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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA

CAMPUS DUTRA SÃO JOSÉ DOS CAMPOS


INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO
LETRAS- LICENCIATURA LÍNGUA PORTUGUESA E INGLESA

ATIVIDADES COMPLEMENTARES
RELÁTORIOS

2 semestre

NOME: LETÍCIA MARIA DOS SANTOS RA: C0070H0

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS


2018
ATIVIDADES COMPLEMENTARES

Filme: O diário de Anne Frank – 2horas

Relatório:

‘O Diário de Anne Frank’, publicado originalmente em 1947, se tornou um dos


relatos mais impressionantes das atrocidades e horrores cometidos contra os
judeus durante a Segunda Guerra Mundial. A força da narrativa desta
adolescente que mesmo com sua pouca experiência de vida foi capaz de
escrever um testemunho de humanidade e tolerância a tornaria uma das
figuras mais conhecidas do século XX. Agora, seis décadas após ter sido
escrito, o diário é finalmente publicado na íntegra. A nova edição traz um
caderno de fotos, além de vários trechos inéditos.

O livro reconstrói os tensos anos em que a família Frank viveu em Frankfurt,


em clima de total antissemitismo, a fuga da Alemanha e a vida no esconderijo,
em Amsterdam. Com fotos e cartas inéditas obtidas junto a parentes e amigos,
esta edição finalmente revela mais sobre a jovem Anne Frank, sobre sua
família, o ambiente social em que ela cresceu, sua vida antes e depois da fuga
e sobre seus últimos setes meses de vida — depois de ter sido traída,
capturada pelos nazistas e enviada a um campo de concentração.

Conhecido em todo o mundo através do teatro, adaptações para televisão e


traduções, ‘O Diário de Anne Frank’, incrível documento humano, continua a
chocar e a emocionar. Ele assinala passagens de uma vida insólita, problemas
da transformação da menina em mulher, o despertar do amor, a fé inabalável
na religião e, principalmente, revela a nobreza fora do comum de um espírito
amadurecido no sofrimento.

‘O Diário de Anne Frank’ é um retrato da menina por trás do mito. Um livro que
aprofunda e aumenta nossa compreensão da vida e da personalidade de um
dos fortes símbolos da luta contra a opressão e a injustiça. Uma obra que deve
ser lida por todos, para evitar que barbaridades dessa natureza voltem a
acontecer neste mundo.

Imagem:
Livro: Iracema – 2 horas

Relatório:

O encontro se dá quando Iracema está descansando em sua cabana e se


assusta com a imagem de um guerreiro desconhecido, dando-lhe uma flechada
no ombro. O tal guerreiro, Martim, fica sem reação ao ataque e Iracema, que
percebe que Martim não fará nada contra ela, levanta para acudi-lo.

Juntos, vão a tribo de Iracema, os Tabajaras, onde são recebidos


pelo Pajé Araquém que, para bem recebê-lo, leva índias até ele. Martim as
recusa e decide ir embora, mas Iracema não deixa. Ambos passeiam pelo
bosque e acabam se aproximando.

Ao voltarem para a cabana, Martim decide ir embora levando uma rede que
Iracema lhe deu como presente. O primeiro beijo acontece entre os dois.
Porém, ao partir, Martim descobre que uma tribo inimiga está atrás dele. Neste
momento, Martim sente seu coração dividido entre Iracema e a mulher loira
que amava em sua tribo.

Martim e Iracema passam sua primeira noite juntos.Logo, ele precisa ir embora,
mas Iracema decide acompanhá-lo, levando-o até seu amigo Poti, que guiará
os dois pelo caminho. A paixão de Martim por Iracema leva-o a escolher ficar
com ela, estabilizando uma cabana para os três em uma tribo amiga. Lá vivem
bem e felizes, até Iracema engravidar. Uma guerra da tribo de Martim leva-o
junto para longe, levando Poti consigo. Ao voltar da guerra, a saudade de sua
terra natal domina Martim, levando seu pensamento para longe de Iracema.

Grávida e com saudades de seu marido, Iracema decide sair após o parto para
procurá-lo, e descobre que ele retornou à guerra. Ela recebe a visita de seu
irmão Caubi, que conhece seu sobrinho.

Contudo, cheia de tristeza e saudade de Martim, Iracema para de produzir leite


e não consegue mais amamentar seu filho. Quando Martim retorna da guerra,
conhece seu filho, que é chamado de Moacir. Logo em seguida, Iracema morre
em profunda solidão.
Imagem:
Filme: O Caçador de Pipas – 2 horas

Relatório:

 A história se inicia na década de 70 no Afeganistão, na época da monarquia, e


conta a história de dois garotos, Amir e Hassan, que cresceram juntos desde
pequeninos.Amir é rico e nem um tanto corajoso e Hassan que não sabe ler,
nem escrever, demonstra coragem e dignidade o tempo todo. Apesar das
diferenças os dois apresentam uma união muito forte. No inverno de 1975,
durante um campeonato de pipas, Hassan dá a chance de Amir ser um grande
homem, mas este acaba não enxergando sua redenção. Após uma invasão
soviética no Afeganistão, Amir acaba indo com seu pai para os Estados
Unidos. Muito tempo depois Amir volta para sua terra natal, que estava
totalmente diferente,destruída pelo regime Talibã. Essa sua volta faz com que
ele resgate todo o seu passado e ainda lhe dá uma chance de ser bom
novamente.

A história é totalmente cativante e bastante reflexiva, pois nos faz perceber o


verdadeiro valor de uma amizade, das pessoas que estão ao nosso redor e que
devemos valorizá-las, mostrando assim o contexto entre Amir e Hassan que
eram amigos desde a infância, porém Hassan sempre foi fiel à ele, e mostrou
sua dignidade até o fim.

Imagem:
Livro: Dom Casmurro – 2 horas

Relatório:

A obra de Machado de Assis, Dom Casmurro, nome criado por Bentinho, ou


seja, dado a ele mesmo, traz o protagonista principal, Bento Santiago, chamado
frequentemente por Bentinho como narrador da própria história. Contando suas
lembranças e marcas que o tornaram frio, infeliz e sarcástico. A obra se divide
em capítulos pequenos, contados em partes que formam um todo completo e
objetivo, mas os capítulos se tornam confundíveis ao leitor por alguns
argumentos serem relatados nos seguintes capítulos como “Você lembra do
capítulo?” dando continuidade ao fato.

O foco narrativo dá-se em primeira pessoa. Bentinho, que à altura em que


escreve já é Dom Casmurro, narra a história de sua vida, todas as suas
vivências e acontecimentos pessoais. É o seu lado da história, sua dor, suas
perdas. Não temos a versão de Capitu nem de qualquer outro personagem, o
que contribui diretamente sobre a questão da veracidade dos fatos. Capitu é
filha do Sr. Pádua e D. Fortunata, é caracteristicamente descrita como
dissimulada e possuidora de malícia. Aparentava ser perfeita, assim como está
em um trecho da obra, uma parte que Bentinho a descreve apaixonado:

“Não podia tirar os olhos daquela criatura de quatorze anos, alta, forte e cheia,

apertada em um vestido de chita, meio desbotado. Os cabelos grossos, feitos

em duas tranças, com as pontas atadas uma à outra, à moda do tempo,

desciam-lhe pelas costas. Morena, olhos claros e grandes, nariz reto e

comprido, tinha a boca fina e o queixo largo. As mãos, a despeito de alguns

ofícios rudes, eram curadas com amor; não cheiravam a sabões finos nem

águas de toucador, mas com água do poço e sabão comum trazia-as sem
mácula. Calçava sapatos de duraque, rasos e velhos, a que ela mesma dera

alguns pontos”. Capitu era uma moça totalmente diferente do ideal romântico da

época. Forte, inteligente, esperta. Foi ela quem “tramou” a saída de Bentinho do

Seminário. Moça pobre, conseguiu mostrar que poderia ser muito mais ao casar

com o rapaz rico e assim desafiar a sociedade. Não era comandada por

ninguém, sempre deu as cartas em seu relacionamento. Seus “olhos de

ressaca” dão a ideia de que ela era capaz de tragar alguém para dentro de si,

tal qual o mar em dia de ressaca. Quase tragou Bentinho, e na concepção

deste, tragou Escobar. Capitu traiu Bentinho? Eis a questão e que transcorre na

história. 

