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Maias Capítulo XVII

Sinopse do capítulo XVI


No capítulo anterior começa a desenlaçar-se a tragédia , Sr. Guimarães
havia sido um amigo intimo de Maria Monforte, que lhe tinha confiado um
pequeno cofre com papeis confidencias que provam o grau de parentesco
entre Carlos e Maria Eduarda da Maia.
Guimarães encontra Ega à saída do Sarau da Trindade e uma vez que tinha
conhecimento da sua relação muito próxima com Carlos decide entregar-
lhe o cofre com as informações.

Sinopse do capítulo XVII:


-A ação começa no Ramalhete às sete horas, onde Ega é acordado pelo
escudeiro sem coragem para revelar as notícias a Carlos.
- ainda atordoado, marcou um encontro com o Vilaça, o procurador dos
Maias, para lhe poder contar toda a situação. Após ter revelado os factos
chocantes, persuadiu o Vilaça a contar tudo a Carlos uma vez que ele era o
procurador da família.
-Vilaça decidiu ir ao Ramalhete dizer a verdade a Carlos que ficou
completamente incrédulo. Quando acabaram a conversa repararam que
Afonso se encontrava na porta do quarto e Carlos decidiu questionar o
Avô na esperança de que aquilo fosse tudo uma mentira e que Maria
Eduarda não fosse mesmo sua irmã, mão Afonso não sabia de nada.
-Foi nesse momento que se descobriu que Afonso tinha também
consciência da relação amorosa entre os dois, mesmo que Carlos a tivesse
omitido do avô (ler excerto).
-No meio de toda esta agitação Carlos ainda tinha de revelar a verdade a
Maria Eduarda e após ter tentado inventar desculpas e maneiras de lhe
contar de uma maneira discreta finalmente decide ir ter à sua casa e
contar-lhe tudo.
- Ao chegar lá depara-se com Maria deitada no leito, e mesmo tendo
consciência de que era irmãos não resistiu à “quentura de desejo” que
vinha dela e naquele momento (de maneira consciente) cometeu incesto.

Espaços e a sua simbologia:


- Ramalhete: O ramalhete tem uma grande simbologia, uma vez que
representa a evolução da Família Maia ao longo de toda a narrativa.
Tanto simboliza a morte de Pedro como a Proximidade entre Afonso e
Carlos da Maia. O Ramalhete, era um sombrio casarão de paredes
severas, com um renque de estreitas varandas de ferro no
primeiro andar, e por cima uma tímida fila de janelinhas
abrigadas à beira do telhado, tinha
o aspeto tristonho de residência eclesiástica que
competia a uma edificação do reinado da senhora D.
Maria I: com uma sineta e com uma cruz no topo,
assemelhar se ia a um colégio de Jesuítas.

Casa de Maria Eduarda:


Ficava na rua de São Francisco e era aquilo que Carlos considerava uma
casa acolhedora, que por sua vez lhe transmite várias sensações: o bom
gosto e o requinte de algumas peças, como por exemplo o Manual de
Interpretação de Sonhos e uma caixa de pó de arroz. Estes são um indício
trágico da dualidade de Maria, já que se ligam a Afrodite e revelam um
meio cultural distante do de Carlos.

Santa Olávia:
Era o solar da família na margem do rio D’Ouro, representa a vida e a
regeneração dos dois Varões: Afonso e Carlos.
Representa também a fonte de riqueza da família e o Porto seguro de
Afonso.
Em termos de descrição só se sabe que tinha uma grande riqueza de águas
vivas, nascentes, repuxos, tranquilo espelhar de águas paradas, fresco
murmuro de águas regantes.

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