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“Os Maias” é uma das mais famosas obras de Eça de Queirós, publicada em
mil oitocentos e oitenta e oito, é também uma das mais importantes da
literatura portuguesa, devido à linguagem em que foi escrita e pela ironia que
Eça apresenta a sociedade portuguesa do século dezanove , tipo em tom de
caricatura, com fortes características de romance de carácter muito
sentimental.
É um romance realista, pois nele é criticado o homem e o carácter das
pessoas, mas com alguns pontos naturalistas. O titulo do livro “Os Maias” diz
respeito à história da família Maia nas suas várias gerações e à intriga desta
família.
Família Maia
Afonso da Maia Pedro da Maia Carlos da Maia
A ação divide-se em duas partes, a “Ação Principal”, centrada em Carlos da
Maia e a “Ação Secundária”, centrada em Pedro da Maia, ambas apresentam
características de estrutura comuns, apresentado algumas características da
tragédia clássica, tais como:
Destino – que nesta obra é representado pelo Sr. Guimarães, um
homem vestido de negro, simbolizando/anunciando o luto da família
Maia, pois é ele que revela a verdade sobre o parentesco entre Carlos
e Maria Eduarda a Ega, pensado que este segredo já seria do
conhecimento de todos;
Peripécia – que consiste na mudança repentina de situação, pois
Carlos mesmo sabendo que a mulher que ama é sua irmã, continua a
relação com ela, Relação Incestuosa;
Sofrimento – é o sentimento das personagens, após a descoberta da
identidade de Maria Eduarda;
Catástrofe – acontece com a morte de Afonso da Maia, que não resiste
ao facto de saber que o seu adorado neto após saber que Maria
Eduarda é sua irmã, mantém conscientemente a relação amorosa com
ela e na posterior separação dos dois amantes (Carlos parte para uma
viagem pelo mundo e Maria Eduarda refugia-se em Paris).
CARACTERÍSTICAS TRÁGICAS
Morte Física de Afonso da Maia;
Quebra dos laços de paixão;
Carlos e Maria Eduarda separam-se para sempre.
Ação ou Intriga Secundária
CARACTERÍSTICAS TRÁGICAS
Fuga de Maria Monforte com Tancredo;
Suicídio de Pedro da Maia.
João da Ega;
Jacob Cohen;
Tomás de Alencar;
Dâmaso Salcede;
Craft;
Carlos da Maia.
Temas discutidos
Com este jantar Ega pretende homenagear Cohen, que era marido de
Raquel, senhora por quem estava apaixonado e mantinha uma relação, eram
amantes.
É também neste capítulo que Carlos tem a sua primeira reunião social de
“elite” lisboeta e quando vê pela primeira vez Maria Eduarda.
Durante o jantar discute-se a situação de Portugal, a nível político, financeiro
e literário, esta discussão acaba com um ataque de ofensas entre eles,
mostrando assim uma sociedade frágil que pretendia passar por ser
civilizada.
Alencar defende o ultra – romantismo e condena o realismo por ser imoral.
Enquanto Ega defende o realismo/naturalismo, defende convicto que a
ciência devia ser inserida na literatura, envolvendo-se os dois numa disputa
verbal e física, esta discussão releva que a sociedade é manipulada por
valores tradicionais, mas no final do jantar abraçam-se e elogiam-se como se
nada se tivesse passado, dá para entender a hipocrisia que existia.
Craft e principalmente Carlos, com o seu sentido crítico discordam ambos
das opiniões de Alencar e Ega, Carlos acha que o carácter se manifesta
pelas ações.
Nas finanças, o país está dependente dos empréstimos do estrangeiro, e
apesar de Cohen ser uma das figuras com um alto cargo (diretor do Banco
Nacional), não quer saber da situação financeira do país, afirmando que o
país vai direitinho para a bancarrota, mais uma vez querendo “agradar” ao
seu amigo, Ega concorda com ele, defendendo as invasões espanholas, já
Dâmaso Salcede admite a fuga no caso de invasão…
Este jantar veio revelar através da crítica a falta de integridade, de
patriotismo de alguns dos convidados, bem como as limitações culturais
mesmo nas classes mais altas da sociedade.
Carlos da Maia;
Maria da Cunha;
El Rei;
Dâmaso Salcede;
Conde de Gouvarinho;
Condessa de Gouvarinho;
Alencar;
Steinbroken;
Eusébiozinho;
Teles da Gama;
Baronesa Craben;
As irmãs de Taveira.
Carlos da Maia;
Sousa Neto;
João da Ega;
Conde de Gouvarinho;
Condessa de Gouvarinho.
Carlos da Maia;
João da Ega;
Alencar;
Cruges;
Rufino;
Euzébiozinho;
Marquesa do Soutal;
Guimarães.
Carlos da Maia;
João da Ega.