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OS MAIAS - RESUMOS

CAPÍTULO I O romance inicia-se com a referência à instalação da família Maia (apenas


(Intriga composta pelo avô Afonso - «um antepassado mais idoso que o século»- e
secundária) pelo neto Carlos - «que estudava medicina em Coimbra», «rapaz de gosto e
de luxo que passava as férias em Paris e Londres») no Ramalhete, no outono
de 1875.
Este palacete, durante longos anos desabitado, estivera para se
transformar na Nunciatura, em 1858, quando monsenhor Bucarini o visitou.
No entanto, a quantia exorbitante pedida por Vilaça, procurador da família
Maia, fez o representante do Vaticano desistir da ideia. E o Ramalhete
continuou a se um «inútil pardieiro» (casa velha), apenas servindo para
arrecadação dos móveis e loiças provenientes de outro palacete da família,
o de Benfica, entretanto vendido. Os Maias, «uma antiga família da Beira»,
viviam, já há algum tempo, na Quinta de Santa Olávia, no Douro, e, ao
decidirem voltar a viver em Lisboa, encarregam Vilaça de restaurar o
palacete , a contragosto do procurador que refere «uma lenda, segundo a
qual eram sempre fatais aos Maias as paredes do Ramalhete». As obras de
restauro e a decoração são supervisionadas por Carlos que, depois do
processo concluído e já formado em Medicina, parte para uma viagem de
um ano pela Europa. Afonso instala-se no Ramalhete aguardando o neto.
Inicia-se então a analepse que evoca o passado de Afonso da Maia: fora um
jovem apoiante do Liberalismo, ao contrário de seu ai, Caetano, um
absolutista. Por esta razão, Afonso foi expulso de casa, mas, por influência
da mãe, foi-lhe oferecida a Quinta de Santa Olávia. Alguns anos depois,
Afonso parte para Inglaterra, onde permanece durante algum tempo, mas
de onde regressa devido à morte do pai. É então que conhece D. Maria
Eduarda Runa, mulher com quem irá casar. Têm um filho e partem para o
estrangeiro, mais propriamente para o exílio, em Inglaterra. Maria Eduarda
Runa, mulher de saúde frágil e excessivamente católica, não se habitua à
falta do sol e ao protestantismo inglês. Não consentido que o seu filho Pedro
tenha uma educação dada por um inglês, ordena que de Portugal venha um
homem da Igreja para o educar. Apesar da oposição de Afonso, Pedro cresce
frágil, medroso e excessivamente mimado pela mãe. Maria Eduarda Runa
adoece gravemente, a família volta a Lisboa, onde a senhora acaba por
falecer, causando um terrível desgosto a Pedro. Depois de uma vida
desregrada, alternada por períodos de devoção extrema e doentia, Pedro,
entretanto recuperado do luto, apaixona-se pro Maria Monforte, mulher
bela e elegante, filha de um negreiro (o pai traficava escravos negros).
Afonso opõe-se, por este motivo, à relação de Pedro com Maria Monforte.
No entanto, Pedro casa às escondidas, contra a vontade do pai.

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O Ramalhete Quinta de Santa Olávia

