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principal, e será este capítulo que iremos falar sobre, pp.511-589. Durante este,
Maria Eduarda conta a Carlos a história da sua vida.
Maria Eduarda, como todos de nós sabemos, é uma personagem que ocupa um
lugar de relevo, designadamente, na intriga incestuosa. Sem uma descrição prévia
e pormenorizada por parte do narrador onisciente, a imagem de Maria Eduarda é
construída progressivamente no relato, por meio de caracterização direta e
indireta, dependente dos olhares, inquirições, dúvidas e revelações de outras
personagens.
Maria Eduarda encarna a heroína romântica, perseguida pela vida e pelo destino,
mas que acaba por encontrar a razão da sua vida, no amor. Ela é vítima do seu
passado, das circunstâncias em que cresceu e viveu, que se encaixam na ética do
naturalismo, mas o facto de ser a própria personagem a narrar o seu percurso
afasta a mesma de alguns dos preceitos estruturais do naturalismo.
Este percurso, como já disse, que é descrito pela mesma e que eu irei resumir um
pouco: