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NEUROPLASTICIDADE.

ANDREZZA SOSSAI
FISIOTERAPEUTA
MESTRE EM CIÊNCIAS
 NEUROPLASTICIDADE OU PLASTICIDADE NEURAL; O QUE É PARA
VOCÊ?

 EM QUE FASE DA VIDA OCORRE?

 EXISTE UM ÚNICA MANEIRA DA NEUROPLASTICIDADE ACONTECER?

 NEUROPLASTICIDADE NEGATIVA. VOCÊ ACHA QUE ISSO É POSSÍVEL?


CONCEITO
 Capacidade INTRÍNSECA de mudanças adaptativas do Sistema
Nervoso (tanto na forma quanto na função), ou seja, as células
neurais são maleáveis, podem sofrer mudanças diante dos
estímulos e experiências a que somos submetidos, em qualquer
fase da vida, em qualquer fase do desenvolvimento.

 A neuroplasticidade é a capacidade que o cérebro tem de se


modificar, estabelecendo novas conexões neurais e
aumentando sua reserva cognitiva.
HISTÓRICO
 Esse mecanismo foi primeiramente descrito pelo pesquisador
Santiago Ramon y Cajal (1913), que descreveu sobre a possibilidade
do SN SE MOLDAR ao ambiente.

 Entretanto, a comunidade científica, ainda acreditava na


imaturidade da arquitetura neural no cérebro adulto, muito
baseada nas pesquisas de Ramon e Cajal, que; resumiu seu ponto
de vista da seguinte forma:

“NOS CENTROS ADULTOS, AS VIAS NERVOSAS SÃO ALGO FIXO E


IMUTÁVEL: TUDO PODE MORRER, NADA PODE SER REGENERADO”.
HISTÓRICO
 Até aquele momento, acreditava-se que o cérebro adulto
poderia sim moldar-se ao ambiente, entretanto, sem a
possibilidade de surgir novos neurônios.

 O dogma começou a quebrar na década de 1960, com a


identificação de células cerebrais (neurônios e glia) geradas
em cérebros adultos de roedores.

 Após anos de ceticismo, o fenótipo neuronal de novas células


em cérebros adulto, foi finalmente confirmado; três décadas
depois.
TIPOS DE PLASTICIDADE NEURAL

 AXÔNICA (neurogênese)

 DENDRITICA;

 SOMÁTICA (poda neural)

 SINÁPTICA (sinaptogênese)

 REGENERATIVA (especialmente no SNP)


PERÍODOS CRÍTICOS
 Existem períodos críticos e sensíveis para cada tipo de
neuroplasticidade, ou seja, cada evento está relacionado ao
período do desenvolvimento, ao longo de toda a vida, bem como
a áreas específicas do SN.

 São ditos períodos críticos para a modificação dos circuitos neurais


e são geneticamente codificados para e específicos para cada
área do SN (períodos/janelas/momentos, são áreas dependentes).

 Exemplos: Córtex auditivo: 3 meses de vida até os 18 meses de vida;


Cerebelo: até 7 anos de vida, Hipocampo: toda vida
PERÍODOS CRÍTICOS
 JANELAS DE OPORTUNIDADE:
 Período fetal: neurogênese
 27 semanas intrautero até 2 anos de vida: sinaptogênese
 Ao mesmo tempo em que ocorre a sinaptogênese, os neurônios vão
aumentando o tamanho de suas árvores dendríticas, o tamanho de
seus axônios e sofrendo mielinização.
 Na sequencia ocorre a poda sináptica, ou seja, ocorre a destruição de
diversas sinapses, uma regulação fina do sistema nervoso que exclui
sistemas redundantes.
PERÍODOS CRÍTICOS

 Se, ao nascimento, praticamente toda a estrutura do nosso encéfalo


esta formada, o que muda então com os primeiros anos de vida para
determinar todo o novo modo em que o ser em desenvolvimento
percebe o mundo?

