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Parali ia

Cerebral
Cinthia Martins Da Cruz - RA: N556FE5
Mayara Dos Santos - RA: F215857
Parali ia Cerebral
A Encefalopatia crônica não progressiva da infância,
conhecida como Paralisia Cerebral (PC) é definida como:
✔ Um grupo de condições caracterizadas por
Disfunções Motora, a dano cerebral não progressivo,
que ocorre no período Pré, Peri ou Pós-Natal.
• A alteração motora é caracterizada pela falta de
controle dos movimentos voluntários;
• É a causa mais comum de deficiência na infância;
EPIDEMIOLOGIA
✔ A Paralisia Cerebral afeta cerca de 2 crianças a cada 1.000
nascidos vivos no mundo;
Países desenvolvidos a prevalência varia de 1,5 – 5,9 / 1.000 nascidos vivos;

Países em desenvolvimentos prevalência de 7/1.000 nascidos vivos;

✔ Há evidências de que a incidência aumenta em crianças


prematuras e com baixo peso ao nascimento.
FATORES DE RISCO
• Genética;
• Congênita;

• Infecciosa;

• Metabólica;

• Traumática;

• Inflamatória.
FATORES DE RISCO
Pode ocorrer nos períodos: Pré-Natal, Perinatal e Pós-Natal

PRÉ-NATAIS PERINATAIS PÓS-NATAIS

• Genética | Hereditária; • Anomalia da placenta; • Tóxica;

• Infecções Congênitas; • Anomalia de posição fetal; • Icterícia;

• Substâncias químicas; • Contrações uterinas e anemia; • Infecciosa;

• Complicações • Prematuridade, Macrossomia • Meningite;

obstétricas: Epilepsia, fetal e má formação fetal; • Metabólica;

hemorrágia; • Duração do parto, baixo peso, • Traumáticas;

• Maternas Metabólicas: distocias (asfixia perinatal, • Afogamento;

Diabetes, Hipertensão, trauma cerebral); • Imunoalérgica;

desnutrição; • Infecções (meningite, herpes); • Hipóxico-isquêmica;


• Distúrbios hidroeletrolítico; • Síndromes epiléticas;
• Doenças cardiorrespiratórias.
DIAGNÓSTICO MÉDICO
O diagnóstico clínico é baseado na Anamnese, Avaliação Clínica e
Neurológica, exames de imagem pode auxiliar no esclarecimento
da etiopatogenia:
• Presença de alteração motora;

• Atraso do desenvolvimento Neuromotor;

• Persistência dos reflexos primitivos;

• Alteração do Tônus Muscular;

• Alteração respiratória com base nos déficits

de movimento.
DIAGNÓSTICO MÉDICO
• Exames físicos: •Testes de Desenvolvimento:
• PC classificada de
Força; padronizados, como o Teste
acordo com o
Reflexo; Denver II: avalia o
predomínio do déficit
Equilíbrio; de movimento. desenvolvimento motor,
Coordenação; cognitivo, de linguagem e
Tônus muscular; social da criança.
Habilidades motoras;

• Pode incluir testes de flexibilidade, avaliação dos


movimentos oculares e outros testes neurológicos.
EXAMEM DE IMAGEM
• Ressonância Magnética;
• Tomografia computadorizada;
• EEG (eletroencefalograma).
Quadro Clí ico
✔ Se diferencia de acordo com a Paralisia Cerebral;
✔ Não é um conjunto estático, de sinais e sintomas;
✔ Os sintomas patológicos podem se desenvolver com o tempo;
Sinais e Sintomas comum:
• Tônus muscular inadequado, incluindo hipotonia, hipertonia e distonia;
• Má coordenação e dificuldades de movimento;

• Dificuldade em manter postura e equilíbrio;


• Funcionamento motor prejudicado;
• Dificuldade no controle motor;
• Deficiência da função motora oral.
Quadro Clí ico
5 principais aspectos no quadro clínico da PC:
• Retardo no desenvolvimento de novas habilidades (idade cronológica);

• Lento progresso de um estágio de desenvolvimento para o outro;

• Persistência de comportamento imaturo em todas as funções;

• Padrões anormais e pouco comum de algumas habilidades;

• Variações na sequência normal de habilidades.


