN
ABDOMEN:
RESPIRAÇÃO Deve estar entre
Basicamente 40mrm e 60mrm;
abdominal;
Tórax
O tórax do recém-nascido é cilíndrico.
Uma assimetria pode ser determinada por malformações de coração, coluna
ou arcabouço costal.
Palpar ambas as clavículas para detectar a presença de fratura.
FC entre 120 e 160 bpm.
Sopro inocentes em 90%.
A respiração é abdominal, quando predominantemente torácica e com
retração indica dificuldade respiratória.
frequência respiratória :
40 movimentos RN de termo
60 movimentos no pré-termo.
Os movimentos são contados durante dois minutos e dividido o total por
dois.
Tórax

Estertores bolhosos: logo após o nascimento são


transitórios e desaparecem nas primeiras horas de vida.
Sua persistência obrigará a verificar a ausência de
patologias pulmonares, bem como diminuição global e
assimetria do murmúrio vesicular.
FC: 120 a 160 bpm.
Abdome
Globoso, flácido e móvel com a
respiração
Fígado: 0,5 a 2 cm do rebordo costal
direito
Baço não palpável até 1 cm do rebordo
costal esquerdo.
Exame físico na primeira
consulta do RN
• ABDOME:
•FORMA DO ABDOME:
• DILATADO: pode sugerir presença de líquido,
distensão gasosa, visceromegalias, obstrução
ou perfuração abdominal;

• ESCAVADO: pode indicar hérnia diafragmática.

• HÉRNIA INGUINAL: indicação cirúrgica


imediata, devido ao risco de encarceramento
ou estrangulamento;

• HÉRNIA UMBILICAL: aguarda-se sua regressão


espontânea até 12 meses, dependendo do
tamanho da hérnia.
Exame físico na primeira consulta do RN
• ABDOME:
FORMA DO ABDOME:
 HÉRNIA INGUINAL
 HÉRNIA UMBILICAL
Hérnia
Hidrocele
Exame físico na primeira consulta do RN
• ABDOME:
 Granuloma umbilical;
 Tratamento: nitrato de prata na forma de bastão ou solução
aquosa manipulada a 10%, com aplicação de 1 a 2 vezes
por semana, durante 2 a 3 semanas.
 https://aps.bvs.br/aps/quais-os-cuidados-ao-aplicar-nitrato-de-prata-para-cauterizacao-de-
granuloma-em-cicatriz-umbilical-de-recem-nascido/
Exame físico na primeira consulta do RN
• ABDOME:
 Onfalite: Se a região umbilical estiver vermelha,
edemaciada e com secreção fétida. A criança
deve ser encaminhada para a emergência*.
Onfalocele decorrente de herniação ou protrusão de conteúdo abdominal
para dentro da base do cordão umbilical, recoberto por peritônio sem pele
sobrejacente,
Exame físico na primeira
consulta do RN
• GENITÁLIA:
• Apalpe a bolsa escrotal para
identificar a presença dos
testículos;

• Quando os testículos não


forem palpáveis na bolsa
escrotal na primeira consulta,
a mãe pode ser informada de
que isso se trata de uma
situação comum,
especialmente em prematuros
(9,2% a 30%);
Exame físico na
primeira consulta do
RN
• GENITÁLIA:
• Na maioria das vezes, os testículos
“descem” até os 3 meses de vida;

• Se aos 6 meses não forem


encontrados testículos palpáveis no
saco escrotal, será necessário
encaminhar a criança à cirurgia
pediátrica.
Exame físico na
primeira consulta do
RN
• GENITÁLIA:
• O acúmulo de líquido
peritoneal ao redor do
testículo caracteriza
HIDROCELE, que em geral tem
regressão lenta, com resolução
espontânea até os 2 anos de
idade da criança;
Fimose é fisiológica
ao nascimento
Exame físico na primeira consulta do RN
 Regressão fisiológica: aos 03 anos 90% dos meninos apresentam
o prepúcio retrátil;

 Em crianças menores de 2 anos, habitualmente,


tratamento é necessário, pois a maiorianenhumse resolve
espontaneamente.

