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E-BOOK

Fisioterapia
Neurológica
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Sistema nervoso central e periférico e
neuroplasticidade

Organização geral do SN

O sistema nervoso é um conjunto de elementos


responsáveis por eventos conscientes e
inconscientes. Coordena nossa percepção,
aprendizado, memória e ações.
O sistema nervoso

Controla e coordena as funções de todos os sistemas


do organismo, recebe estímulos, e ao interpretá-los
gera respostas adequadas.

Funções do sistema

Muitas de suas funções requerem tomada de decisão


(movimentar-se, por exemplo, é um ato voluntário) e
outros ocorrem sem que tenhamos consciência.

Divisão

É dividido em sistema nervoso central (SNC) e


sistema nervoso periférico (SNP). E as duas porções
são interdependentes.

Neuroplasticidade
Neuroplasticidade é a capacidade que o sistema
nervoso têm de desenvolver respostas de adaptação
aos estímulos do ambiente para restauração própria
constante mediante ao próprio envelhecimento.
-- Cem Bilhões de Neurônios?
Lent, 2022

Capacidade Automática

De se regenerar, reprogramar e ajustar-se para


permanecer funcional

É um conceito amplo que se estende, desde respostas


à lesões traumáticas destrutivas até sutis alterações
resultantes de processamento natural de
aprendizado e memória.
Fatores que interferem na neuroplasticidade

1.Aprendizado pessoal
2.Ações anteriores à lesão
3.Processamento mental
4.Desempenho após lesão
5.Tipos de estímulos sensoriais
6.Formas de memorização
7.Aspectos psico emocionais

Envelhecer

Desgasta essa técnica e deixa o SNC menos potente


para adaptar-se às demandas intrínsecas e
extrínsecas

Aprendizado e Memória

Ocorre por meio de repetição de um estímulo


específico.

Memória é o armazenamento e evocação de


informação adquirida através de experiências. A
aquisição de memórias denomina-se aprendizado.
Movimento Humano

Etapas dos processos neurais e funcionais da


mobilidade

Movimento

Ajuda a neuroplasticidade a acontecer e previne a


perda de funcionalidade ao longo da vida

Movimento acontece

Decisão
Planejamento
Execução
Controle motor

Organização do movimento e quais mecanismos


realizam tal organização

“O estudo do comportamento motor humano


engloba a organização do movimento em termos de
controle, aprendizado e desenvolvimento”.

Funcionalidade e Envelhecimento, 2019


Estágios de controle motor
Tomada de decisão
Reconhecimento do ambiente
Planejamento
Estabilidade postural
Mobilidade (seguido de mobilidade controlada)
Habilidade

Os processos cerebrais de cognição, percepção e ação


interferem no desempenho das tarefas.
- Sobre Controle Motor
Envelhecimento é um processo heterogêneo e
irreversível de transformações fisiológicas
estruturais e funcionais que acontece com todos os
indivíduos desde o nascimento.

É uma trajetória dinâmica e constante.


-- Adaptado da OMS
2015 e 2020
SNC

É o mais afetado pelo processo de envelhecimento

Particularidades do Envelhecimento
Fisiologia e Funcionalidade

Adaptações Naturais do Envelhecimento

Do SNC Do Indivíduo

Morfológicas História de Vida


Funcionais Oportunidades
Bioquímicas

Da funcionalidade

Contexto Biopsicossocial
Vulnerabilidade
Declínio e Dependência
Os neurônios envelhecem?
Adaptações do SNC

1. Perda Neuronal de córtex, substância negra,


hipocampo e cerebelo

2. Diminuição global de peso e tamanho de massa


encefálica

3. Alterações nos corpos dos neurônios (densidade


dendrítica, qualidade da mielinização e comprimento
dos axônios)

4. Mudanças neuroquímicas nas enzimas que


sintetizam importantes neurotransmissores
(dopamina, acetilcolina e glutamato)

5. Diminuição na velocidade do processamento


neural
O cérebro muda com o tempo?

Alterações Anatômicas do Cérebro

Diminuição de peso e volume de massa encefálica


globalmente

Alargamento e aprofundamento dos sulcos


globalmente

Hipotrofia mais acentuada dos lobos frontais e


temporais

Redução volumétrica e da largura dos giros corticais

Alterações Anatômicas do Cerebelo

Diminuição de peso

Atrofia gradual

Diminuição das células de Purkinje


Alterações Anatômicas em Núcleos da Base

Redução do número de neurônios do corpo estriado

Principal Alteração Anatômica na Medula Espinhal

Perda de 15 a 20% dos neurônios motores

Redução do peso cerebral

5% aos 70 anos

20% aos 90 anos


Fluxo sanguíneo cerebral
Diminuição de 20%

E como as pessoas envelhecem?


Adaptações do indivíduo
1. Contexto Biopsicossocial

2. História de Vida

3. Hábitos (alimentação, qualidade de sono, nível de


estresse, nível de atividade física)

4. Oportunidades e Estímulos

Como a funcionalidade envelhece?