GENÉTICA, ESTÍMULOS, VIVÊNCIAS (EXPERIÊNCIAS) CORROBORAM PARA


OS APRENDIZADOS (MOTORES, SENSITIVOS, COGNITIVOS, AFETIVOS)
EXPERIÊNCIAS E O DESENVOLVIMENTO CEREBRAL

 Experimentos com ratos nos mostram que as EXPERIÊNCIAS colaboram


com o desenvolvimento cerebral: aqueles submetidos a atividades
motoras produzem mais células gliais, e ratos que vivem em ambientes que
favorecem o aprendizado apresentam mais ramificações dendríticas.

 Quanto mais receptores, neurotransmissores, mielinização; melhor será o


fortalecimento das sinapses. Isso se dá pelo USO desses circuitos.

 Quanto menos desses, ocorre o enfraquecimento sináptico. Se eu não usar


esses circuitos disponíveis, eles ficam silentes, perdidos, enfraquecidos.
EXPERIÊNCIAS E O DESENVOLVIMENTO CEREBRAL

 Portanto, para a aprendizagem é necessário que essas experiências


gerem mudanças ao nível molecular/celular/genética. Isso ocorre com
o aumento da síntese de proteína e expressão de neurotransmissores.

MAS COMO PODEMOS GERAR ESSAS MUDANÇAS ESTRUTURAIS, A NÍVEL


MOLECULAR?
EXPERIÊNCIAS E O DESENVOLVIMENTO CEREBRAL

 FORTALECIMENTO SINÁPTICO: repetição e prática fortalece conexões


neurais – cria o hábito - USE e MELHORE!!

 ENFRAQUECIMENTO SINÁPTICO: Conexões cerebrais não utilizadas


tornam-se fracas USE OU PERCA!!

 A repetição de um determinado comportamento, cria o habito; ou seja


a sinapse é fortalecida na direção daquele hábito – equilíbrio entre a
excitação e inibição.
EXPERIÊNCIAS E O DESENVOLVIMENTO CEREBRAL

 Durante um treinamento motor e/ou cognitivo, há alto nível de atenção no


inicio da prática e que depois decresce. Sendo assim, diversificar o
estímulo é primordial – “repetir sem repetir”.

 Os estímulos podem refletir na mudança de um comportamento de


maneira positiva, correta e boa (plasticidade positiva) ou pode ser
entendido como a aquisição de uma doença ou um padrão errado de
comportamento (plasticidade negativa).
EXPERIÊNCIAS E O DESENVOLVIMENTO CEREBRAL

 Para mudar um comportamento, primeiramente as sensações precisam


chegar ao córtex e virar percepções;

 Capacidade de mudança de comportamento em adultos até 90 anos!!!


neurogênese e sinaptogenese.

 Neurogênese em adultos está restrita em duas áreas:


a zona subventricular: produzindo novos neurônios que migram
principalmente para o bulbo olfativo.
a zona subgranular fornecendo novos neurônios no giro denteado do
hipocampo (CAMAPU – “Physalis angulata” – fruto da Amazônia)
NEUROGÊNESE NO ADULTO E SUAS LIMITAÇÕES

 Por que a neurogênese no adulto ocorre apenas em algumas subáreas,


especialmente quando falamos dos mamíferos, primatas humanos?

 A neurogênese no adulto, parece ser mais difundida em outros vertebrados.

 Podemos entender então que a evolução associou maior complexidade da


anatomia cerebral e de funções cognitivas; com estabilidade estrutural e
menos neurogênese.

Se nosso cérebro é mais complexo, por que não ser mais maleável?
A HIPÓTESE É QUE...

 As redes neurais requerem plasticidade para processar e codificar


novas informações, mas também estabilidade para preservar
inalterado o conhecimento previamente adquirido.

 Adições contínuas de novos neurônios dentro de todo o cérebro


resultariam em religação perpétua da rede, comprometendo
memórias previamente adquiridas e corroborando para o
esquecimento.
A HIPÓTESE É QUE...

 A redução da neurogênese, pode ter sido um meio de proteger as


funções e memórias cerebrais de interferências catastróficas e
esquecimentos.

