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Paralelismo entre a intriga principal e a secundária

A intriga principal narra os amores de Carlos da Maia e Maria Eduarda, já a intriga


secundária conta sobre os amores de Pedro da Maia e Maria Monforte. Tanto uma quanto a
outra são histórias que se passam em diferentes gerações.
Há, no entanto, algumas semelhanças entre as duas intrigas narradas. A história de
ambas é muito parecida, desde a primeira vez que um Maia viu uma Maria, até o fim trágico
que resultou do amor deles. Carlos tem uma vida dissoluta, da mesma forma que o pai,
Pedro da Maia, por isso nenhum deles consegue focar-se em algo, ter um único objetivo. A
primeira aparição de Maria Monforte, assim como a de Maria Eduarda, foi comparada a algo
divino, e tanto Pedro como Carlos, cada um no seu tempo, ficaram logo apaixonados por
estas mulheres e procuraram incessantemente até encontrarem a sua amada. Diversos dos
acontecimentos que se sucedem a esse encontro acabam por levar ao mesmo fim, à morte
de um Maia. No caso da intriga principal quem morre é o Afonso, já na intriga secundária
quem morre é o próprio Pedro, que se suicida.
É importante ressaltar que Afonso sempre se opôs ao relacionamento do filho com a
“negreira”, e, muito provavelmente, também se iria opor aos amores de Carlos e Maria
Eduarda, caso soubesse do passado da mesma. Um dos aspetos que diferem a intriga
principal da secundária é que, nesta última, o elemento que desencadeou todo o drama foi
o italiano, que fugiu com Maria Monforte. Enquanto que na intriga principal, foi o Guimarães,
tio do Dâmaso, que deu início à tragédia narrada.
O paralelismo entre as duas intrigas mostra que na verdade é a mesma história
contada de modos diferentes ao alterar alguns detalhes. A intriga principal sempre segue
um caminho parecido com o da intriga secundária. Um lindo amor à princípio, mas com um
final trágico.

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