Quadro Clí ico
Déficits associados:
• Epilepsia;

• Deficiência Mental;

• Linguagem alterada;

• Deformidades Ortopédicas;

• Visão alterada: Perda visual ou dos movimentos oculares.


Classificação Baseada na Função Motora
A GROSS MOTOR FUNCTION CLASSIFICATION SYSTEM (GMFCS) é composta
por 5 níveis de independência:
CLASSIFICAÇÃOTopográfica
Refere-se à distribuição corporal da lesão, que pode ser:
• Monoparesia: apenas 1 membro;

• Hemiparesia: um lado do corpo, com prevalência no MS;

• Diparesia: mais acentuado nos MMII do que nos MMSS;

• Triparesia: comprometimento dos dois MMII e + MS;

• Quadriparesia: comprometimento global dos 4 membros.


CLASSIFICAÇÃO
Topográfica
Tipos de Disfunções
Motoras:
• Espástica;

• Discinética (extrapiramidal);

• Atáxica;

• Mista;

• Hipotônica.
DISFUNÇÃO MOTORA ESPÁSTICA

As principais características:

Acometimento do moto neurônio superior;

Hipertonia espástica;

Aumento dos reflexos Tendíneos;

Plegia ou paresia;

Clônus muscular e Reação de Babinski.


DISFUNÇÃO MOTORA
DISCINÉTICA (EXTRAPIRAMIDAL)
As principais características:
Posturas anormais;
Acometimento dos núcleos da base;
Contrações voluntárias sustentadas ou intermitentes;
Distonia (movimentos lentos e estranhos do corpo,);
Atetose (movimentos lentos e involuntários de contorção e retorção das
extremidades, apresenta caretas e movimentos do pescoço);
Coreia (movimentos anormais nas regiões próximas de caráter explosivo e
de grande amplitude, em intervalos irregulares).
DISFUNÇÃO MOTORA ATÁXICA
As principais características:
Distúrbios da Coordenação dos movimentos;
Acometimento do cerebelo;
Dissinergia;
Diminuição do tônus;
Equilíbrio deficiente;
Marcha com base aumentada e tremor intencional.
DISFUNÇÃO MOTORA MISTA
As principais características:

Acometimento de duas ou mais áreas;


Na maior parte dos casos, os sintomas não aparecem isolados, pelas
lesões múltiplas, podendo a criança apresentar mais do que um quadro
clínico;
75% apresentam espástica como padrão.
DISFUNÇÃO MOTORA HIPOTÔNICA
As principais características:
Fraqueza muscular;
Músculos mal definidos;
Menor força e resistência;
Grave depressão da função motora;
Frouxidão e aumento da mobilidade articular;
Maioria das vezes o diagnóstico é transitório, pois a maioria das crianças
evolui para os tipos discinéticos ou atáxicos.
Parali ia Cerebral Atetóide
MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS ATETOSE

•As principais características motora são:

São movimentos anormais, não intencionais, incontrolável;

Podem estar presentes em todas partes do corpo, incluindo face e língua;

Aumenta diante da excitação ou de qualquer forma de insegurança ou

esforço para realizar movimento;


I tabilidade Po tural
Os movimentos involuntário ou espasmos
distintos afetam o equilíbrio da criança;
Posturas anormais em pé, envolvem inclinação para
trás com extensão do quadril, lordose e cifose, e
queixo projetado para frente.

A dança atetóide
Incapacidade de alguns atetóides de manter o peso,
sobre os dois pés, e continuamente o movimento
dos pés, para cima e para fora.
TRATAMENTO
É necessário o auxílio de uma equipe
multidisciplinar, para uma
abordagem benéfica na vida dessa
criança, composta por:
• Família;
• Médico;
• Enfermeiro
• Fisioterapeuta;
• T.O;
Tratamento Fisioterapêutico
Recursos Fisioterapêuticos:

✔ Cinesioterapia;

✔ Hidroterapia;

✔ Equoterapia;

✔ Método Bobath;

✔ Pediasuit;

✔ Terapia por contensão induzida (TCI).