Capítulo II Pedro e Maria Monforte viajam por Itália, porém, ela preferia estar em Paris,
(intriga para onde se mudam pouco tempo depois. Maria espera bebé. Nessa altura,
secundária) resolvem voltar para Lisboa, mas não sem antes escreverem a Afonso, pai de
Pedro, anunciando a partida e o iminente nascimento do primeiro neto, na
esperança de que ele os perdoasse. Maria Monforte insiste com Pedro,
porque queria ser recebida com vaidade em Lisboa. Entretanto, Afonso
voltou para Santa Olávia, a sua quinta no Douro, não recebendo o filho e a
família.
Maria Eduarda, filha do casal, nasce, mas Pedro não informa o pai, por estar
magoado por ele não os ter recebido.
A vida social de Pedro e Maria Eduarda não era mais do que uma «existência
festiva e luxuosa» que, segunda Alencar, íntimo da casa que tinha uma paixão
inocente por Maria (ele era uma romântico), «tinha um saborzinho de orgia
(…)». Este ambiente agradava a Maria que recebia os amigos íntimos,
enquanto Pedro sentia tédio «daquela existência de luxo e de festa».
Quando nasce o segundo filho (Carlos), Pedro coloca novamente a hipótese
de se reconciliar com o pai e ir a Santa Olávia apresentar-lhe os netos.
Contudo, esta visita é adiada, porque, numa caçada com amigos, Pedro fere
acidentalmente um italiano que fazia parte do grupo , Tancredo, o qual fica a
restabelecer-se durante muito tempo em casa de Pedro e de Maria. Durante
essa estadia, Maria conhece-o e apaixona-se por ele, fugindo ambos e
levando com eles a filha, Maria Eduarda. Carlos foi, assim, abandonado pela
mãe.
Pedro, desesperado, procura apoio junto do pai, que o acolhe, assim como a
Carlos, na casa de Benfica, onde, entretanto, se tinha instalado.
À noite, no seu quarto, Pedro suicida-se com um tiro. Afonso fecha a casa de
Benfica e muda-se com o neto para a Quinta de Santa Olávia.

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Capítulo III A infância de Carlos é passada em Santa Olávia, recebendo uma educação
(intriga liberal, à inglesa, com um professor inglês, Mr. Brown, que dá primazia ao
principal) exercício físico, ao ar livre e a duras regras de disciplina que são impostas
a Carlos. É neste ambiente de província que os Maias convivem com os
Silveiras: Teresinha, a primeira namorada de Carlos; a sua mãe, D. Eugénia;
a sua tia, D. Ana; e o seu irmão Eusebiozinho, o oposto de Carlos, menino
muito frágil, tímido, medroso e estudioso. Neste capítulo, são colocadas
em contraste a educação à portuguesa, tradicional (recebida por Pedro e
Eusebiozinho) e a educação à inglesa (recebida por Carlos).
Vilaça dá notícias de Maria Monforte e da filha a Afonso e, segundo ele, a
menina morreu em Londres. Entretanto, Vilaça morre e é substituído pelo
seu filho.
Carlos faz o exame de admissão e entra na Universidade de Coimbra.

Capítulo IV Carlos descobriu a sua vocação para a Medicina em criança quando


(intriga «descobriu no sótão (…) um rolo manchado e antiquado de estampas
principal) anatómicas.» Para que Carlos tivesse todas as condições, Afonso ofereceu
a Carlos uma casa em Celas, onde Carlos leva uma vida boémia, sempre
rodeado de amigos com ideias filosóficas avançadas e defensores de uma
ideologia liberal. Destaca-se João da Ega, que estudava Direito e era
sobrinho de André da Ega, amigo de infância de Afonso.
Terminado o curso, Carlos vai viajar durante um ano pela Europa. Ao fim
desse tempo, Afonso espera-o no Ramalhete, onde irão instalar-se – fim
da grande analepse.
Carlos tenciona montar um consultório e um laboratório em Lisboa,
vontades que depressa satisfaz com a ajuda do avô: o armazém é montado
num velho armazém e o consultório, elegante e luxuosamente decorado,
num 1º andar em pleno Rossio. Carlos recebe com alegria a visita do seu
amigo Ega, que lhe anuncia a intenção de publicar o livro que andava a
escrever já há anos, Memórias de um Átomo.

Capítulo V Este capítulo inicia-se com um serão no Ramalhete, com a presença de


(intriga vários amigos (consultar ficha sobre as personagens): D- Diogo, o general
principal) Sequeira, Cruges, Eusébio Oliveira, o Conde Steibroken e Taveira, que fala
do conde e da condessa Gouvarinho, enquanto o Marquês refere «essa
coisa do Ega com a mulher do Cohen».
A atividade do consultório já começara a ter alguma popularidade, devido
ao sucesso com o caso de Marcelina (a mulher do padeiro que estivera a
morrer e Carlos salvara).
Carlos finalmente encontra Ega e compreende a razão do
desaparecimento do amigo: Ega estava apaixonado por Raquel Cohen,
casada com Jacob Cohen, o banqueiro. Durante uma conversa entre os
amigos, Ega propõe a Carlos que conheça a família Gouvarinho. Carlos
aceita. Após um encontro na ópera, Carlos começa a interessar-se pela
condessa.

