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DE ENVELHECIMENTO
Envelhecimento e sociedade – v. 2
Universidade Nove de Julho – UNINOVE
Rua Vergueiro, 235/249 – 12º andar
CEP: 01504-001 – Liberdade – São Paulo, SP – Brasil
Tel.: (11) 3385-9191 – editora@uninove.br
Beatriz Guimarães Ribeiro
Nadhia Helena Costa Souza
Natalie Souza de Andrade
Patrícia Lira dos Santos
Envelhecimento e sociedade – v. 2
Fernanda Ishida Corrêa
Andrezza Sossai Rodrigues de Carvalho
(Organizadoras)
São Paulo
2019
© 2019 UNINOVE
Todos os direitos reservados. A reprodução desta publicação, no todo ou em parte,
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Capítulo 1
ANATOMIA E FISIOLOGIA SOBRE O ENVELHECIMENTO:
DEFINIÇÃO E DIFERENCIAÇÃO ENTRE IDADE
BIOLÓGICA E CRONOLÓGICA, 11
Beatriz Guimarães Ribeiro
Patrícia Lira dos Santos
Introdução.....................................................................................................11
Objetivos........................................................................................................11
Composição corporal................................................................................... 13
Alterações celulares........................................................................................14
Alterações teciduais........................................................................................14
Modificações anatômicas e fisiológicas dos sistemas orgânicos
devido ao envelhecimento............................................................................ 15
Pele e seus anexos.......................................................................................... 15
Sistema ósseo..................................................................................................16
Sistema articular.............................................................................................17
Sistema muscular........................................................................................... 18
Sistema nervoso............................................................................................. 18
Sistema cardíaco............................................................................................ 19
Sistema respiratório....................................................................................... 21
Sistema urinário............................................................................................. 22
Rins........................................................................................................... 22
Bexiga Urinária e Uretra.......................................................................... 22
Sistema genital............................................................................................... 23
Feminino................................................................................................... 23
Masculino................................................................................................. 23
Sistema digestivo............................................................................................ 24
Sistema endócrino.......................................................................................... 24
Sistema hematopoiético................................................................................. 25
Sistema imunológico...................................................................................... 25
Mecanismo de homeostase............................................................................. 25
Conclusão...................................................................................................... 26
Exercícios...................................................................................................... 27
Bibliografia................................................................................................... 28
Capítulo 2
DADOS DEMOGRÁFICOS DO ENVELHECIMENTO
NO BRASIL E NO MUNDO, 30
Beatriz Guimarães Ribeiro
Introdução.................................................................................................... 30
Objetivos....................................................................................................... 30
Dados demográficos sobre o envelhecimento............................................ 30
Conclusão...................................................................................................... 35
Exercícios...................................................................................................... 36
Bibliografia................................................................................................... 37
Capítulo 3
POLÍTICAS PÚBLICAS E LEGISLAÇÃO
RELACIONADA AO ENVELHECIMENTO, 39
Beatriz Guimarães Ribeiro
Introdução.................................................................................................... 39
Objetivos....................................................................................................... 39
Políticas públicas nacionais......................................................................... 39
Política nacional do idoso............................................................................. 42
Estatuto do idoso........................................................................................... 42
Modalidades de atenção ao idoso............................................................... 44
Acessibilidade para os idosos........................................................................ 44
Casas de repouso e asilo............................................................................... 46
Centros-dia para idosos................................................................................. 47
Centros de Convivência para Idosos............................................................. 47
Assistência Domiciliar para Idosos............................................................... 47
Conclusão...................................................................................................... 48
Exercícios...................................................................................................... 49
Bibliografia................................................................................................... 50
Capítulo 4
COMPROMETIMENTO SISTÊMICO DO ENVELHECIMENTO.............52
Nadhia Helena Costa Souza
Natalie Souza de Andrade
Introdução.................................................................................................... 52
Objetivos....................................................................................................... 52
Comprometimento no envelhecimento...................................................... 53
Doença de Alzheimer .................................................................................... 54
Delirium......................................................................................................... 55
Doenças cardiovasculares............................................................................. 56
Doenças pulmonares...................................................................................... 59
Doenças ortopédicas e reumatológicas......................................................... 61
Instabilidade postural: equilíbrio, marcha, queda e fraturas....................... 62
Incontinência urinária e fecal........................................................................ 64
Fragilidade em idosos.................................................................................... 66
Conclusão...................................................................................................... 67
Exercícios...................................................................................................... 68
Bibliografia................................................................................................... 69
Capítulo 5
AVALIAÇÃO GERONTOLÓGICA E ESCALAS PADRONIZADAS
DE AVALIAÇÃO DE EQUILÍBRIO, MARCHA
E RASTREIO DE DEMÊNCIA, 71
Natalie Souza De Andrade
Introdução.................................................................................................... 71
Objetivos....................................................................................................... 71
Aspectos neurológicos relacionados à senescência.................................... 72
Teste de equilíbrio.......................................................................................... 86
Teste de marcha ............................................................................................ 88
Conclusão...................................................................................................... 91
Exercícios...................................................................................................... 92
Bibliografia................................................................................................... 93
Capítulo 6
REABILITAÇÃO E PREVENÇÃO DOS COMPROMETIMENTOS
DO ENVELHECIMENTO E QUALIDADE DE VIDA, 95
Natalie Souza de Andrade
Introdução.................................................................................................... 95
Objetivos....................................................................................................... 96
Envelhecimento e qualidade de vida.......................................................... 96
Conclusão.................................................................................................... 104
Exercícios.....................................................................................................105
Bibliografia................................................................................................. 106
Autores........................................................................................................ 108
Coleção Envelhecimento e Sociedade........................................................110
Gratidão aos professores colaboradores de cada capítulo
que, com muito empenho, desenvolveram este livro.
9 - Envelhecimento e Sociedade – v. 2
Apresentação
Ao longo deste livro, o leitor aprofundará seu conhecimento so-
bre os aspectos do envelhecimento; políticas públicas; escalas avaliati-
vas e reabilitação.
O processo de envelhecimento é comum a todos os seres vivos,
sendo representado por um conjunto de modificações que acontecem no
organismo a partir do nascimento e como consequência de todo tempo
que foi vivido.
O aumento da expectativa de vida, associado à redução da taxa de
fecundidade, é um dos principais motivos para a mudança demográfi-
ca, social e epidemiológica na sociedade brasileira, alterando o perfil e
a necessidade da população idosa. Dessa forma, a busca por processos
educativos, atitudes e hábitos saudáveis que possibilitem envelhecer ati-
vamente, com saúde e dignidade; tem aumentado consideravelmente.
Ao profissional da saúde, faz-se necessário conhecer e compre-
ender as alterações anatômicas e fisiológicas presentes nos idosos, bem
como compreender as modalidades de atenção existentes como parte
da implantação das políticas públicas, sendo assim, aplicar avaliações
e escalas que identifiquem o que mais diretamente compromete a capa-
cidade funcional no envelhecimento; favorece o conhecimento de pos-
síveis soluções que possam colaborar para a melhoria da qualidade de
vida dos idosos.
