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Os Maias Capítulo 15

Nome: Manuel Marques Nº: 13 Turma: 11 A

Este capítulo começa com Maria e Carlos No alpendre da toca, já noivos, falam sobre a
eventualidade de irem para itália (isola bella) num ninho romântico, onde iriam finalmente
celebrar o noivado sem ter que esconder a inquietação de um amor culpado mas sim gozar o
repouso de uma felicidade legítima, então quando carlos pergunta a maria se esta quer partir
ela chama Rosa e pergunta-lhe como seria para ela se carlos fosse o seu pai, rosa fica radiante
com a ideia e vai contente brincar para o jardim.
Então com o consentimento de rosa, Maria eduarda sente-se finalmente pronta para
partilhar com carlos a sua história, dizendo a carlos, parecendo que sente que a necessidade
de contar a história e como uma obrigação respeitosa que tem para carlos como se lhe
devesse como aviso para o que está a entrar no casamento. E para este a conhecer totalmente
e a poder amar como é e não como ele pensa que ela é.
Começa por dizer que nasceu em Viena, e que se lembra de ter tido uma irmã
(provavelmente filha de Maria Monforte e Tancredo, o italiano com que ela fugiu). Sempre que
Maria Eduarda perguntava pelo seu pai, Maria Monforte recusava sempre lembrar-se do
passado. Ainda em Viena, Maria Eduarda lembra-se do seu avô, o Monforte.
Mudaram-se para Londres, de onde Maria Eduarda não tem muita lembrança, e depois
para Paris. Nessa altura, Maria Monforte era viúva e fazia o luto do pai.
Tinha uma casa de jogo, onde se encontrava com vários homens. Maria Eduarda foi
enviada para um convento, perto de Tours, onde a mãe a ia visitar várias vezes, passeando
com ela pela cidade.
Mais tarde, Maria Monforte fez uma viagem pela Alemanha, não visitando a filha nem
dando notícias. Quando voltou, vinha triste e de luto. Somos informados que Maria Eduarda
teria 16 anos nesta altura. A mãe tirou-a do convento, algo que a entristeceu bastante.
Voltaram a Paris, com o Madame de Chavigny.
Lá, Maria Monforte abriu outra casa de jogo, continuando a prestar serviços. No
entanto, o negócio diminuiu, obrigando a que mudassem de morada. Continuo com o mesmo
emprego, arrastando a sua filha para o seu mundo.
Foi nessa casa que Maria Eduarda conheceu Mac Gren, um irlandês ainda menor, com
avó abastada, que se apaixonou loucamente por ela, prometendo casamento e que se
mudariam para Fontainebleau. Maria Monforte caiu, inevitavelmente, em desgraça,
abandonando Maria Eduarda à sua própria sorte, e viajando para Baden.
Esta casou-se depois com Mac Gren, fugindo com ele para Fontainebleau. Maria
Monforte voltou para perto da filha, e esta teve uma criança, Rosa. França e Prússia entraram
em guerra, e Mac Gren decidiu alistar-se, partindo para a batalha. Deixando Maria Eduarda,
sua mãe e sua filha na pobreza, estas decidiram partir para Londres. Lá, encontraram ainda
piores condições de vida, esbanjando todo o dinheiro que tinham.
Chegaram mesmo à pobreza extrema, sendo que Maria Eduarda fazia de tudo para
sustentar a mãe e a filha. Quando a guerra acabou, desejaram voltar para Paris, algo que foi
apenas possível com a ajuda de um irlandês, amigo de Mac Green. Continuaram bastante
pobres em Paris, embora fosse mais fácil ganhar dinheiro. Por meio de uma amiga, conheceu
Castro Gomes. nesta altura, afirmando que Carlos já conhecia o resto rompe a chorar sem
conseguir continuar e terminar a história.

Carlos fica completamente abalado de mãos trêmulas, mas não pelo impacto que esta
história tem em si mas sofre por Maria.
Mas maria assegurar lhe que embora tenha andado nestas vidas com outro homens
nunca teve um sentimento real de amor como pudemos ver no seguinte excerto:
“Não pôde continuar; rompeu a chorar, caída sobre os joelhos de Carlos. E ele na sua emoção só
lhe podia dizer, passando-lhe as mãos tremulas pelos cabelos, que a havia de desforrar bem de todas as
misérias passadas...
- Escuta ainda, murmurou ela, limpando as lágrimas. Há só uma coisa mais que te quero dizer. E é
a santa verdade, juro-te pela alma de Rosa! É que nestas duas relações que tive o meu coração
conservou-se adormecido... Dormiu sempre, sempre, sem sentir nada, sem desejar nada, até que te vi...
E ainda te quero dizer outra coisa...
Um momento hesitou, coberto de rubor. Passara os braços em torno de Carlos, pendurada toda
dele, com os olhos mergulhados nos seus. E foi mais baixo que balbuciou na derradeira, na absoluta
confissão de todo o seu ser:
- Além de ter o coração adormecido, o meu corpo permanece sempre frio, frio como um mármore..”