Imagem:
Filme: O pequeno príncipe – 2 horas

Relatório:

O filme retrata a estória de uma mãe que no anseio de garantir o melhor futuro
para sua filha programa a vida da filha de forma rígida e metódica. A menina
tem toda a sua vida programada.

Cabe aqui uma primeira reflexão que o filme nos provoca. Em nossa sociedade
cada vez mais competitiva, os pais tendem a preencher todos os mínimos
horários do dia com atividades voltadas para uma boa preparação para o
futuro. O filme retrata esta característica de forma exagerada, caricaturada
justamente para chamar a atenção.

Acredito que devemos pensar no futuro e oferecer educação e disciplina aos


nossos filhos mas sempre lembrando que são crianças e possuem o direito de
brincar, explorar sua imaginação que nesta idade está no seu auge. Dar
liberdade para experiências novas e não programadas.

Voltando para a estória, para se prepararem para a prova de admissão em uma


renomada escola, elas se mudam para de casa e conseguem alugar uma casa
padrão por um valor incrivelmente acessível.

Não demora muito para percebermos o porquê do valor baixo do aluguel. Seu
vizinho é um senhor idoso, aviador, que age fora dos padrões tradicionais,
cheio de imaginação e autenticidade. Na primeira noite, uma hélice
desgovernada invade a casa da família que acabou de se mudar. Dessa forma,
a menina acaba conhecendo este velhinho simpático e cheio de estilo.
No inicio do relacionamento, a menina resiste ao convívio do velhinho, mas
este, ao ver a menina concentrada em sua mesa de estudo, envia um
aviãozinho feito com uma folha de papel contendo o inicio da estória do
Pequeno Príncipe.

É neste ponto que o filme intercala as estórias e, assim como, a estória do


Pequeno Príncipe cativou milhões de pessoas no mundo inteiro, também
encanta a pequena menina que não resiste e se aproxima do simpático
velhinho para saber mais da estória.
A partir deste convívio a menina acaba se divertindo muito e readquire a alegria
e a imaginação que estavam inibidas pelo modo de vida imposto pela mãe.

Uma característica interessante no filme é o contraponto de cores entre a


sociedade e os momentos com o velhinho e nas imaginações. No mundo real,
é tudo monocromático, triste, enfadonho, meio depressivo. As pessoas andam
todas cabisbaixas, seguindo uma rotina sem fim, com se parte de uma
engrenagem automática, mecânicas. Já nas partes com o velhinho, as cores se
tornam vivas e alegres, há emoção pura no velhinho que não se limita a rotina
e se permite sonhar e ousar.

Um último aspecto que quero abordar é o fato de o próprio Pequeno Príncipe


ter sucumbido ao meio e ter se tornado um adulto como outro qualquer. Ao se
lembrar de como era, ele readquire toda sua imaginação e alegria de viver.

Imagem:
Livro: O tempo e o vento – 2 horas

Relatório:

Um dos traços mais marcantes da obra de Érico Veríssimo é sua complexa


relação com a história. Na primeira narrativa de O Continente o narrador
apresenta diversos aspectos  das missões jesuíticas do sul do Brasil. Ana
Terra e Um Certo Capitão Rodrigo também dão continuidade à abordagem de
episódios  fundamentais da história do Rio Grande do Sul, conflitos internos
como a Guerra dos Farrapos e externos como os que ocorreram em relação a
países vizinhos funcionam como pano de fundo das narrativas ficcionais.
Do ponto de vista da linguagem, a obra também apresenta elementos bastante
interessantes, o autor procura reproduzir traços da mestiçagem linguística da
região na época. As influências do espanhol e das línguas indígenas são
expostas nas falas dos personagens.  Outro mérito da obra de Veríssimo é a
construção de personagens absolutamente marcantes. O capitão Rodrigo,  por
exemplo, representa o protótipo do gaúcho forte e dos valores e características
que se espera dele. Já Ana Terra pode ser vista como um retrato da condição
feminina em um contexto marcado pelo machismo e pela violência. Dessa
forma, o autor constrói a partir do romance um interessante retrato da fundação
do Rio Grande do Sul, apresentando sua história e através dos personagens,
seu povo.

Imagem:
Filme: Emma 2 – horas

Relatório:

Emma é a filha mais nova do Sr Woodhouse, inteligente, bonita e decidida, pois


afirma que nunca vai se casar ou se envolver com alguém, mas que insiste em
ver a felicidade de todos e decide dar uma de cupido com base em um
relacionamento que ela supostamente acertou, e teve como consequência um
casamento muito vantajoso. O quê dessa história toda é que Emma é uma
péssima cupido!

Ví Emma como uma personagem que se faz de altruísta mas na verdade só


pensa nela mesma, não se importando com os sentimentos dos outros, sendo
egoísta. Apesar de inteligente, é uma garota totalmente errônea em
julgamentos, pois o que ela faz e muito é julgar alguém com base em suas
emoções e suposições.

Outra coisa que eu percebi nesse livro foram as várias faces dos personagens,
onde cada um via uma pessoa de um jeito e com uma perspectiva diferente,
mostrando que cada pessoa observa a outra de uma forma única, onde um
gosta, e o outro não muito, um ama e o outro despreza e assim por diante.
Tudo acontecia com base em impressões e julgamentos precipitados.

Como característica dos livros de Austen, vemos muito preconceito em relação


a classes sociais, ela não deixa de ironizar sobre como as pessoas julgam as
outras sem ao menos conhecer, como elas podem ser mesquinhas e invejosas
e viver de aparências.

Imagem:
Livro: Vidas secas 2 – horas

Relatório:

O livro narra a história de uma família de retirantes e de sua cachorra Baleia.


Fabiano, Vitória, Baleia e os dois meninos estão caminhando embaixo de um
sol escaldante. Famintos e sedentos, estão praticamente mortos, os urubus os
seguem, esperando o banquete. A seca pegou de jeito a região e eles
precisaram procurar esperança e vida em outro lugar. Mas não há nada além
de sol quente, animais mortos, fome e sede.

No meio do caminho, um dos garotos se entrega, desiste de viver e lutar, o pai


Fabiano o espanca, cogita deixá-lo para os urubus, mas volta a pensar e
carrega o rapaz, apesar de estar sem forças.

Após um tempo, encontram sombra. Baleia sai para caçar, volta com um preá
(parecido com o porquinho da Índia) e todos comem. Longe eles avistam
nuvens e a esperança retorna: vai chover! Haverá pasto! Haverá vida!
Instalam-se em uma fazenda abandonada e lá fixam morada. As chuvas vêm e
a vida floresce.

Nós vamos acompanhando o dia a dia dessa família bruta e não humanizada.
Fabiano é o mais bruto, um homem sem estudo, sem modos; criado no laço,
que só entende de bicho e superstição. Pouco entende da vida e de justiça, ou
do que é certo ou errado. Através dos seus pensamentos, percebemos que o
homem se assemelha mais com um animal do que com um ser humano em si.
Ignorante, não entende de negócios ou números, e acredita constantemente
que é roubado por seu patrão. Comunica-se mais por gestos e grunhidos do
que por palavras. Sua esposa sonha com uma cama, cria as crianças no laço e
com poucas explicações. As crianças, arteiras e curiosas, passam o dia com as
cabras e com a cachorra fiel.

