O documento descreve o contexto histórico e literário em que foi publicado o conto "Singularidades de uma Rapariga Loura" de Eça de Queiroz, incluindo acontecimentos filosóficos e literários da época como o utilitarismo e o positivismo. Também resume os enredos e características principais dos personagens dos contos "Singularidades de uma Rapariga Loura" e "Civilização".
O documento descreve o contexto histórico e literário em que foi publicado o conto "Singularidades de uma Rapariga Loura" de Eça de Queiroz, incluindo acontecimentos filosóficos e literários da época como o utilitarismo e o positivismo. Também resume os enredos e características principais dos personagens dos contos "Singularidades de uma Rapariga Loura" e "Civilização".
O documento descreve o contexto histórico e literário em que foi publicado o conto "Singularidades de uma Rapariga Loura" de Eça de Queiroz, incluindo acontecimentos filosóficos e literários da época como o utilitarismo e o positivismo. Também resume os enredos e características principais dos personagens dos contos "Singularidades de uma Rapariga Loura" e "Civilização".
Quando foi publicado o conto de Ea de Queiroz, havia vrios acontecimentos no mundo: na Inglaterra, Jeremy Bentham e John Stuart Mill promoveram a idia de que as aes so certas quando maximinizam o prazer e minimizam a dor (Utilitarismo), Augusto Comte, promoveu um avano da viso de que a de que a ordenao rigorosa de observaes de confirmao s deveria constituir o reino do conhecimento humano (positivismo), alm de os filsofos americanos C.S. Peirce e William James desenvolverem a filosofia pragmtica nos finais do sculo 19(Pragmatismo). Quanto ao movimento literrio vigente, temos que o Realismo era predominante, com destaque no Brasil das obras machadianas, que colocavam um tipo de lupa na realidade, demonstrando atravs de seus contos como realmente as coisas, como so as pessoas, a verdade nua. Um outro fato importante foi a Revoluo Industrial que tomava proporoes cada vez maiores no sculo XlX, mesmo sculo que as obras de a de Queiroz. As vrias invenesdeste sculo se mostram claramente no conto Civilizao, onde so abordadas algumas destas.
FOCO NARRATIVO/LINGUAGEM SINGULARIDADES DE UMA RAPARIGA LOURA Em Singularidades de uma rapariga loura temos que o narrador em 1 pessoa e em alguns momentos passa a ser em 3 pessoa. A Linguagem formal
CIVILIZAO Narrado em 1 pessoa e no pretrito, assim todos os fatos j aconteceram, constituindo-se, dessa forma em lembranas. Linguagem formal.
CARACTERSTICAS DOS PERSONAGENS SINGULARIDADES DE UMA RAPARIGA LOURA Macrio: Um homem trabalhador e honesto sobrinho de Francisco. Lusa: Uma moa loira de 20 anos, bonita e filha da D. Vilaa. D. Vilaa: Viva e me de Lusa. Francisco: Tio de Macrio e dono do armazm Macrio & Sobrinho.
CIVILIZAO Jacinto - Jacinto era um homem civilizado e educado, como mostra o trecho a seguir:
Jacinto, um homem novo e culto que vivia luxuosamente, rodeado dos mais sofisticados e recentes inventos e das mais belas obras-primas da literatura,
Me de Jacinto - O autor descreve a me de Jacinto como uma mulher gorda, o que podemos perceber uma caracterstica do Realismo, em que a mulher no mais vista como inacessvel, e sim da sua forma real de ser. Z Brs Era o Caseiro: O Caseiro no esperava sua Excelncia (Ele dizia sua inselncia), tinhauma linguagem um pouco mais rural.
Sr.Sousa Era o procurador.