Na cena seguinte, encontramos Ega e Carlos, que conversavam na ida para a Toca,
onde Ega iria encontrar Maria Eduarda pela primeira vez. Nessa cena Carlos encontra-se
atormentado pelos problemas que estas novidades sobre a vida de Maria levantam perante o
casamento de acordo com o seu avô, então ela pensa numa solução com a qual Carlos
concorda, ega sugere a Carlos casar se apenas depois da morte de Afonso da maia.
Então nessa noite com a chegada de Carlos e Ega e também do marquês dá-se o
primeiro jantar de amigos na toca. Após a admissão de ega segui-se a de muitos outros amigos
e convidados, a participar em jantares que possibilitam todos os amigos de Carlos a
conhecerem e a familiarizar-se com esta, e mais importantemente com a sua historia.
Este final de verão é para mim a época onde Carlos se encontra mais feliz e
despreocupado, onde parece que de facto a história terá um final feliz.
O que nos leva ao segundo grande episódio do capítulo, o episódio da corneta do
diabo.
Esta felicidade é abruptamente interrompida numa manhã no final do outono, quando
carlos recebe uma mensagem de ega que consistia de uma carta do mesmo e de duas copias
do jornal a corneta do diabo, na carta Ega recomenda a carlos que lesse o artigo e sugere um
encontro em lisboa para descobrirem quem era o autor de tal artigo, o conteúdo do artigo era
de facto revoltante, falava da de carlos e maria, da sua relação, do seu passado e associava-a
a uma mulher pertencente a eonas a essa má vida passada, e consequentemente dava a
carlos o mesmo título.
O encontro faz-se em Lisboa, onde Carlos e Ega vão falar com palma, quem publicou o
artigo que embora relutante pelo preço de 100 000 reis conta que foi o dâmaso que escreveu o
artigo. Neste episódio e feita uma análise ao jornalismo em portugal, que evolui para uma
critica a falta de ética dos jornalistas juntamente com a corrupção motivada por interesses
econômicos.
Ao saber a identidade do autor carlos pede a egas e a cruges que vão a casa de
damaso em seu nome e o desafiem a um duelo, ou a alternativa de assinar uma carta que
declara que tudo o que foi escrito não passava de um infame.
Damaso acaba por escolher escrever uma carta ditada por ega na qual faz uma
confissão dizendo que a cata por ele escrita era de todo o modo incoerente e que havia sido
escrita no mais completo estado de embriaguez. O documento acaba por chegar a carlos que o
deixa ao cuidado de ega para ele fazer o que bem entender com ele.
Mas a história da carta não acaba ali, ega ao ver dâmaso com a sua raquel cohen
numa das noites de teatro, fica possuído por um ódio a dâmaso incontrolável, e de forma a
humilhar damaso dirige-se ao jornal A tarde com o intuito de a publicar, inicialmente egas de
início e recusado pois o director do jornal confunde dâmaso com outro amigo seu, mas a carta
acaba por ser publicada após o esclarecimento do mal entendido.
Dâmaso com tanta vergonha decide aposentar-se e ir passar umas férias a Itália.
A recusa inicial do diretor do jornal mais uma vez remete para as críticas feitas aos jornais e ao
jornalismo da altura.
Entretanto Afonso da maia regressa de santa olávia e é recebido por egas e carlos que
lhe contam todos estes acontecimentos omitindo obviamente a parte remetente ao amor entre
carlos e maria.
Carlos abandona também a toca e Maria volta para o apartamento da mão de Cruges.
O capítulo termina com a aprovação da publicação do artigo pelos amigos íntimos de
Carlos.

Este é o capítulo mais longo do livro, e tal deve-se tanto à descrição pormenorizada da
via de maria mas também a demora com que o autor distingue todos os acontecimentos e os
pormenoriza extensamente, mas também é devido a esta pormenorização extensa que eça nos
introduz a uma descrição mais pormenorizada da tanto vida social e política, sendo que vão
aparecendo personagens novas ou até já conhecidas como um gouvarinho agora na posição
de ministro , mas também da vida dos jornais, como do mundo dos jornais, é importante
também notar que é a primeira vez desde as corridas de cavalos que o autor se permite um
desvio da narrativa central do romance para se focar em aspectos da sociedade portuguesa no
último século.

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