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Capítulo VI Ega instala-se na «Vila Balzac», casa que comprara. O «chalet» decorado
(intriga de forma original e exótica é o reflexo do temperamento do proprietário.
principal) Carlos refere a atração sentida pela condessa de Gouvarinho.
Frequentemente, Carlos interessava-se por diferentes mulheres, o que
leva Ega a declarar que o amigo era «um devasso» e havia de acabar numa
«tragédia infernal.» Quando saem para jantar, cruzam-se com Craft, amigo
de Ega, e que este apresenta a Carlos. Combinam jantar, no dia seguinte,
no Hotel Central. Neste estarão presentes: Carlos, Craft. Alencar, Dâmaso
e Cohen, a quem Ega (hipocritamente) fez questão de homenagear com
um dos pratos, «Petits pois à la Cohen». Durante o jantar, são abordados
vários temas: literatura, finanças, história e política.
Ega (realista) e Alencar (romântico) discutem, representando a
superficialidade e a inconsequência das conversas. Terminado o jantar,
Alencar acompanha Carlos a casa, lamentando-se o poeta da vida, do
abandono por parte dos amigos e falando-lhe dos pais de Carlos, de quem
fora íntimo. Carlos recorda o que sabia da história dos pais: a mãe fugira
com um estrangeiro levando a irmã, que morrera pouco depois, e o pai
suicidara-se.
Já em casa, Carlos sonha com uma mulher deslumbrante, «uma deusa»,
com que se cruzara no peristilo do Hotel Central, enquanto aguardava os
amigos para jantar. Essa mulher deslumbrante era Maria Eduarda.

Capítulo VII Depois do almoço no Ramalhete, Afonso e Craft jogam xadrez. Carlos tem
(intriga poucos doentes e vai trabalhando no seu livro. Dâmaso, à semelhança de
principal) Craft, torna-se íntimo da casa dos Maias, seguindo Carlos para todo o lado
e procurando imitá-lo.
Entretanto, Ega anda a organizar um baile de máscaras na casa dos Cohen.
Carlos, na companhia de Steinbroken, vê pela segunda vez, no Aterro,
Maria Eduarda, a «deusa».
A condessa de Gouvarinho, com a desculpa de que o filho estava doente,
procura Carlos no consultório.
Ao serão, no Ramalhete, joga-se dominó, ouve-se música e conversa-se.
Carlos convida Cruges para uma ida a Sintra no dia seguinte, pois soubera,
por intermédio de Taveira, de que Maria Eduarda aí se encontrava na
companhia do marido e de Dâmaso.

Sintra

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Capítulo VIII Carlos da Maia e Cruges vão a Sintra. Como Cruges já não visitava
(intriga principal) Sintra desde os 9 anos, resolve acompanhar Carlos. Este pretende,
embora oculte esse facto do amigo, encontrar Maria Eduarda, a Srª
Castro Gomes. Ao chegar à vila, instalam-se no Hotel Nunes, por
sugestão de Carlos, que teme que, ao instalarem-se no Hotel de
Lawrence, se cruzem com Castro Gomes, perdendo o encontro o
efeito de surpresa pretendido por Carlos. Aí encontram Eusebiozinho
acompanhado de Palma, um amigo, e de duas espanholas. Este
episódio revela-se bastante cómico, porque Concha, uma das
espanholas, não admite que Eusebiozinho diga que ela e Lola são
apenas acompanhantes de Palma.
A seguir, Carlos e Cruges vão visitar Seteais. Pelo caminho,
encontram Alencar que volta para trás, acompanhando os amigos.
Cruges, que não conhecia o espaço, fica desiludido pelo estado de
abandono da construção. Depressa Alencar o faz pensar de outro
modo, ao sublinhar os pormenores do local e a beleza da vista. De
volta à vila, visitam o Palácio.
Entretanto, Carlos já informado do destino dos Castro Gomes , que
haviam deixado Sintra na véspera, decide voltar a Lisboa. Jantam na
Lawrence, onde Alencar os esperava e, a seguir, voltam a Lisboa.
Durante o caminho, Cruges lembra-se das queijadas que a mãe lhe
pedira e das quais ele se esqueceu («Esqueceram-me as quijadas.»)