Adaptações da funcionalidade

1. Vulnerabilidade natural

2. Recuperação mais lenta mediante eventos adversos

3. Aumento expressivo ao risco de doenças


O envelhecimento natural

Aumenta a vulnerabilidade cognitiva e motora

Lentificação do ritmo de aprendizado para


habilidades e ou tarefas

Déficit no sequenciamento dos movimentos


Precisão de feedback*

Controle motor na pessoa idosa

“Com a idade há diminuição da capacidade para


novas estratégias e mudança no controle motor
automatizado”
— Funcionalidade e Envelhecimento, 2019
Alterações práticas da funcionalidade
Diminuição da velocidade do processamento neural

Redução de eficácia para múltiplas tarefas da


flexibilidade mental

Perda de seletividade motora em resposta aos


desafios do cotidiano

É o melhor envelhecimento possível

Manter independência

Manter Autonomia

Manter Atividades

Manter vínculos e saúde mental


Referências

WHO. Decade of Healthy Ageing Baseline Report,


2020.

Cem Bilhões de Neurônios?: Conceitos Fundamentais


de Neurociência. 2 a. Edição, 2010

Envelhecimento e Funcionalidade. 2 a. Edição, 2019

WHO, World report on Ageing and Health, 2019


Doenças Neurológicas

Patologias que acometem o sistema nervoso central e


periférico. Regiões como medula espinhal, cérebro,
nervos e afetam seu funcionamento, podendo trazer
prejuízos motores, cognitivos e funcionais.

Doença de Alzheimer

Doença insidiosa e progressiva, caracterizada pelo


comprometimento das habilidades cognitivas e
funcionais.

Fisioterapia

Prevenir perdas para adiar agravos funcionais

Reabilitar mediante acidentes e intercorrências

Manter a estabilidade e preparar para estágios


avançados

Melhorar a qualidade de vida e de cuidado do idoso e


da família.
Doença de Parkinson
1. A segunda doença mais frequente em idosos.
2. Não há causa definida.
3. A doença acomete a circuitaria neural do sistema
nervoso central que regula o movimento e outras
funções importantes.
4. A degeneração acontece principalmente nos
neurônios dopaminérgicos da parte compacta da
substância negra.
5. Existem sinais pré-motores, motores e não
motores.
Quadro Clínico

Sintomas pré-motores
Constipação, déficit auditivo, distúrbios do sono,
depressão, ansiedade.

Sintomas motores
Tremor de repouso, bradicinesia, hipertonia plástica
e instabilidade postural.

Sintomas não motores


Alteração cognitiva, disfunção sexual, olhos secos,
sudorese, hipotensão ortostática
Nos estágios mais avançados

Podem surgir dificuldade na fala, deglutição e


alterações respiratórias.

Fisioterapia
A elegibilidade dos recursos farmacológicos e não
farmacológicos, como a fisioterapia são
recomendados em todos os estágios da doença para
manter a funcionalidade e evitar intercorrências
como quedas, hospitalizações e perda abrupta da
independência.

Acidente Vascular Cerebral


Um déficit neurológico atribuído a uma lesão aguda
do sistema nervoso central de origem vascular.

Uma das principais causa de morte e incapacidade


no mundo.
TIPOS

AVC Isquêmico – Obstrução de fluxo


sanguíneo por coágulo no vaso
cerebral.

AVC hemorrágico – Morte neuronal


por ruptura de vaso cerebral com
derrame de sangue.

Quadro Clínico
Instalação dos sintomas de forma súbita e
repentina
Fraqueza muscular Geralmente em um lado do
corpo
Confusão mental
Distúrbios de fala
Dificuldade na marcha
Déficit de equilíbrio e/ou coordenação
Diminuição ou perda da consciência
Fisioterapia

Quando iniciada de forma precoce reduz


morbidade e aumenta a independência.

É recomendada para reabilitação da


funcionalidade do idoso com ênfase na maior
independência possível.

Educação em família com orientações que


aumentem a permanência dos estímulos são
importantes em todas as fases da recuperação.

Atrofia Muscular Espinhal (AME)

Desordem genética, caracterizada por degeneração


das células do corno anterior e consequente atrofia e
fraqueza muscular.
TIPOS
Tipo 0 – Recém-nascido apresentam fraqueza
grave e hipotonia. Expectativa de vida é reduzida.
A maioria não consegue sobreviver além dos 6
meses de idade.

Tipo 1 – Apresentam hipotonia, pouco controle


cervical e reflexos diminuídos. Geralmente
desenvolvem insuficiência respiratória antes dos
2 anos de vida.

Tipo 2 - Se manifesta com fraqueza proximal


progressiva de MMII, há hipotonia e arreflexia.
Escoliose progressiva, contraturas articulares.
Possui cognição normal.

Tipo 3 - Normalmente em crianças e adultos, são


capazes de caminhar sem assistência em algum
momento da vida. Maior fraqueza em MMII.

Tipo 4 - <5% dos casos. Forma mais leve da


doença. Tem início na vida adulta. Presente aos
30 anos ou mais.
Quadro Clínico

Fraqueza Muscular Músculos proximais mais


afetados
Atrofia Muscular
Fadiga
Perda de peso
Fasciculação

Fisioterapia

Ainda não há cura para a AME;

Fisioterapia deve ser considerada para melhorar


a qualidade de vida dos pacientes, melhorar seu
desempenho tanto motor quanto respiratório.

