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detalhado por Anders Ericsson e Robert Pool que se intitulam como um psicólogo pesquisador
e um escritor que se dedica à ciência.
O livro possui dados e fatos de mais de 30 anos de estudos e pesquisas realizadas, referentes a
ciência da expertise com trabalhos realizados em todo o mundo, claramente evidenciados nas
referências na parte final deste livro.
Muitas das frases, ensinamentos, exemplos e conceitos a seguir foram extraídos do livro, de
modo a realizar um resumo objetivo da obra, para absorve as informações relevantes que os
autores evidenciaram ao longo de seus estudos e tornar o conhecimento acessível e aberto
aos leitores interessados no assunto.
Direto ao ponto é mais uma obra que orbita no universo da ciência da expertise, porém com
um tamanho e brilho que merecem ser reconhecidos e admirado – Uma obra que vale a pena
ser lida mais de uma vez!
Semelhante as obras acadêmicas, logo de início os autores descrevem pontos importante que
serão abordados ao longo da leitura e utilizam argumentos que merecem serem
compartilhados:
- O cérebro é adaptável, e o tipo certo de treinamento e prática podem criar habilidades que
não existiam antes.
- Aprender não é uma maneira de alcançar o potencial de alguém, mas sim um modo de
desenvolvê-lo. Podemos criar nosso próprio potencial.
- Nesse novo mundo não faz mais sentido pensar que as pessoas nascem com reservas fixas de
potencial; em vez disso, é preciso considerar que o potencial é um recipiente expansível,
moldado pelas várias atividades que fazemos ao longo de toda a nossa vida.
Inúmeros livros argumentam que as pessoas têm superestimado o valor do talento inato, de
que o desejo sincero e o trabalho pesado, por si sós, levarão a um melhor desempenho
-“apenas continue trabalhando dessa maneira e você chegará lá” – e isto está errado.
Estamos subestimando o valor dos fatos, é o tipo correto de treinamento realizado durante um
período suficiente de tempo – muitas vezes significa um processo de longo prazo; que nos
levará aos aprimoramentos e serviram para criarmos oportunidades e desenvolvermos nossa
motivação e esforço. Nada mais.
E o objetivo desta obra está na abordagem da “prática deliberada”, o padrão de ouro para
qualquer um, em qualquer campo, que deseje tirar proveito do dom da adaptabilidade, a fim
de construir novas competências e habilidades, segundo o autor.
Introdução
Com os exemplos iniciais – que merecem uma atenção particular do leitor, ou seja, merecem
serem lidos; podem-se extrair os seguintes ensinamentos:
O dom, aquele que costumamos frequentemente dizer e atribuir a pessoas que consideramos
incrivelmente boas naquilo que realizam ou pelos resultados atingidos, é na verdade uma
habilidade que praticamente todos nascem, novamente, o dom/talento são habilidades
adaptáveis.
Durante décadas, os cientistas acreditavam que nascemos com os circuitos de nossos cérebros
praticamente fixos e que esses circuitos determinavam nossas habilidades. Contudo o nosso
cérebro – inclusive o cérebro adulto – é muito mais adaptável do que qualquer pessoa jamais
havia imaginado, e toda esta plasticidade neural e cognitiva são produto do treinamento – que
levam a mudanças no cérebro, e dependendo da habilidade, a mudanças no corpo - e não de
alguma espécie de programação genética inata como muitos acreditam.
Não importa qual papel inato a herança genética possa desempenha nas realizações de
pessoas “dotadas”, o principal dom que essas pessoas têm é o mesmo que todos nós temos –
a adaptabilidade do cérebro e do corpo humano, da qual elas tiram mais proveito do que o
resto de nós.
Capítulo 01
Um aperfeiçoamento possui uma grande chance de nem sempre ser óbvio ao ser analisado de
um ano para outro, mas se mudarmos o ponto de vista e avaliarmos ao longo do curso de
vários anos que se tem praticado, será – muito provável – admirar uma espetacular melhoria.
Todos nós seguimos praticamente o mesmo padrão com qualquer habilidade que queremos
aprender. Começamos com uma ideia geral do que queremos fazer, conseguimos algumas
instruções de um professor, de um treinador ou de um livro ou de um site, praticamos até
alcançarmos um nível aceitável e, então deixamos que se torne automático.