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Capítulo IX No Ramalhete, Carlos recebe uma carta a convidá-lo para jantar no


(intriga principal) sábado seguinte me casa dos Gouvarinhos; entretanto, chega Ega,
preocupado em arranjar uma espada adequada ao fato que leva nessa
noite ao baile de máscaras dos Cohen. Dâmaso também aparece,
pedindo a Carlos para ver um doente daquela «gente brasileira» (os
Castro Gomes): a menina Rosa. Os pais tinham ido nessa manhã a
Queluz e a menina ficara com a governanta, Miss Sara. Carlos vê a
menina e conclui que não é nada de grave.
Às dez da noite, quando Carlos se prepara para o baile de máscaras,
aparece Ega de Mefistófoles, dizendo que o Coehn o expulsara por ter
descoberto que ele era amante da sua mulher, Raquel Cohen. Ega está
tão alterado que quer desafiar Cohen para um duelo. No entanto,
Carlos chama-o à razão. No dia seguinte, surge uma criada de Raquel
anunciando que ela tinha apanhado um tareia do marido, a seguir
fizeram as pazes e nesse mesmo dia partiam para Inglaterra. Perante
isto, Ega dorme nessa noite no Ramalhete e decide deixar Lisboa.
A pouco e pouco, Carlos vai ficando íntimo dos condes de Gouvarinho,
iniciando um relacionamento amoroso com a condessa.

Capítulo X Passam-se três semanas. Carlos começa a fartar-se da relação com a


(intriga principal) Gouvarinho e quer libertar-se. O seu pensamento continua sempre
voltado para Maria Eduarda. Combina com Dâmaso, no Ramalhete, levar
os Castro Gomes a ver as coleções de Craft, nos Olivais, mas tal projeto
não se concretiza, pois o Castro Goes partira para o Brasil em negócios.
Chega o dia das corridas de cavalos, o acontecimento social que junta a
elite lisboeta. Carlos encontra a Gouvarinho que lhe propõe um encontro
secreto em Santarém, uma vez que ela ia de viagem para o Porto, para
visitar o pai que estava doente.
Num clima de apatia, fazem-se apostas. Todos apostam e Minhoto,
exceto Carlos, que aposta em Vladimiro e vence. Todos comentam.
As corridas são uma tremenda vergonha nacional porque acabam todos
zangados, havendo pancadaria. No fundo, os portugueses só queriam
mostrar os seus belos fatos, imitando o que se fazia no estrangeiro, não
estando preparados para isso.
Como sempre, Carlos procura Maria Eduarda com o olhar, encontra
Dâmaso que o informa de que Castro Gomes deixara a mulher sozinha
por três meses. Carlos fica secretamente contente e discute com a
Gouvarinho, acabando, no entanto, por aceder ao seu desejo deo
encontro em Santarém.
Carlos toma conhecimento de que Maria Eduarda alugara uma casa à
mãe de Cruges, na Rua de S. Francisco, e, com o pretexto de visitar o
amigo, vai ate lá mas não a encontra. De regresso ao Ramalhete, Carlso
recebe uma carta da Srª Castro Gomes, pedindo-lhe que a visite no dia
seguinte, por ter «uma pessoa da família que se achava incomodada».
Carlos anima-se.

