Para compreender a importância da atenção e da emoção no processo de

formação de novas memórias de curto e longo prazo se faz necessário saber o

que é memória: Aquisição, a formação, a conservação e a evolução de
informações. A aquisição é também chamada de recordação, lembrança,
recuperação. Cabe mencionar, que só lembramos aquilo que gravamos, o que
foi aprendido. O acervo das memórias faz com que cada um seja o que é, um
indivíduo único, um ser para qual não existe outro idêntico.
Muitos acontecimentos de vida são carregados de emoção, tanto no
momento em que acontecem quanto na recordação dessas vivências: andar de
bicicleta pela primeira vez, uma festa de aniversário, casamento, nascimento
de filhos, adoção de pets, entre outras. Cada detalhe desses eventos marcantes
podem estar gravados na mente do indivíduo dependendo da vivência dele em
cada momento, ainda que ele não possa lembrar de absolutamente nada do que
aconteceu nas 24 horas antes do fato.
Os estados de ânimo, as emoções, o nível de alerta, a ansiedade e o
estresse modulam fortemente as memórias. Em uma sala de aula, uma aluna
estressada ou pouco alerta pode não formar corretamente memórias. Um aluno
que é submetido a um nível alto de ansiedade depois de uma aula pode
esquecer aquilo que aprendeu. Isso se deve à operação de vários sistemas
moduladores, cuja natureza e modo de ação hoje são bem conhecidos.
As memórias podem ser classificadas pelo tempo que duram: memória
de curto e longo prazo, assim como os exemplos citados acima. A memória a
longo prazo é a capacidade de manter a informação recente de poucos dias
atrás até décadas. É diferenciado da memória a curto prazo, que
aparentemente armazena elementos por uns 20-30 segundos. As duas
memórias estão relacionadas entre si. Um exemplo: quando aprendemos algo
novo e é uma porta de entrada para a memória de longo prazo. Esse
aprendizado ficará armazenado em uma parte do cérebro durante um curto
período, até que se decida se essa é memória que deve ou não ser enviada ao
espaço de longo prazo.