REPRESENTAÇÕES

DO SENTIMENTO E
DA PAIXÃO
DIVERSIFICAÇÃO DA INTRIGA
 VIDA MUNDANA

PEDRO DA MAIA/ MARIA MONFORTE CARLOS DA MAIA/ MARIA EDUARDA

Encontro ocasional com Maria Monforte Encontro fortuito com Maria Eduarda
«Numa tarde, estando no Marrare» «No peristilo do Hotel Central»
(capítulo I) (Capítulo VI)
 PAIXÃO

PEDRO DA MAIA/ MARIA MONFORTE CARLOS DA MAIA/ MARIA EDUARDA

-«Numa troca de olhares fatal e

deslumbradora, numa dessas paixões
que assaltam a existência» (capítulo I)
- Obsessão em conhecer Maria
-Obsessão em conhecer Maria Monforte Eduarda e o encontro, de forma
e o encontro através de Alencar. indireta, através de Dâmaso. «Agora
supunha que ela estava em Sintra,
-Namoro. «Era uma amor à Romeu» corria a Sintra» (Capítulo VIII)
(capítulo I) - Encontros e relações amorosas.
 OPOSIÇÃO (POTENCIAL) DE AFONSO

PEDRO DA MAIA/ MARIA MONFORTE CARLOS DA MAIA/ MARIA EDUARDA

- Origens de Maria Monforte, a - Na opinião de Afonso, era a amante,

«Negreira». a brasileira.

- Casamento. - Vida social na Toca.

- Vida de casados: viagem ao

estrangeiro, vida social em Arroios,
nascimento dos filhos.
 APARECIMENTO

PEDRO DA MAIA/ MARIA MONFORTE CARLOS DA MAIA/ MARIA EDUARDA

- Príncipe napolitano. - Guimarães que conta a Ega e entrega-

lhe um cofre de Maria Monforte.
- Infidelidade e fuga de Maria Monforte.
 DESENLACE TRÁGICO

PEDRO DA MAIA/ MARIA MONFORTE CARLOS DA MAIA/ MARIA EDUARDA

- Reações de Pedro: regresso à casa de - Reações de Carlos.

Benfica, diálogo com o pai e suicídio. - Encontro com o avô. «Os dois olhos
«Atirou-se aos braços do pai, rompeu do velho, vermelhos, esgazeados,
a chorar perdidamente» (Capítulo III) cheios de horror, caíram sobre ele»
(Capítulo XVII)
- Motivação para a morte de Afonso: «O - Motivação para o suicídio de Carlos.
procurador veio dizer para Lisboa que o - Morte de Afonso «Ali morrera
velho não durava um ano» (Capítulo II) solitariamente, já o sol ia alto,
naquela tosca mesa de pedra onde
deixara pender a cabeça cansada»
(Capítulo XVII)
 JOÃO DA EGA
VIDA MUNDANA
- Conhece Raquel Cohen, na Foz, na Assembleia.
- Mostra-se comedido na exposição da sua relação: «É simpática… Mas o
marido é uma besta… Foi uma flirtation de praia. Voilà tout» (Capítulo
IV)
- Desaparece do convívio dos amigos, provocando os seus comentários
sobre «o arranjinho do Ega» (Capítulo IV)
 PAIXÃO

- Primeiro ainda lhe chamou «camélia melada; dias depois já adulava o marido»; «soluçava
muitas vezes por causa dela, horas inteiras, caído para cima da cama» (Capítulo IV)
- Expõe a sua relação, lendo a Carlos um «bocado do “Átomo”», cuja inspiração tinha sido
Raquel Cohen, «A Hebreia»; dias mais tarde, este capítulo será lido na casa dos Cohen
(Capítulo IV)
- Homenageia Cohen com um jantar no Hotel Central para se aproximar de Raquel e cair
nas boas graças do marido. (Capítulo VI)
- Confidencia veladamente a sua relação a Carlos. (Capítulo VII)
- Encontros na Vila Balzac.
 OPOSIÇÃO DO MARIDO:
A DESCOBERTA DO ADULTÉRIO

- Expulso por Cohen da «grande soirée mascarada» (Capítulo IX)

- Desabafa a sua humilhação, no Ramalhete, diante de Carlos e Craft

(Capítulo IX)
 SEPARAÇÃO

- Os Cohen partem para o estrangeiro. (Capítulo IX)

- Ega vai para Celorico de Bastos (Capítulo IX)

 APARECIMENTO DE DÂMASO

- O regresso de Ega a Lisboa coincide com a chegada dos Cohen.

(Capítulo XII)

- A intimidade de Dâmaso com Raquel torna-se uma insuportável

humilhação. (Capítulo XIII)

- A vingança com a participação no plano de liquidar, «demolir» Dâmaso.

(Capítulo XV)
 DESENLACE TRÁGICO

A paixão romântica de Ega só termina com a revelação da tragédia de

Carlos. No capítulo XVIII, a uma pergunta de Carlos sobre Raquel, Ega
responderá:
«Para aí anda, estuporada…»
 CONCLUSÃO

Apesar da intriga amorosa apresentar aspetos diversificados, é

possível estabelecer um paralelismo estrutural entre a intriga amorosa
de Pedro, Carlos e Ega, uma vez que os três se deixam dominar pelos
sentimentos, mostrando-se incapazes de, pela sua inércia, reagir ao
desenrolar dos acontecimentos, sucumbindo à paixão.