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Frei Luís de Sousa,


O que é a filosofia?
de Almeida Garrett
Frei Luís de Sousa – estrutura da obra
Frei Luís de Sousa – estrutura da obra
Frei Luís de Sousa – estrutura da obra
Contextualização histórico-literária
O contexto histórico interliga-se com o contexto literário.

O triunfo das ideias liberais na Europa e a afirmação da liberdade nacional foram acompanhados,
no século XIX, por um movimento literário
Romantismo

• a apologia da transformação da sociedade • a redescoberta das raízes culturais e históricas,


como afirmação da nação

• os temas: exílio, liberdade, experiência pessoal • a defesa de uma literatura nacional

• a valorização do indivíduo e a expressão de


emoções
A dimensão patriótica e a sua expressão simbólica
Patriotismo e A batalha de Alcácer Quibir e o incêndio do palácio de Manuel de Sousa Coutinho revelam a força e a resistência
nacionalismo dos portugueses face ao domínio e opressão filipina.
• D. João de Portugal é símbolo da pátria cativa, sem identidade, e do povo oprimido, representado através da
expressão “Ninguém”.

• Manuel de Sousa Coutinho, símbolo do patriotismo, da nobreza de carácter e da liberdade de pensamento e de


escolha, patente no incêndio do seu próprio palácio.

• Telmo e Maria, símbolos do Sebastianismo e da voz popular, não aceitam o domínio filipino.
Símbolos
• Os retratos são símbolos da pátria:
– o de Manuel de Sousa Coutinho, devorado pelas chamas, e o de D. João, iluminado pelo fogo, pressagiam o
futuro trágico: dois heróis, patriotas, derrotados;

– o de Camões (o expoente máximo das letras) e o de D. Sebastião (o esperado libertador do domínio filipino).

– Os palácios, símbolos do Portugal velho e do novo Portugal.


O Sebastianismo: história e ficção
História Sebastianismo – crença que se transformou em mito, originada
pelo desaparecimento de D. Sebastião na batalha de Alcácer
• o desaparecimento Quibir. Este acontecimento deu origem à convicção de que o rei
regressaria para libertar os portugueses do domínio filipino.
do rei D. Sebastião
Ficção
• a perda da
independência
• a história de uma família
nobre portuguesa Nota: A presença da História na ficção contribui para adensar o
clima trágico: se um desaparecido na batalha pode voltar –
D. Sebastião –, D. João de Portugal também pode.
Recorte das personagens principais
D. Madalena de Vilhena – Personagem romântica, emotiva, insegura, instável e supersticiosa.

Manuel de Sousa Coutinho – Figura heroica de recorte clássico, racional, patriota, íntegra e pragmática.

Maria de Noronha – Personagem idealizada, romântica, curiosa, idealista, perspicaz e débil.

Telmo Pais – Comentador da ação, crítico, confidente preocupado, fiel, amigo e sebastianista, assume o papel do
coro da tragédia clássica, fazendo juízos morais e críticos.

Frei Jorge – Clérigo, racional, bom ouvinte e bom conselheiro.

D. João de Portugal – Personagem trágica, mártir, enigmática, solitária


e austera, representa o destino.
A dimensão trágica
A dimensão trágica é marcada desde o ato I até ao ato III por:

• agouros e presságios, sobretudo por parte de Telmo Pais;

• indícios trágicos, como a sexta-feira, o incêndio do palácio (hybris – desafio) e a destruição do retrato de Manuel de
Sousa Coutinho;

• mudança de espaços, do palácio de Manuel de Sousa Coutinho para o palácio de D. João de Portugal (ananké –
destino);

• concentração temporal e espacial (ananké – destino);

• aparecimento (clímax – ponto culminante) e reconhecimento do Romeiro (anagnórise), separação do casal


(catarse) e morte física de Maria (catástrofe – desenlace trágico).
Linguagem, estilo e estrutura
• pontuação expressiva: a frequência do uso de reticências e de pontos de exclamação a sugerir a tensão
emocional e dramática;

• as interjeições e locuções interjetivas a exprimir a ansiedade e a angústia das personagens;

• frases inacabadas a traduzir as hesitações ou a intensidade das emoções


das personagens;

• monólogos pouco extensos e diálogos vivos.


Linguagem, estilo e estrutura
Drama romântico Tragédia clássica

• valores românticos: amor, ser humano • valores clássicos: mitologia, destino e deuses;
e liberdade;
• elementos da tragédia;
• elementos da tragédia;
• unidade de ação, tempo e espaço;
• unidade de ação, tempo e espaço;
• escrito em verso;
• escrito em prosa;
• personagens de estirpe elevada.
• personagens de diferentes classes sociais.

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