Cada capítulo deste livro, discorre sobre os aspectos do envelhe-
cimento, bem como sobre as políticas públicas; visando o correto cui-
dado do indivíduo.
Capítulo 1
ANATOMIA E FISIOLOGIA SOBRE
O ENVELHECIMENTO: DEFINIÇÃO
E DIFERENCIAÇÃO ENTRE IDADE
BIOLÓGICA E CRONOLÓGICA
Introdução
O processo de envelhecimento abrange alterações em vários as-
pectos anatômicos e biológicos decorrentes ao uso natural das estruturas
do corpo humano. As alterações estruturais e fisiológicas são esperadas
para todos os indivíduos, devido o tempo vivido. Reconhecer estas alte-
rações é essencial para os profissionais que trabalham com este perfil de
paciente e também facilitará o entendimento das alterações na senilidade.
Objetivos
Ao concluir a leitura deste capítulo, o leitor será capaz de:
• Conhecer e compreender as alterações anatômicas e fisiológicas
presentes nos idosos;
• Diferenciar idade biológica e cronológica (alterações anatômi-
cas e fisiológicas);
• Distinguir as transformações ocorridas por senescência ou
senilidade.
O profissional da área da saúde que trabalha com idosos deve co-
nhecer e compreender as peculiaridades anatômicas e fisiológicas do en-
velhecimento. O processo de envelhecimento é comum a todos os seres
vivos, sendo representada por um conjunto de modificações que aconte-
12 - Capítulo 1 | Envelhecimento e Sociedade – v. 2
Composição corporal
Há modificações evidentes na composição do corpo do idoso, cau-
sadas pela redução da massa magra e densidade óssea, aumento do te-
cido adiposo e diminuição da água corporal total. Em relação à perda
da massa, os rins e fígado são os órgãos internos mais comprometidos.
Vale destacar que em longo prazo, os músculos em geral apresentam
perda funcional e, concomitantemente, limitam as atividades de vida
diária (AVD’s).
A altura atinge seu pico máximo em torno dos 40 anos, e dimi-
nui um centímetro por década até os 70 anos de idade. Essa redução de
estatura ocorre pelas alterações osteoarticulares da coluna devido acha-
tamento das vértebras, redução dos discos intervertebrais e hipercifose
dorsal; além de arqueamento dos membros inferiores e achatamento dos
arcos plantares dos pés. O nariz e orelhas podem ter um crescimento mí-
nimo, devido à flacidez que é gerada pela perda de colágeno e elastina,
causando a impressão do tamanho real. O peso reduz de forma discreta
a partir dos 60 anos, mas o acúmulo de gordura pode manter ou mesmo
elevar o peso corporal. Essa gordura se distribui no tecido subcutâneo
14 - Capítulo 1 | Envelhecimento e Sociedade – v. 2
Alterações celulares
As células de cada órgão envelhecem com velocidades diferentes.
As células basais da epiderme e as células hematopoiéticas (do sangue)
são passíveis de reparação por serem células relativamente indiferen-
ciadas. Já em células diferenciadas como do fígado e rim (que raramen-
te se dividem, somente se necessário) e em células que não se dividem
como os neurônios, as alterações devido ao envelhecimento são defini-
tivas e irreversíveis.
Durante o envelhecimento, o núcleo das células apresenta mudan-
ça no tamanho além de aumento no número e tamanho dos nucléolos.
Também ocorrem modificações na forma, fragmentação e encurtamen-
to dos cromossomos. Já a respeito das alterações citoplasmáticas, ob-
serva-se mudança no tamanho, forma e quantidade das mitocôndrias,
além de fragmentação do aparelho de Golgi, modificações do sistema
retículo-endoplasmático e ruptura de lisossomos. Além disso, pode
haver acúmulo de água intracelular nas mitocôndrias e no interior do
retículo endoplasmático, e decréscimo da capacidade celular em re-
ter potássio no interior e sódio em seu exterior. Também há acúmu-
lo de gordura seguida de alteração na estrutura celular. A membrana
pode sofrer alterações pela presença de componentes tóxicos que au-
mentam com o envelhecimento e degradam os lipídeos insaturados da
membrana celular.
Alterações teciduais
O tecido conjuntivo, formado por fibras elásticas e colágenas, está
distribuído por todo o organismo. Com o envelhecimento, os constituin-
tes desse tecido se modificam em quantidade e em qualidade. Um dos
15 - Capítulo 1 | Envelhecimento e Sociedade – v. 2
Sistema ósseo
O tecido ósseo é constituído por dois tipos celulares: osteoblas-
tos e osteoclastos. Os osteoblastos produzem a matriz óssea e os oste-
oclastos realizam a reabsorção óssea. Os osteócitos (originados pelos
osteoblastos) diminuem em números apresentando declínio funcional
no metabolismo da matriz extracelular. Com isso, os idosos apresentam
maior perda de cálcio na matriz óssea. A perda acentuada de cálcio cau-
sa enfraquecimento dos ossos favorecendo o aparecimento de fraturas.
Além disso, este tecido possui dois aspectos ósseos: o compacto e
esponjoso. Ambos são alterados no processo de envelhecimento. A es-
pessura do componente compacto diminui por conta de reabsorção in-
terna óssea. No componente esponjoso, há perdas de laminas ósseas.
Na mulher, a perda óssea já ocorre antes da menopausa e, após
este período, o processo de perda é mais acelerado. Sendo assim, a alte-
ração do tecido ósseo é diferente entre homens e mulheres.
17 - Capítulo 1 | Envelhecimento e Sociedade – v. 2
Sistema articular
As articulações são estruturas ligadas aos ossos que participam
dos movimentos físicos e permitem a estática corporal. Todos os tipos
de articulações sofrem alterações com o envelhecimento: desgaste por
pressão, por desidratação e/ou atritos ósseos. Na coluna vertebral, o dis-
co intervertebral que está localizado entre os corpos vertebrais, permite
estabilidade e flexibilidade à coluna, a qual é necessária para movimen-
tação do tronco, promover equilíbrio, postura e suporte do peso corpo-
ral. Este disco é composto por um núcleo pulposo e um anel fibroso. O
núcleo pulposo é composto por grande quantidade de água e fibras de
colágeno, e o anel fibroso é uma fibrocartilagem espessa. No envelhe-
cimento, o núcleo pulposo desidrata (perda de água) e as fibras de co-
lágenos aumentam de número e espessura, diminuindo a capacidade do
disco intervertebral se moldar aos movimentos da coluna. No anel fibro-
so, ocorre acúmulo de cálcio e fibras colágenas mais delgadas. Devido
à desidratação do disco, a sua espessura diminui acentuando as curvas
da coluna, especialmente a torácica.
Nas articulações sinoviais (diartroses) ocorrem modificações im-
portantes com o envelhecimento. Esta articulação é composta por uma
capsula articular e possui a função de diminuir atritos entre as estruturas
rígidas. A cápsula articular é constituída por camadas de células chama-
das de condrócitos, e por uma matriz que contém água, fibras de colá-
geno e proteoglicanos.
