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MEMÓRIA

A memória é o que permite a aprendizagem pois é através da memória que os


conhecimentos se consolidam. E só o que aprendemos com a memória, nos
possibilita aprender coisas novas (aumentando assim o nosso conhecimento).

Podemos definir memória como o processo cognitivo que inclui, consolida e


recupera, toda a informação que aprendemos.

A memória é a função mental que permite reter a informação, ou seja, aprender;

É um sistema de armazenamento que permite reter a informação aprendida e permite


evocar essa mesma informação, isto é, permite lembrar de informação retida
anteriormente, mas a sua representação na memória não é uma reprodução fiel.

Sem memória como já disse é impossível aprender.

Acima de tudo a memória é extremamente importante pois é o que nos dá a


continuidade do presente e que nos permite manter uma conversa e dar continuidade
ao presente.

No nosso dia-a-dia, somos bombardeados com milhões de informações que se


traduz em estímulos. Segundo M. Gazzaniga, cerca de 99% da informação que entra
no cérebro é posta de parte. Imagine o que seria se você se lembrasse de todas as
sensações que recebeu durante o dia… (sensações como as provocadas pelas peças
de roupa, comida, etc) Cabe ao nosso cérebro selecionar a informação importante,
para garantir a própria sobrevivência do indivíduo e da espécie, chama-se a este
processo processamento de informação.

O processamento da informação dá-se em três fases: codificação, armazenamento e


recuperação.

A codificação é a primeira fase da memória que prepara as informações sensoriais


para serem posteriormente armazenadas no cérebro. Baseia-se na tradução de dados
num código, que pode ser acústico, visual ou semântico.

Por exemplo: A afirmação «O mar é azul.», Pode-se codificar o seu conteúdo como:

Uma imagem de sinais que são letras (código visual);


Uma sequência de sons (código acústico);

Tomar consciência do significado da afirmação e o que ela representa (código


semântico)

A codificação reporta-se à aprendizagem deliberada, ou seja, a aprendizagem que


exige esforço e no qual o objetivo é memorizar a informação. Neste caso, temos de
dedicar mais atenção às informações que desejamos memorizar o que leva a uma
codificação mais profunda.

Depois de codificada a informação, a mesma vai ser armazenada. O armazenamento


de informação consiste no registo de informação sobre algo como por exemplo a
última passagem de ano que celebramos. Ao relembrares essa última passagem de
ano, lembraste das pessoas com quem a celebraste, o que comeste, etc. Parece que
tudo está guardado num lugar do cérebro, como que num DVD, mas não é isso o
que acontece, novas tecnologias que permitem ver o nosso cérebro em ação, provam
que quando nos lembramos de algo (como por exemplo a passagem de ano) várias
áreas do cérebro são utilizadas. Cada informação, cada engrama, produz
modificações nas redes neuronais, que mantendo-se, permitem que você se recorde
do que memorizou, sempre que queira, a isto chama-se recuperação.

Na recuperação, recupera-se uma informação, ou seja, lembramo-nos, evocamos,


recordamos uma informação. A recuperação pode ser automática (lembras-te de
quando nasceste) ou pode requerer uma maior complexidade para recuperares algo
(como por exemplo uma lei da física). O segundo tipo de recuperação, já não é tão
automático, requer dois momentos: o reconhecimento e a evocação. O
reconhecimento é quando tentas lembrar-te se aprendeste a tal lei da física
recorrendo ao ano de escolaridade e só depois é que vais procurar o conteúdo dessa
lei, processo chamado de evocação. Para te lembrares da lei da física tiveste de
seguir estes processos/pistas
TIPOS DE MEMÓRIA

Existe três tipos de memória: sensorial, a curto prazo e a longo prazo.

MEMÓRIA SENSORIAL: a memória sensorial é um tipo de memória que tem


origem nos órgãos sensitivos. As informações obtidas pelos sentidos são
armazenadas por um curtíssimo espaço de tempo (0,1 a 2 segundos). Se a
informação armazenada não for processada perde-se se for passa para a memória a
curto prazo.

MEMÓRIA A CURTO PRAZO: este tipo de memória retêm informação durante


um período limitado de tempo, podendo ser esquecida ou passar para a memória de
longo prazo. Na memória a curto prazo pode-se distinguir duas memórias: memória
imediata e memória de trabalho.

MEMÓRIA IMEDIATA: a informação recebida fica retida durante um curto


período de tempo (cerca de 30 segundos). Investigações efetuadas vieram mostrar
que podemos conservar sete elementos (letras, palavras, algarismos, etc), variando
entre cinco e nove unidades.