Esse livro reflete bem o que é miséria e desespero. O que incomoda é o fato de
as pessoas estarem acostumadas àquela vida por não conhecerem outra, se
contentam com tão pouco, desejam tão pouco, pedem tão pouco da vida, e
sempre dependendo do clima para sobreviver.
Imagem:

UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA


CAMPUS DUTRA SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO
LETRAS- LICENCIATURA LÍNGUA PORTUGUESA E INGLESA

ATIVIDADES COMPLEMENTARES
RELÁTORIOS

1 semestre

NOME: LETÍCIA MARIA DOS SANTOS RA: C0070H0


SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
2019
Atividades complementares

Filme: Orgulho e preconceito – 2 horas

Relatório:

Orgulho e Preconceito é um dos romances mais icônicos do século XIX e Jane


Austen conquistou isso sem nos presentear com um único beijo. Com pouco
mais de 200 anos, com um enredo memorável, a história de Lizzie Bennet e
Mr. Darcy inspiraram milhares de romances, centenas de adaptações e até
novas abordagens dos temas que a autora trabalha nesta história. A obra
contém grandes críticas sociais, ainda mais eficazes quando analisamos a
época em que este livro foi escrito. Aqui também teremos muito da realidade
vivida pela própria autora.

A vida pacata e simples da Família Bennet começa a mudar quando Mr.


Bingley, acompanhado da irmã e melhor amigo, Mr. Darcy, decide passar uma
temporada no campo em Meryton, em uma propriedade muito próxima a dos
Bennet. Logo a presença de um dos cavalheiros mais jovem e rico da região é
notada e a Senhora Bennet vê a oportunidade perfeita para aproximar Jane,
sua filha mais velha, de Bingley, que logo se encanta pela jovem. Porém a boa
receptividade não atinge também Mr. Darcy, que desconfia e dispensa todos os
gracejos das pessoas do campo, por os considerar socialmente inferiores.

Sua postura não passa despercebida por Elizabeth, a segunda filha mais velha
da família. Com uma primeira impressão ácida, Mr. Darcy fere o orgulho de
Lizzie quando admite acha-la apenas “tolerável”. Muito inteligente e perspicaz
como ninguém, ela logo decide revidar na mesma moeda. Devido à
proximidade de Bingley e Jane, indiferente, Lizzie passa a impressionar Darcy
com sua espiritualidade e pelos diálogos encantadores que ela protagoniza
sempre que tem a oportunidade. É no protagonismo desse casal que
acompanharemos as diversas dificuldades e barreiras que Lizzie e Darcy
enfrentarão entre as idas e vindas que a vida lhes reservou.

Imagem:
Livro: Memórias de um sargento de milícia – 2 horas

Relatório:

O livro divide-se em duas partes, com pouco mais que vinte capítulos cada
uma. A narrativa, livre dos excessos metafóricos do Romantismo, aproxima-se
do gênero jornalístico. O narrador descreve todos os acontecimentos como se
estivesse sentado à mesa dialogando com os leitores, o que, somado aos
traços cômicos, torna a leitura leve e rápida.

A narrativa se passa na época de D. João VI, no início do século XIX. Logo no


princípio do enredo, temos acesso a um casal bem singular: o meirinho
Leonardo-Pataca e Maria das Hortaliças. Os dois se conhecem em um navio,
enquanto mudavam-se para o Brasil. Entretanto, quando chegam no país, a tal
Maria começa a sentir enjoos. 

Não demora muito para que se pudesse observar o resultado de tantas


"pisadelas e beliscões" entre os dois, e sete meses depois nascia Leonardinho,
o 'herói' desta história e nosso tão adorado protagonista. Desde cedo, o
pequeno Leonardo já provava levar jeito para a traquinagem. Não importava
quantos "passeios aéreos" que os pontapés de seu pai lhe proporcionava, ele
continuava sendo o terror da vizinhança.

Com nosso protagonista ainda muito pequeno, Maria (sua mãe) é flagrada pelo
marido com outro homem e acaba fugindo para Portugal. Depois disso, logo
Leonardo-Pataca também abandona o pequeno. Sendo assim, Leonardinho
acaba sendo criado pelo padrinho, um barbeiro experiente, com a ajuda da
madrinha, uma parteira respeitada.

Mesmo depois de desenvolver forte amizade por seu padrinho, Leonardinho


não abandona a traquinagem. Muito pelo contrário. Apesar de toda a boa
vontade do padrinho, que sempre o defendia e sonhava que o menino fosse
clérigo, o pequeno causava cada vez mais alarme na vizinhança.

Passam-se alguns poucos anos e concretizam-se os desejos das vizinhas, o


rapaz realmente não levava jeito para clérigo. Aliás, nem para qualquer outra
coisa. Tornou-se, portanto, um vadio. Porém, era 'babão' como seu pai
(Leonardo-Pataca), e a partir daí acaba se envolvendo em muitas confusões,
muitas vezes motivadas por mulheres.

A vizinhança também não escapa do olhar crítico do autor, que descreve como
as vizinhas geralmente tinham forte inclinação para fofocar sobre a vida alheia
e provocar discussões. Outro ponto interessantíssimo é como a polícia da
época se comportava,como perseguiam e prendiam as pessoas, abrindo
espaço para uma personagem muito importante na trama, o Major Vidigal.
Imagem:
Filme: Razão e sensibilidade – 2 horas

Relatório:

De início traz duas irmãs inocentes, cada uma presa a sua principal
característica, Elinor razão e Marianne sensibilidade. Com as primeiras
desilusões, as personagens descobrem que a vida não é simplesmente o amor,
a paixão e o casamento. A sociedade daquela época é um grande jogo de
interesses onde é preciso saber lidar com as verdades duras que a perda da
inocência pode revelar. Apesar de ser um romance, Jane Austen mostra a vida
de forma mais realista e menos fantasiosa. A obra nos leva a importantes
reflexões, sobre a vida, o amor e o ponto de equilíbrio entre a razão e
sensibilidade.

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Livro: Macunaíma – 2 horas

Relatório:

A partir dos temas folclóricos e mitológicos, Mário de Andrade cria uma nova
linguagem literária. Não apenas pelo tema, mas também com o uso de
provérbios e tentando aproximar-se o máximo possível da língua oral. O autor
chega a representar uma "gozação" de Macunaíma à forma culta de falar
dizendo que o povo "fala numa língua e escreve noutra", na "Carta pras
Icamiabas".

A obra tem um aspecto nacionalista, mas aponta também para os “defeitos” do


país. Consegue seguir a tendência literária mundial, mas imprime um tom
nacional e originário. Com isso, “Macunaíma” torna-se a melhor representação
das propostas do Movimento da Antropofagia (1928), iniciado por Oswald de
Andrade, que buscava equiparar a cultura brasileira às outras culturas de
prestígio. O Movimento Antropofágico tinha como pretensão aproveitar as
qualidades de outras culturas, mas transformá-las em algo verdadeiramente
nacional, por isso a metáfora de “comer” ou “devorar” o que vem de fora.

A descentralização da cultura é um dos objetivos do Modernismo e pode ser


percebida na obra de Andrade. O autor cumpre com tal corrente ao tratar do
nacionalismo em torno do verde-amarelismo, buscando os motivos indígenas,
folclóricos, nativos e americanos, contra a inspiração nos temas europeus.
Macunaíma também apresenta a “descentralização da cultura” na língua,
ilustrando "o vocabulário regional de todos os pontos do Brasil" com suas
frases feitas e provérbios de propriedade coletiva. Um dos principais valores do
livro é exatamente essa mistura linguística.

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Filme: Romeu e Julieta – 2 horas

Relatório:

Romeu e Julieta (1996) é uma adaptação moderna da historia que fez, e ainda
faz, o mundo inteiro suspirar ao ouvi-la. Dessa vez representado pela fala dos
personagens, que mesmo se passando nos anos 90 mantêm o diálogo original
escrito em 1870.

Mas há diferenças da história original, além da diferença na idade dos


personagens, pois não faria sentido hoje uma garota de 13 anos viver tal
romance. Além disso a rivalidade das famílias se dá por pertencerem a
gangues diferentes, que se odeiam. A cidade italiana, onde a violência tem
altos índices hoje em dia é o palco perfeito para a guerra entre as famílias.

Ele é interessante, traz de uma forma diferente um clássico que nunca sai de
moda. Traz para os dias de hoje, um amor do passado e mostra que algumas
coisas nunca mudam, como a força do amor dos dois personagens e a
ignorância das pessoas ao simplesmente não levar em conta o que os outros
sentem, por uma briga que nem deveria ser levada em consideração mais.