As cartilagens articulares sofrem processo degenerativo com o
envelhecimento, o que causa redução da resistência elástica e da capa-
cidade para resistir à deformação. No idoso, a cartilagem se torna mais
delgada com presença de rachaduras e fendas na superfície. Essas al-
terações ocorrem devido diminuição dos condrócitos, água e proteo-
glicanos; ao mesmo tempo em que as fibras colágenas aumentam em
números e espessura.
Além disso, há redução de água nos tendões e ligamentos, aumen-
tando a rigidez dessas estruturas articulares. Também há alteração na
deposição de colágeno diminuindo o processo de reparo dos tendões e
ligamentos. Estas modificações articulares aumentam com a idade e po-
tencializam as alterações funcionais.
18 - Capítulo 1 | Envelhecimento e Sociedade – v. 2
Sistema muscular
O envelhecimento altera músculos e tendões. O tecido muscular
é responsável pelo movimento do corpo humano. Constituído por uma
parte vermelha – ventre muscular, e partes brancas – os tendões de ori-
gem e inserção. A contração muscular ocorre no ventre muscular e é
gerada pelas fibras musculares presentes neste local. Os tendões apenas
transmitem a força gerada no ventre para o osso. No idoso, há perda de
massa muscular com diminuição do peso deste tecido, da área de secção
transversa e do número de células. Diversas fibras musculares sofrem
mudanças estruturais, sendo substituídas por tecido adiposo ou conjun-
tivo, ocasionando o aumento de tecido adiposo e do colágeno intersticial
no músculo. A resistência do tendão diminui devido aumento do com-
primento e diminuição da área de secção dos tendões.
A perda muscular em idosos é progressiva. Há diminuição da quan-
tidade e do tamanho de fibras musculares, além de modificações da iner-
vação, sendo observadas fibras desnervadas e atrofiadas. Por conta da
perda da massa muscular, a força muscular diminui. Apesar das modi-
ficações estruturais e funcionais, o metabolismo energético das células
se altera pouco. O grau de atividade física e estado nutricional são in-
versamente proporcionais à perda de células musculares, ou seja, quan-
to menor atividade física e piora nutricional, maior a perda de células.
Os músculos sofrem atrofia desigual no mesmo indivíduo. É im-
portante destacar que o declínio funcional é maior nos membros infe-
riores, contribuindo para variação de marcha, equilíbrio e ortostatismo.
As placas motoras possuem maior número de pregas e fendas sinápticas
mais amplas, diminuindo o contato entre o axônio terminal e a placa mo-
tora da célula. Além da diminuição de acetilcolina liberadas durante as
sinapses, todos os aspectos citados colaboram com o declínio muscular.
Sistema nervoso
As principais modificações no sistema nervoso ocorrem no cére-
bro, onde o peso e volume cerebral diminui com a idade. Ocorre atrofia
no córtex cerebral e redução da massa nervosa encefálica, que está rela-
cionada com a perda de neurônios, fisiológica no envelhecimento. Essa
19 - Capítulo 1 | Envelhecimento e Sociedade – v. 2
Sistema cardíaco
Ao contrário dos demais órgãos, no coração há aumento do tama-
nho e peso, com a extensão da espessura da parede do ventrículo esquer-
do. Acredita-se que no envelhecimento haja perda de células musculares,
que são substituídas por tecido fibroso, e na superfície ocorre o depósi-
to de tecido adiposo.
Nas valvas, as principais alterações ocorrem na válvula atrioven-
tricular (VA) esquerda e na válvula da aorta, com a existência de placas
arterioscleróticas e espessamento das cordas tendíneas. Dessa forma, as
20 - Capítulo 1 | Envelhecimento e Sociedade – v. 2
Sistema respiratório
O sistema respiratório do idoso sofre diminuição progressiva do seu
desempenho devido alterações estruturais e funcionais. As mudanças es-
truturais acontecem nos pulmões, caixa torácica e musculatura respirató-
ria. Traqueia e brônquios são estruturas condutoras de ar que tem parede
formada por cartilagens e com o envelhecimento, a cartilagem sofre um
processo de calcificação e estas estruturas tornam-se mais rígidas. Além
disso, ocorre a diminuição da ação dos cílios das células da mucosa dos
brônquios, limitando a proteção contra corpos estranhos e a eliminação ade-
quada de muco. Dessa forma, o mecanismo de defesa do sistema pulmonar
também é comprometido, há alterações no reflexo de tosse, na produção
de muco e da atividade de células de defesa (neutrófilos e macrófagos).
A mobilidade da caixa torácica é essencial para a mecânica respi-
ratória. Para isso, a junção das costelas e osso esterno se dá pelas carti-
lagens presentes nesta articulação. No idoso, com o passar do tempo, os
elementos ósseos e cartilaginosos se fundem. Com a mobilidade dimi-
nuída e alterações estruturais, há diminuição da complacência pulmo-
nar e concomitantemente o prejuízo da respiração no idoso. As fibras
musculares dos músculos que auxiliam a respiração diminuem, e devi-
do à alteração da caixa torácica e dos pulmões, o idoso tende a solicitar
mais o músculo diafragma durante a inspiração, para compensar os dé-
ficits da mecânica respiratória.
Sistema urinário
Rins
A massa renal está diminuída no idoso, tendo predomínio no cór-
tex renal, devido perda de glomérulos, ocasionando a perda do número
total de células nos rins. As principais alterações são: perda de gloméru-
los e substituição por tecido fibroso, espessamento dos túbulos renais,
por depósito de tecido adiposo, e espessamento da parede das arterío-
las renais, por depósitos de placas arterioscleróticas; além da presença
de estreitamento das arteríolas eferentes impedindo a comunicação com
os glomérulos. Essas alterações nos idosos causam maior dificuldade de
adaptação aos distúrbios eletrolíticos, e de controle do equilíbrio acido-
básico. Também tornam necessários maiores cuidados na administração
de medicamentos que são eliminados pelos rins por causa do risco au-
mentado em desenvolver insuficiência renal aguda.
Bexiga Urinária e Uretra
A musculatura destes órgãos, tornam-se mais fraca, há redução da
força de contração e dilatação durante a micção. Sendo assim, o idoso
diminui a capacidade de reter urina quando comparado ao indivíduo jo-
vem. Devido a menor contração por conta da musculatura fraca, mes-
mo após a micção; a bexiga retém cerca de 100 ml de urina, o que pode
propiciar a infecções urinárias recorrentes.
23 - Capítulo 1 | Envelhecimento e Sociedade – v. 2
Sistema genital
Feminino
Na mulher idosa, ocorre diminuição da produção de hormônios
(estrógenos e progesterona) pelos ovários. Consequentemente há atro-
fia do útero, vagina e órgãos genitais externos. Ocorre aumento do te-
cido fibroso na vagina, tornando-a menos elástica, além da diminuição
do comprimento e largura. As alterações presentes tornam as mulheres
idosas mais propensas a desenvolver infecções. Há diminuição dos ní-
veis de estrógenos, e esta alteração leva a cessação da menstruação e
início da menopausa.
O útero inicia as alterações aos 50 anos de idade, diminuindo o
peso, elasticidade e há substituição do tecido muscular por tecido colá-
geno fibroso. O endométrio atrofia, os ligamentos que sustentam estes
órgãos internos sofrem modificações, favorecendo a queda destes ór-
gãos. As glândulas mamárias atrofiam e o tecido é substituído por teci-
do adiposo, tornando-os mais flácidos.