MEMÓRIA DE TRABALHO

neste tipo de memória mantemos a informação enquanto ela nos e útil. A memória
de trabalho reporta-se as atividades mentais em que o objetivo não é a sua
memorização, mas que, não obstante disso, implicam uma certa memorização para
se poderem aplicar de modo eficaz. Este tipo de memória é utilizada por exemplo
quando o patrão pede que no dia seguinte cheguemos uma hora mais cedo, manterás
na memória esta informação, que irá ser esquecida depois de a teres cumprido o
pedido, ou seja, depois de teres chegado uma hora mais cedo. Chama-se memória de
trabalho à atividade de armazenamento e de utilização de informação ligada
especificamente à realização de uma tarefa: refere-se, portanto, a um tipo de
memória que trabalha.

Qualquer informação que tenha estado na memória a curto prazo e que se perca,
estará perdida para sempre, só se mantendo se passar para a memória de longo prazo
Tipos de Memória a Longo Prazo: Memória declarativa e Memória não-declarativa

Memória declarativa também pode ser designada por explícita ou memoria com
registo, (implica a consciência do passado, levando a reportarmo-nos a
acontecimentos, fatos e pessoas que conhecemos/ aconteceram no passado). É
devido a este tipo de memória que consegues descrever as funções das áreas pré-
frontais: os heterónimos de Fernando Pessoa, o nome dos teus amigos, o aniversário
da tua mãe. Este tipo de memória reúne tudo o que podemos evocar/declarar por
meio de palavras (daí o termo declarativa). Distinguem-se, neste tipo de memória,
dois subsistemas: a memória episódica e a memória semântica;

EPISÓDICA - quando envolve eventos datados, recordações (rosto de amigos


pessoas famosas, músicas, fatos e experiências pessoais)ou seja relacionados com o
tempo. Usamos a memória episódica, por exemplo, quando lembramos do ataque
terrorista em 11 de Setembro ou o primeiro dia de escola. A memória semântica é,
portanto, uma memória pessoal na qual que se manifesta uma relação íntima ente
quem recorda e o que se recorda.Semântica- Abrange a memória do significado das
palavras. Este tipo de memória refere-se ao conhecimento geral sobre o mundo
(fórmulas matemáticas, regras gramaticais, leis da química, fatos históricos, etc.
Neste tipo de memória não há localização no tempo (ao contrário da memória
episódica), não está associada a nenhum conhecimento, ação ou fato especifico do
passado. Por exemplo: 1+1 = 2 é um conhecimento em que usas a memória
semântica mas se associar-se a este raciocínio que quem me ensinou a fazer contas
foi a minha professora da primária este dado leva-me a usar a memória episódica. A
memória semântica é a coparticipação do significado de uma palavra que possibilita
às pessoas manterem conversas com significado. A memória semântica ocorre
quando envolve conceitos atemporais.

MEMÓRIA NÃO-DECLARATIVA – Difere-se da memória declarativa porque


esta não precisa ser declarada (enunciada). É uma memória automática. É a memória
usada para procedimentos e habilidades, como por exemplo: andar de bicicleta,
jogar bola, atar os cordões, lavar os dentes, ler um livro, etc. A memória não
declarativa também pode ser designada por memória implícita ou sem registo.

ESQUECIMENTO BOM OU MAU?


Normalmente, associa-se o esquecimento a uma falha mental ou ate uma patologia,
mas sem o esquecimento é ser-nos-ia impossível continuar memorizar informação.
Portanto, neste caso, o esquecimento serve como que um filtro daquilo que ainda
nos é importante, a este processo designa-se por função seletiva e adaptativa. A
própria memória também tem um carater adaptativo pois ela não memoriza tudo a
que estamos expostos no dia-a-dia (a informação é transformada). Habitualmente
falamos de esquecimento ligado apenas à memória de longo prazo pois como já
disse a memória a curto prazo apaga-se para dar lugar a novas informações ou então
passa à memória de longo prazo.

Mas o esquecimento pode ser também mau quando é um esquecimento regressivo


ou seja quando surgem dificuldades em reter novos materiais e em recordar
conhecimento, nomes ou fatos aprendidos recentemente. Este tipo de esquecimento
pode ser devido à degenerescência dos tecidos cerebrais e ataca sobretudo pessoas
de certa idade. E existe tres tipos de esquecimento: por interferencia de
aprendizagem (como que uma reciclagem de informação), regressivo, e motivado
utilizado quando se quer esquecer algo negativo na nossa vida.

ESCOLA SECUNDÁRIA MARCELINO DOS SANTOS

TRABALHO EM GRUPO DA DISCIPLINA DE PSICOLOGIA


TEMA : MEMÓRIA

TURMA: B/4 DOCENTE

12 CLASSE
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NAMPULA AO MAIO DE 2022


NOMES DOS ELEMENTOS DO GRUPO

NOME: Gilberto Cândido Isaías Macanze

NOME: Nito Estévão

NOME: Samio Muhamed

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Este trabalho é de carácter avaliativo em


grupo da disciplina de Psicologia 12classe
da turma B/4.

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