Tratamento Fisioterapêutico
Objetivos de tratamento:

• Alongamento;
• Aumentar ADM;
• Estimular o DNM;
• Estimular trocas posturais;
• Estimular controle postural;
• Estimular equilíbrio e postura;
• Estimular reações de proteção;
• Inibir padrões de movimentos anormais;
Tratamento Fisioterapêutico
Objetivos de tratamento:
• Melhorar os reflexos anormais;

• Fortalecimento da musculatura;

• Treinar atividades de vida diária;

• Evitar complicações respiratórias;

• Evitar subluxação e luxação de quadril;

• Melhora da integração sensorial (entre o sistema visual, vestibular e

proprioceptivo).
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Equoterapia
A equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo em uma abordagem
interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação;

O cavalo é o agente promotor de ganhos físicos e psicológicos e o terapeuta;

A equoterapia se enquadra na reabilitação de pacientes com


PC por adequar o tônus muscular,
melhorar controle posturalpromover a
integração das percepções proprioceptivas e táteis,
facilitar as relações espaciais e temporais e atuar na
correção de alterações musculoesqueléticas.
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Terapia por Contensão Induzida
É uma técnica de reabilitação, com abordagem comportamental,
para pessoas com uso assimétrico dos membros;
Através da terapia orientada à tarefa,
associada a métodos
comportamentais aplicados de forma
intensiva e repetitiva;
Objetivo de aumentar e melhorar o
uso do membro mais acometido;

Tem duração de 3 horas diárias de


treino, por um período de duas ou
três semanas consecutivas;
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Método PediaSuit
PROTOCOLO PEDIASUIT®
• É um tratamento intensivo, com duração
de 4 semanas, com 4 horas diárias de
exercícios;
• Associado ao uso de um macacão
terapêutico ortopédico, que irá promover
um ajuste biomecânico no paciente;
• É um recurso usado pelo terapeuta no
tratamento de sequelas
neurosensoriomotoras, como hemiplegia,
diplegia, tetraplegia, ataxia, discinesia.
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Método PediaSuit

O programa combina fisioterapia,

terapia ocupacional e

fonoaudiologia, de acordo com a

necessidade de cada paciente.


Curso Baby: R$2.995,00
Curso Básico: R$ 5.990,00
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Método PediaSuit
Objetivos:

Unidade de alinhamento do corpo;

Restabelecer o alinhamento da postura;

Alivia na descarga do peso;

Melhora do tônus muscular;

Funções sensoriais do paciente.


TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Método PediaSuit
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Método PediaSuit
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Conceito Bobath:
• A base do conceito bobath é a neuroplasticidade, a capacidade do
SN de se adaptar após uma lesão;
• Conhecido como Conceito Neuroevolutivo, pois acredita que após o
SN sofrer uma lesão, ele obedece uma sequência de recuperação,
similar ao Desenvolvimento Motor da criança, que segue a
sequência Crânio>Caudal e Proximal>Distal;
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Conceito Bobath:
Os manuseios e as 3 Pilares do
Todas as facilitações são
Tratamento:
facilitações consiste na
utilizadas para alcançar
interação entre
ANALISE o objetivo funcional e
terapeuta e paciente, FUNCIONAL
auxiliar a criança com
para ativação adequada
menor gasto energético,
do sistema FACILITAÇÃO
usando a musculatura
sensoriomotor +
certa, na hora certa;
desempenho para RACÍOCINIO
CLÍNICO
atividades + aquisições
das habilidades, que é o
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Conceito Bobath:
• O objetivo do conceito bobath é estimular e aumentar a
capacidade do indivíduo para realizar o movimento funcional
o mais próximo da normalidade possível facilitando o
movimento motor e inibindo posturas e movimentos
anormais.
TRATAMENTO
FISIOTERAPÊUTICO
Conceito Bobath:
REFERÊNCIAS
• Lanza F, et al. Fisioterapia em pediatria e neonatologia: da uti ao
ambulatório 2a ed. Editora Manole, 2019;
• Kopczynski, Marcos C. Fisioterapia em Neurologia, Editora Manole, 2012;
• Simões, J. (2022). A utilização do método pediasuit em crianças com
paralisia cerebral: uma revisão integrativa;
• Os benefícios da equoterapia para crianças com paralisia cerebral.
INTERFISIO, 2023. Disponível em: https://interfisio.com.br/os-beneficios-
da-equoterapia-para-criancas-com-paralisia-cerebral/ Acesso em
17\10\2023;
• Contensão Induzida. Contensão Induzida, 2023. Disponível em: https://
contensaoinduzida.com.br/atividades Acesso em 17\10\2023;

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