Masculino
A alteração nos órgãos genitais do homem é menos evidente quan-
do comparados ao da mulher. Os testículos não diminuem com a idade,
permanecem com o mesmo tamanho e peso (exceto alterações patológi-
cas). Há redução gradual na produção de testosterona, que contribuem
para perda da força muscular. As células da parede do túbulo contorci-
do (nutrição e produção de gametas) se tornam menores e menos ativos.
Os números de espermatozoides caem, mas a fertilidade permanece ati-
va ao longo da vida. A próstata inicia suas modificações a partir dos 50
anos, sofrendo atrofia, substituição das fibras musculares por tecido fi-
broso, o que limita a capacidade deste órgão contrair e expandir. Além
disso, aos 70 anos a próstata aumenta em peso e tamanho, podendo in-
terferir na eliminação da urina, por compressão da uretra. A ereção pode
ser comprometida por alteração do pênis, o tecido erétil torna-se menos
elástico e as arteríolas da parede dos corpos cavernosos apresentam-se
mais rígidas, diminuindo o suprimento sanguíneo.
24 - Capítulo 1 | Envelhecimento e Sociedade – v. 2
Sistema digestivo
O idoso apresenta dificuldade de deglutição por alteração no sis-
tema nervoso intrínseco da parede do esôfago. A perda do paladar está
relacionada com a perda das papilas gustativas. Presença de secura dos
lábios, dificuldade de mastigação e processamento do bolo alimentar,
pode ocorrer devido diminuição da produção de saliva. Além disso, os
dentes ficam mais frágeis, gerando possíveis perdas, o que também di-
ficultará a mastigação.
O processo de envelhecimento contribui para menor produção de
ácido clorídrico, o qual dificulta o processo de digestão tornando-o mais
lento. No intestino, há atrofia de todas as túnicas da parede do colo, per-
da dos tônus da parede muscular, e redução do fluxo sanguíneo mesen-
térico, levando a um peristaltismo lento e maior chance de constipação.
Aos 65 anos ocorre a diminuição discreta no peso total do fígado, mas
não há relatos evidentes na literatura sobre a redução significativa dos
números de células. Há perda na quantidade de mitocôndrias nos hepa-
tócitos, mas sem interferir na respiração das células. Estas modificações
talvez contribuam com a dificuldade do fígado do idoso metabolizar cer-
tas drogas e nutrientes. No pâncreas, há redução de seu tamanho e peso,
assim como redução da produção hidroeletrolítica e pancreática que pode
interferir na absorção intestinal de gordura.
Sistema endócrino
O hormônio do crescimento (GH), da prolactina (PRL) e do hor-
mônio antidiurético, sofrem alterações de síntese pela hipófise. O GH é
um importante hormônio anabolizante e sua função é estimular o cresci-
mento tecidual, mas se encontra em nível reduzido no organismo após a
terceira década de vida. Já com relação à PRL, sua produção noturna cos-
tuma estar reduzida nesse período do envelhecimento. O hormônio anti-
diurético é importante para a manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico e
acredita-se que sua produção pelo hipotálamo esteja aumentada em ido-
sos favorecendo a hiponatremia (redução do nível de sódio sanguíneo).
A função endócrina pancreática é responsável pelo metabolismo
da glicose e, em idosos, essa função está alterada, causando demora da
25 - Capítulo 1 | Envelhecimento e Sociedade – v. 2
Sistema hematopoiético
Em idosos, a massa celular da medula óssea diminui e é substitu-
ída por tecido gorduroso, mas mantém nível adequado de produção das
hemácias, glóbulos brancos e plaquetas para as necessidades básicas do
organismo. No geral, o nível de hemoglobina diminui. Já o nível de fer-
ritina e a velocidade de hemossedimentação aumentam. O tempo de vida
do glóbulo vermelho, a retroalimentação do ferro e o volume sanguíneo
circulante costumam não se alterar com o envelhecimento.
Sistema imunológico
O sistema imunológico é um importante fator regulador da ho-
meostase do organismo. A alta incidência de doenças infecciosas, ne-
oplásicas e autoimunes, em pessoas idosas, pode estar relacionada a
alterações da imunidade celular e humoral. Essas alterações imunoló-
gicas, em sua maioria, podem ser em decorrência da perda gradual da
massa do timo e de sua capacidade em produzir hormônios, levando à
sua involução e atrofia.
Mecanismo de homeostase
A homeostase mantém o equilíbrio do meio interno do organismo
e é controlada pelos mecanismos de retroalimentação e neuroendócrino.
Esses mecanismos sofrem alterações com o passar dos anos, levando à di-
26 - Capítulo 1 | Envelhecimento e Sociedade – v. 2
Conclusão
Entender as principais alterações anatômicas e fisiológicas exclu-
sivas do processo de envelhecimento é de fundamental importância para
os profissionais da área da saúde, possibilitando uma abordagem tera-
pêutica mais eficaz e que respeite todas as mudanças estruturais e fun-
cionais no idoso.
27 - Capítulo 1 | Envelhecimento e Sociedade – v. 2
Exercícios
1) O idoso pode apresentar modificações estruturais e fisiológicas pelo
tempo vivido, podendo estas alterações serem mais evidentes e precoces
devido à somação de fatores patológicos. Quando as modificações não
ocorrem apenas devido ao envelhecimento, chamamos este processo de:
a) Processo patológico;
b) Processo fisiológico;
c) Senescência;
d) Processo natural;
e) Senilidade.
Resposta ao final do capítulo.
Bibliografia
CARVALHO FILHO E.; NETTO M. Geriatria: fundamentos, clínica
e terapêutica. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2006.
Capítulo 2
DADOS DEMOGRÁFICOS DO
ENVELHECIMENTO NO BRASIL
E NO MUNDO
Introdução
O processo de envelhecimento populacional tem ocorrido pela re-
dução do coeficiente (taxa) de mortalidade e fecundidade. Dessa forma,
a população tem se tornado mais idosa, devido ao aumento da expecta-
tiva de vida e diminuição da proporção de indivíduos mais jovens. Este
fenômeno tem levado a uma reorganização do Sistema de Saúde, pois
essa população exige maiores cuidados principalmente pelo aumento da
prevalência de doenças crônicas.
Objetivos
Ao final deste capítulo, o leitor será capaz de:
• Entender o processo de envelhecimento no Brasil e no Mundo;
• Compreender como as taxas de fecundidade, natalidade, mor-
talidade e expectativa de vida tem alterado a estrutura etária
populacional;
• Diferenciar transição demográfica e epidemiológica.
Conclusão
Atualmente, não só no Brasil, mas no mundo, os dados demográ-
ficos comprovam um aumento contínuo da quantidade de idosos na so-
ciedade. Este fato se deve à constante queda das taxas de fecundidade e
mortalidade, além de uma mudança no perfil epidemiológico, com au-
mento das doenças crônico-degenerativas sendo, portanto, primordial
que o país, órgãos público e a população, tenham consciência dessa mu-
dança de perfil demográfico; para que a atenção primária a saúde seja o
principal fator a contribuir para a qualidade de vida da população.