Exercícios ou massagens para retrair o prepúcio devem ser


evitados, pois além de causar dor, podem provocar sangramentos
e, como consequência, a formação de cicatrizes que reduzem o
orifício por onde deveria passar a glande.

Não é recomendado realizar exercício no pênis do lactente para


aumentar a abertura do prepúcio, pelo risco de provocar
microtraumas e fibrose local.
Exame físico na primeira consulta do RN
•A higiene local é a melhor maneira de
prevenir a fimose, evitando assim as postites
(infecção ou inflamação do prepúcio).

•O tratamento clínico ou cirúrgico


(postectomia) é realizado a partir dos 2 anos
e de acordo com a preferências dos pais ou
antes se a criança apresentar postite ou
infecção de urina.

•O uso de corticosteroides em pomada, duas


vezes ao dia por 20 a 30 dias, é a primeira
linha de tratamento e tem uma taxa de
sucesso em mais de 90% dos casos.

•Quando não resolvido com as pomadas de


corticoides, o tratamento é cirúrgico e pode
ser realizado em diferentes faixas etárias.
Feminina

Os pequenos lábios e clitóris estão proeminentes.


Pode aparecer nos primeiros dias uma secreção esbranquiçada
mais ou menos abundante e às vezes hemorrágica.
Pesquisar imperfuração himenal, aderência de pequenos lábios.
Fusão posterior dos grandes lábios e hipertrofia clitoriana indica a
pesquisa de cromatina sexual e cariótipo.
Exame físico
Coluna Vertebral: defeitos de linha média

Membros: palpar pulsos, ver perfusão, edema, pé


torto, pesquisa de luxação congênita de quadril

Aparelho gênito-urinário

Masc.: pênis (3 – 4 cm), testículos, fimose, hérnias,


posição uretral, força e jato urinário

Fem.: vulva, presença de secreções, hímen


Exame físico na primeira consulta do RN
• COLUNA VERTEBRAL:
 Examine toda a coluna, em especial a
área lombo-sacra, percorrendo a linha média;
 Examinar coluna vertebral em diversas posições,
rigidez, postura, mobilidade e curvatura.
 Registrar presença de espinha bífida, tufos
de pêlos e hipersensibilidade.
Exame físico na primeira consulta do RN

Na genitália feminina, os
GENITÁLIA: pequenos lábios e o clitóris
estão mais proeminentes;

Pode haver secreção


esbranquiçada, às vezes Observar a localização do
hemorrágica, devido à meato urinário para excluir a
passagem de hormônios possibilidade de HIPOSPÁDIA
maternos, que se resolve OU EPISPÁDIA;
espontaneamente;
Exame físico na
primeira consulta do
RN
• HIPOSPÁDIA
• Hipospádia é uma malformação
com meato ectópico na região
ventral do pênis, que fica com
curvatura ventral;
• Prevalência 3 a 5 casos em 1000
nascimentos de meninos;
Exame físico na primeira consulta do RN
• HIPOSPÁDIA
 O momento da cirurgia é variável, geralmente sua
realização é indicada entre 6 e 24 meses.
 O encaminhamento cirúrgico não é necessário para
pacientes com defeitos leves se as reconstruções cirúrgicas
não forem solicitadas pela família.
 O tratamento definitivo é o reparo cirúrgico as
indicações
e para a cirurgia podem ser funcionais ou
estéticas.
 A necessidade de encaminhamento urológico é baseada
na gravidade das hipospádias (deflexão significativa do
fluxo urinário; incapacidade de urinar de pé; disfunção
erétil devido à curvatura peniana, que levarão,
posteriormente, a dificuldades na relação sexual; risco de
problemas de fertilidade devido a dificuldades de
deposição de esperma).
Assistência de enfermagem
 Orientar quanto à higiene íntima;