 A conservação da neurogênese em subáreas restritas, pode manter


uma pitada de plasticidade, para melhorar o processamento e a
codificação de novas informações, sem alterar o conhecimento e as
memórias previamente adquiridos
AFINAL, COMO PODEMOS GERAR ESSAS MUDANÇAS
ESTRUTURAIS, A NÍVEL MOLECULAR PARA OTIMIZAR O
PROCESSO NEUROPLÁSTICO?
FATORES QUE INFLUENCIAM A
NEUROPLASTICIDADE

 EXERCÍCIOS FÍSICOS:

 Efeitos dos exercícios físicos em animais e humanos:


Aumento da neurogênese,
Aumento da sinaptogênese,
Aumento da ramificação dendrítica,
Diminuição do dano oxidativo nas áreas lesadas (fatores
inflamatórios).
FATORES QUE INFLUENCIAM A
NEUROPLASTICIDADE

 EXERCÍCIOS FÍSICOS:

 Aumento da produção dopamina e norepinefrina, o que aumenta a


atividade cognitiva e processamento de informações

 Redução de sintomas depressivos; facilitam a melhora da cognição


devido ao aumento de fluxo cerebral; levando a melhora da função
cognitiva – tanto em uma sessão quanto a longo prazo.
FATORES QUE INFLUENCIAM A
NEUROPLASTICIDADE
 EXERCÍCIOS FÍSICOS:

 Maior produção do BDNF – Fator de crescimento NEUROTRÓFICO


produzidos durante os exercícios (principalmente os aeróbios):
molécula ativa em regiões: hipocampo, TE, e córtex cerebral.

 FUNÇÃO: proteção neuronal, aumenta a sinaptogênese. Em situações


de estresse, o gene que codifica o BDNF é suprimido, por isso estresse é
ruim e o exercício físico é tratamento para depressão.
FATORES QUE INFLUENCIAM A
NEUROPLASTICIDADE
• Neurotransmissores produzidos com a prática de exercícios físicos:

Glutamato: configuração de novas


sinapses e fortalecimento de Serotonina: controla a liberação a
conexões sinápticas. hormonal, regula o sono e apetite.
Interfere na aprendizagem, humor,
ansiedade e depressão
GABA: controla a atividade neural
excessiva (modulação)

Norepinefrina: ativa o SNC, afetando


o estado de alerta/vigília;
Dopamina: controle do movimento,
concentração, ansiedade, depressão
atenção, cognição e motivação
FATORES QUE INFLUENCIAM A
NEUROPLASTICIDADE
 Neuroplasticidade cognitiva e Exercício Físico: A prática de exercício
físico e atividade física em geral, exerce fator protetor cerebral
relacionado a idade, reduzindo o risco de demências e déficits
cognitivos em 38%.

 Com os exercícios físicos ao longo da vida, o cérebro é protegido e


diminui a incidência de déficits cognitivos.

 Os exercícios fazem diferença positiva na expressão neural!!!


FATORES QUE INFLUENCIAM A
NEUROPLASTICIDADE

 Formação de memória facilitada pelo exercício físico: Exercícios


aeróbios realizados antes de uma prática direcionada, podem
favorecer a aprendizagem ou a retenção da memória (janela de
plasticidade).

 Isso ainda está em estudo em pacientes neurológicos, entretanto, já


pode-se ter alguma ideia dos benefícios e incorporar na prática clínica.
FATORES QUE INFLUENCIAM A
NEUROPLASTICIDADE
 MOTIVAÇÃO:

 Força ou energia que leva ao engajamento na tarefa ou manutenção


desse envolvimento – individuo focado na meta, no alvo!!

 Processos motivacionais internos podem ativar, intensificar ou


“energizar” um comportamento.

 O indivíduo age de determinada forma em função do significado de


uma determinada situação.
FATORES QUE INFLUENCIAM A
NEUROPLASTICIDADE

 A motivação é associação intrínseca e extrínseca: depende tanto de


quem aplica quando de quem recebe, depende do ambiente, da
tarefa escolhida e das relações sociais.
FATORES QUE INFLUENCIAM A
NEUROPLASTICIDADE
 MEIO AMBIENTE: ambiente enriquecido melhora o
potencial de recuperação funcional. Usar atividades que
tenham relação com a atividade de vida de área de
cada paciente e que seja interessante (potencializam a
modificação neural)
FATORES QUE INFLUENCIAM A
NEUROPLASTICIDADE
 MEIO AMBIENTE:

 Paciente internados na fase aguda/subaguda do AVE: grupo incluído


em ambiente enriquecido – artesanato, tecnologia, palavras cruzadas,
telefone, jogos, conversa.