36 - Capítulo 2 | Envelhecimento e Sociedade – v. 2
Exercícios
1) Um indivíduo vive num país em desenvolvimento (como o Brasil) onde
as taxas de fecundidade e mortalidade estão em constante queda. Além
disso, também é evidente a redução da incidência das doenças agudas e
aumento da prevalência de doenças crônicas. O caso descrito refere-se
a transições que estão ocorrendo nesse país, são elas, respectivamente:
a) Transição de natalidade e transição de mortalidade;
b) Transição de mortalidade e transição de natalidade;
c) Transição epidemiológica e transição demográfica;
d) Transição demográfica e transição epidemiológica;
e) Transição da expectativa de vida e transição das doenças.
Resposta correta ao final do capítulo.
Bibliografia
CARVALHO FILHO, E. Netto M. Geriatria: fundamentos, clínica e te-
rapêutica. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2006.
Capítulo 3
POLÍTICAS PÚBLICAS E LEGISLAÇÃO
RELACIONADA AO ENVELHECIMENTO
Introdução
O aumento da expectativa de vida associado à redução da taxa de
fecundidade é um dos principais motivos para a mudança demográfi-
ca, social e epidemiológica na sociedade brasileira, alterando o perfil e
a necessidade da população idosa. Dessa forma, aumentou a busca por
processos educativos, atitudes e hábitos saudáveis que possibilitem en-
velhecer ativamente, com saúde e dignidade. Assim, houve a elabora-
ção da Política Nacional do Idoso (Lei 8.942-94) e do Estatuto do Idoso
(Lei 10.741) na qualidade das políticas públicas que visam o bem-estar
físico, mental e social do idoso, garantindo questões como distribuição
de renda, acesso aos bens de consumo e capital, acesso aos serviços de
saúde e educação.
Objetivos
Ao final deste capítulo, o leitor será capaz de:
• Entender a importância de leis como a Política Nacional do
Idoso e Estatuto do Idoso para a população da terceira idade;
• Compreender as modalidades de atenção existentes como par-
te da implantação das políticas públicas.
Estatuto do idoso
O Estatuto do Idoso foi sancionado pela Lei Federal nº 10.741
em 1º de outubro de 2003, após seis anos de tramitação no Congresso
Nacional, regulamentando os direitos dos indivíduos brasileiros com
idade igual ou superior a 60 anos e estabelecendo medidas que visam
43 - Capítulo 3 | Envelhecimento e Sociedade – v. 2
(Floriani; Schramm, 2004, p. 987). Todos esses serviços são feitos por
equipe multidisciplinar incluindo serviço médico e de enfermagem 24
horas por dia, fisioterapêutico, assistência social, além de uma rede de
apoio para diagnóstico e para outras medidas terapêuticas. Também es-
tão incluídos neste conceito, o chamado suporte comunitário (voluntá-
rios, serviços de associações comunitárias, transporte) e realização de
tarefas externas, como ida a um banco ou a uma farmácia.
Segundo Floriani; Schramm, (2004, p. 987)
Os objetivos da Assistência Domiciliar são diminuir a ocu-
pação dos leitos hospitalares e a grande demanda do atendi-
mento ambulatorial, visando à redução de custos, reintegrar
o paciente em seu núcleo familiar, proporcionar assistência
humanizada e integral pela aproximação da equipe de saúde
com a família, estimular uma maior participação do paciente
e de sua família no tratamento proposto, promover educação
em saúde e ser um campo de ensino e pesquisa. Esse modelo
propõe à reinserção do idoso na comunidade, preservando
ao máximo sua autonomia e buscando a recuperação de
sua independência funcional, procurando mantê-lo “ativo,
participativo, produtivo e afetivo” (Sayeg, M. A. 1998 apud
Floriani; Schramm, 2004, p. 987)..
Conclusão
Ao longo dos anos, a característica demográfica da população
Brasileira vem passando por algumas modificações relacionadas ao au-
mento da expectativa de vida e a redução da taxa de fecundidade; o que
levou ao aumento da população idosa no País. Desta maneira, mudan-
ças públicas tronam-se importantes para atender as necessidades des-
te grupo populacional, por isso a importância da elaboração da Política
Nacional do Idoso (Lei 8.942-94) e do Estatuto do Idoso (Lei 10.741),
que visam o bem-estar físico, mental e social do mesmo, com o objeti-
vo de garantir melhor distribuição de renda, acesso aos bens de consu-
mo e capital e acesso aos serviços de saúde e educação.
49 - Capítulo 3 | Envelhecimento e Sociedade – v. 2
Exercícios
1) José, 71 anos, possui limitações para o desenvolvimento de suas ati-
vidades da vida diária. Convive com sua família, mas não tem quem cui-
de dele em casa ao longo do dia, pois, todos da família trabalham. Qual
modalidade de atenção à saúde seria mais indicada para esse idoso?
a) Asilo;
b) Assistência domiciliar;
c) Centro de Convivência para idosos;
d) Centro de repouso;
e) Centro dia para idosos.
Resposta correta ao final do capítulo.
Bibliografia
Brasil. Lei Federal nº 10.741, 01 de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso).
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/Leis/2003/L10.741.htm.
Brasil. Plano Integrado de Ação Governamental para Desenvolvimento
da Política Nacional do Idoso. Disponível em: <https://www.mds.gov.
br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/politica_ido-
so.pdf>. Acesso em: 04 set. 2018.
51 - Capítulo 3 | Envelhecimento e Sociedade – v. 2
Capítulo 4
COMPROMETIMENTO SISTÊMICO
DO ENVELHECIMENTO
Introdução
O processo natural do envelhecimento envolve inúmeras transfor-
mações biológicas inerentes aos organismos e que ocorrem de maneira
gradativa, podendo variar para cada indivíduo. O conhecimento dos as-
pectos no processo de alterações orgânicas, morfológicas e funcionais,
que ocorrem com o envelhecimento (senescência), bem como das mo-
dificações determinadas pelas afecções que frequentemente acometem
a pessoa idosa (senilidade); é fundamental para a prestação de uma as-
sistência de qualidade. Nesse sentido, as alterações que podem ocorrer
no organismo, em decorrência desse processo, juntamente com outras
que são patológicas, interferem nas atividades de vida diárias da pessoa
idosa. Com isso, se faz necessário conhecer as alterações comumente
desenvolvidas pelo idoso como incontinência urinária e fecal, a demên-
cia e o delirium, aspectos relacionados com sua fragilidade, comprome-
timento do equilíbrio, marcha e queda, assim como as doenças crônico
degenerativas, como as cardiovasculares, pulmonares, reumatológicas
e ortopédicas.
Objetivos
Ao final deste capítulo, o leitor será capaz de:
o Conhecer os comprometimentos do envelhecimento relacio-
nados às doenças crônicas degenerativas, tais como:
o Doenças cardiorrespiratórias;
o Doenças neurológicas (demência e delírio);
53 - Capítulo 4 | Envelhecimento e Sociedade – v. 2
Comprometimento no envelhecimento
De acordo com Caberlon (2015, p. 3744)”O processo de envelhe-
cimento traz consigo, simultaneamente, aumento dos fatores de risco e de
comorbidades, especialmente como as doenças crônico-degenerativas”.