 Informar sobre a malformação;


 Orientar quanto à cirurgia;
Fornecer apoio psicológico aos pais,
para que estes transmitam segurança e
apoio à criança.
a topografia ectópica do meato
uretral implica num jato urinário não
para a frente. A consequência deste
fato é que as crianças são obrigadas a
urinar sentadas, sendo compreensível o
grave problema psicológico que isto
•EPISPÁDIA: é uma hipospádia
invertida, onde o meato uretral
está localizado na face dorsal do
pênis, com diversos estágios de
complicação, pois quanto mais
proximal (mais próximo do
púbis) mais comprometido
estará o esfíncter vesical e
portanto sua continência
urinária.
CRIPTORQUIDIA: ausência de testículos na bolsa escrotal ou canal inguinal.
Exame físico na primeira
consulta do RN • ÂNUS E RETO:
• Verifique a
permeabilidade
anal, bem como a
posição do orifício
e a presença de
fissuras.
Exame físico na primeira consulta
do RN
SISTEMA OSTEOARTICULAR:
• Examine os membros superiores e
inferiores, para avaliar sua
resistência à extensão, a flexão
dos membros, a possibilidade de
flacidez excessiva e a suposta
presença de paralisia;

• Identifique a provável presença de


pé torto, que pode ser desde
posicional (corrigido
espontaneamente ou com
imobilização) até um pé torto
congênito grave, encaminhar para
o ortopedista.;
Deformidades dos membros inferiores
Geno varo

Joelhos bem afastados, enquanto os tornozelos se aproximam.


• Pode ser normal na criança do 0 aos 3a (geno varo fisiológico). A deformidade
não é muito acentuada, é simétrica e regride espontaneamente do início da
marcha (um ano) até no máximo três anos, porém, crianças obesas podem ter
dificuldades nesta regressão espontânea.

• Doenças que podem causar geno varo (geno varo patológico).


• As principais causas são:
• Deficiência de vitamina D: faz com que a criança tenha menos cálcio no
organismo e portanto tenham ossos mais fracos que “entortam” com o peso
do corpo.
• Tíbia vara de Blount: doença que afeta o crescimento da tíbia próxima ao joelho
que faz com que este fique varo. Pode ser uni ou bilateral.
• Síndromes genéticas: a criança apresenta várias outras alterações morfológicas
além do joelho varo.
• Se o geno varo é muito “expressivo”, persiste além de 2 anos (aumentando em
vez de diminuir) ou ocorre em apenas uma perna: encaminhar para ortopedista.
EXTREMIDADES Nas articulações coxofemorais deve
ser pesquisado sistematicamente
pela abdução das coxas, tendo as
pernas fletidas (MANOBRA DE
ORTOLANI), e pela pesquisa de
assimetria de pregas da face
posterior das coxas e subglúteas.
Exame físico na primeira
consulta do RN

• SISTEMA OSTEOARTICULAR:
• Verifique a presença de luxação
congênita de quadril realizando
os testes de Ortolani e de
Barlow.
Membros:
alterações
Os dedos:
polidactilia,
sindactilia
malformações
ungueais
Orientar a Prevenir acidentes

Orientar higiene bucal

Orientar e prescrever medicamentos


necessários
Marcar retorno
Encaminhar para outras especialidades
e imunização
REFERÊNCIAS
• Brasil. Ministério da Saúde. Protocolos da atenção
básica: saúde da criança / Ministério da Saúde,
Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa. –
Brasília : Ministério da Saúde, 2016.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à


Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da
Criança: crescimento e desenvolvimento. Cadernos de
Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

• RIBEIRO, Circéa Amália and ANGELO, Margareth. O


significado da hospitalização para a criança pré-
escolar: um modelo teórico. Rev. esc. enferm. USP
[online]. 2005, vol.39, n.4 [cited 2014-03-24], pp.
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• WONG. Fundamentos de Enfermagem


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