 Resultado: esses pacientes apresentaram mais iniciativas para se


engajarem em novas atividades e isso enriquece a estimulação e
contribui para o aumento da atividade – são mais ativos. Ex: Senhora que
gosta de karaokê: diferença quando foi substituído o microfone de
brinquedo pelo verdadeiro.
FATORES QUE INFLUENCIAM A
NEUROPLASTICIDADE
 METAS: não devemos deixar nossos pacientes soltos! Sempre
estabelecer metas: curto, médio e longo prazo.

ESQUEMA SMART: (SMART – GOALS)


Específica (o que eu espero?)
Mensurável (quanto eu espero?)
Atingível (consegue realizar?)
Realista (é possível dentro desta condição?)
Mensurável ao longo do tempo (em quanto tempo quero atingir?)
FATORES QUE INFLUENCIAM A
NEUROPLASTICIDADE

 COMPLEXIDADE: complexidade no treinamento é fundamental para


desencadear neuroplasticidade.

 A prática do exercício isolado não leva à mudanças moleculares ao


ponto de estimular a neuroplasticidade; entretanto, o movimento com
resolução de problemas, desafios e engajamento, são os melhores para
induzir as mudanças moleculares para a neuroplasticidade.
FATORES QUE INFLUENCIAM A
NEUROPLASTICIDADE

O SISTEMA NERVOSO NÃO ENTENDE MOVIMENTO, ELE ENTENDE DE


SOLUÇÕES PARA RESOLUÇÕES DE AÇÕES, DE PROBLEMAS, DE TAREFA!!

Eu não treino erguer o braço....treino encostar minha mão em uma


bexiga; não treino andar de um lado pra outro...treino levar meu pés
para frente tocando em um alvo...não treino esticando meu
braço...treino fazendo um arremesso
DESAFIOS!!!
FATORES QUE INFLUENCIAM A
NEUROPLASTICIDADE
 SONO: dormir auxilia no processo de formação de memórias (seja de
movimento seja cognitiva)

 Mecanismos de consolidação e codificação das experiências


realizadas ao longo do dia. Pacientes que são estimulados a dormir
após uma prática, consolidam melhor a memória.

 Rever horários sessões; Meio ambiente favorável ao sono; Rever


fatores afetam sono: medicamentos, depressão, apnéia; Hábitos de
higiene do sono.
NEUROPLASTICIDADE POSITIVA E NEGATIVA

 Experimentos com ratos:


 AVE animais não treinados: há plasticidade no hemisfério contralateral a
lesão, já que usaram o lado não parético.
 AVE animais treinados a usar o lado parético: há reorganização cortical
do lado da lesão, entretanto, quando se deixa o animal aprender a usar
o lado não parético e depois há tentativa de ensina-lo a usar o lado
parético, não há reorganização cortical do lado da lesão, ou seja, o
animal já aprendeu errado.
QUANDO COMEÇAR A ESTIMULAÇÃO NOS PACIENTES COM AVE? APÓS AS
PRIMEIRAS 24 HORAS, PORQUE OS MECANISMOS INFLAMATÓRIOS E DE
INIBIÇÃO ESTÃO EXACERBADOS!
AS 10 PRINCÍPIOS DA NEUROPLASTICIDADE
1. USE OU PERCA
2. USE E MELHORE
3. ESPECIFICIDADE
4. REPETIÇÃO (motivação)
5. INTENSIDADE
6. TEMPO
7. RELEVÂNCIA (importância)
8. IDADE
9. TRANSFERÊNCIA (práticas que se encaixem na vida do
paciente)
10. NTERFERÊNCIA (cuidado em mesclar muitas habilidades)
ESTÍMULOS RELEVANTES E AMBIENTES ENRIQUECIDOS
FAVORECEM A NEUROPLASTICIDADE, JÁ ESTRESSE E
EMOÇÕES MAL GERIDAS, SUPRIMEM
NEUROPLASTICIDADE!!
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
X
SISTEMA NERVO CENTRAL

 Sistema Nervoso Periférico: O MEIO AMBIENTE CÉLULAR É MAIS FAVORÁVEL


para as mudanças: a regeneração é mais efetiva.