Com o avançar da idade e devido as alterações associadas a
morbidade, os sistemas que controlam a locomoção, o equilíbrio, a
marcha e a mobilidade podem ser prejudicados resultando no aumento
do risco de quedas em idosos com presença de fratura.
As doenças crônicas degenerativas não transmissíveis (pulmonares
e cardiovasculares) no Brasil, atingem em torno de um terço dos idosos
que chegam aos 70 anos, e 20% destes, desenvolvem algum grau de in-
capacidade que irá prejudicar a autonomia, independência além de re-
duzir a capacidade física.
Outro problema enfrentado pelos idosos é a incontinência urinária e
fecal, algumas alterações decorrentes do envelhecimento, como a atrofia
dos músculos e tecidos, o comprometimento funcional do sistema nervoso
e circulatório e a diminuição do volume vesical podem contribuir para
o surgimento da incontinência urinária, pois reduzem a elasticidade e a
contratilidade da bexiga. A incontinência fecal é caracterizada como perda
involuntária de fezes sólidas e/ou líquidas, enquanto o termo incontinência
anal inclui a perda involuntária de flatos, associada ou não a perda de
fezes. A incontinência fecal causa desconforto, constrangimento e perda
de autoconfiança, podendo interferir negativamente na qualidade de vida.
As manifestações neuropsiquiátricas também estão presentes e são
caracterizadas por sintomas comportamentais e psicológicos da demência,
que se definem por um conjunto de sintomas e sinais relacionados a
transtornos da percepção, do conteúdo do pensamento, do humor ou do
comportamento. Ocorrem em 80-90% dos pacientes durante o curso da
demência e variam de acordo com a gravidade e o subtipo da doença,
afetando regiões específicas do cérebro.
54 - Capítulo 4 | Envelhecimento e Sociedade – v. 2
Doença de Alzheimer
Os distúrbios neuropsiquiátricos são apontados como o maior pro-
blema dos pacientes com demência e estão associados ao maior grau de
comprometimento cognitivo e à rápida progressão da doença, diminuin-
do a qualidade de vida, aumentando a morbidade e aumentando o es-
tresse do cuidador e/ou familiar. Além disso, aumentam os custos dos
cuidados e, apesar de passíveis de intervenções terapêuticas, estão entre
os mais importantes fatores de institucionalização precoce.
Dentre as principais causas de demência, destaca-se a Doença de
Alzheimer, é considerada a principal entre 50% a 60% dos casos. Cerca
de mais de 35 milhões de indivíduos são acometidos em todo o mundo,
e estes números vem aumentando de forma significativa em diferentes
idades (prevalência). Nos EUA, tornou-se a quarta causa de óbito entre
os idosos de 75 a 84 anos e a terceira maior causa isolada de incapaci-
dade e mortalidade.
No Brasil, em torno de 700 mil pessoas são acometidas pela a
Doença de Alzheimer, tornando-se um importante problema de saúde
pública em todo o mundo, em conjunto com a demência vascular, de
acordo com os estudos epidemiológicos. No entanto, o mecanismo fi-
siopatológico da doença é desconhecido, pois na demência mista ocorre
simultaneamente a Doença de Alzheimer e a demência vascular, respec-
tivamente, apresentando alterações neurodegenerativas e cerebrovascu-
lares levando a um maior dano funcional, quando estão associadas.
Sendo assim, os idosos com demências apresentam alta prevalên-
cia de comorbidades, as quais podem comprometer a cognição e aumen-
tar o declínio funcional, necessitando de intervenções precoces visando
à melhora da qualidade de vida dessa população e de seus familiares,
considerando a melhora funcional e a manutenção da sua independên-
cia para as Atividades de Vida Diárias (AVD´s).
A Doença de Alzheimer portanto é considerada uma doença
neurológica, caracterizada, primeiramente, por um comprometimento de
memória para fatos recentes, sendo este comprometimento progressivo.
Em seguida há deterioração das funções cognitivas, apresentando um
quadro de: apraxias construtivas, agnosias e distúrbios afásicos e podendo
55 - Capítulo 4 | Envelhecimento e Sociedade – v. 2
Delirium
O delirium, é descrito como uma perturbação aguda e flutuante da
consciência e da cognição, sendo considerado um distúrbio neurocompor-
tamental mais frequente em idosos hospitalizados, acometendo em torno de
56% a 72% dos idosos internados em unidade de terapia intensiva, tendo
um grande impacto na morbimortalidade, como a elevação de custos hos-
pitalares, os riscos de demência e institucionalização pós-alta hospitalar.
Os pacientes com delirium podem apresentar incapacidade de
colaboração, distúrbios do ciclo sono-vigília, perda da memória (prin-
cipalmente a recente), alterações emocionais e ilusões, geralmente há
exacerbação destes sinais ao final da tarde e período noturno, devido a
diminuição ou falta de estímulos de orientação, podendo este idoso ser
classificado como: hipoativo, hiperativo ou misto em relação ao nível
de atividade psicomotora.
Os mecanismos neurobiológicos envolvidos no delirium, podem
apresentar múltiplos fatores que levem a uma via final com excesso de
dopamina e depleção colinérgica. No entanto, a inflamação sistêmica
parece afetar o sistema nervoso central por meio de diversas vias, o que
56 - Capítulo 4 | Envelhecimento e Sociedade – v. 2
Doenças cardiovasculares
Nas últimas décadas, as doenças crônicas degenerativas
não transmissíveis têm sido a maior causa de óbitos no
país, superando as taxas de mortalidade por doenças
infectocontagiosas. Observa-se uma alteração no perfil
de mortalidade da população, com aumento expressivo
na ocorrência de doenças cardiovasculares e doenças
respiratórias, o que tem onerado os sistemas da Saúde
e da Previdência Social, com uma alta carga de custos
financeiros decorrente de mortalidade e de invalidez
precoces. Esse contexto incide na sociedade geral, nas
famílias e nas pessoas portadoras dessas doenças, cujo
tratamento demanda duração prolongada (CARVALHO
et al., 2014, p. 348).
Nesse sentido, as doenças cardiovasculares constituem a principal
causa de morbimortalidade na população brasileira. Não há uma causa
única para essas doenças, mas, há vários fatores de risco que aumentam
a probabilidade de sua ocorrência. A Hipertensão Arterial e o Diabetes
Mellitus, representam dois dos principais fatores de risco, contribuindo
decisivamente para o agravamento desse cenário.
Entre as pessoas idosas, a hipertensão é uma doença altamente pre-
valente, acometendo cerca de 50% a 70% das pessoas nessa faixa etá-
57 - Capítulo 4 | Envelhecimento e Sociedade – v. 2
Doenças pulmonares
Dentre as doenças que mais comprometem a população idosa re-
lacionadas as internações hospitalares, as afecções do trato respiratório
tem destaque. As vacinas que são desenvolvidas contra o vírus influen-
za são responsáveis por diminuir o numero de hospitalizações e óbitos
em 25 a 39%. Dentre as afecções mais importantes relacionadas ao ví-
rus influenza podemos citar: pneumonia, bronquite, asma exacerbada e
doenças crônicas obstrutivas.
