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Objetivos da Unidade:
ʪ Material Teórico
ʪ Material Complementar
ʪ Referências
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ʪ Material Teórico
Introdução
O papel social dos idosos é um fator importante no significado do envelhecimento, pois o
mesmo depende da forma de vida que as pessoas tenham levado, como das condições atuais que
se encontram.
Aqui apresentaremos os efeitos psicossociais dos idosos que se exercitam regularmente relatam
aumento dos sentimentos de autoconfiança, otimismo, diminuição da depressão e ansiedade.
Isto tem relação não só com o efeito da resposta do organismo durante o exercício, como
também com sentimentos de realização, orgulho e autoestima ao ver o corpo se transformar,
chegar a certos padrões de referência e reparar essa conexão corpo-mente.
O exercício regular promove melhora no sono, maior energia e sentimentos de bem-estar, tudo
o que torna a vida muito mais agradável e uma recuperação muito mais possível e suportável.
Cognição e Envelhecimento
Durante o processo de envelhecimento, ocorre um aumento do declínio das funções cognitivas
(GONÇALVES et al., 2008), o qual consiste na dificuldade de aprendizado e acaba limitando a vida
da pessoa idosa de diversas maneiras, pois esse declínio está diretamente relacionado à
capacidade mental de assimilação de informações, o que faz com que o indivíduo desenvolva
limitações intelectuais. O sistema biológico mais comprometido com o envelhecimento é o
Sistema Nervoso Central (SNC), responsável pelas sensações, movimentos, funções psíquicas
(vida de relações) e pelas funções biológicas internas (vida vegetativa).
“O Sistema Nervoso Central (SNC) e consequentemente a memória são atingidos pelas
degenerações e alterações decorrentes do processo de envelhecimento” (LENT, 2011
apud MANCINI et al. 2014, p. 172).
“No que se refere a sua morfologia, o cérebro do idoso tem tamanho e peso
Memória;
Atenção;
Função Motora;
Velocidade de Movimento;
Tempo de Reação;
Equilíbrio.
Merecem atenção especial o estado cognitivo, a aprendizagem e a memória de curto prazo, pois
as dificuldades exemplificadas a seguir podem se tratar de um quadro inicial de déficit cognitivo,
podendo evoluir para um possível quadro de demência. São elas: dificuldade para recordar
nomes, números de telefones e objetos guardados são as recordações de memória. A presença
de demência faz com que ocorra a perda de anos de vida saudáveis (SHAH et al., 2016). Torna-se
um grande desafio para a sustentabilidade dos sistemas de saúde. Avaliar os fatores de risco,
comprometimento cognitivo e estado cognitivamente saudável (MURRAY et al., 2013) é
importante durante o processo de envelhecimento.
aos 50 anos, sendo que quando a atividade física era praticada com regularidade
em qualquer idade havia um menor risco de desenvolver debilidades mentais
durante a velhice.”
Formação de Novos
Neurogênese
Neurônios
Subventricular;
Exercício Físico & Cognição
Gyrus dentado;
Fator Crescimento
↑ BFCF
Básico do Fibroblasto Hipocampo.
Fator Neurotrófico
↑ BDNF
Derivado do Cérebro
Angiogênese:
Fortalece estrutura
neuronal;
Promover
vascularização
cerebral, mudanças
funcionais na
estrutura neuronal e
resistência a lesão.
Fonte: FABEL; KEMPERMANN, 2008; AMBROSE; DONALDON, 2009; PORTUGAL et al., 2013
O cérebro é uma gigantesca rede neural e, como preconiza a fisiologia humana, a comunicação
entre esses neurônios é denominada de sinapse. Essas comunicações formam em diferentes
regiões do cérebro as redes neurais. Como qualquer tecido do corpo, todos são afetados de
acordo com diversos tipos de estímulos de aprendizado, memória etc. Esse processo, por sua
vez, é gerenciado pela capacidade de autorreparação/autoadaptação, ou mesmo uma
compensação pela perda de neurônios e interrupções na arquitetura neural. Quando ocorre um
desequilíbrio entre lesão neuronal e reparação, essa capacidade de plasticidade neuronal é
prejudicada, estabelecendo-se então o envelhecimento cerebral e a demência (BALL et al., 2002
apud ANTUNES et al., 2006.
