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POEMA - ANÁLISE

 Esquema Rimático: abba / cddc / effg / hihi, com uma Métrica irregular, por outro lado
é regular pois apresenta quatro quadras.

 Rima interpolada, emparelhada e cruzada.

 Características da escrita de Manuel Alegre: musicalidade (através da repetição de


expressão “É possível” 13 vezes), carácter interventivo, isto é, ao longo do poema vai
dando o conselho de que é possível e que devemos lutar pelos nossos direitos, a sua
poesia é inseparável da própria biografia, com apelo aos direitos sociais.

Recursos expressivos
• A repetição da expressão “É possível”, no início de cada verso, serve para dar ritmo ao
poema e intensificar a ideia de que realmente é possível lutar.

• Encontramos outra Anáfora no último verso do poema em “… ser livre livre livre.”,
esta tem o mesmo significado da anáfora que apresentamos anteriormente e ainda
podemos associa-la com a sonoridade de Álvaro de Campos.

• Outro recurso expressivo que também está presente neste poema é a Antítese, isto é
a oposição de ideias na mesma frase, entre o céu e a Terra, nos versos 5 e 7. (“É
possível andar sem olhar para o chão/ Os teus olhos nasceram para olhar os astros”).

Intertextualidade
• Os versos introdutórios do poema são da redondilha de Babel e Sião, de Luís de
Camões "Porque mudando-se a vida/ se mudam os gestos dela", esta fala
essencialmente de uma ação contraposta à passividade, numa recuperação da
liberdade perdida. (ler excerto)
• Manuel Alegre e os seus poemas estão interligados com Camões lírico, devido à
temática da Mudança, sobre a qual os dois poetas dão a sua opinião, uma vez
que usam a Poesia como arma de denúncia e de luta com vista à mudança.
• Também possível relacionar Manuel Alegre com Luís de Camões épico, ou seja,
com a epopeia, “Os Lusíadas”, devido ao tom patriótico com que escrevem os
seus poemas, à maneira como enaltecem e aconselham a sua nação.
• Por outro lado, também encontramos intertextualidade com José Saramago em
“O ano da morte de Ricardo Reis”, uma vez que no meio de uma cidade
oprimida, como Lisboa, o que era mesmo necessário era haver alguém que
mostrasse que era possível, como Manuel Alegre tenta fazer ao escrever este
poema.

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