Muitos são os estudos que evidenciam a importância dos programas
de vacinação em idosos a fim de prevenir as infecções do trato respiratório
e manter a população saudável. Estudos com DPOC (Doença Pulmonar
Obstrutiva Crônica) e idosos tem demonstrado a grande relevância da
educação em saúde relacionados aos cuidados específicos, na prevenção
e promoção relacionadas as infecções do trato respiratório. Pois, o quanto
antes este idoso aderir ao tratamento, melhor será a qualidade de vida
frente ao impacto que a doença ocasionará em sua vida.
Nesse sentido, de acordo com a Organização Mundial de Saúde
(OMS) os idosos devem tomar três vacinas básicas e de extrema impor-
tância, são elas: Influenza, Pneumonia Pneumocócica e Tétano-Difteria,
devido ao fato de que o vírus da influenza (gripe) é transmitido por ina-
lação de gotículas de saliva que estão suspensas no ar, podendo perma-
necer incubado em torno de 1 a 4 dias, além disso, estas vacinas são
extremamente importantes pois apresentam grande especificidade para
o tipo de vírus existente, de acordo com as características do nosso he-
misfério, sendo atualizadas anualmente no Brasil.
Dentre as populações mais indicadas para tomar a vacina contra
o vírus influenza, primeiramente destacam-se os idosos com idade su-
perior a 60 anos, segundo os portadores de doenças crônicas pulmona-
res (enfisema e asma), e cardiopatas, diabéticos e hipertensos; terceiro
pessoas idosas que apresentam doenças renais, pessoas que apresentam
a imunidade deprimida (ex:AIDS) ou pessoas dependentes de medica-
mentos que diminuem a imunidade (uso de quimioterápicos e tratamen-
to para o câncer), e pessoas que estão em contato direto com indivíduos
que apresentem risco para complicações da gripe (cuidadores de pesso-
as idosas, profissionais da área da saúde e familiares).
60 - Capítulo 4 | Envelhecimento e Sociedade – v. 2
Fragilidade em idosos
Devido o rápido e expressivo envelhecimento da população, é cres-
cente o interesse pelos profissionais da saúde sobre este tema, que ante-
riormente era pouco discutido, e atualmente, passam a ocupar lugar de
destaque com o seguinte assunto a fragilidade ou fragilização no proces-
so de envelhecimento, que surgiram com grande ênfase.
Assim a palavra fragilidade, não apresenta uma definição consensual.
É considerada uma síndrome multidimensional que culmina em estado de
maior vulnerabilidade, que pode estar associada a desfechos clínicos ad-
versos (quedas, hospitalizações, declínio funcional e morte), e pode envol-
ver uma interação complexa dos fatores biológicos, psicológicos e sociais.
Para isso, é necessário que haja critérios que identifiquem as pes-
soas idosas que apresentem condições subclínicas da síndrome e para
que ocorra a prevenção de maneira a evitar ou postergar as respostas ad-
versas à mesma. Se já houver a instalação da síndrome, o ideal é adotar
critérios de avaliação específicos que irão contribuir para o adiamento
ou a amenização de tais respostas, colaborando para a autonomia e in-
dependência funcional dos idosos.
Deste modo, são considerados frágeis, aqueles idosos acima dos
65 anos (10 a 25%) e acima dos 85 anos (46%) que vivem na comuni-
dade, que são considerados idosos de alto risco para aqueles desfechos
adversos, são mais susceptíveis.
No entanto, a fragilidade é considerada um fenômeno clínico dis-
tinto do envelhecimento, e este quadro pode ser revertido através de
intervenções clínicas: Nos anos 90, houve o questionamento entre inca-
pacidade e fragilidade com base em três fatores:
• Nem todas as pessoas com declínio funcional são frágeis;
• Nem todas as pessoas frágeis apresentam declínio funcional;
• Medidas preventivas parecem interferir na instalação dessa
síndrome.
E a partir destas premissas, o que anteriormente era considerado
“ser frágil” passou a ser substituído por uma condição de “tornar-se frá-
gil’ onde o termo “fragilidade” passa a ser considerada como síndrome
clínica relacionada pela diminuição da reserva energética e resistência
67 - Capítulo 4 | Envelhecimento e Sociedade – v. 2
Conclusão
O processo de envelhecimento e seus comprometimentos são com-
plexos, exigindo assim uma abordagem holística para com o processo
saúde e doença do idoso. É importante o controle da Hipertensão Arterial,
do Diabetes Mellitus, a vacinação, entre outras, e o constante aprimora-
mento dos conhecimentos que envolve a pessoa idosa.
Com o aumento da expectativa de vida e a ampliação de idosos em
número no Brasil e no mundo, espera-se que as pesquisas sobre promo-
ção e prevenção da saúde e de doenças crônicas instigue a sensibilidade
dos profissionais de saúde para que estes discutam mais sobre o assunto.
68 - Capítulo 4 | Envelhecimento e Sociedade – v. 2
Exercícios
1) Sobre a hipertensão arterial sistêmica, marque a alternativa correta:
a) A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é típica do idoso;
b) É caracterizada por níveis elevados de glicose;
c) A hipertensão é uma doença que não apresenta sintomas, porém se
não for tratada pode gerar uma crise hipertensiva;
d) Doença do sistema respiratório com comprometimento neurológico.
e) Disfunção neurológica parcial.
Resposta correta ao final do capítulo.
4) A Incontinência urinária é:
a) Perda involuntária de urina;
b) Predominante no sexo masculino;
c) Predominante no idoso;
d) Perda involuntária das fezes;
e) Perda da memória.
Resposta correta ao final do capítulo.
69 - Capítulo 4 | Envelhecimento e Sociedade – v. 2
Bibliografia
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAUDE. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa ido-
sa / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de
Atenção Básica – Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 192 p. il. – (Série
A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n. 19).
Capítulo 5
AVALIAÇÃO GERONTOLÓGICA
E ESCALAS PADRONIZADAS DE
AVALIAÇÃO DE EQUILÍBRIO, MARCHA E
RASTREIO DE DEMÊNCIA
Introdução
O processo de envelhecimento vem normalmente acompanhado de
um declínio das funções gerais, sendo as funções motora, como o equilí-
brio e a marcha, certamente comprometida nos indivíduos idosos, além
de possíveis alterações cognitivas, como as demências. A participação,
a integração e a sincronia dos sistemas osteomuscular, neuroendócrino,
nervoso, cardiovascular e sensorial; são necessárias para que o ato motor
se realize de maneira desejável. Para identificar essas alterações, o pro-
fissional da saúde, que atua com idosos, conta com a existência de ins-
trumentos avaliativos, como as diversas escaladas de avaliação. Cabe,
portanto, ao profissional, conhecer e selecionar a mais adequada para
cada resposta que queira obter no processo de avaliação.
Objetivos
Ao final deste capítulo, o leitor será capaz de:
• Identificar, caracterizar e classificar os principais instrumentos
e escalas para a análise da marcha e rastreio de demência;
• Correlacionar a gravidade da demência com a intensidade da
apraxia da marcha, função cognitiva, capacidade funcional e
equilíbrio estático e dinâmico dos pacientes com demência e
apraxia da marcha.
