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CAPA

Contra-Capa
Índice
Introdução .................................................................................................... 1

Conceito de memória .................................................................................. 2


Estágios da memória ................................................................................... 2

Estágio da aquisição................................................................................ 2

Estágio da consolidação.......................................................................... 2

Estágio da evocação................................................................................ 2

Tipos de memórias ...................................................................................... 3

Memória sensorial.................................................................................... 3

Memória de curto prazo (primária) .......................................................... 3


Memória de longo prazo (secundária) .................................................... 3

Declarativas .......................................................................................... 4

Não-declarativas................................................................................... 4

Importância da memória na saúde humana ............................................... 5

Conclusões .................................................................................................. 6

Referências bibliográficas ........................................................................... 7


Introdução
A memória não é um tema de estudo exclusivo dos psicólogos. Existem registros
dos filósofos Platão e Aristóteles que comprovam que eles já desenvolvido estudos
sobre registros de memória, além de Freud na teoria psicanalista.
O presente trabalho busca descrever aspectos relacionados à memória humana
desde o seu conceito, seus estágios, os tipos de memórias e sua importância na
saúde do ser humano.
Izquierdo (2009), afirma que somos o que lembramos, e destaca que somos aquilo
que nosso cérebro faz de nós e, mais do que isso, somos aquilo que ele armazena
em seu interior ao longo da vida. Entender como se dá o processo de
armazenamento de informações não é tão simples, o cérebro é o órgão mais
complexo e misterioso organismo humano.
A memória é uma das funções mais importantes do homem, desempenhando um
papel fundamental na sua relação com o meio externo, na socialização, na
construção da personalidade e do comportamento e no desempenho em geral.
A memória é, ao mesmo tempo, a imagem que vem à mente quando nos
recordamos da casa onde crescemos, é a capacidade que nos permite andar de
bicicleta ou engrenar as mudanças do nosso automóvel de modo automatizado, é o
conhecimento de História que aprendemos e mantemos, é o mal-estar com uma
imagem ou local onde algo nos aconteceu.

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Conceito de memória
Etimologicamente, memória deriva do latim “memoria” e significa relembrar, período
alcançado pela lembrança, época, recordação narrada, relação. (Machado, 1989:
100).
Para Damásio (2010: 169) a memória é a possibilidade de aprender e de recordar.
A memória é a capacidade de adquirir, armazenar e recuperar diferentes tipos de
informações, sendo a capacidade de memorizar fundamental para a formação da
identidade e sobrevivência. Assim, o ser humano se caracteriza a partir de
momentos e experiências vivenciados ao longo de sua vida.
É uma função complexa e é fundamental para a aprendizagem. De facto, sem
memória não se aprende.
Ao atentarmos (Monteiro, 2011) na escala progressiva dos vários actos mentais:
FAZEMOS → VEMOS → OUVIMOS → LEMOS

Estágios da memória
 Estágio da aquisição : é o momento em que um determinado dado é
assimilado por meio dos sensores externos. Essa nova informação poderá ser
armazenada por segundos ou anos. De maneira inconsciente, passamos por
essa fase inúmeras vezes por dia.
 Estágio da consolidação: fase em que determinada situação pode ser retida
na memória de acordo com seu grau de importância. Um momento de forte
carga emocional (casamento, nascimento etc.) ou pela frequência com que
ocorre (repetição do próprio nome ou endereço) acabam sendo armazenados
por um longo período ou definitivamente. Por isso, o sono é tão importante,
afinal, essa consolidação ocorre neste período.
 Estágio da evocação : esse é o processo final da memória. Ocorre quando
no processo de memorização fica retida e armazenada a lembrança, algo
marcante que você lembra quando pensa na sua infância, por exemplo.

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Tipos de memórias
Memória sensorial
Segundo (Gudolle, 2017), a memória sensorial corresponde ao armazenamento de
informações de todo tipo que chegam até os sentidos. Podem ser estímulos visuais,
auditivos, tácteis, olfativos, gustativos e proprioceptivos. Uma vez processadas, as
informações são transferidas para a memória de curto prazo. O traço de memória
sensorial permanecerá no sistema se receber atenção e interpretação.