E uma vez que você tenha atingido esse nível de destreza satisfatório e automatizado o seu
desempenho, você parou de improvisar, e então os anos adicionais de prática não levam a um
aperfeiçoamento, pelo simples fato de que aquelas habilidades automatizadas se deterioram
gradualmente ao longo dos anos, na ausência de esforços deliberados para melhorar
conscientemente suas fraquezas.
O perigo envolvido é achar que desempenhar alguma ação repetidamente e esperar que a
repetição por si só irá melhorar o seu desempenho. É necessário tem objetivos específicos e
definidos ao máximo possível, transformando esse objetivo em um alvo sobre a qual você
possa trabalhar com uma expectativa realista de aperfeiçoamento. Foco.
Você precisa saber se está fazendo algo certo, e caso não esteja, precisa descobrir o que está
fazendo de errado, sem isto você não pode descobrir o que precisa fazer para melhorar ou
quão perto você está de alcançar seus objetivos. Precisa-se reconhecer onde a sua fraqueza
está localizada e direcionar seu foco de maneira adequada.
Se você nunca se pressiona para ir além da sua zona de conforto, sem nenhum empenho para
ir além do que aquilo que já era fácil, você nunca se aperfeiçoará. Sair da zona de conforto
significa tentar fazer algo que você não conseguia fazer antes. Geralmente a solução não é “se
matar de tentar”, e sim “tentar de forma diferente”, é uma questão técnica.
Sempre que você estiver tentando se aperfeiçoar em alguma coisa, vai se deparar com esses
obstáculos – pontos em que parece impossível progredir ou, pelo menos, em que você não
tem nenhuma ideia do que deve fazer para melhorar. É natural. O que não é natural é uma
verdadeira parada súbita que seja impossível de contornar, passar por cima ou atravessar.
Capitulo 02
A crença geral era de que, uma vez que uma pessoa atingisse a idade adulta, o que estava
escrito no seu cérebro estava praticamente fixado. Essa ideia passou de mão em mão com a
crença de que diferenças individuais nas habilidades eram devidas, principalmente, a
diferenças geneticamente determinadas nas fiações do cérebro e que a aprendizagem era
apenas uma maneira de alcançar seu potencial genético.
Estudos da plasticidade neural nos dizem que a estrutura e a função do cérebro não são fixas.
Elas mudam em resposta ao uso. É possível dar forma ao cérebro da maneira que desejamos,
por meio do treinamento consciente e deliberado. Pode haver certos limites no processo de
aprendizado, mas não há nenhuma indicação de que já chegamos a eles. Se você pratica
bastante alguma atividade, seu cérebro vai adaptar neurônios para ajudar nessa tarefa,
mesmo que eles já tenham outro trabalho a fazer, já que seu cérebro tende a achar o ponto
mínimo de gasto de energia em qualquer atividade.
A razão pela qual a maioria das pessoas não possui extraordinárias capacidades físicas ou
intelectuais, não é porque elas não possuem aptidão para essas habilidades, mas sim porque
elas estão satisfeitas em viver em sua rotina de homeostase confortável e nunca realizam o
trabalho que é exigido para sair disso. Elas vivem no mundo do “bom o suficiente”.
Capítulo 03
Uma representação mental é uma estrutura mental que corresponde a um objeto, uma ideia,
um conjunto de informações, ou qualquer outra coisa, concreta ou abstrata, sobre a qual o
cérebro está pensando. Uma grande parte da prática deliberada envolve o desenvolvimento
de representações mentais cada vez mais eficientes que você possa usar em qualquer
atividade que esteja praticando.
O principal benefício das representações mentais reside na forma como elas os ajudam a lidar
com a informação: compreendendo-a e interpretando-a, guardando-a na memória,
organizando-a, analisando-a e tomando decisões com ela. Quanto mais você estuda um
assunto, mais detalhadas se tornam as suas representações mentais e melhor você se sai na
assimilação de novas informações.
Experts utilizam tais representações mentais especialmente para fornecer seu próprio
feedback, de modo que sabem a proximidade que estão para conseguir executar uma
atividade corretamente e o que precisam fazer para melhorar. Desta forma a capacidade de
detectar erros, sobrepõe-se sobre o “esforço” e “desejo” no quesito da qualidade dos
resultados. Não basta apenas se esforçar-se em uma mesma maneira de execução, é
necessário analisar se está ação está trazendo o melhor benefício no âmbito Esforço x
Resultado.