72 - Capítulo 5 | Envelhecimento e Sociedade – v. 2
10) Virar-se e olhar para trás (4) olha para trás de ambos os lados
por cima dos ombros direito e com uma boa distribuição do peso
esquerdo enquanto permanece
em pé (3) olha para trás somente de um
lado, o lado contrário demonstra
Instrução: Vire-se para olhar menor distribuição do peso
diretamente atrás de você por
cima do seu ombro esquerdo (2) vira somente para os lados, mas
sem tirar os pés do chão. Faça mantém o equilíbrio
o mesmo por cima do ombro
direito.
(1) necessita de supervisão para
virar
Teste de equilíbrio
(Instruções: Sujeito sentado em uma cadeira rígida, sem braços)
Tabela 4 – Teste de Tinetti
(1) Estável
88 - Capítulo 5 | Envelhecimento e Sociedade – v. 2
(2) Continuidade
9) Sentar-se: (0) Inseguro (não avalia bem a
distância, cai na cadeira)
Teste de marcha
(Instruções: Sujeito de pé com o examinador, caminha num corre-
dor ou na sala, primeiro no seu ritmo usual e, em seguida, rápido, porém
muito seguro, com os dispositivos de auxílio à marcha usuais):
b) Perna E em balanceio:
Conclusão
Biologicamente, o envelhecimento é um processo natural, dinâ-
mico, progressivo e irreversível, que se instala em cada indivíduo, des-
de o nascimento, e o acompanha por todo o tempo de vida, terminando
com a morte. Fisiologicamente, o organismo torna-se fragilizado por
esse processo gerando assim modificações funcionais e estruturais que
diminuem a vitalidade, favorecendo o aparecimento de doenças crôni-
cas, sendo fundamental para o profissional da saúde, conhecer a fisiopa-
tologia dessas modificações e as melhores ferramentas avaliativas para
elaborar as estratégias de tratamento.
92 - Capítulo 5 | Envelhecimento e Sociedade – v. 2
Exercícios
1) De acordo com as estimativas da ONU (Organização das Nações
Unidas), assinale a alternativa correspondente a porcentagem mundial
de idosos em 2050:
a) Menos de 10% da população mundial;
b) Mais que 20% da população mundial;
c) 50% da população mundial;
d) 80% da população mundial;
e) 97% da população mundial.
Resposta correta ao final do capítulo.
Bibliografia
ARUKA, A. H.; SILVA, J. A. M. G.; NAVEGA, M. T. Análise da con-
cordância entre instrumentos de avaliação do equilíbrio corporal em ido-
sos. Rev. Bras. Fisioter. v. 15, n. 6, p. 460-466, 2011.
Capítulo 6
REABILITAÇÃO E PREVENÇÃO
DOS COMPROMETIMENTOS DO
ENVELHECIMENTO E QUALIDADE DE VIDA
Introdução
O crescimento da população de idosos, em números relativos e
absolutos, é um fenômeno mundial e está ocorrendo em um nível sem
precedentes, segundo o que as projeções indicam, em 2050, a população
idosa será de 1.900 milhões de pessoa. O processo de envelhecimento
transforma o organismo ao longo do ciclo vital de forma progressiva e
universal, podendo ser um processo multifatorial que sofre influências in-
trínsecas e extrínsecas, fazendo com que se manifeste de maneira peculiar
e individual. Mediante essas influências, torna- se necessário o conheci-
mento das diversas patologias inerentes no processo de envelhecimen-
to e principalmente a reabilitação e prevenção dos comprometimentos
que o envelhecimento pode levar, afetando a qualidade de vida do idoso.
Atualmente, no Brasil, os idosos representam cerca de 10% da po-
pulação geral, o censo demográfico brasileiro de 2000 evidenciou que
15,5 milhões de pessoas têm 60 anos ou mais, projetando um crescimen-
to para 18 milhões até 2010 e 25 milhões até 2025. Esse aumento no nú-
mero de idosos, dentre outros fatores, suscita a necessidade de retomar
as discussões que permeiam a crise no setor saúde.
Segundo dados do IBGE, enquanto, em 1950, somente 4% da po-
pulação tinham mais de 60 anos, em 1980, 6,4%, e que a projeção para
o ano de 2025, é de 15%. Sendo assim, é possível afirmar que a socie-
dade está sendo colhida de surpresa frente ao envelhecimento popula-
cional. O envelhecimento populacional deve-se ao avanço da promoção
de saúde nas últimas décadas, na qual se obtiveram o controle das do-
96 - Capítulo 6 | Envelhecimento e Sociedade – v. 2
Objetivos
Ao final deste capítulo, o leitor será capaz de:
• Identificar quais as dimensões que mais diretamente comprome-
tem a capacidade funcional no envelhecimento;
• Conhecer possíveis soluções que possam colaborar na melhoria
da qualidade de vida dos idosos;
• Verificar a influência da reabilitação no envelhecimento e a pre-
servação da capacidade funcional do idoso.
Conclusão
A expectativa de vida média dos brasileiros aumentou em quase
25 anos, nos últimos 50 anos, sem que tenhamos observado melhoras
significativas nas condições de vida e de saúde da população, portanto,
é necessário cada vez mais se investir em métodos de prevenção e rea-
bilitação das funções executivas e da comunicação. Independentemente
da técnica a ser escolhida, deve-se possuir como meta o restabelecimen-
to máximo possível da independência do paciente. Ademais, as técnicas
podem ser combinadas entre si, potencializando seus benefícios, no en-
tanto, não é apenas a escolha da técnica que determinará se a interven-
ção será ou não eficaz, aspectos formais do tratamento, como frequência
e duração das sessões e se o programa proposto poderia manter as con-
dições cognitiva e motora, proporcionando ganho de força, melhora do
equilíbrio e da função cognitiva; também são importantes para o prog-
nóstico a favor da independência do paciente, bem como da redução da
incapacidade funcional.
105 - Capítulo 6 | Envelhecimento e Sociedade – v. 2
Exercícios
1) Nas últimas décadas, o Brasil evidenciou uma mudança no perfil de-
mográfico da população, sobretudo, em razão do aumento do número de
pessoas com mais de 60 anos. Diante desse cenário, destacam-se alguns
fatores que contribuem para o envelhecimento populacional, exceto:
a) Promoção na área da saúde;
b) Maior controle das doenças infectocontagiosas;
c) Redução das taxas de mortalidade infantil e natalidade;
d) Aumento da expectativa média de vida;
e) Piora da qualidade de vida dentro do envelhecimento.
Resposta correta ao final do capítulo.
Bibliografia
ABRISQUETA-GOMES, J. Introdução à reabilitação neuropsicológica
em idosos. In: Abrisqueta-Gomes, J. & Santos, F. H. (Org.). Reabilitação
neuropsicológica: da teoria à prática. 3. ed. São Paulo: Artes Médicas.
2016.
AUTORES
v. 5 – Próteses e órteses
Aline Marina Alves Fruhauf; Juliana Barbosa Goulardins; Pamella
Ramona Moraes de Souza; Vanessa dos Santos Grandinetti