Exercícios de alta intensidade não são eficazes,


pois em alguns casos podem contribuir para a
redução da força e aumento da fadiga.
Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)

Doença rara, progressiva, degenerativa, crônica e


irreversível.

É caracterizada pela degeneração progressiva do


neurônio motor superior e inferior no encéfalo ou
medula.

A causa ainda é desconhecida.

Quadro Clínico
Fraqueza Muscular Assimétrica
Atrofia Muscular
Dor
Disartria e disfagia
Tremores
Fasciculação
Perda da coordenação motora.

Inteligência e memória não são afetados.


Outras manifestações Clínicas
Perda de peso
Perda de refluxo do vômito e da tosse
Sialorréia
Obstrução das vias áreas
Insuficiência respiratória*

Normalmente é a causa do óbito*

Formas

Início Medular Comprometimento se inicia nos


membros; Início assimétrico; Síndrome piramidal
costuma estar presente desde o início.

Inicio Bulbar Pior prognóstico; Primeiro sintomas


é muitas vezes disartria seguido de
disfagia; Língua atrofiada e fasciculando é
praticamente o diagnóstico.
Fisioterapia
Prognóstico letal, com indicação de cuidados
paliativos

Tratamento multidisciplinar para melhorar a


qualidade de vida e aumentar a sobrevida o
máximo possível.

Fisioterapia: Assume um importante papel no


tratamento, tanto a motora quanto a respiratória.

Síndrome de Guillain-Barré
Polineuropatia idiopática, inflamatória aguda, de
característica desmielinizante e autoimune.

Marcada pela perda da bainha de mielina e dos


reflexos tendinoso.
A causa mais comum está associada a uma infecção
anterior

A bactéria campylobacter causa mais conhecida,


porém pode ocorrer por outros tipos.

Quadro Clínico

Sensação de dormência ou queimação em MMII


Parestesia progressiva e simétrica
Plegia ou paresia progressiva
Hipoestesia ou anestesia
Hiporreflexia ou arreflexia
Mialgia
Paresia orofaríngea e facial

Fisioterapia
No início a fisioterapia inclui exercícios de
alongamento e de ADM, principalmente na fase aguda
da doença.

Na fase de recuperação é voltada para o


fortalecimento, mobilidade funcional e retorno das
atividades de vida diária.
Esclerose Múltipla

Doença neurológica desmielinizante, autoimune,


crônica, geralmente incapacitante, cujo curso
evolutivo é caracterizado por múltiplos prejuízos
motores.

De evolução progressiva e imprevisível.


Condição complexa e heterogênea

Provocava por mecanismos inflamatórios e


degenerativos que comprometem a bainha de
mielina.

Em gerais os sintomas são transitórios e o


diagnóstico só é fechado quando ocorre 2 surtos

Quadro Clínico
Vai depender da área acometida!

Mais comum:

Fraqueza focal;
Parestesia;
Borramento da visão;
Diplopia;
Desequilíbrio;
Distúrbios viscerais.
TIPOS

Recorrente Remitente (RR) Ocorre com intervalo


de meses/anos.

Progressiva Primária Apresenta uma progressão


gradual da incapacidade, após inicio clínico e
evolução branda.

Progressiva Secundária Inicia como RR e evolui


de forma gradual, porém progressiva. Sequela em
cima de sequela.

Progressiva Recorrente Rara. Apresenta recaídas


agudas sobrepostas a uma evolução primária.
Fisioterapia

Avaliação específica, detalhada.


Reavaliação a cada recidiva.
Orientação domiciliares.
Exercícios de resistência e aeróbicos são os
mais indicados.
Lesão Medular
Diminuição ou perda da função motora e/ou
sensitiva e/ou autonômica abaixo do nível da lesão,
podendo ser parcial ou total.

Pode acontecer por:


Lesões traumáticas
Processos inflamatórios
Processos degenerativos
Processos compressivos
Processos vasculares
Alterações congênitas

Quadro Clínico
Plegia e paresia
Hipotrofia/atrofia
Arreflexia/hiperreflexia
Anestesia/hipoestesia
Dor neuropática
Alterações autonômicas e respiratórias
Bexiga neurogênica
Disfunção sexual
Prognóstico
Nível de Lesão
Fase pós choque medular
Adaptação e reabilitação

Avaliação
Avalia nível neurológico, motor, sensitivo e tipo de
lesão.
Classificação

Fisioterapia
A reabilitação depende do nível de lesão, o pós
choque medular e adaptação/aceitação o paciente
se encontra.
Avaliação para entender o quadro clínico,
funcionalidade e nível de independência para
propor condutas necessárias. Cada paciente é
único e o tratamento deve ser individualizado.
Orientações ao paciente e familiar quanto a nova
situação.
Traumatismo Cranioencefálico (TCE)

Qualquer lesão decorrente de um trauma externo,


que tenha como consequência alterações anatômicas
do crânio, como fratura ou laceração.

Alterações cerebrais, momentâneas ou permanentes de natureza cognitiva


ou funcional.

Ocorre por:

Acidentes automobilísticos
Quedas
Atropelamento
Agressões
Assaltos e roubos
Atividades de lazer
Quadro Clínico
Nível de consciência Escala de coma de Glasgow
Comprometimento motor
Alterações sensoriais
Alterações perceptual
Alterações autônomas
Alteração comportamental
Comprometimento da memória

Estágios da Lesão

Lesões Primárias Força mecânica direta atuante


no momento do trauma, do impacto inicial e que
são transmitidas ao crânio e às suas estruturas
internas.

Lesões Secundárias Desenvolve e surge nas


primeiras horas, até dias, após o impacto inicial.
Causa edema cerebral, pós-traumático e
consequente aumento da PIC.
Referências

Funcionalidade e Envelhecimento, 2 ed. 2019

Cem Bilhões de Neurônios?: Conceitos


Fundamentais de Neurociência. 2 a. Edição, 2010

Neurociência: Fundamentos para a Reabilitação. 3 a.


Edição, 2008

Funcionalidade e Envelhecimento, 2 ed. 2019

Cem Bilhões de Neurônios?: Conceitos Fundamentais


de Neurociência. 2 a. Edição, 2010

Neurociência: Fundamentos para a Reabilitação. 3 a.


Edição, 2008
Cognição

Se refere ao intelectivo , uma associação de vários


domínios (memória, atenção, orientação, senso
crítico, percepção, juízo, comportamento,
pensamento, linguagem, comportamento social e
funções executivas).

1. Envelhecimento cognitivo normal

História de vida e as mudanças que acompanham a


idade
História de vida

1. Individualidade e personalidade

2. Escolaridade

3. Suporte social e relação com a comunidade

4. Aspectos psicológicos

5. Vínculos afetivos

6. Estilo de vida e hábitos (cigarro, álcool,


medicamentos, estresse, qualidade de sono)

7. Alimentação, sono e atividade física

8. Doenças
Falando em cognição

inteligência cristalizada

É a inteligência formal que mede a quantidade de


conhecimento adquirido ao longo da vida
relacionado com anos de estudo formais e
experiências culturais.

São familiares porque se foram através de


experiências de vida. Permanecem estáveis ou
melhoram

inteligência fluida

Utiliza o mínimo de conhecimentos prévios e


capacidade de adaptação ao novo em situações
práticas.

Habilidade do indivíduo processar e aprender novas


informações e interagir com o ambiente.
Com o envelhecimento é esperado que
os idosos

Mantenham as habilidades cristalizadas


Ex: Lembranças de histórias e fatos antigos

Apresentem declínio da inteligência fluida


(Dificuldade com situações novas)

A redução de fluidez para lidar com as situações que


exijam desenvoltura mediante à desafios imprevistos
não pode ser impeditivo.

É esperado dificuldade em resolução de problemas


em situações não planejadas.

Requer maior gasto energético, mas o idoso dá conta


de realizar com adaptações
Outras mudanças cognitivas do
envelhecimento

VELOCIDADE

Lenta para funções cognitivas e motoras.

ATENÇÃO

Seletividade, foco e divisão para tarefas.

MEMÓRIA

Redução para respotsas, precisão e acesso à


informação.

LINGUAGEM

Habilidades cristalizadas e fluidas reduzidas para


nomeação e fluência verbal.
HABILIDADES

Declínio visuoconstrutivo para criar um “todo


coerente” e visuoespacial preservado para
reconhecimento de objetos familiares.

FUNÇÃO EXECUTIVA

Automonitoramento, planejamento, organização,


argumentação, abstração e flexibilidade mental

Memória e aprendizado

Armazenamento

Memorizar envolve armazenamento e evocação de


informação que foi registrada.

A aquisição de memórias é considerada aprendizado.


Experiências

Não há memória sem aprendizado e não há


aprendizado sem experiências.

Aprendizado cognitvo de memória ocorre por


repetição do estímulo em um contexto familiar.

É um processo individual

Perdas cognitivas esperadas para a


idade
Mas então o que é normal?
A queixa de cognição é comum, mas não é normal
evoluir com dependência.

Eventualmente será preciso adaptar, mas não deixar


de decidir, interagir, participar e realizar.

Exemplo: Quando o idoso têm a percepção de que


dirigir à noite tornou-se desafiador e ele decide
buscar outras alternativas.

A família deve contribuir com supervisão das


atividades, contratação de apoiadores externos
(alarmes, lembretes), mas não estimular a
dependência funcional.
E quais são as queixas?

Cognição

Geralmente esquecimentos que não perturbam o


cotidiano e não evoluem.

Declínio

A vulnerabilidade do envelhecimento altera o


desempenho do idoso para a resolução de
problemas.

Dependência

O envelhecimento cognitivo não causa perda da


autonomia nem da independência funcional.
Alterações morfológicas, fisiológicas e
funcionais

Perda de 5 à 10% de tecidos dos lobos frontais.

Função executiva do lobo frontal reduzida para


capacidade atencional, controle de impulsos,
capacidade de planejamento e motivação

Todos vivenciaremos altreações cognitivas do


envelhecimento.

A reserva cognitiva varia individualmente porque é a


economia que fazemos durante nossa trajetória de
vida.

Houve investimento em cognição?

A reserva é a economia
Instrumentação científica
Para encaminhar em tempo os casos com suspeita
de alteração cognitiva é preciso utilizar
instrumentos cientificamente validados para
rastreio.

Qualquer profissional pode aplicar as escalas de


rastreio cognitivo em avaliações de rotina sempre
que necessário.