Memória de curto prazo (primária)


Este tipo de memória é a que retém a informação por menos tempo, até que ela seja
esquecida ou guardada. Pode ser categorizada em:
 Memória imediata : Retém a informação logo que é recebida. Um exemplo é
quando somos apresentados ao nome de uma pessoa que acabamos de
conhecer.
 Memória de trabalho/operacional : A memória operacional corresponde ao
armazenamento temporário da informação necessária para o desempenho de
diversas tarefas cognitivas, entre cálculo, leitura, conversação e
planejamento. A memória operacional é responsável pela manipulação da
informação, o que ocorre, por exemplo, em situações em que se solicita que
dígitos sejam subtraídos mentalmente de um valor determinado e que
palavras sejam colocadas mentalmente em ordem alfabética.

A memória de curto prazo armazena conteúdo limitado (cerca de quatro itens


ao mesmo tempo) e apenas por alguns segundos. (COWAN, 2001).

Memória de longo prazo (secundária)


É responsável pelo armazenamento da informação por um período longo de tempo.
A memória de longo prazo é capaz de armazenar quantidade ilimitada de
informações por horas, meses ou anos.
Ela é dividida em:

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Declarativas
São as lembranças que fazem parte dos factos que você consegue contar. As
perdas de memórias declarativas são comuns durante o envelhecimento e podem
estar relacionadas ao facto de dar menos atenção aos factos habituais. Ao mesmo
tempo, podem estar associadas a doenças como estresse crônico, depressão ou
mesmo as temidas demências, como o Mal de Alzheimer.
A memória declarativa se subdivide em semântica e episódica.
 Semântica - Envolve os conhecimentos organizadores do mundo, por
exemplo, lembramo-nos do dia em que Angola tornou-se independente e
por quem foi proclamada.
 Episódica - É a memória autobiográfica e envolve os acontecimentos da
vida de uma pessoa, por exemplo, lembrar da sua formatura, do dia do
aniversário, da entrevista de emprego.

Não-declarativas
São memórias que não podem ser contadas ou ensinadas oralmente. Um bom
exemplo disso é aprender a dirigir ou aprender a andar de bicicleta. Apesar da
teoria, você só vai aprender se experimentar até que consiga realizar a actividade.

Processo de armazenamento

De acordo com a “The Alzheimer Association1”, a “American Stroke Association2”, a


“American Heart Association3” e a “NICE4” algumas mudanças no estilo de vida
podem ajudar a promover a saúde de seu cérebro, tais como: a prática de exercícios
físicos regulares, uma alimentação com dieta saudável, a redução de estresse e
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dormir bem. E tanto quanto possível, proteger o cérebro de danos e lesões
causados por trauma e doenças que podem afetar a sua memória e aumentar o
risco de demência.
Apesar das propagandas de suplementos e supostos medicamentos para melhorar a
memória e a saúde do cérebro, infelizmente não existe uma única pílula com
verdadeira qualidade para melhorar a memória.

Importância da memória na saúde humana

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Conclusões
Ao levar em consideração os aspectos apresentados neste trabalho, conclui-se que
a memória, considerada como um local de armazenamento das representações e
dos conhecimentos representa uma faculdade cognitiva de extrema importância,
pois forma a base da aprendizagem. Desta forma, torna-se importante sabermos
que para entender a memória humana é fundamental saber os processos que
envolvem a aquisição, armazenamento e evocação de cada tipo de memória.
Em suma, ressalta-se a importância da compreensão dos processos de memória e
sua relação com a aprendizagem como fundamental para o desenvolvimento de
novas capacidades, visto que tais habilidades estão diretamente ligadas à
plasticidade cerebral, logo, permite a constante aquisição de novas vias sinápticas,
auxiliando na consolidação da memória e consequentemente da aprendizagem.

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Referências bibliográficas
COWAN, N. O número 4 mágico em memória a curto prazo: Uma reconsideração de
capacidade de armazenamento mental. Em: O comportamento e Ciências de
Cérebro, v. 24 n.1, p. 87-185. [s./l.], 2001.
DAMÁSIO, A. (2010). O Livro da Consciência. A construção do cérebro consciente.
Maia: Círculo de Leitores.
Gudolle, L. S. (2017). Psicologia da Aprendizagem e Memória. Rio de Janeiro:
Seses.
IZQUIERDO, I. Questões sobre memória. São Leopoldo: Unissinos, 2009.
MACHADO, J.P. (1991). Grande Dicionário da Língua Portuguesa. Memória.
Martins: Alfa.
MONTEIRO, I. (2011). Memória e Aprendizagem. (Curso de Verão – Memória e
Esquecimento – ministrado pela Professora Doutora Ana Margarida Abrantes, da
Universidade Católica).

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