Quanto mais habilidosos nos tornaram, melhores são nossas representações mentais e ao
longo deste processo de aprimoramento, nossas representações nos guiam a sairmos de nossa
zona de conforto até adaptarmos técnicas de prática apropriadas com os tipos de dificuldades
que estamos tendo até então. Desenvolvendo uma nova habilidade ou aperfeiçoando uma
habilidade antiga, que por sua vez, possibilitará que você faça mais do que podia fazer antes.
Capítulo 4
Provavelmente – com até certo grau de certeza, o caminho para a expertise ou aprimoramento
em algum campo de atuação será um trabalho intensivo e não muito divertido. O
aperfeiçoamento é duro e muitas das vezes não haverá a sensação de diversão com o trabalho
que precisa ser feito para melhorar. Contudo aos que chegaram até lá, estes eternos “alunos”
eram motivados – podendo ter desenvolvidos esta motivação, a treinar intensamente e com
concentração total porque viam essa prática como essencial para o aperfeiçoamento de seu
desempenho.
Você deve quantificar seu desempenho, analisar o esforço vs resultado de suas ações e avaliar
o quanto está progredindo. E por certas áreas se faz necessário a supervisão de um professor
ou treinador para lhe fornecer as atividades práticas projetadas para ajudar um aluno a
melhorar seu desempenho. A prática deliberada é a prática que sabe para onde está indo e
como chegar lá. Resumidamente a prática deliberada consiste:
Caso perceba que alguma coisa funciona, continue fazendo; se não funciona, interrompa-a.
Quanto mais você for capaz de adaptar seu treinamento para espelhar os melhores atores em
seu campo, mais eficaz, provavelmente, será a sua formação. Diferentemente da prática geral,
a prática deliberada consiste em atividades normalmente realizadas sem companhia,
inventadas especificamente para melhorar determinados aspectos do desempenho, de modo
a corrigir fraquezas e fazer algumas melhorias. Contudo você precisará investir milhares de
horas de “trabalho árduo” e “focado” apenas para ter uma chance de se igualar a todos os
outros que escolheram investir no mesmo tipo de trabalho que você.
Capítulo 5
Qualquer um pode melhorar, mas isso requer a abordagem certa. Se você não está
melhorando, não é porque carece de talento inato; é porque não está praticando da maneira
correta. Uma vez que você compreenda, o aprimoramento se torna uma questão de
compreender qual é a “maneira correta”. Busque pela oportunidade de tentar diferentes
estratégias e cometer erros sem consequências, obtenha feedback e descubra como se sair
melhor, e então teste suas lições no dia seguinte. E repetir várias vezes.
Uma vez que você tenha compreendido qual é a pergunta certa a fazer, estará meio caminho
da resposta certa: “Como aperfeiçoamos as habilidades relevantes”? E não: como ensinamos o
conhecimento relevante?
Novamente o mais importante é aquilo que a pessoa é capaz de fazer, o treinamento deveria
estar focado em fazer e não em conhecer – e especialmente, em trazer as habilidades de todo
e qualquer indivíduo par mais perto do nível dos melhores atores em uma determinada área.
Capítulo 6
Um senso comum é que apenas certas pessoas podem ter sucesso em certas áreas – devido a
condições genéticas, mentais, sociais ou econômicas iniciais privilegiadas. Contudo essa
maneira de pensar só serve para dar às pessoas um desculpa para não prosseguir em áreas em
que elas poderiam realmente se interessar e talvez até ter um bom desempenho.
Quando você começa aprendendo alguma nova habilidade, é normal perceber uma rápida
melhora, e quando essa melhora para, é natural acreditar que você atingiu algum tipo de
limite implacável. Então você para de tentar se movimentar para frente e assenta sua vida
sobre aquele patamar. Essa é a principal razão pela qual as pessoas em todas as áreas param
de progredir.