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Capítulo XI Carlos vai visitar a Srª Castro Gomes e descobre o seu nome, Maria
(intriga principal) Eduarda. Desta vez, quem estava doente era Miss Sara, a governanta,
tinha bronquite. Carlos compromete-se a acompanhá-la diariamente.
Essa era a noite do encontro com a Gouvarinho, no entanto, o marido
decidiu acompanhá-la até ao Porto, o que deixou Carlos feliz,
descartando-se dela. Também se vê livre de Dâmaso que, devido à
morte de um tio, parte para Penafiel.
Devido à doença de Miss Sara, nas semanas seguintes, Carlos vai-se
familiarizando com Maria Eduarda, tendo ambos longas conversas.
Entretanto, Dâmaso volta de Penafiel e vai visitar Maria Eduarda.
Depara-se com Carlos com «Niniche» (a cadelinha) ao colo, a qula lhe
rosna e ladra, deixando Dâmaso zangado e cheio de ciúmes de Carlos,
chegando mesmo a pedir-lhe explicações.
Os Cohen chegam de Inglaterra e Ega está em Celorico da Beira.

Capítulo XII Ega regressa de Celorico, instalando-se no Ramalhete. Informa Carlos


(intriga principal) de que os Gouvarinho os convidaram para jantar. Durante esta refeição
a Gouvarinho não esconde que tem conhecimento do relacionamento
de Carlos com Maria Eduarda. O ambiente suaviza-se pela irreverência
de Ega. Entretanto, a condessa alega que o filho está indisposto e leva-
o até aos aposentos onde o beija apaixonadamente, tentando
reconciliar-se.
No dia seguinte, terça-feira, após um encontro escaldante com a
Gouvarinho na casa da «titi», Carlos chega atraso a casa de Maria
Eduarda. No decorrer da conversa, Domingos, o criado, anuncia
Dâmaso, mas Maria Eduarda recusa-se a recebê-lo, o que o deixa
furioso. Maria Eduarda fala a Carlos numa possível mudança de casa e
ele pensa logo na casa de Craft, decidindo comprá-la. Carlos deixa
escapar que a «adora» e, depois de uma troca de olhares, beijam-se.
Na quarta-feira, Carlos faz negócio com Craft.
Ega mostra-se magoado com os segredos de Carlos, mas este acaba
por lhe contar que se apaixonou e se envolveu com Maria Eduarda. Ega
percebe que se trata de um «grande amor (…). Absorvente, eterno, e
para bem ou para o mal tornando-se daí por diante, e para sempre, o
seu irreparável destino».

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Capítulo XIII Ega informa Carlos de que Dâmaso anda a difamá-lo a ele e a Maria
(intriga principal) Eduarda. Carlos, furioso, ao encontrá-lo na rua, ameaça-o. Iniciam-se
os preparativos para a mudança de Maria Eduarda para os Olivais.
No sábado, Maria Eduarda visita a sua nova casa nos Olivais. Depois da
visita e do almoço, Carlos e Maria Eduarda envolvem-se fisicamente,
entregando-se um ao outro.
No domingo é o aniversário de Afonso da Maia e todos os amigos da
casa estão presentes. Descobre-se que Dâmaso namora com a Cohen.
A Gouvarinho aparece, querendo falar com Carlos, e acabam por
discutir sobre a sua ausência. É o fim do relacionamento amoroso.

Capítulo XIV Afonso parte para Santa Olávia e Carlos fica sozinho no Ramalhete,
(intriga principal) pois Ega parte para Sintra (e, curiosamente, os Cohen também). Maria
Eduarda instala-se nos Olivais («A Toca») e Carlos passa a frequentar a
casa diariamente. O casal pretende fugir para Itália, mas Carlos pensa
no desgosto do avô. Carlos arrenda uma casa perto da nova morada de
Maria Eduarda.
Chega setembro. Craft, regressado de Santa Olávia para o Hotel
Central, diz a Carlos que o avô lhe pareceu desgostoso por ele não ter
aparecido por lá. Assim, Carlos decide ir visitar o avô, mas antes leva
Maria Eduarda a conhecer o Ramalhete. Esta refere que, às vezes,
Carlos lhe faz lembrar a sua mãe e conta-lhe a sua história: a mãe era
uma senhora da Ilha da Madeira que casara com um austríaco e de
quem tivera uma filha que morrera em pequena.
Uma semana depois, Carlos regressa de Santa Olávia e fala com Ega,
que voltara de Sintra. Nessa coite, Castro Gomes aparece no
Ramalhete, com uma carta anónima que lhe tinham mandado para o
Brasil, dizendo que a sua mulher tinha um amante, Carlos da Maia.
Castro Gomes conta-lhe que não é marido de Maria Eduarda, nem pai
de Rosa, e que apenas vivia com ela. Diz-lhe também que se vai embora
de Portugal e que Maria Eduarda se chama Madame Mac Green.
Furioso pela mentira de Maria Eduarda, Carlos decide confrontá-la.
Esta, a chorar, pede a Carlos que lhe perdoe, não lhe tinha contado por
recear perdê-lo. Conta-lhe, então, a sua verdadeira história: devido à
vida desregrada da mãe, Maria Eduarda fugira e com o irlandês Mac
Green, do qual teve uma filha, Rosa. Iam casar, mas ele morreu numa
batalha contra os alemães. E ela ficara com Rosam sem recursos, com
a mãe doente. Trabalhara, em Londres dera aulas de piano, mas nada
resultava e via Rosa passar fome. Foi Castro Gomes que as levou para
Paris e as salvou.
Carlos pede-a em casamento.