Sendo assim, podemos verificar que as respostas celulares adaptativas ao estresse fisiológico do
exercício resultam na Neuroproteção, na Neurogênese e na Plasticidade Sináptica, muito
explicada pela expressão de beta endorfinas (BDNF, IGF-1, HSP-70, GRP-78, UCPs, Mn-SOD,
Homocisteína) que, por sua vez, diminui a Alteração do Desempenho Cognitivo, diminui o risco
da Doença Alzheimer e confere proteção a Lesões à Massa Branca Cerebral.
Os mecanismos que seriam responsáveis por mediar os efeitos do exercício sobre as funções
cognitivas são: a síntese de hormônios, ação e metabolismo de neurotransmissores, e o
indispensável aporte de quantidades adequadas de substratos para essas reações fisiológicas.
Abaixo as adaptações fisiológicas promovidas pelo exercício, são elas:
Embora essas funções cognitivas sejam afetadas negativamente pela idade, a partir da terceira
década de vida, ocorre perda de neurônios com concomitante declínio da performance cognitiva.
Podemos resumir da seguinte maneira o impacto do exercício na função cognitiva no quadro
abaixo:
β-endorfinas.
Mediante esse Quadro acima elaborado das adaptações fisiológicas do exercício, nas últimas
décadas tem-se presenciado o crescimento do interesse por parte dos indivíduos e dos
profissionais da área de saúde pela atividade física regular (treinamento) como meio de atingir o
bem-estar físico e cognitivo.
Embora essas funções cognitivas sejam afetadas negativamente pela idade, já a partir da terceira
década de vida, ocorre perda de neurônios com concomitante declínio da performance cognitiva.
Podemos resumir da seguinte maneira o impacto do exercício na função cognitiva no quadro
abaixo:
Além das alterações no corpo, o envelhecimento proporciona ao ser humano uma série de
mudanças psicológicas (VECCHIA et al., 2005) pode resultar em dificuldade de se adaptar a
novos papéis, falta de motivação e dificuldade de planejar o futuro, necessidade de trabalhar as
perdas orgânicas, afetivas e sociais, dificuldade de se adaptar às mudanças rápidas, alterações
psíquicas que exigem tratamento, depressão, hipocondria, somatização, paranoia, suicídios e,
por fim, alterações em autoimagem e autoestima.
Os problemas familiares;
Os distúrbios do sono;
A dor;
A elaboração de perdas;
↑ Estresse
↑ Insônia
↑ Ansiedade
↑ Tensão Muscular
↑ Consumo de Medicamentos
Exercício x Socialização
↑ Auto-estima
↑ Auto-conceito
↑ Imagem Corporal
↑ Funções Cognitivas
A qualidade de vida é uma percepção individual inserida no contexto da cultura e dos sistemas de
valores com os quais os indivíduos vivem em relação aos seus objetivos, expectativas, critérios e
interesses. Uma vez que o efeito negativo sobre a qualidade de vida provoca ansiedade, prejudica
o sono e impossibilita a participação em atividades em grupo e de atividades básicas da vida
diária.
O exercício físico pode ser usado no sentido de retardar e, até mesmo, atenuar o processo de
declínio das funções orgânicas que são observadas com o envelhecimento, pois promove
melhoras na capacidade respiratória, na reserva cardíaca, no tempo de reação, na força
muscular, na memória recente, na cognição e nas habilidades sociais. Vale salientar que os
exercícios físicos devem ser executados de forma preventiva, ou seja, antes de a doença
apresentar suas manifestações clínicas. As intervenções reabilitadoras devem ser programadas
de modo a atender às necessidades de cada indivíduo e, dessa forma, a atividade física deve ser
mantida regularmente durante toda a vida para que o indivíduo possa gozar de melhorias na
qualidade de vida e aumento na longevidade.
O exercício físico leva o indivíduo a uma maior participação social, resultando em um bom nível
de bem-estar biopsicofísico, fatores esses que contribuem para a melhoria de sua qualidade de
vida.
ʪ Material Complementar
Filmes
Divertida Mente
Assista, a seguir, o trailer deste filme.
Leitura
ACESSE
Hormônio Induzido por Exercício pode Atenuar o Alzheimer
ACESSE
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ʪ Referências
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