 Maior retorno da função. O microambiente é propício para regeneração:


Crescimento do axônio é de 2-4 mm/dia.

 BROTAMENTO REGENERATIVO: as células de schwann fazem a


remielinização e as proteínas laminina e fibronectina, guiam o axônio
para crescer corretamente. ISSO NÃO OCORRE NO SNC!!
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
X
SISTEMA NERVO CENTRAL
 Sistema Nervoso Central: processo degenerativo perilesional (zona de
penumbra e processo inflamatório); NÃO HÁ proteínas laminina e fibronectica
para auxiliar no crescimento e HÁ proteínas inibitórias da extensão axonal, ou
seja, O MEIO AMBIENTE CELULAR NÃO É FAVORÁVEL!!

 Os astrócitos ficam reativos após lesão e impedem regeneração, pois


promovem cicatrização, (isso é importante pois eles identificam/delimitam a
área de lesão para que o neurônio não cresça para todos os lados).

O CRESCIMENTO NEURAL NÃO É FORMA QUE O SNC ENTENDE A MAIOR


OCORRÊNCIA DE PLASTICIDADE, ELE FUNCIONA MELHOR COM FORTALECIMENTO OU
ENFRAQUECIMENTO DE SINAPSES. NÃO HÁ BROTAMENTO COLATERAL E
REGENERATIVO!!
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
X
SISTEMA NERVO CENTRAL

 Homúnculo de Penfield – representação cortical das partes do corpo no


cérebro: a representação da estrutura amputada perde espaço cortical,
(fraquecimento sináptico) e outras sinapses se fortalecem (fortalecimento
sináptico); há mudança cortical por isso pode ter a sensação de que o
membro ainda está lá – sensação fantasma. Com o tempo, essas
sinapses vão enfraquecendo e a sensação fantasma desaparecendo

 Mudanças mapas (organização) corticais também vistas em pacientes


com outras alterações, não especificamente neurológicas. Ex pacientes
com osteoartrite, síndrome patelo-femural, reconstrução de LCA (estudos
recentes).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 A. Surget & C. Belzung. Adult hippocampal neurogenesis shapes adaptation and improves stress response: a
mechanistic and integrative perspective. Mol Psychiatry (2021). https://doi.org/10.1038/s41380-021-01136-8
 Mang, Cameron S., and Sue Peters. "Advancing motor rehabilitation for adults with chronic neurological
conditions through increased involvement of kinesiologists: a perspective review." BMC Sports Science, Medicine
and Rehabilitation 13.1 (2021): 1-11.
 Kumar A, Pareek V, Faiq MA, Ghosh SK, Kumari C. ADULT NEUROGENESIS IN HUMANS: A Review of Basic
Concepts, History, Current Research, and Clinical Implications. Innov Clin Neurosci. 2019;16(5-6):30-37.
 Poulin, Valérie, et al. "Comparison of two cognitive interventions for adults experiencing executive dysfunction
post-stroke: a pilot study." Disability and Rehabilitation 39.1 (2017): 1-13.
 NASCIMENTO, Marcos Vinicius Lebrego. "Physalis angulata estimula proliferação de células-tronco neurais do
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 Ludmyla Kandratavicius, Mariana Raquel Monteiro, Rodrigo N. Romcy-Pereira, Gabriel Maisonave Arisi, Norberto
Garcia Cairasco, João Pereira Leite. Neurogênese no Cérebro Adulto e na Condição Epiléptica. J Epilepsy Clin
Neurophysiol 2007; 13(3):119-123 https://doi.org/10.1590/S1676-26492007000300006

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