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Capítulo XV Após Maria Eduarda contar detalhadamente a Carlos, Ega relata tudo
(intriga principal) ao seu amigo Ega. Este aconselha-o a esperar que o avô morresse para
se casar, pois Afonso estava velho e débil e não aguentaria o desgosto.
Carlos e Maria Eduarda começam a dar jantares nos Olivaise todos os
amigos de Carlos a conhecem.
Mais tarde, Calos, através de Ega, tem conhecimento de um artigo de
«A Corneta do Diabo», que o difama, denunciando o passado de Maria
Eduarda e a sua relação com ela. Carlos, furioso, decide matar o autor
do artigo; descobre, depois, com a ajuda de Ega, que o editor do atyigo,
Palma Cavalão, o tinha feito a pedido de Dâmaso e de Eusebiozinho..
Palma entrega as provas a Ega. Carlos manda os seus padrinhos, Eg e
Cruges, pedir a honra ou a vida a Dâmaso. Este acaba por ser obrigado
por Ega a escrever uma carta desculpando-se, na qual afirmava estar
embriagado quando difamara Carlos. Quando Ega o Vê com Raquel,
decide publicar a carta no jornal «A Tarde». Dâmaso, envergonhado,
parte para Itália.
Afonso regressa de Santa Olávia, Carlos abandona a casa que
arrendara e Maria Eduarda volta para a casa da Rua de S. Francisco.
É também neste capítulo que Carlos vê ao longe o Sr. Guimarães, tio
de Dâmaso.

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Capítulo XVI Carlos e Ega vão ao Sarau da Trindade ouvir Cruges (que toca e não é
(intriga principal) apreciado) e Alencar (que declama poesia e é aclamado), que atuam
nessa noite. Ouvem igualmente o discurso de Rufino sobre a caridade
e a família real (que estava ausente neste encontro social de
beneficência). Ega conhece o sr. Guimarães, tio de Dâmaso, que vivia
em Paris e trabalhava num jornal. Interroga Ega sobre a questão da
carta escrita por Dâmaso, coagido por Ega.
Mais tarde, quando Ega regressava ao Ramalhete, Guimarães
aparece dizendo que tem um cofre da mãe de Carlos para entregar à
família. Nesse momento, Ega descobre que Carlos tem uma irmã,
porque o sr. Guimarães diz que o cofre pode ser entregue a Carlos
«ou à irmã», tendo já avistado Ega, Carlos e a irmã, Maria Eduarda,
numa caleche. Guimarães conta então a Ega o passado de Maria
Monforte, inclusive a mentira que ela dissera à filha sobre o seu pai,
revelando que Pedro é pai de Maria Eduarda. Fala também da fuga da
Monforte com Tancredo , da filha que eles tiveram e morrera em
Londres, e da educação de Maria Eduarda num convento. No final,
Guimarães entrega o cofre a Ega que, chocado com a verdade, pede
ajuda a Vilaça para contar tudo a Carlos.