Imagem:
Livro: O cortiço – 2 horas

Relatório:

Inicialmente o livro nos apresenta a João Romão, um português que trabalhou


durante anos na venda de um outro português, que ao voltar para sua terra
natal, a deixou em sua responsabilidade.

A partir daí, vemos a busca incessante do novo proprietário em busca de


fortuna, ao passo em que vai cada vez mais se deixar ser consumido pela
avareza. Ao longo desse desejo de enriquecer, João irá se “amigar” com
Bertoleza, uma escrava que acabou de perder o companheiro (também
português).

A escrava começa então a se abrir para João, compartilhando dificuldades,


desejos e até mesmo a quantia que vem guardando para comprar sua carta de
alforria, com isso, ela e o português fazem uma parceria onde João se torna
uma espécie de banco, onde Bertoleza confia todas as suas economias.
Consumido pelo desejo de dinheiro e poder, João forja a carta de alforria da
escrava e usa suas economias para comprar alguns terrenos próximas a
venda. A partir daí iremos acompanhar a construção do cortiço.

A obra de Aluísio Azevedo é repleto de personagens com características


próprias cheias de significados e importância para a compreensão da história.
Como é o caso de Miranda, um rico português recém chegado ao Brasil, que
compra um sobrado vizinho das terras onde João está construindo o cortiço,
gerando uma rivalidade entre os dois personagens em consequência da
ambição de ambos envolvendo as terras que os separam.

Imagem:
Filme: O corcunda de Notre Dame – 2 horas

Relatório:

Passada em Paris, durante a época medieval, a narrativa tem lugar na Catedral


de Notre-Dame, a principal igreja da cidade durante o período. É lá que
Quasímodo, uma criança que nasceu com deformações no rosto e no corpo, é
abandonado pela família.

O personagem cresce se escondendo do mundo, que o maltrata e rejeita, e se


torna sineiro da catedral, a mando do arcebispo Claudde Frollo. Na época, a
capital parisiense estava repleta de cidadãos em situações extremamente
precárias, muitos dormiam nas ruas e pediam dinheiro para sobreviver.

O local não possuía nenhuma força policial, sendo apenas patrulhado por
alguns guardas do Rei e membros da nobreza que encaravam os mais
desfavorecidos com desconfiança, como um perigo social.

Imagem:
Livro: A hora da estrela – 2 horas

Relatório:

O romance vai ser narrador por Rodrigo S. M., que também é apresentado
como escritor. Ele é um dos elementos mais importantes do livro, fazendo uma
mediação entre os acontecimentos, os sentimentos de Macabéa e os seus
próprios. Antes de começar a contar a história de Macabéa, Rodrigo S. M. abre
o romance com uma dedicatória. Nela, o narrador faz uma profunda reflexão
sobre o ato de escrever. Ele sabe que a palavra tem papel fundamental não só
na escrita, mas no mundo.

A linguagem é tratada como performática, isso quer dizer que ela encerra
dentro de si o poder da ação. Com a consciência do poder da palavra, o
narrador começa uma série de questionamentos sobre o ato de escrever e
como contar a história de Macabéa.

O capítulo em questão se inicia com uma série de dedicatórias para os grandes


compositores de música clássica. Podemos entender nesse contexto que a
vibração, a linguagem antes da palavra, tem um papel muito importante no
livro. O inefável, aquilo que não pode ser dito é o grande foco de A Hora da
Estrela.

Rodrigo S. M. nos diz que ao longo de todo o romance existe um senhor


tocando violino na esquina. A música faz parte essencial da história, como
aquilo que não pode ser dito, apenas sentido.

O narrador mantém um papel fundamental ao longo de todo o romance, e não


apenas na dedicatória. Macabéa é uma pessoa simples, com pouca
consciência de si mesma. O narrador aparece como um mediador dos
assuntos internos de Macabéa.

Em um movimento que vai do seu psicológico para a da personagem e vice-e-


versa, o narrador consegue criar uma teia complexa de sentimentos e
pensamentos em um personagem aparentemente simples.

Imagem:
UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
CAMPUS DUTRA SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO
LETRAS- LICENCIATURA LÍNGUA PORTUGUESA E INGLESA

ATIVIDADES COMPLEMENTARES
RELÁTORIOS

2 semestre

NOME: LETÍCIA MARIA DOS SANTOS RA: C0070H0


SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
2019
Atividades complementares

Filme: Os três mosqueteiros – 2 horas

Relatórios:

Os Três Mosqueteiros, nova versão do clássico livro de Alexandre Dumas que


ganha personagens bastante inusitados. A começar pela grande novidade do
filme: um dirigível com casco de navio, uma máquina de guerra criada por
Leonardo Da Vinci que sobrevoa Paris e Londres em pleno século XVII.

O filme tenta inovar trazendo piadas relacionadas aos dias atuais com vários
personagens. Desta forma Aramis aparece dando multa pelo estacionamento
de um cavalo em local proibido, o costureiro do rei é cheio de trejeitos
afeminados, o próprio rei é extremamente afetado e pede conselhos amorosos
a D’Artagnan, há uma disputa velada entre a realeza da França e da Inglaterra
por quem está na dianteira da moda... Todos ícones dos dias atuais, que soam
estranho ao serem inseridos no universo de Dumas e, pior ainda, fazem com
que a história ganhe um ar de banalidade realçado ainda mais pela falta de
idealismo nos personagens. Culpa de outra mudança importante na história
clássica.

Imagem:
Livro: Os sertões – 2 horas

Relatório:

Em Os sertões, Euclides da Cunha usou uma linguagem grandiloquente e rica


em termos científicos, apresentou nessa obra, no qual o tema principal é
a Guerra de Canudos, um verdadeiro retrato do Brasil no fim do século XIX,
discutiu problemas que transcendem o conflito que ocorreu no interior da
Bahia.

A obra narrativa mistura literatura, sociologia, filosofia e história, geografia,


geologia, antropologia, por isso sua preciosidade e grandiosidade. O autor,
adepto do determinismo, teoria que afirma ser o homem influenciado
(determinado) pelo meio, pela raça e pelo momento histórico, dividiu Os
sertões em três partes, a saber: A terra (o meio), O homem (a raça) e A luta (o
momento).

Retratando minuciosamente movimento de tropas, o autor constantemente se


prende à individualidade das ações e mostra casos isolados marcantes que
demonstram bem o absurdo de um massacre que começou por um motivo tolo
Antônio Conselheiro reclamando um estoque de madeira não entregue escalou
para um conflito onde havia paranoia nacional pois suspeitava-se que os
“monarquistas” de Canudos, liderados pelo “famigerado e bárbaro Bom Jesus
Conselheiro” tinham apoio externo.

No final, foi apenas um massacre violento onde estavam todos errados e o lado
mais fraco resistiu até o fim com seus derradeiros defensores – um velho, dois
adultos e uma criança.

Imagem:
Filme: A bela tarde – 2 horas

Relatório:

A Bela da Tarde, desafia as convenções e as explicações objetivas. Sim, é


muito fácil dizer que Séverine (Catherine Deneuve) “transforma-se” na Bela da
Tarde, pois ela tem uma vida amorosa insatisfatória. É também simples usar
um curto flashback que Buñuel espertamente insere na obra para concluir que
“ela é assim, pois foi molestada quando criança”. Isso chega a ser engraçado,
como se crianças molestadas tivessem mais tendência de se transformarem
em prostitutas quando adultas ou que uma vida apática sexualmente levasse
alguém a se prostituir. E mesmo que uma coisa leve à outra, Buñuel trata do
assunto em tantas camadas que qualquer conclusão finalista pode até estar
filosoficamente correta, mas provavelmente não baterá com aquilo que o diretor
faz tão bem no filme: a mescla entre realidade e sonho, entre o real e o surreal.

Corta a cena e voltamos à realidade, com Séverine acordando de seu


pesadelo. Mas é pesadelo mesmo ou seria um sonho ou, talvez, seu desejo
mais profundo? São sequências como essa, perfeitamente inseridas na
narrativa sem que tenhamos pista se são acontecimentos reais ou não, que
balançam a percepção do espectador e que impedem conclusões precipitadas.