Instrumentos de rastreio cognitivo

MEEM

Muito utilizado mas com acurácia limitada para


declínio cognitivo leve.
MoCA

Altamente recomendado e já foi validado para o


nosso idioma.

TESTE DO DESENHO DO RELÓGICO (TDR)

Teste neuropsicológico global

FLUÊNCIA VERBAL (FV)

Categoria semântica

10-CS

Point Cognitive Screener é um teste ultra-rápido de


rastreio cognitivo já validado para o português.

APOLINARIO, Daniel et al, 2016


2. Alterações cognitivas possíveis

Diferença entre o envelhecimento cognitivo natural e


transtornos neurocognitivos

Possíveis alterações cognitivas

Envelhecimento cognitivo

Mudanças consideradas normais para a faixa etária do


idoso.

CCL
Comprometimento cognitivo leve são falhas em um
domínio isolado que não configura incapacidade

Demência

Manifesta déficit significativo e progressivo com


evolução prevista para dependência.
Outras condições que alteram a
cognição de pessoas idosas

DELIRIUM

Comprometimento agudo (horas e dias).

TRANSTORNO DO DESENVOLVIMENTO
INTELECTUAL

Funcionamento geral abaixo da média.

ESQUIZOFRENIA
Possui declínio de funções executivas precocemente.

TRANSTORNO DEPRESSIVO

Transtorno depressivo maior ou pseudodemência.


ENVELHECIMENTO COGNITIVO NORMAL

Alterações pareadas com a idade.

CONDIÇÕES MÚLTIPLAS

Hidrocefalia, sintomas neurológicos adicionais,


hipovitaminose, toxicidade por medicamentos, HIV,
doenças priônicas.

3. Transtornos neurocognitivos
Perda cognitiva

CCL agora é TNCm

Transtorno Neurocognitivo menor ou leve é um


comprometimento amnéstico sem prejuízo para
AVDs.

Interfere somente em funções executivas complexas e


detalhadas.
Demência agora é TNCM

O diagnóstico é clínico e sindrômico caracterizado por


mais de um componente cognitivo alterado.

Possui evolução crônica, permanente e há


necessariamente interferência em AVDs.

Comprometimento cognitivo leve


Pequeno declínio a partir de nível de desempenho
prévio em um ou mais domínios da cognição.

Demência

O termo vem do latim: de (significa falta) e mens


(significa mente) e está caindo em desuso.
Diagnóstico de TNC

História de vida, exame físico, diagnóstico baseado em


rastreio precoce de problemas.

História clínica da funções cognitivas (início de


sintomas e evolução), exames laboratoriais e testes
neuropsicológicos.

O TNCm (transtorno neurocognitivo menor)

não evolui necessariamente para

TNCM (transtorno neurocognitivo maior


Epidemiologia dos principais tipos de
TNCM

CEREBROVASCU
LAR (5-10%)

ALZHEIMER (60-80%)

OUTROS TIPOS (7%)

Frontotemporal,
corpúsculos de Lewy e
demência por doença de
Parkinson
Desafios com idosos com alterações
cognitivas
Plano de cuidados

História de vida
História clínica
Rastreio cognitivo
Compreensão da queixa

Identificar variáveis

Comorbidades
Aspectos cognitivos isolados
Autopercepção do envelhecimento
Relações interpessoais
Diversidade
Afetividade
Prioridade

Manter a maior
autonomia e a melhor
independência possível

Reserva funcional
Manutenção da Reserva Funcional

Monitoramento

Não antecipar a dependência.

Funcional

Adaptações na rotina.

Constante

Evitar intercorrências, quedas, hospitalizações e


institucionalizações.
OMS
“Envelhecimento saudável é o processo de desenvolver
e manter a capacidade funcional que possibilita bem-
estar na velhice”

Humanização da assistência é a forma integral de olhar


para a pessoa e não para suas doenças”.

-- AUTOR DESCONHECIDO
Referências
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION et al.
Diagnostic nad statistical manual of mental
disorders (DSM-5®). American Psychiatric Pub,
2013.

ALZHEIMER'S ASSOCIATION. 2019 Alzheimer's


disease facts and figures. Alzheimer's & dementia, v.
15, n. 3, p. 321-387, 2019.

Blazer et al. Cognitive Aging: a Report From the


Institute of Medicine. JAMA, 2015

Guimarães RM. Health Capital, Life Course and


Ageing. Gerontology 2007;53:96-101

Livingston D et al Dementia prevention,


intervention, and care: 2020 report of the Lancet
Commision, 2020
Alzheimer

Envelhecimento no mundo

Em 2050

Seremos 2.1 bilhões de pessoas 60+

Envelhecimento saudável
Interação de capacidade intrínseca e ambientes através
da funcionalidade

Não se trata apenas de prevenir doenças, mas também


conviver com elas e comprimir morbidade

“Envelhecimento saudável é o processo de desenvolver


e manter habilidades funcionais que prolonguem o bem
estar”.

WHO, 2020
Qualidade de vida em idosos

Capacidade Intrínseca

Energia e vitalidade de cada pessoa

Funcionalidade

Habilidade de fazer aquilo que é importante e essencial


Ambientes

Oportunidades, estímulos e acessibilidade

Envelhecimento Natural

Adaptação

Cognitiva, musculoesquelética e funcional que não


perturba o cotidiano

Vulnerabilidade

Aumenta a chance de eventos adversos e doenças


crônicas

Dependência

Não faz parte do envelhecimento considerado normal


dependência
É o ponto em comum entre todos os tipos de
transtornos neurocognitivos maiores

2. Alzheimer

2015
O número de pessoas com TNCM era de 46.8 milhões
no mundo

2030
O número de pessoas com TNCM será de 74.7 milhões
no mundo
2050
Estima-se que o número chegue à 152 milhões de
casos no mundo
Alzheimer
1. É mais comum (60-80% dos casos)

2. Acúmulo de fragmentos de placas da proteína beta-


amilóide entre os neurônios na região cerebral e
emaranhados de proteína tau no interior dos
neurônios.

3. A progressão é de morte de neurônios e dano


irreversível no tecido cerebral

4. A evolução é lenta e começa muitos anos antes dos


primeiros sintomas surgirem

5. Geralmente os primeiros sintomas a serem


notificados são problemas de memória
Fases do Alzheimer

Fase pré-sintomática
Mudanças cerebrais que começam anos antes dos
sintomas.

Pessoas apresentam biomarcadores da doença devido


ao acúmulo da proteína beta-amilóide.

Esse estágio pode durar até duas décadas.


As placas amilóides tem início no hipocampo*

*Memória e nagevação | esquecimento e “se perder”


ocorrem a partir da degeneração dessa área cerebral

Fase prodrômica

Já possui biomarcadores e apresenta declínio cognitivo


leve.

Domínios da memória podem estar discretamente


alterados.

Não são significativos para diagnosticar o transtorno


neurocognitivo maior.
Nem todos os casos evoluem para TNCM.

Entretanto há risco de progressão para Alzheimer.

Acompanhamento e monitoramento são recomendados

Fase branda ou leve

Geralmente Alzheimer é diagnosticado nessa fase.

Os sintomas tornam-se óbvios.

As pessoas ainda apresentam independência para


atividades da vida diária.

Sintomas de memória e concentração começam a ter


impacto na rotina.

O desempenho nos testes de rastreio cognitivo


apresentam alterações.
Fase moderada
Aumento expressivo de falhas de memória e confusão.

Nesse momento, há prejuízo para execução de


atividades da vida diária.

Danos das células nervosas no cérebro causam a


dependência funcional.

Normalmente é o estágio mais longo.

Dificuldade para comunicação, incontinências e


alterações de comportamento (desconfiança e agitação).
Fase avançada ou severa

Declínio contínuo das habilidades mentais.

Impacto na mobilidade e habilidades físicas.

Comunicação verbal é ineficaz e há necessidade de


assistência e cuidados.

Há variação específica em cada caso.

Nem todos vivenciam trajetória típica da evolução da


doença e os sintomas modem ir e vir conforme a
progressão.

Dano cerebral em áreas de mobilidade (motivação,


controle e execução).

Aumento da vulnerabilidade para eventos adversos


(coágulos, lesões de pele, processos inflamatórios).

Falhas nos reflexos de proteção, higiene brônquica e


incapacidade de deglutição.
Pneumonia aspirativa

Ocorre quando partículas do alimento são


incoordenadas para a traqueia ao invés do esôfago e
resultam em infeccções pulmonares.

São frequentes causas de óbito em idosos nesse estágio.

Tratamento
Intervenção interdisciplinar desde o diagnóstico para
atenuar o impacto de cada etapa da doença para o
idoso e família
3. Fisioterapia
Para atenuar a trajetória de perda de funcionalidade

Recomendação

A fisioterapia para idosos com Alzheimer é uma


intervenção não farmacológica que ameniza o impacto
do declínio progressivo da funcionalidade.

Prevenção de agravos, reabilitação mediante


complicações abruptas e manutenção da melhor
condição possível.
Uma revisão sistemática com meta-análise de estudos
randomizados e controlados reportou o estímulo
constante como estratégia de manutenção da
funcionalidade para idosos com transtorno
neurocognitivo maior.

Fisioterapia para idosos com Alzheimer


Há estudos sobre conciliar atividade cognitiva
associada à mobilidade para manter independência
pelo maior tempo possível.

Avalia-se o estadiamento da demência e nível de


dependência.

Abordagem dinâmica de acordo com a trajetória que


nem sempre é típica de acordo com a reserva de
funcionalidade
Prevenir perdas para adiar agravos funcionais

Reabilitar mediante acidentes e intercorrências

Manter a estabilidade e preparar para estágios


avançados

Não há evidência de que a fisioterapia evite a


progressão do Alzheimer, mas sim, que pode melhorar
a qualidade de vida e de cuidado do idoso e da família.
Cognição e mobilidade

Escolher se movimentar é a tomada de decisão.

Programação (funções corticais e pré-motoras).

Execução (cortex motor) com influência do ambiente.

Feedback instantâneo durante a tarefa.

Lembrete
A compreensão do nosso estímulo está alterada.

Fase Leve
Manter a reserva cognitiva e motora e evitar
comportamento sedentário.
Atividades aeróbicas, circuitos, treinamento de
equilíbrio com ênfase na prevenção de quedas,
mobilidade e fortalecimento muscular global.

Interação

Participação

Estratégias de proteção

Deslocamento (principalmente marcha)

Não reforçar a dependência

Condicionamento cardiopulmonar
Fase Moderada

Manter mobilidade

Estimular percepção, reação, ajuste postural (mesmo


que em posturas baixas), fortalecimento muscular
associado à tarefa concreta de mobilidade controlada.

Manter, ajustar e mudar de postura

Alcance funcional

Reação reflexa de proteção e mobilidade

Deslocamento (treinamento de transferências)

Preparação para próximas etapas


Fase Avançada
Manter integridade cutânea, articular e aliviar
sintomas desconfortáveis.

Vivenciar posturas e decúbitos alternadamente de


acordo com planejamento, experiências sensoriais
prevenir agravos respiratórios.

Analgesia com movimento

Mobilização corporal passiva

Vivências antigravitacionais seguras

Posicionamento terapêutico (inclusive fora do leito)

Vigilância respiratória
Fisioterapia, Funcionalidade e Segurança

Adaptar o ambiente

Organizar rotinas de qualidade em todos os estágios

Treinar transferências e posicionamentos possíveis

Eleger prioridades de acordo com a relação de prejuízo


X benefício

Preparar o idoso e a família para os próximos estágios

“Descubra o que é importante para a família e


ressignifique através da fisioterapia”.
Referências

WORLD HEALTH ORGANIZATION et al. Risk


reduction of cognitive decline and dementia: WHO
guidelines. 2019.
ALZHEIMER'S ASSOCIATION. 2019 Alzheimer's disease
facts and figures. Alzheimer's & dementia, v. 15, n. 3, p.
321-387, 2019.
Livingston D et al Dementia prevention, intervention,
and care: 2020 report of the Lancet Commision, 2020
Dementia Acces Taskforce. Detecting and diagnosing
Alzheimer´s disease. Alzheimer´s Research UK, 2019
Alzheimer’s Disease International. World Alzheimer
Report 2021. Journey through the diagnosis of
dementia, 2021
1. Introdução
Balance é uma habilidade cognitivo-motora complexa
resultante da integração de múltiplos processos
sensório-perceptores para estabilizar o CM na posição
parada, em movimento e durante transições posturais
de acordo com as demandas do ambiente.

Balance

Integração de múltiplos sistemas simultaneamente

Processamento cognitivo
Restrições biomecânicas
Estratégias sensoriais
Orientação no espaço
Estratégias motoras
Cognição

Para tomar decisões apropriadas

Atenção para tarefas múltiplas

Aprender e se adaptar às situações inesperadas que


perturbem o equilíbrio

Restrições biomecânicas
Controle de graus de liberdade do corpo

Força muscular

ADM

Edemas e deformidades

Alterações posturais
Estratégias sensoriais

Disponibilidade

Precisão

Organização

Integração (tarefa + ambiente)

Orientação no Espaço
Percepção

Verticalidade

Segurança

Alinhamento corporal
Estratégias Motoras
Adequação

Coordenação

Sincronia

Seletividade da ativação muscular

Estabilidade proximal

Antecipação e reação

Balance e Funcionalidade

A importância de vivenciar posturas e seus


intermediários
Ciclo do Movimento
Escolher se movimentar

Programar o movimento

Executar o movimento (sofre influência do ambiente)

Reagir durante a tarefa

Alterações possíveis que os idosos


relatam

Desequilíbrio

E instabilidade postural para permanecer de pé,


movimentar-se ou locomover-se
Falta de segurança

Manifestada como “falta de firmeza para andar” e


relacionada com a percepção do desempenho

Medo de cair

Interação emocional com o meio e com os desafios da


mobilidade

Falta de firmeza nas pernas

Diminuição de força muscular

Balance em idosos
Manter a postura

Estabilidade do corpo
Mudar de postura

Trocar o posicionamento

Locomover-se

Deslocamento e caminhada

Mobilidade

Envolve participação do idoso com a sua rotina de


cuidados

Independência

Para realizar atividades da vida diária

Adaptação

Ambientes e estímulos para o movimento acontecer


2. Quedas em idosos

Síndrome geriátrica da instabilidade postural

Definição

“Queda é o deslocamento não intencional do corpo


para um nível inferior à sua posição inicial com
incapacidade de correção postural em tempo hábil.

Ocorre for fatores intrínsecos e extrínsecos porque é


uma questão multifatorial”.

Quase cair também é queda!


1. Perder o equilíbrio
2. Tropeçar
3. Queda amparada
4. Aterrisar sem controle
Correlação de doenças com o risco de
queda em idosos

Diabetes

Diminuição de sensibilidade na planta dos pés

Déficits sensoriais

Acuidade visual e audidita reduzida reduz a


percepção do idoso

Condições neurológicas

AVC, alterações cognitivas e Parkinson – Fraqueza,


rigidez e falha de sequenciamento da mobilidade
Correlação de alterações do corpo com
o risco de queda em idosos

Osteoporose

Diminuição de massa óssea (doença silenciosa)

Artrose

É o desgaste da da cartilagem articular (causa dor,


rigidez e redução do movimento)

Inatividade

O desuso global da musculatura por tempo


prolongado aumenta as chances de cair
Quedas em em idosos

Lacerações

Machucados dolorosos que aumentam a chance de


cair novamente

Traumas

Traumatismo craniano, fraturas de quadril, fêmur,


ombro, punho e mão

Dependência

Hospitalização, inatividade, imobilidade e


institucionalização
dependência

Não faz parte do processo natural de envelhecimento!

3. Equilíbrio
Prevenção e reabilitação

Prevenção
Começa no rastreio de quem têm risco de cair

Instrumentos de avaliação
SPPB

Equilíbrio dinâmico, equilíbrio estático, mobilidade e


capacidade funcional
Mini-BESTest
Mais sensível para risco de cair

TUGT
Equilíbrio, risco de quedas e capacidade funcional

Melhor transferência
Quando o idoso ajuda e participa

Parte de posicionamento estratégico

Cuidados com lacerações

Melhor posicionamento
Recomendação de 2/2 horas

Registrar o horário para respeitar a rotina

Cuidados com lesões por pressão


Melhor deslocamento

Independente

Adaptar conforme necessidade

Orientação para família e cuidadores

Evitar e comunicar quedas

Proteção
Estratégias corporais podem ser treinadas
Referências

WHO, Decade of Healthy Ageing Baseline Report. 2020

GERIATRIA: Guia Prático, 2 ed. 2021

Funcionalidade e Envelhecimento, 2 ed. 2019

WHO, World Report on Ageing and Health. 2015


1. Introdução
AVC em pessoas idosas

- Popularmente conhecido

“Derrame”

AVC ou AVE
Qual é a diferença e qual termo usamos atualmente?

É a segunda maior causa de morte no mundo!

A idade avançada é o principal fator de risco.

1 em 3 pessoas terá um AVC


AVC no Brasil
Prevalência estimada em 2.200.000 pessoas com AVC
atualmente

568.000 com incapacidade grave

Mais de 100 mil mortes anualmente por AVC

1.6% em homens e 1.4 % em mulheres

70% dos pacientes não retornam às suas atividades

Obs: Incidência crescente em pessoas jovens


2. Fisiopatologia
AVC – Características e sintomas

Definição e Tipos de AVC


ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL é uma lesão
neurológica aguda de origem vascular

2. AVC isquêmico é um bloqueio de fluxo sanguíneo

3. AVC hemorrágico é a ruptura de um vaso


sanguíneo

Variações
AVC lacunar

É uma obstrução de pequenas artérias penetrantes


que causam lesões mais profundas

Lesões isquêmicas pequenas e específicas com


síndrome clínica de hemiparesia puramente motora
AIT
Ataque Isquêmico Transitório

Não é um AVC, há sinais e sintomas porque há


redução de fluxo sanguíneo

Déficit neurológico temporário que se normaliza em


24h e não deixa sequelas

Obs: Necessário investigar se os sintomas persistirem

Caracterização dos sinais


Início súbito e repentino
1. Paralisia facial (sorriso torto)
2. Dificuldade ou impossibilidade para falar
3. Perda ou dificuldade de equilíbrio
4. Formigamento em um dos lados do corpo
5. Dor de cabeça
4. Evolução para dependência funcional
decorrente do agravo de sintomas motores e
não motores de curso variável
6. Náusea, enjoo e vômito
3. Fisioterapia
Indicação para pessoas idosas com AVC

Fisioterapia e AVC

05 Fases do AVC

Hiperaguda – “Sofrimento cerebral” (primeiras 24h)

Aguda – Pico de processo inflamatório que vai


diminuindo (1-7 dias)

Subaguda precoce – Reorganização cerebral e


melhora funcional (7 dias à 3 meses)

Subaguda tardia – Adequação (3 à 6 meses)

Fase crônica – Manutenção (depois de 6 meses)


Indicação de fisioterapia
A Fisioterapia Neurofuncional é indicada para idosos
com AVC para reabilitação precoce da melhor
funcionalidade possível.

Deve ser considerada a área e gravidade da lesão,


prognóstico funcional e particularidades

Avaliação e tratamento são de acordo com a realidade


de cada indivíduo.

“Cada paciente idoso pós-AVC é diferente mesmo que


tenham tido lesões idênticas”
Referências

Sharrief A, Grotta JC. Stroke in the elderly, 2019

Jayasinghe SAL, Good D, Wagstaff DA, Winstein C,


Sainburg RL. Motor Deficits In The Ipsilateral Arm of
Severely Paretic Stroke Survivors Correlate With
Functional Independence in Left, but Not Right
Hemisphere Damage, 2020

Bernhardt, Julie, et al. Agreed Definitions and Shared


Vision for New Standards in Stroke Recovery ans
Rehabilitation Roundtable Taskforce, 2017.

Cem Bilhões de Neurônios?: Conceitos Fundamentais


de Neurociência. 2 a. Edição, 2010

Envelhecimento e Funcionalidade. 2 a. Edição, 2019


Rafael Linhares

rafa.fisiodoidoso@gmail.com

@fisiodoidoso
E-book oferecido pelo
Centro Educacional Sete de Setembro
em parceria com o Professor Rafael Linhares
para o curso de "Fisioterapia Neurológica".

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