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Memória e atenção
Apresentação
b. Tipos de atenção
Existem vários tipos de atenção, mas para não estar aqui a falar ao pormenor de cada
uma, separei quatro delas.
● Para começar, temos a atenção seletiva, que nos permite escolher em qual estímulo
iremos concentrar a nossa atenção, mesmo quando estamos sujeitos a outros, daí o
nome seletiva/seleção. Um exemplo de situação em que se pode verificar esse tipo
de atenção é quando decidimos nos focar no que o colega ao lado está a dizer, ao
invés de prestar atenção na explicação do professor.
● A atenção alternada consiste na habilidade de mudar o foco da atenção entre os
diferentes estímulos. Isso acontece, por exemplo, quando alguém está conduzindo e
tem que estar atento tanto ao ato de conduzir o veículo em si, como ao ambiente ao
redor (semáforo, pedestres, outros veículos, etc), alternando, assim, o seu foco
consoante ao que acontece.
● Já a atenção sustentada baseia-se na capacidade de se manter atento/focado por um
longo período de tempo. Tal como quando lemos um livro, assistimos a um longo
documentário ou jogamos xadrez, por exemplo.
● Por último, mas não menos importante, há a atenção dividida, que nos possibilita
estar ligados a vários estímulos ou realizar mais de uma atividade em simultâneo.
Um bom exemplo disso é quando uma pessoa está ouvindo música e lendo ao
mesmo tempo.
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1
Atenção: perceber os detalhes da ação realizada (entender o que está sendo lido).
2
Concentração: manter o foco na ação que está a ser realizada (não se distrair).
–-
3. Memória
a. Definição
A memória é, também, um processo cognitivo e consiste na capacidade que temos
de armazenar e conservar informação, e posteriormente recuperar esta através de ações
previamente aprendidas.
c.
Tipos de memória (esquema pág. 94 manual)
Os humanos têm a capacidade de reter diferentes tipos de memórias, durante
períodos de tempo bastante variáveis. Uma memória pode durar apenas um segundo como
pode durar até uma vida inteira.
- memória sensorial ou MS (ou depósito de informação sensorial)
As memórias sensoriais são mesmo muito importantes no que toca ao
processamento global da informação uma vez que, o estabelecimento do registo duradouro
das nossas experiências depende das mesmas. Este tipo de memória permite conservar as
características físicas de um determinado estímulo através dos órgãos sensoriais, isto é, das
sensações.
A sua duração é de milissegundos, ou seja, uma capacidade muito limitada, e, por
isso, é que a atenção é fundamental para que a informação não desvaneça rapidamente e
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possa ser então transferida para a memória de curto prazo, o tipo de memória que a minha
colega vai explicar a seguir.
Em relação à rede sensorial de uma determinada memória, podemos subdividi-la em duas,
sendo estas as que têm sido mais estudadas:
● icónica ou visual -> relacionada exclusivamente às informações ambientais
percebidas pelo sistema visual;
○ ex.: por exemplo, se eu pedir para olhar para uma imagem e, em seguida,
fechar os olhos e tentar ver a imagem
● ecoica ou auditiva -> capacidade do cérebro de manter uma réplica do som que é
ouvido por um breve período de tempo;
○ ex.: entendimento de palavras ou frases
● memória implícita (ou procedimental): inclui procedimentos e ações, são coisas que
sabemos fazer, mas já as fazemos de forma inconsciente. Refere-se a uma memória
que não precisa de uma recordação explícita, são hábitos e capacidades motoras, daí
o seu nome.
-ex.: a forma como pegamos no lápis quando vamos escrever, o caminho da escola,
andar de bicicleta...
e. Recordações
Diferente do que muitas pessoas acreditam, a memória não funciona como um vídeo
que pode ser reiniciado e assistido, sem alteração nenhuma no seu conteúdo, quantas vezes
o indivíduo quiser. A memória se altera consoante as experiências que a pessoa teve.
Elisabeth Loftus é uma psicóloga cognitiva que estuda a memória, mais especificamente
quando a pessoa se lembra de algo. O ponto onde eu quero chegar é que a memória pode
ser traiçoeira. Vamos supor que você tenha uma tia que sempre vai para todas as festas de
família, mas, por algum motivo, acaba se esquecendo se ela compareceu ou não à festa de
aniversário do seu parente no ano passado. Sua mente vai, consequentemente, relacionar o
facto de ela sempre ter ido às festas com esse dilema, então mesmo que ela não estivesse
presente, você iria pensar que ela esteve. Esse é um bom exemplo de como a memória pode
nos “enganar”. As memórias não são revividas, mas sim reconstruidas.
Agora vou vos contar uma curiosidade, existe uma técnica para a exercitar a memória
chamada “Método de Loci”, mais conhecida como palácio mental. Esta técnica consiste em
imaginar um lugar qualquer, normalmente um lugar familiar para a pessoa, e ir
acrescentando informações nas estruturas dos espaços referidos, sempre que necessário
basta simplesmente “ir” àquele local que os dados vão estar todos lá. Esse procedimento
leva tempo e prática.
f. Imaginação
A imaginação é um recurso mental que permite ao indivíduo transfigurar dados
coletados através dos sentidos, ou seja, alterar/modificar a realidade conhecida utilizando a
mente. Imaginar não é criar. Quem imagina transforma o que já existe em algo que, até
então, não existia (ex: novos designs de roupas, brinquedos, etc). A estimulação da
criatividade é um fator importante para o desenvolvimento da imaginação. Escritores e
artistas, por exemplo, com bloqueio criativo não conseguem começar uma nova obra ou,
simplesmente, ficam presos àquilo que já fazem habitualmente. Seguindo pela definição,
criatividade é a capacidade de criar, inventar. Mas na verdade, não é possível realmente criar
algo, apenas descobrir ou remodelar o que já existe. Uma boa forma de estimular a
criatividade é não se prender a uma rotina única ou definida por outros, lendo, ouvindo
música, entre outras.
O sonho e a imaginação são muito parecidos, o que os diferenciam, habitualmente, é
que o sonho é feito de maneira inconsciente (no sono), enquanto que a imaginação ocorre
quando o sujeito está consciente.
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g. Curiosidades
(https://www.pearsonclinical.com.br/blog/2015/geral/7-coisas-interessantes-
sobre-a-memoria/)
6. Criptomnésia
https://www.cognifit.com/pt/atencao
https://www.ibccoaching.com.br/portal/conheca-os-4-tipos-de-atencao-segundo-psicologia-e
-como-desenvolve-los-no-trabalho/
https://psicoativo.com/2015/12/atencao-psicologia-cognitiva-tipos-atencao.html
http://psicologiacop.blogspot.com/p/memoria.html?m=1
http://m.paulohorta-psicb.webnode.pt/conceitos/memoria,-percep%C3%A7%C3%A3o-e-apr
endizagem-/memoria/
https://www.blogs.unicamp.br/socialmente/2012/01/24/fatos-interessantes-sobre-a-memo
ria-humana/
https://www.topmelhores.com.br/ciencia/542-35-fatos-curiosos-sobre-a-memoria
http://web.tecnico.ulisboa.pt/~ist425696/wordpress/ciencia-e-tecnologia/a-memoria-huma
na-como-funciona/
https://boaforma.abril.com.br/saude/fatos-curiosos-sobre-a-memoria-que-voce-nao-sabia/
https://www.pearsonclinical.com.br/blog/2015/geral/7-coisas-interessantes-sobre-a-memor
ia/