Imagem:
Livro: Auto da barca do inferno – 2 horas

Relatório:

O Auto da Barca do Inferno denúncias de corrupção na sociedade e na igreja,


empobrecimento do povo e busca por riquezas, e é composto por dois
personagens principais o Anjo e o Diabo, além destes há a presença do
companheiro do diabo e mais outras quinze personagens, o fidalgo, onzeneiro,
Joane, sapateiro, Frade e Florença, Brísida Vaz, judeu, corregedor e
procurador, enforcado e os quatro cavaleiros.

A obra trata da espera dos passageiros que vão discutir com diabo e o anjo,
que representam o bem e o mal para escolher qual barca merece pertencer a
partir dos princípios vindos da vida terrestre, todos os personagens queriam
participar da barca do anjo, pois seria o melhor lado, como retratam como o
paraíso, o lado bom. O diabo apresenta a missão de denunciar e desmascarar
os desmandos dos condenados. Corresponde a uma transgressão total de
valores a ponto de chamar atenção para o certo e o errado com a finalidade de
recuperar os valores esquecidos.

Imagem:
Filme: Auto da compadecida – 2 horas

Relatório:

A peça Auto da Compadecida é marcada pela linguagem oral, Suassuna


possui um estilo regionalista que pretende replicar com precisão a fala do
nordestino. Os personagens possuem um mesmo registro de fala, compatível
com o encontrado no ambiente do nordeste brasileiro, embora cada
personagem tenha o seu discurso único e particular.

Além da linguagem nordestina, convém lembrar uma série de elementos nos


quais o autor investe para causar um efeito de verossimilhança: a narrativa faz,
por exemplo, uso de objetos típicos nordestinos, figurinos habitualmente
usados por moradores da região e até mesmo replica cenários do sertão que
ajudam o espectador a imergir na história.

Os personagens humildes são vítimas da opressão provocada pelos coronéis,


pelas autoridades religiosas, pelos donos das terras e pelos cangaceiros.
Convém sublinhar que a peça é contada do ponto de vista dos mais humildes,
e é com eles que o espectador cria imediata identificação.

Aqueles que deveriam proteger os mais pobres - as entidades católicas


(representadas pelo padre e pelo bispo) - acabam demonstrando pertencerem
ao mesmo sistema corrupto e, por esse motivo, são tão satirizados quanto
todos os outros poderosos. João Grilo e Chicó representam o povo oprimido e
toda a peça é uma grande sátira da triste e cruel realidade nordestina. Apesar
do tema tratado por Suassuna ser denso, o tom da escrita é sempre baseado
no humor e na leveza.

A linguagem quase brincalhona, marcada pela espontaneidade, é uma das


características da prosa do escritor que agrega graça à peça. Outro aspecto
que colabora para o quesito é a construção dos personagens, que são muitas
vezes caricaturais, trazendo ainda mais comicidade à trama.

Imagem:
Livro: Senhora – 2 horas

Relatório:

Aurélia, personagem principal do livro Senhora, de José de Alencar, participa


da tríade do autor juntamente com Lucíola e Diva  em que representa o “perfil
de mulher” da sociedade brasileira através de uma visão romântica. Através
desse perfil, Alencar busca compreender os sentimentos e os motivos que os
impulsionam, através do relato minucioso dos pensamentos e ações da mulher.
Aurélia, sendo pobre, era frágil, meiga, compreensiva e sonhadora. Após a
decepção que teve com Fernando ao ser abandonada em troca de um
casamento por interesse, passa a ser fria, calculista e temperamental. Aurélia
faz questão de, por vaidade, mostrar à sociedade que é rica e dona de
Fernando.

Já Fernando inicia o enredo sendo um homem extremamente interesseiro e


sedutor que mesmo estando apaixonado por Aurélia, desmancha seu noivado
com ela para assumir compromisso com Adelaide, que era rica. Porém, ao se
casar com Aurélia e se sentir humilhado diante da situação, ocorre uma
transformação em sua personalidade. Para se transformar no par de Aurélia e
completar o romance com um desfecho feliz, essa mudança de comportamento
é necessária ao enredo. Fernando passa a ser um homem compromissado
com o trabalho e tem por objetivo principal devolver à Aurélia o valor
correspondente ao dote que recebeu, para assim ficar livre.

Senhora faz parte da fase literária que chamamos de Romantismo. Entretanto,


em várias passagens e através dos personagens do enredo, podemos notar
características pertencentes ao estilo do Realismo já se mostrando. Alencar faz
uma dura crítica ao costume da época em que casamento muitas vezes não
era visto como uma união de um casal apaixonado e sim como um negócio, em
que dotes são pagos.

Imagem:
Filme: Hamlet – 2 horas

Relatório:

Hamlet é mais de um personagem dentro de um só e enxergamos a sutil, que


oscila de um tom digno do herdeiro do trono para o de uma criança
desamparada pela perda do pai.

Ainda assim, apesar de todo o seu sofrimento e lealdade ao pai, Hamlet não é
retratado como uma simples vítima. Ele aos poucos se torna a peça central da
política daquele reino e acaba se distanciando do papel de herói. Afinal, seu
objetivo é a vingança, sem nobres motivos. Vemos isso claramente na cena
que o príncipe confronta Ophelia, pressionando-a contra o espelho.

A montagem precisa e, na maioria dos casos, simples, garante que não


estamos apenas assistindo um teatro filmado. Aliado à fotografia ganhamos
cenas que conseguem passar toda a carga dramática de cenas como a do
teatro, no qual o príncipe finalmente tem certeza das ações de seu tio. Uma
montagem que ganha agitação ao mesmo tempo que o personagem principal
se exalta, nos explicando mais do que os diálogos o que se passa na tela. E de
fundo: a trilha sonora, captando todo o tom da obra com exatidão, sem tirar a
força da imagem.

A adaptação de Branagh da obra de Shakespeare, embora requeira paciência


é altamente recompensadora. É um filme que se sustenta por si só ao mesmo
tempo que mantém uma fidelidade quase que completa ao material de origem,
com atuações magistrais e um ótimo roteiro merecedor de sua indicação ao
Oscar. Ao fim da projeção estaremos hipnotizados por todo o podre que assola
o reino da Dinamarca.

Imagem:
Livro: Capitães de areia – 2 horas

Relatório:

O livro mostra uma série de reportagem sobre os meninos. Eles são


conhecidos como “Capitães da areia”, e a história se direciona para mostrar a
vida individual deles. O chefe do grupo é Pedro Bala, um menino que é filho de
um grevista e segue a risca a ideologia do pai. Além de Pedro, outros
integrantes vão sendo apresentados ao longo da narrativa. Em nenhum
momento o autor tenta justificar os roubos, apenas apresenta ao leitor que o
meio e a condição de vida dos meninos influencia diretamente suas decisões.

Um dos personagens é o professor, um menino que sabia ler e passava as


noites lendo. Gato é outro personagem que compõe a trupe. No livro, ele é
descrito como muito bonito e vaidoso, e isso faz com os outros meninos do
bando se sintam ameaçados por ele. Durante a história, Gato se apaixona por
uma prostituta e passa a se relacionar com ela. Outro personagem de destaque
é Sem pernas, por ser manco, ele era utilizado como distração para a gangue
praticar os roubos. A única menina do grupo é Dora, que sofre por ser mulher e
órfã. Em certo momento da narrativa, Pedro Bala e Dora acabam sendo presos
por tomarem a culpa pelo bando todo. Após os Capitães da areia libertarem
Pedro, encontram Dora em um orfanato quase morta. Dora passa alguns dias
com os meninos e morre, o que é uma situação chave no roteiro. A partir da
morte dela, os meninos passam a trilhar caminhos diferentes e traçar seu
futuro.

Por ter um narrador onisciente (aquele que sabe de tudo), a leitura flui
facilmente. A escrita do autor te envolve rapidamente e te faz agarrar na
história desde o primeiro capítulo. A temática do romance é o descaso social,
que é mostrado com clareza ao longo da história. O assunto é abordado por
meio de falas das personagens ou comentários do narrador. Além disso, outro
ponto também muito citado é ausência da presença materna, no capítulo
“Família”. O menino Sem pernas entrava em casas ricas, dizia que era órfão e
pedia um lugar para morar. Depois que se instalava, ele chamava os Capitães
da areia para cometerem furtos. Neste capítulo, no entanto, o personagem
conhece pessoas que o acolhem como verdadeiro filho e fica balançado. No
fim, Sem pernas decide ser leal ao grupo e comete o roubo.

Imagem:

UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA


CAMPUS DUTRA SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO
LETRAS- LICENCIATURA LÍNGUA PORTUGUESA E INGLESA

ATIVIDADES COMPLEMENTARES
RELÁTORIOS

1 semestre

NOME: LETÍCIA MARIA DOS SANTOS RA: C0070H0


SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
2020

Atividades complementares

Filme: Bonequinha de luxo – 2 horas

Relatório:

A menina que toma café em frente à Tiffany, em Bonequinha de Luxo, é mais


do que uma insone excêntrica, ou mesmo ricaça esnobe. Ela é Holly, garota de
programa chique, bem vestida, sempre maquiada. Seu novo vizinho é um
escritor em permanente crise criativa, sustentado por uma mulher insatisfeita
sexualmente, e que não se importa em deixar trezentos dólares em sua
cômoda sempre que volta para casa pela manhã. Ou seja, tanto Holly como
seu vizinho Paul vendem seus corpos, ela em busca de glamour, este só
possível por meio do dinheiro, e ele para obter a subsistência que seu outrora
festejado talento não lhe garante mais. Blake Edwards, diretor famoso pela
comédia, não centraliza a prostituição, evitando que a eventual discussão
acerca da polêmica função tome de assalto a narrativa que, a bem da verdade,
não se propõe a isto. Bonequinha de Luxo é um legítimo filme de amor, de
encontros e desencontros.

Imagem:
Livro: Anjo negro – 2 horas

Relatório:

A peça teatral Anjo Negro, de Nelson Rodrigues, aborda um problema que


pouco era discutido no Brasil daquela época: a questão racial. O escritor
resolveu escrever a peça ao perceber o forte preconceito racial na sociedade
brasileira. Rodrigues identificava não apenas o preconceito do branco, mas
também do próprio negro.

Naquela época, o negro era sempre representado no teatro apenas como


figurante e sempre com tom de humor. Nelson Rodrigues criou um
personagem, Ismael, que tinha outro estereótipo: era médico, pertencia à elite,
mas ainda assim não deixava de sofrer com a questão racial. 

O preconceito faz com que o personagem busque a inserção na sociedade a


partir da negação da sua cor. Renega a sua mãe, por ser negra, e constitui
família com uma mulher branca, desfrutando do dinheiro e prestígio social que
sua profissão lhe trazia. Busca a ascendência social ao se formar em medicina,
mas não busca a valorização da sua cor, passa a se sentir branco, e, como
branco, também passa a discriminar os negros. 
Na peça, a violência está presente das mais diversas formas. Esta violência
está diretamente relacionada com a não aceitação da identidade e com o
preconceito
dos personagens.

A sexualidade também se faz presente na peça, na medida em que os


personagens se relacionam de forma muito instintiva. Tanto por amor, ódio ou
inveja, acabam acontecendo os vários delitos que constroem a trama.

Imagem:

Filme: O ditador – 2 horas

Relatório:

Em O Ditador, esta história é claramente roteirizada do início ao fim; não houve
improvisação, todos os participantes estão conscientes de estarem em um
filme.

O tema de um ditador confrontado à cultura americana pode significar que


temos mais uma vez uma crítica da cultura estadunidense pela metáfora do
estrangeiro, como era o caso de Borat e Brüno. Mas os cidadãos americanos
são curiosamente poupados nesta produção inofensiva, domesticada,
preferindo piadas escatológicas às crônicas sociais. Sendo um filme sobre a
política, é imperdoável que O Ditador seja tão pouco politizado, tão inocente.

Em um momento, quando o general Aladeen faz um discurso para as Nações


Unidas, ele passa a comparar os Estados Unidos com uma ditadura,
encontrando um número deliciosamente perverso de semelhanças entre ambos
os regimes. Nesta hora, pode-se pensar que finalmente a produção encontrou
sua ambiguidade, sua veia crítica, mas alguns minutos depois o personagem
atenua suas palavras, corrige o que disse e acaba fazendo uma defesa à
louvável democracia americana.

Imagem:

Livro: Memórias póstumas de Brás Cubas – 2 horas

Relatório:

Memórias póstumas de Brás Cubas se enquadra no gênero literário conhecido


como sátira, no qual um morto se dirige aos vivos para criticar a sociedade
humana. É exatamente o que faz o narrador, ao contar a história de sua vida
após o próprio falecimento. A leitura do romance deve levar em conta a dupla
condição do protagonista: há o Brás vivo e o Brás morto.

O Brás vivo é personagem da narrativa e vive uma existência marcada pelas


futilidades sociais, pela volubilidade sentimental e pelo desprezo que manifesta
pelos outros. O Brás morto é o narrador, que é capaz de expor sem nenhum
pudor os próprios defeitos. Em primeiro lugar, porque já está morto e não pode
mais ser atingido pela ira de seus contemporâneos. Em segundo, porque a
condição em que está lhe dá a sabedoria necessária para perceber que seu
modo de agir é semelhante ao de todos os seres humanos. 
A sociedade é caracterizada como o espaço do jogo entre aparência e
essência, onde as pessoas interpretam papéis e fingem ser o que realmente
não são. A impossibilidade de conhecer as profundezas da alma não impede o
narrador de reconhecer a miséria moral da humanidade.

Essa descoberta é sustentada sem problemas pelo Brás vivo, embasado na


filosofia do humanitismo, que afirma que toda atitude humana, boa ou má, é
justificável como um ato de preservação da espécie. O Brás morto, de sua
parte, é capaz de olhar com ceticismo a própria teoria, chegando a uma
conclusão que nada tem de otimista: por ele, a espécie humana termina ali, já
que não deixa herdeiros da “nossa miséria”.

Imagem:

Filme: O crime do Padre Amaro – 2 horas

Relatório:

Amaro, um padre de província, é tentado por uma linda moça, Amélia, de 16


anos. O inevitável acontece, a moça engravida. Um pecado leva a outro:
depois de pecar contra a carne, Amélia morre de aborto providenciado pelo
Padre, a quem compete encomendar a alma da moça ao Divino. Como pano
de fundo, a luta pelo poder, ligações perigosas da Igreja com representantes do
poder, corrupção, o papel da imprensa e, de forma enfatizada, o
questionamento do celibato de padres.

A intenção, era falar da forma mais direta possível dos riscos de uma
sociedade que ainda treme sob as diretrizes canônicas de setores
ultraconservadores da Igreja.

Imagem:
Livro: O primo Basílio – 2 horas

Relatório:

“O Primo Basílio”, conta a história de Luísa, jovem sonhadora e ociosa da


sociedade lisboeta, que acaba envolvida por Basílio, seu primo, com quem se
reencontra, após anos de distância. Achando-se sozinha, já que Jorge, o
marido, viajara a negócios, Basílio serve-se de sedução e galanteios.

Primeiro grande êxito literário de Eça de Queirós, este romance é marcado por
uma análise minuciosa da sociedade de seu tempo. O autor usou da ironia, da
linguagem coloquial e direta e, principalmente, do olhar atento sobre o
cotidiano para revelar a intimidade da vida burguesa. Luísa é casada com
Jorge e leva uma vidinha tão segura quanto entediada. O sonho, o romantismo
e o desejo são despertados pela chegada do primo Basílio a Lisboa. Ao optar
pelo adultério como tema central, a intenção do autor era provocar a discussão.
Eça é o grande mestre do romance português moderno e certamente o mais
popular entre os escritores do século XIX em Portugal e no Brasil.

Luísa vive uma vida tranquila na burguesia de Lisboa. Ela é casada com Jorge
e leva uma vida feliz ao lado dos amigos e familiares. Mas tudo muda com a
chegada do seu primo. Basílio é galante e muito sedutor. Ele e a prima tiveram
um romance na adolescência, porém não obtiveram êxito na relação.

Jorge tem uma viagem a trabalho, e Basílio aproveita para se aproximar da


prima em busca de reviver os sentimentos da adolescência. A jovem não
resiste aos encantos de seu primo e os dois acabam virando amantes. A jovem
se vê dentro dos livros de romance que tanto aprecia ler. O que Luíza não
imagina é que sua vida teria uma reviravolta tão grande. Os jovens trocam
muitas cartas de amor durante o período que estão juntos. O que eles nem
imaginam é que essas correspondências cairiam nas mãos da empregada de
Luísa, Juliana.

Uma mulher invejosa e com requintes de crueldade que passa a chantagear


Luísa para não revelar seu romance com Basílio ao marido Jorge. A vida de
Luísa vira um inferno e ela acaba se encontrando em uma situação que parece
irreversível.  Isso se agrava quando ela percebe que o primo começa a lhe
tratar com indiferença.

Imagem:

Filme: Cartas para Julieta – 2 horas

Relatório:

Sophie é uma pesquisadora que trabalha para a cultuada revista The New
Yorker, mas que deseja escrever e ter uma história publicada. Noiva de Victor ,
chef workaholic que está prestes a abrir um restaurante, faz com ele uma
espécie de viagem pré lua de mel para Verona, a cidade em que Romeu e
Julieta viveram seu grande e trágico amor na conhecida obra de William
Shakespeare.

Para constante desapontamento de Sophie, Victor está mais interessado em


interagir com seus fornecedores do que com ela, indo de um lugar a outro
degustando vinhos e queijos. Embora a leve sempre consigo, a viagem não
tem a menor atmosfera romântica e Victor pouco presta atenção à noiva. Isso
faz com que ela acabe dedicando seu tempo a outra atividade: primeiro, junta-
se ao grupo de mulheres que respondem às cartas deixadas para Julieta em
um muro de Verona; e num segundo momento, decide ajudar uma bela
senhora inglesa, Claire a encontrar seu amor de 50 anos atrás.

Sophie é a responsável pela presença de Claire na cidade. Ao recolher as


cartas coladas no muro, uma pedra se desprende da parede, revelando a carta
ali deixada pela inglesa muitas décadas antes. Claire era então uma
adolescente apaixonada por Lorenzo, morador de Siena, e lamentava
abandonar seu amor por não ter coragem de enfrentar a oposição da família.
Sophie responde à carta (como fazem diariamente todas as “secretárias de
Julieta”, que funcionam como conselheiras sentimentais) e Claire deixa a
Inglaterra acompanhada pelo neto Charlie, nada satisfeito com a situação. No
primeiro momento em que Sophie e Charlie trocam algumas palavras, o
comportamento do rapaz é um tanto hostil, e a isto a jovem responde à altura.
Isso deixa óbvio para nós que, já que se trata de um filme romântico, essas
farpas são o prenúncio de uma inevitável paixão. E assim acontece. Não é
surpreendente, pois essa é a fórmula de muitas histórias românticas.

Imagem:

Livro: Pollyanna – 2 horas

Relatório:

“Pollyanna’’, escrito em 1913 pela escritora Eleanor H. Porter (EUA), é um livro


de literatura infanto-juvenil que narra a história de Pollyanna, uma criança de 11
anos que acabara de se tornar órfã. Nessas condições, muda-se para
Beldingsville para morar com sua tia Polly.

A história se passa no começo do século XX e nos mostra hábitos, costumes,


comportamentos, crenças e práticas sociais típicos daquela época. O livro é
cheio de valores éticos, de solidariedade, compaixão, honestidade, otimismo, fé
e, principalmente, contentamento. É uma narrativa envolvente, com
personagens apaixonantes e lições profundas. A presença da menina em
Beldingsville significou grande mudança na vida daqueles com quem se
envolvia, principalmente daquela com quem morava: a amargurada e severa
Miss Polly Harrington. Pollyanna era uma menina doce, verdadeira e cheia de
alegria. Não media esforços para fazer o bem e jogar intensamente aquilo que
chamava de “O Jogo do Contente’’.

Imagem:
UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
CAMPUS DUTRA SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO
LETRAS- LICENCIATURA LÍNGUA PORTUGUESA E INGLESA

ATIVIDADES COMPLEMENTARES
RELÁTORIOS
2 semestre

NOME: LETÍCIA MARIA DOS SANTOS RA: C0070H0

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS


2020

Atividades complementares

Filme: A sociedade literária e a torta de batata – 2 horas

Relatório:

O longa é apresentado em um contexto pós guerra, um ano após a segunda


guerra mundial na pacata ilha britânica de Guernsey.

Há uma escassez de obras literárias na ilha de Guernsey, principalmente pós


invasão da Alemanha de Hitler, o que faz com que Dawsey pegue o endereço
de forma aleatória de uma autora de um dos livros que leu e escreva para ela
solicitando outras obras, na carta ele fala sobre a ilha, o clube de leitura que
participa e seus integrantes, o que deixa Juliet encantada e com vontade de
conhecer a ilha, o clube de leitura e as pessoas que Dawsey cita, a carta
desperta em Juliet o seu espírito investigativo o que a faz pensar que uma
viagem a ilha pode lhe render muitas histórias para o seu próximo livro.

O enredo é desenvolvido com a chegada de Juliet a ilha, e a apresentação de


personagens como Elizabeth McKenna, Sidney Star, Charlotte Stimple, Mr.
Gilbert entre outros.
O enredo é muito atrativo, sem contar o mistério que ronda o clube de leitura,
que é apresentado ao longo da história, a explicação para o nome do clube que
é mostrado de forma engraçada e ao mesmo tempo nos dá uma idéia de como
foi à invasão alemã na ilha.

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Livro: A menina que roubava livros – 2 horas

Relatório:

Nesta obra, conhecemos Liesel Meminger, a menina alemã de 10 anos, que


vive a guerra de perto, um período cruel e radical, onde a intolerância e o
racismo, eram os principais norteadores. Liesel perde o irmão, é separada da
mãe e é acolhida por uma família desconhecida formada por uma mãe
ranzinza, mas acolhedora, um pai humilde, mas com um grande coração e
amigos que tornam seus dias nublados, coloridos e cheios de aventura.

Em uma época onde há incerteza no próximo amanhecer, a menina alemã,


encontra nas palavras, o seu refúgio. Ao roubar seu primeiro livro, em meio a
neve severa e longe dos olhares de todos, Liesel dá início a sua história, como
a ladra de livros da rua Himmel.

Zusak utiliza da cruel realidade da época, somada e inocência e alegria infantil


dos personagens, para nos levar a várias aventuras e um carrossel de
sentimentos. A cada acontecimento, nos emocionamos e nos amarramos nesta
história, como se fizéssemos parte da pobre cidade de Molching, próxima a
Munique, onde a história se passa.
Além de ser uma obra desenvolta e bem amarrada, A Menina Que Roubava
Livros, tem como fator crucial e a grande sacada do autor, a narrativa pelos
olhos da morte, a única presente em todos os acontecimentos, mas que retrata
tudo de forma simples e emocional, sem deixar de cumprir o seu verdadeiro
papel: ceifar as pobres vítimas da Segunda Guerra Mundial.

Imagem:

Filme: O código da Vinci – 2 horas

Relatório: O filme conta a história de Robert Langdon, um famoso


simbologista, que foi convocado a comparecer no Museu do Louvre após o
assassinato de um curador. A vítima deixou uma série de pistas e símbolos
estranhos para serem decifrados por Langdon antes de sua morte. Ele conta
com a ajuda de Sophie Neveu, criptógrafa da polícia, para esse trabalho.
Porém, as investigações os levam a mensagens ocultas nas obras de
Leonardo Da Vinci, que revelam uma sociedade secreta que guarda a
localização do Santo Graal por milhares de anos.