Quando está treinando por si mesmo, você tem que se apoiar em sua própria representação
mental para monitorar seu desempenho e determinar o que pode estar fazendo errado. Não é
impossível, mas é muito mais difícil e menos eficaz do que ter um professor experiente
observando você e fornecendo feedback. A tutela de alguém que conhece a melhor ordem em
que as coisas devem ser aprendidas, que compreenda e possa demonstrar a maneira
adequada para desempenhar várias habilidades – planejando atividades práticas projetadas
para superar fraquezas específicas – e fornecer um feedback útil, podem lhe render anos de
estudo árduo inicial. Portanto uma das medidas mais importantes que você pode fazer pelo
seu sucesso é encontrar um bom professor e trabalhar com ele; não precisa ser o melhor
professor, apenas o perfeito para sua área.
E não importa quantas aulas por semana você faça com um instrutor, a maior parte do seu
esforço será gasta em praticar para você mesmo, fazendo exercícios que seu professor
designou, desenvolvendo suas próprias representações mentais, de modo que você possa
monitorar e corrigir seu próprio desempenho. Não precisa correr, apenas não pare de seguir
em frente.
Caso sua mente estiver vagando ou se você estiver relaxado e apenas se divertindo,
provavelmente não vai melhorar; não importa o que esteja fazendo mantenha o foco.
Aprender a se engajar desse modo – desenvolvendo conscientemente e refinando suas
habilidades – é uma das mais poderosas maneiras de aperfeiçoar a eficácia de sua prática, até
que a excelência em cada detalhe se torne um hábito firmemente enraizado. Prestar atenção
na execução dessas ações de maneira correta levará a um aprimoramento muito maior.
As pessoas que estão começando a focar em sua prática não serão capazes de mantê-la por
várias horas. Em vez disso, precisarão começar com sessões muito mais curtas e ir
gradualmente, aumentando-as. Sessão de treinamento mais curta e com objetivos mais claros
são o melhor caminho para desenvolver novas habilidades mais rapidamente. É melhor treinar
com esforço de 100% por menos tempo do que com 70% de esforço por um longo período.
Uma vez que você perceba que não pode mais focar eficazmente, termine a sessão. E
certifique-se de dormir o suficiente para que possa treinar com a concentração máxima.
Foque em exatamente como você está procedendo, em quais pontos está aquém das
expectativas e como pode melhorá-las. Não faz nenhum bem repetir as mesmas ações várias e
várias vezes sem pensar; o objetivo da repetição é descobrir onde estão suas fraquezas e focar
em melhorar cada vez mais nessas áreas, tentando diferentes métodos para se aperfeiçoar até
encontrar algo que funcione.
Para praticar com eficácia uma habilidade sem um professor, é útil ter em mente os três Fs:
Foco, Feedback e Fixação. Quebre a habilidade em componentes que você possa analisar
repetida e eficazmente, determine suas fraquezas e imagine maneiras de resolvê-las. É a
prática prolongada destinada a reproduzir o produto original que irá produzir as
representações mentias que nós buscamos.
O que irá distinguir o potencial para o sucesso dentre os “aprendizes” serão sua capacidade
para manter o compromisso de estudar, apesar do tédio e da atração de outras atividades
mais interessantes. Estas pessoas que mantêm a prática intencional e deliberada por longo
prazo, geralmente desenvolveram vários hábitos que as ajudam a manter os comportamentos
apesar de todas as tentações que ameaçam o seu sucesso.
Reserve um período específico do dia para realizar seu objetivo, desenvolva esta programação
mental de modo que a identificação deste período será descrito – para sua mente – como
sendo um tempo de prática – criando um sentimento de hábito e dever que torna menos
provável que outras atividades venham a causar tentações mais atraentes.
Desenvolva um bom planejamento, evite todas as distrações possíveis, força-se a sair da sua
zona de conforto e mantenha o máximo de foco possível. Mantenha uma manutenção física –
ter boas noites de sono e manter-se saudável. Se você estiver cansado ou doente, é muito
mais difícil manter o foco e muito mais fácil fazer corpo mole. E limite-se a durações de sessão
de prática com foco total por tempo limitado. Você vai descobrir que, na medida em que
mantém a sua prática, ela vai parecer mais fácil ao longo do tempo.
A prática nunca se torna uma diversão pura e simples, porém mais cedo ou mais tarde se
aproxima de um ponto neutro, por isso não é tão difícil seguir em frente. Tenha a crença de
que você pode ser bem-sucedido, que você pode se classificar entre os melhores. A fim de
forçar a si mesmo quando realmente não estiver com vontade, você deve acreditar que pode
melhorar.
A fé é importante. Se você parar de acreditar que pode alcançar um objetivo, seja porque
você já regrediu ou porque estagnou, não desista. Combine com você mesmo que irá fazer o
que for preciso para voltar ao ponto em que estava antes ou para ultrapassar aquele patamar.
Provavelmente não irá desistir. Cerque-se de pessoas que irão encorajar apoiar e desafiar você
em seus empreendimentos mantenha um sistema de apoio mútuo, apreciando vitórias e
solidarizando nas dificuldades.
Quebre a sua longa jornada em uma série de metas viáveis e coloque o foco nelas, uma de
cada vez – talvez até dando a si mesmo uma pequena recompensa sempre que atingir uma
meta.
Capítulo 7
Disciplina, trabalho árduo e realização são fatores cruciais nas jornadas rumo ao expert, sendo
extremamente mantê-los durante os primeiros dias de desenvolvimento – não deixando de
lembrar-se sobre a manutenção do interesse e da motivação enquanto as habilidades e os
hábitos estão sendo construídos. Priorizando a prática acima de outras atividades, prática em
primeiro lugar, brincadeira mais tarde.
Certamente podemos adquirir novas habilidades à medida que envelhecemos, mas a maneira
específica como adquirimos essas habilidades muda à medida que ficamos mais velhos.
Mesmo que o cérebro adulto não seja tão adaptável de certas maneiras, como o cérebro da
criança ou do adolescente, ele ainda é mais do que capaz de aprender e mudar. Mas se nós
adultos, tentarmos o suficiente, o nosso cérebro vai encontrar um caminho.
Pois o criativo, o inquieto e o compulsivo não estão contentes ou satisfeitos com o status quo e
procuram maneiras de avançar para fazer coisas que os outros não fazem.
Capítulo 8
As pessoas não param de aprender e melhorar porque atingiram alguns limites inatos no seu
desempenho; elas param de aprender e melhorar porque, por quaisquer razões, pararam de
praticar – ou nunca começaram. Não há nenhuma evidencia de que qualquer pessoa normal
nasça sem o talento inato para cantar ou fazer contas ou desempenhar qualquer outra
habilidade.
No longo prazo, são aqueles que praticam mais que prevalecem não aqueles que tiveram
alguma vantagem inicial na inteligência ou em algum outro talento. Enquanto as pessoas com
determinadas características inatas podem ter certa vantagem quando estiverem começando
a aprender uma habilidade, tal vantagem torna-se menor ao longo do tempo e, no final, a
quantidade e a qualidade da prática assumem um papel muito maior na determinação da
habilidade.
Embora as características inatas possam influenciar o desempenho entre aqueles que estão
apenas aprendendo uma nova aptidão ou habilidade, ou grau e a efetividades do treinamento
desempenham um papel muito mais significativo na determinação de quem se sobressai entre
aqueles que trabalham para desenvolver uma habilidade. A capacidade natural do corpo e do
cérebro de se adaptarem diante de desafios supera quaisquer diferenças genéticas que
possam, inicialmente, dar uma vantagem a algumas pessoas.
O lado negro da crença no talento inato pode gerar uma tendência a assumir que algumas
pessoas têm um talento para alguma coisa, e outra não têm. Se acreditar nisso, você estimula
e apoia os “talentosos” e desencoraja o resto, criando uma profecia autorrealizável. Faz parte
da natureza humana querer investir esforço – tempo, dinheiro, ensinamento, encorajamento,
apoio – onde ele terá melhores resultados, como também tentar proteger as crianças da
decepção. Geralmente não há nada de nefasto nisso, mas os resultados podem ser
incrivelmente prejudiciais. A melhor maneira de evitar fazer essas distinção é reconhecer o
potencial em todos nós – e trabalhar para encontrar formas de desenvolvê-lo.
Capítulo 9
Não se constroem representações mentais simplesmente pensando em alguma coisa, mas sim
tentando de novo repetidas vezes. Quando você estiver pronto, não só desenvolveu uma
representação mental eficaz para a habilidade que estava aprimorando, como também
absorveu uma quantidade de informações relacionadas com essa habilidade.
Nós humanos, somos mais humanos quando estamos melhorando a nós mesmos. Nós, ao
contrário e qualquer outro animal, podemos conscientemente mudar a nós mesmos para
melhorarmos de maneira que escolhermos.