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Encefalopatia Crônica Não Progressiva na

Infância
ou
Paralisia Cerebral (PC)

Me. Cleber Alexandre de Oliveira


Prevalência e incidência na PC
• Estudos em países como Austrália, Suécia, Reino Unido e os Estados
Unidos verificam taxas de PC de 2,0 a 2,5 por 1.000 nascidos vivos. Em
países subdesenvolvidos, a incidência é maior estimando-se cerca de
7 por 1.000 nascidos.(Zanini, G., Cemin, N. F., & Nique Peralles, S.,
2017)
Definição
• Segundo a Associação Brasileira de Paralisia
Cerebral, 2022 (ABPC). A Paralisia Cerebral
(PC) descreve um grupo de desordens do
desenvolvimento do movimento e da
postura, causando limitações nas atividades.
São atribuídas a distúrbios não progressivos
que ocorrem no cérebro em
desenvolvimento. As desordens motoras da
PC são geralmente acompanhadas por
alterações na sensação, percepção, cognição,
comunicação, comportamento, epilepsia e
problemas musculoesqueléticos secundários.
Etiologia da Paralisia Cerebral
• A etiologia da paralisia cerebral é
multifatorial, sendo às vezes muito difícil
estabelecer uma causa específica.
Portanto podem causas:
• Pré natais: Infecções como rubéola,
toxoplasmose, citomegalovírus (ocorrem
em menor frequência)
• Peri natais: anoxia perinatal é a principal
causa e em segundo a prematuridade.
• Pós natais: Meningites, traumas e
outros. (ocorrem em menor frequência)
Classificação para a Paralisia Cerebral
• Classificação quanto a área acometida (classificação topográfica)
Hemiparesia, Monoparesia, Diparesias, Quadriparesias, triparesias,
Dupla hemiparesias.
• Classificação quanto ao tipo de tônus:
• Hipotonicos – Flácidos
• Hipertonicos – Espásticos
• Discinéticos – Atetoide, coreico e distonico.
• Ataxico
Diagnóstico

• A base do diagnóstico é clínico. Sendo evidenciado pelo histórico


pregresso do indivíduo e por exames de imagens e outros apenas
para comprovar diagnósticos diferenciais.
Avaliação
• A avaliação efetiva deve reconhecer a capacidade sensório motora,
além de tônus, equilíbrio, dor, marcha, padrão anormal, postura,
reflexos, uso de órtese e as atividades diárias.
• As avaliações devem ser capazes de descrever o desenvolvimento,
quantificar a função e analisar o objetivo que será traçado pelo
terapeuta, uma avaliação minuciosa demonstrará qual manuseio será
mais adequado para o paciente.
Escalas utilizadas na avaliação de crianças
com PC
• Escala Gross Motor Function Measure (GMFM): Este instrument avalia
a função motora grossa e também auxilia para emissão de
prognosticos.
• Evaluation of Disability Inventory (PEDI): aplicasse ao cuidador e
dividisse em tres partes- auto cuido, mobilidade e função social.
• Manual Abilities Classification System (MACS): responsável pela
classificação functional de manipulação.
• Gross Motor Function Measure (GMFM): Avalia a função motora
grossa de forma geral.
CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE
CIF

• A CIF admite que a interação entre as especificidades de uma


condição de saúde (tendo aqui como exemplo a paralisia cerebral)
com as características do(s) contexto(s) onde a pessoa vive (fatores
ambientais e pessoais), influencia diretamente nos processos de
funcionalidade e incapacidade.
• Diversas são as aplicações da CIF e CIF-CJ para a pessoa com PC. Elas
incluem descrição do perfil de funcionalidade e incapacidade, modelo
para nortear seleção de instrumentos de avaliação e desfechos de
intervenção e, para pautar o raciocínio clínico de profissionais e de
atuação da equipe da Saúde
Objetivos e tratamento

• A fisioterapia tem função importante na facilitação


do desenvolvimento motor, desenvolvendo
reflexos, diminuindo bloqueios, contraturas e
deformidades.
• O foco do fisioterapeuta deve ser o de se
aproximar ao máximo do desenvolvimento motor
normal.
• Os objetivos com o tratamento fisioterapêutico na
Encefalopatia Crônica Não Progressiva incluem
principalmente o aprimoramento das habilidades
existentes, desenvolvendo funções e promovendo
a independência, além de colaborar com a
prevenção ou diminuição de deformidades.
Tratamento
Referencias
• Zanini, G., Cemin, N. F., & Nique Peralles, S. (2017). PARALISIA CEREBRAL: causas e
prevalências. Fisioterapia Em Movimento (Physical Therapy in Movement), 22(3).
Retrieved from https://periodicos.pucpr.br/fisio/article/view/19461

• BRIANEZE, Ana Carolina Gama e Silva, et al. Efeito de um programa de fisioterapia


funcional em crianças com paralisia cerebral associado a orientações aos
cuidadores: estudo preliminar. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v.16, n.1, p.40-5,
jan./mar. 2009.

• SOUZA, Angela Maria Costa; FERRARETO, Ivan. Paralisia Cerebral - Aspectos


Práticos. Editora Memmon, 1998, São Paulo.

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