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Os Maias Capítulo XVII

Ação/ resumo: Neste capítulo Ega já sabe que Carlos e Maria Eduarda
são irmãos, só que não tem coragem suficiente para contar a Carlos, e acaba
por contar a Vilaça. Ega lê um documento que estava no cofre da Maria
Monforte, que diz que a Maria Eduarda é mesmo a filha de Pedro da Maia,
o que comprova o que Guimarães tinha contado a Ega. Entretanto Vilaça
entrega a notícia a Carlos, que tem dificuldade em acreditar naquilo que lhe
contaram, então Carlos vai falar com o avô com esperança de que ele o
desmentisse. Mas Afonso confirma tudo e diz ao Ega, em segredo, que sabe
da relação entre Carlos e Maria Eduarda. Nessa noite, Carlos vai ter com a
Maria Eduarda com o objetivo de lhe contar que eles eram irmãos, mas
acaba por ser levado pela sua paixão e ficar com ela.
Afonso da Maia sabe que Carlos continua a encontrar-se com Maria
Eduarda, ficando desolado e, no dia seguinte, acaba por morrer. Carlos
decide então partir para Santa Olávia e pede a Ega que fale com Maria
Eduarda para lhe contra tudo e para lhe dizer que parta para Paris. Ega fala
com Maria Eduarda, que parte para Paris no dia seguinte, para sempre.

Personagens principais:
- Carlos da Maia
- Maria Eduarda
- Afonso da Maia
- João da Ega
Personagens Secundárias:
- Vilaça
- Rosa
- Craf
- Alencar
- Steinbroken
- D. Diego

Carlos da Maia – O protagonista da obra, é um homem da elite


portuguesa, educado e culto. Ao longo deste capítulo, Carlos passa por
diferentes estados de espírito. No
começo, encontra-se feliz com sua relação com Maria Eduarda, a quem
propôs casamento. Quando toma conhecimento que esta é sua irmã, sente-
se confuso e não acredita, mas acaba por tomar consciência da verdade.
Fica desesperado e em grande sofrimento. No entanto este mantem a sua
relação, pensando mesmo em esquecer o facto que esta é sua irmã. Mas
começa a sentir uma repugnância física. Na noite em que regressa da casa
de Maria Eduarda cruza-se com Afonso que o recrimina. No dia seguinte
Afonso morre e Carlos sente que a sua morte foi um castigo. Assume então
a sua situação, parte para Santa Olávia e encarrega Ega de revelar a verdade
a Maria Eduarda, o que demonstra a sua cobardia.

Maria Eduarda – Era uma senhora bondosa, terna e culta. Sente-se feliz
sobre a sua relação com Carlos. Quando recebe a visita de Ega que lhe
enforma da partida de Carlos para Santa Olávia fica admirada, e é lhe
entregue a carta que revela toda a verdade, não temos a referência à sua
reação na obra. Na sua partida para Paris em Santa Apolónia, demonstra
enfrentar uma grande dignidade à tragédia que a atingiu.

Afonso da Maia – É um homem culto, sábio e generoso. Responsável


pela educação à inglesa de Carlos. Afonso toma o conhecimento que Maria
é sua neta com Carlos, sabendo da sua relação, apercebe-se da gravidade da
situação. Quando se apercebe que Carlos continua a se encontrar com
Maria Eduarda, sente desgosto e acaba por falecer.

João da Ega – É o companheiro e conselheiro inseparável de Carlos. É


um bom amigo e fiel. Quando Carlos demonstra uma indiferença com o
facto de Maria Eduarda ser sua
irmã Ega sente-se preocupado. Está presente nos momentos mais
importantes da história, quando Carlos toma conhecimento da verdade, e é
ele que fica encarregue de enformar Maria da situação. É ainda testemunha
da dignidade como Maria encara a situação quando esta parte para Paris.

Espaço: Passa-se maioritariamente no Ramalhete.


Tempo: No inverno, 1877.
Crítica social: Uma crítica social presente neste capítulo é o incesto,
quando Carlos manteve o seu relacionamento com Maria Eduarda mesmo
sabendo que esta era sua irmã. Podemos também criticar os costumes da
classe alta portuguesa, do seu comportamento despreocupado, boémio e
fútil; e do seu diletantismo.

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