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Capítulo XVII Ega e Vilaça abrem o cofre da Maria Monforte e encontram uma
(intriga principal) carta para Maria Eduarda na qual ela revela a verdade à filha: Pedro
da Maia é o seu pai.
No dia seguinte, confrontam Carlos com a situação. Aflito, Carlos
procura o avô e conta-lhe tudo, na esperança de que este possa
desmentir a história. Afonso acaba por confirmar e, em segredo, diz
a Ega que sabe que Carlos tem um caso com Maria Eduarda.
Carlos vai ter com Maria Eduarda para lhe contar a verdade, no
entanto, não é capaz, cometendo incesto conscientemente.
Continuava a amá-la. No entanto, progressivamente, compreende
que o amor dará ligar ao repúdio, ao «nojo físico».
Afonso da Maia percebe que Carlos continua a encontrar-se com
Maria Eduarda e sofre um enorme desgosto. Ega, furioso com o
comportamento do amigo, confronta-o e ele decide, então, partir
no dia seguinte para Santa Olávia.
Contudo, na manhã seguinte, avisado por Batista (o seu criado),
Carlos encontra o avô aparentemente desmaiado no jardim. Na
verdade, estava morto. Destroçado e culpabilizando-se pelo
ocorrido, Carlos pede a Ega que trate do funeral e que envie a Maria
Eduarda um recado dando-lhe a notícia.
Após o enterro, Carlos parte para Santa Olávia e Ega fala com Maria
Eduarda aconselhando-a a ir para Paris, sendo-lhe garantida a sua
parte na herança.

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Capítulo XVIII Passam-se semanas. Sai na «Gazeta Ilustrada» a notícia da partida de


(intriga Carlos e Ega numa longa viagem pelo mundo: Londres, Nova Iorque, China,
principal) Japão. Um ano e meio depois, Ega regressa trazendo consigo a ideia de
escrever um livro, Jornadas da Ásia , e contando que Carlos ficara em Paris,
onde alugara um apartamento, pois não desejava regressar a Portugal.
Dez anos depois, Carlos regressa a Lisboa, mas não sem antes passar por
Santa Olávia. Carlos almoça no Hotel Bragança com Ega, que lhe conta as
novidades: a mãe dele morrera e a Gouvarinho herdara uma fortuna da
tia. Entretanto, aparecem Alencar e Cruges, que falam dos anos que
passaram: Alencar cuidava agora da sobrinha, pois a sua irmã morrera, e
Cruges escrevera uma obra cómica, a «Flor de Sevilha», que lhe valera o
merecido reconhecimento; Craft mudara-se para Londres; o marquês de
Souzela morrera; D. Diogo casara-se com a cozinheira; o general Sequeira
fora morto; Taveira continuava na mesma; Steinbroken era agora Ministro
em Atenas. Após combinarem um jantar, Ega e Carlos vão visitar o
Ramalhete. Pelo caminho, encontram Dâmaso, que casara com a filha mais
nova de um comerciante falido e que, para além de ter de sustentar toda
a família, sofria a traição da mulher. Aos poucos, Carlos toma consciência
do novo Portugal, ainda mais decadente do que há 10 anos. Veem Charlie
(filho da condessa de Gouvarinho), já um homem, e encontram Eusébio,
que fora obrigado a casar com uma «aventesma», pois o pai dela
apanhara-os a namorar.
No Ramalhete, a maior parte das decorações (tapetes, estátuas…) tinham
sido ou estavam a ser despachadas para Paris, onde Carlos planeava ficar
para sempre. Carlos relembra Maria Eduarda e conta a Ega que recebera
uma carta dela. Relatava-lhe que ia casar com um tal de Mr. De Trelain e
que tinha comprado uma quinta em Orleães, «Les Rosières». É o final da
história para ambos.
Passam pelo escritório de Afonso, o que lhes traz tristes recordações, e
constatam que não vale a pena viver. Por mais que se lute para mudar a
vida, não vale a pena o esforço, porque tudo são desilusões e poeira:
«Nada recear e nada desejar… Não se abandonar a uma esperança – nem
a um desapontamento.» Quando saem do Ramalhete, constatam que
estavam atrasados para o jantar e, ao verem o «americano» (meio de
transporte), correm atrás dele…

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