O roteiro, não tem a mesma coragem do livro, sendo, no mínimo, uma má


adaptação literária, além disso, também possui vários furos. Um dos problemas
da história é o excesso de explicações, muitas vezes duvidando da inteligência
do público,

Assim como o livro, o filme gerou polêmica entre grupos religiosos, chegando
ao nível de a igreja católica tentar proibir sua exibição e promover boicotes, o
que mostra-se incompreensível, visto que, a obra, que deveria desmistificar o
cristianismo, mostrando Jesus como um mortal, vai para o lado inverso,
mostrando uma herdeira de seu sangue que também é capaz de realizar
milagres, comprovando ainda mais esta ideologia. O Código Da Vinci tem
medo em abordar seus temas e quando a história apresenta algo contra as
religiões, rapidamente um personagem argumenta contra, sendo então um
filme sem audácia, exemplificado na falta de coragem de seus produtores.

Imagem:

Livro: Crime e castigo – 2 horas

Relatório:

Crime e Castigo é, possivelmente, uma das obras mais importantes já escritas,


e com certeza uma das de maior impacto. Escrito por Fyodor Dostoevsky (ou
Fyodor Dostoyevsky, ou Dostoievky, ou Fiódor Dostoiévski aqui pra gente
desse lado do planeta) em 1866, o romance é atemporal e constitui leitura
obrigatória para todos os fãs de clássicos, além de ser, para todos os fins e
efeitos, uma obra prima inquestionável.

A história gira em torno de Rodion Raskolnikov, um ex-estudante de direito


miserável que abandonou os estudos por falta de dinheiro e quase não
consegue sustentar-se. O jovem, que foi da província à São Petersburgo em
busca de uma carreira honrosa e uma vida singela, encontra na cidade grande
uma sociedade egoísta e nada hospitaleira. Ele vive do dinheiro que lhe manda
a mãe, o que mal lhe paga um quarto minúsculo em que o pequeno sofá lhe
serve de cama, e seus sonhos de uma vida simples, porém alegre se esvaem
quando sua noiva falece de tifo antes mesmo dos acontecimentos centrais do
livro. Sobrevivendo do pouco alimento que sua locadora consegue guardar por
compaixão a despeito de todos os alugueres devidos, Raskolnikov encontra-se
em uma situação tão desumana que tudo o que ele pode fazer é pensar, e por
isso sua mente vaga livremente por becos escuros que pessoas ocupadas ou
bem alimentadas jamais entreteriam.

Extremamente inteligente, arrogante e cego por suas próprias ideias,


Raskolnikov se considera ateu em uma época em que tal coisa seria
impensável na Rússia, mas não pelo simples motivo de não acreditar em Deus:
para ele, Deus está morto, ou simplesmente perdeu o interesse em sua
criação. Por esse motivo, assassinos em massa como César ou Napoleão são
considerados heróis pela História, unicamente por eles terem tido a coragem
de fazer o que a maior parte da sociedade não tem. Raskolnikov decide que
ele, também, quer ser como Napoleão, escapando assim da covardice que
banha a mediocridade. Para colocar seu plano em prática, ele tem a vítima
perfeita: há uma velha usurária ali por perto, que penhora bens de valor de
todos da região por valores ínfimos e vive dos juros elevados que lhes cobra. É
sabido que Alyona Ivanovna tem dinheiro, mas nem um tostão do que ela tira
dos outros lhe tem qualquer serventia que não a acumulação despropositada:
ela vive na miséria, ela é uma pessoa ruim e, sobretudo, ela abusa física e
psicologicamente de sua meia-irmã mais nova, de inteligência simplória e
coração gentil. Ivanovna é alguém que todos ali gostariam de ver morta. O
mundo com certeza seria um lugar melhor sem ela, e ninguém, nem mesmo a
pobre Lizaveta, sentiria sua falta. Raskolnikov planeja tudo com minúcia e
lentamente, decidindo ser ele a única pessoa com coragem o suficiente para
livrar o mundo da velha usurária, sendo este o ato que tornaria merecedor do
título de herói assim como Napoleão.

Imagem:
Filme: Excalibur – 2 horas

Relatório:

O filme é pura imersão em um mundo fantástico cheio de magia, morte,


traições e amor incondicional, em uma terra dividida pelos ciúmes e reunida
pelo símbolo de um deus, em uma lenda que transcende gêneros, territórios e
séculos. A trilha sonora original composta por Trevor Jones e que usa peças de
outros autores – famosamente Carmina Burna, de Carl Orff e Tristão e
Isolda, O Anel do Nibelungo e Crepúsculo dos Deuses, de Richard Wagner –
inebria e hipnotiza o espectador, retirando-o de seu mundo e transpondo-o
para o meio da ação e das intrigas arturianas que fascinam o mundo há pelo
menos 500 anos.

Excalibur é um daqueles filmes que coloca em imagens aquilo que o


espectador provavelmente sempre ouviu falar aqui e ali, nem que tenha sido
em histórias de ninar há muitos e muitos anos. Uma obra imperdível e diferente
que merece ser conferida bem mais do que apenas uma vez e que aguça a
curiosidade sobre essa incrível lenda.

Imagem:
Livro: Lolita – 2 horas

Relatório:

Lolita conta a história do literato Humbert Humbert desde seus primeiros anos


de vida, quando tem seus primeiros contatos com uma “ninfeta”, cujo narrador
define que são aquelas: “Entre os limites etários dos nove e dos catorze anos
ocorrem donzelas que, a certos viajantes enfeitiçados, duas ou muitas vezes
mais velhos do que elas, revelam a sua vera natureza, que não é humana, e
sim nínfica (isto é, demoníaca)”. Além disso, o narrador responde a questão
sobre todas as meninas nesta idade serem ou não ninfetas com um “… Claro
que não”. Como se lutando contra a sua própria natureza, Humbert Humbert
passa o livro entre censuras próprias e dilemas morais, tentando convencer o
leitor que sua preferência por ninfetas difere totalmente do que faria um
estuprador, pois, segundo ele, o homem fisgado por uma dessas meninas,
sabe se conter, alimentando o seu prazer com meras olhadas e toque
involuntários de braços. Mesmo buscando se inocentar perante o leitor, o
personagem-narrador demonstra sua luta contra o que é ao procurar uma
mulher adulta para casar; porém acabando por não dar certo. É então que ele
vai embora para os EUA. Procura uma casa; e, ao achar uma, enquanto lhe é
mostrada pela dona do lugar, Humbert Humbert se depara com Lolita, com
doze anos de idade, fazendo com que acabe a sua relutância em morar ali e se
inicie a sua paixão, que ocupará boa parte do livro.

A prosa poética e a experimentação de linguagem de Nabokov são sentidas a


cada parágrafo do texto, através de metáforas que produzem no leitor um
impacto de sensibilidade. 

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Filme: Madame Bovary – 2 horas

Relatório:

O filme mostra uma Bovary mais humanizada, mais quente, mais de acordo
com os devaneios românticos em que ela vivia. Emma é uma leitora
compulsiva das obras do romantismo e torna-se um reflexo desse movimento
nos primórdios do realismo.

No romantismo, os autores retratavam os dramas humanos, os amores


trágicos, as paixões e as emoções intensas. Para entendermos melhor a
importância dessa história, é bom conhecermos um pouco do contexto em que
foi criada. Gustave Flaubert, um escritor realista, vivenciando os seus próprios
conflitos internos e crises, deposita em uma mulher, Emma Bovary, muito dos
seus sentimentos e contradições. Por isso observa-se em Emma atitudes mais
masculinas do que femininas, para uma época tão repressora à mulher.

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Livro: Ensaio sobre a cegueira – 2 horas

Relatório:

O livro consegue manter facilmente a atenção pelos desafios de sobrevivência,


superação e organização social da capacidade humana mediante uma
inesperada adversidade. A cegueira total da população, com apenas uma
exceção, possibilita refletir sobre as decisões pela perspectiva pessoal e como
isso é visto (sem trocadilho) por um terceiro.

A narrativa: os diálogos são bastante vivos, a forma utilizada pareceu muito com
uma transcrição de uma conversa informal, com interrupções e raciocínios
nitidamente incompletos ou redundantes.

O fato de não nomear os personagens, mas utilizar dos atributos físicos,


acessórios pessoais, estado civil, dentre outras classificações para identificá-
los, é bastante interessante.

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