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Existem dois tipos de recordações, aquelas que nos vêm automaticamente à memória
(Quantos anos tens?) e aquelas que requerem algum esforço (Quais os processos de
mundialização?).
É nos casos de maior esforço que nós iremos tentar associar a pergunta a alguma coisa
para que a recordação seja mais fácil e a isto chamamos de reconhecimento e de
seguida após associarmos as coisas iremos tentar lembrarmo-nos exatamente aquilo
que estas significam, o que é a evocação.
Tipos de memória:
Memória sensorial
Com uma, constitui a primeira etapa no estabelecimento de um registo duradouro das
nossas experiências.
Permite conservar as características físicas de um estímulo (visual, auditivo, olfativo,
tátil ou gustativo) captado pelos órgãos sensoriais durante algumas frações de
segundo.
Por exemplo, a Memória Sensorial visual (icónica) contribui para a nossa perceção do
movimento e a Memória Sensorial auditiva (ecoica) é indispensável para que
percebamos palavras e frases.
Para que a informação não se desvaneça e possa ser transferida para a MCP, é
necessário o envolvimento da atenção.
A atenção corresponde, de forma simples, à capacidade de focar um evento ou
situação. Distinguimos:
Atenção seletiva: Ocorre quando nos concentrarmos em alguns estímulos e
ignorarmos outros. Permite-nos fazer tarefas simples, como ler um livro ou conversar
com um amigo.
Atenção dividida: Ocorre quando focamos os nossos sentidos em mais do que um
estímulo ou quando intercalamos a nossa atenção com outra tarefa. Por exemplo,
quando usamos o telemóvel enquanto conduzimos.
Memória a curto prazo
Na memória imediata o material fica retido durante uma fração de tempo – cerca de
30 segundos. Na memória de trabalho o tempo pode-se alongar se repetirmos
mentalmente a informação.
Neste tipo de memória integram-se outros registos em que a informação se pode
manter durantes horas (por exemplo, teres que trazer um teste assinado no dia
seguinte). Qualquer informação que tenha estado na memória a curto prazo e que se
tenha perdido estará perdida para sempre, só se mantendo se transitar para a
memória a longo prazo.
Esquecimento motivado
Freud apresentou uma conceção de esquecimento que decorre da sua teoria sobre o
psiquismo humano: nós esqueceríamos o que, inconscientemente, nos convém
esquecer. Assim os conteúdos traumatizantes, penosos, as recordações angustiantes
seriam esquecidos para evitar a angústia e a ansiedade, assegurando assim o equilíbrio
psicológico. Este processo designa-se por recalcamento. Segundo Freud seria através
do recalcamento que os conteúdos do inconsciente seriam impedidos de aceder ao
ego, á consciência. Este processo é um mecanismo de defesa através do qual
pensamentos, desejos, sentimentos e recordações dolorosas são afastadas da
consciência como o objetivo de reduzir a tesão provocada por conflitos internos. Os
conteúdos recalcados, “esquecidos”, não poderiam ser recuperados através de um ato
de vontade. Segundo Freud, só através do método psicanalítico se poderia aceder ás
recordações recalcadas, parte delas com origem na infância (amnésia infantil).
Interferência das aprendizagens
As investigações mais recentes tendem a explicar o esquecimento fundamentalmente
através do processo de interferência: as novas memórias interferem com a
recuperação das memórias mais antigas. Atualmente pensa-se que, mais do que
desaparecer, o que acontece ao material que não conseguimos recordar é ter sofrido
modificações, geralmente por efeito de transferências de aprendizagens e experiências
posteriores. Muitas vezes, pensa-se que se esqueceu determinado conteúdo quando, o
que se passa, é que sofreu tantas transformações que não o reconhecemos.