ENREDO SINGULARIDADES DE UMA RAPARIGA LOURA Em certo dia estavam dois homens senados em uma mesa para saciar uma ceia. Um deles comeou a perguntar o outro se ele era de Vila Real, e complementou - terra de mulheres bonitas, segundo me consta contudo, ao terminar a pergunta ele percebeu que o homem fez uma recordao, ficando calado. Pouco depois saiu da mesa. Em seguida foi para o quarto. Quando abriu a porta estava l o mesmo homem com quem se sentou ceia. E como algo inesperado este comeou a contar sua histria, iniciando com seu nome, Macrio, o outro o pausou perguntando se ele era da famlia Macrio, respondendo que era primo destes, logo percebeu que era uma pessoa de um bom carter. Macrio comeou a dizer que trabalhava em um armazm de panos, como contador, mas logo o seu tio e dono do armazm percebendo sua inteligncia e talento deu-lhe a escriturao de seu guarda-livros. Macrio aos vinte e dois anos nunca tinha se apaixonado, mas isto mudaria porque acabara de mudar para a casa a frente do armazm uma senhora de quarenta anos, vestida de luto, cabelos negros, um busto bem feito e aparncia desejvel.. Alguns dias depois ele se apaixonaria ao ver uma rapariga loura na mesma casa da mulher de luto. Passou a olhar sempre pela varanda ao encontro dela, at que um dia ele as viuseguir em direo ao armazm do seu tio, logo desceu e estranhou o pedido das moas pelas casimiras pretas, tendo em vista que elas so cheias de luxos exticos, como um leque chins usado pela loura. Deste modo pensou que fora l somente para ver ele. Quando ele iria dizer algo rapariga seu tio Francisco apareceu e o ps para cima. No outro dia Macrio viu um amigo seu cumprimentar a senhora de cabelos negros, e ao ver isso perguntou se ele a conhecia e principalmente a rapariga loura. Respondeu que sim e completou que a rapariga loura era filha da senhora de luto, gente de bem dizia ele e que as encontrava na casa de D. Cludia. Ele contou do amor que ele estava sentindo pela jovem e o pediu para encaix-lo em um destes encontros. Segundo o amigo era fcil, as Vilaas se encontravam na casa de um tabelio muito rico aos sbados. No sbado seguinte estava l Macrio, ele nem prestou ateno em nada que acontecia na reunio, pois estava conversando com a rapariga a noite toda. Pouco mais de uma semana depois a me da rapariga chama Macrio para ir no domingo a sua casa, juntamente com alguns amigos da famlia. No domingo juntaram-se todos para um convvio e jogar, Macrio se sentou ao lado da rapariga, Lusa, com quem conversava o tempo todo. Ao fim da noite, ao irem embora, Macrio comeou a comentar com o Senhor Beneficiado que iria pedir a mo de Lusa, sendo o motivo principalum beijo efmero presenciado somente pela gravura da virgem numa sala ao p da escada. No outro dia Macrio pediu permisso a seu tio para casar-se e ele negou. Assim Macrio pegou suas coisas e saiu de casa dizendo que a faria sem permisso. Na mesma tarde alojou-se em uma hospedaria na Praa da Figueira, no entanto ele estava tranqilo, pois ele tinha varias amizades no comrcio, ele era competente e tinha o nome da famlia. Mas ao comear a procurar um trabalho com os seus conhecidos no o encontrava, pois todos receavam ficar de mal com seu tio, amigo de mais de vinte anos. Ao perceber que os conhecidos no o dariam trabalho foi procurar os comerciantes desconhecidos, mas estes no o contrataram, pois sabiam que ele foi despedido da casa de seu tio devido a uma rapariga loura. Vendo o dinheiro diminuindo ele mudou para um quartinho mais barato e para no ficar na misria comeou a se desfazer de seus pertences. Ele passara a ver Lusa somente noite para disfarar a misria que ele se encontrava. E pouco tempo depois Lusa veio falando que sua me sabia do plano nupcial dos dois e que ele deveria pedi-la em casamento, contudo ele estava sem dinheiro, com isso pediu que esperasse at que sua situao melhorasse. Apavorado com a misria ele se dirigiu at seu tio e mostrou que ele tinha somente trs pinos e que estava quase sem roupa, seu tio ofereceu o emprego de volta com acondio de estar solteiro, entretanto no aceitou. Logo depois um amigo veio a ele dizendo que tinha uma viagem a Cabo Verde para uma casa comercial com uma comisso difcil, mas com grandes lucros. Despediu- se de Lusa e foi. L viu uma misria sem fim ao trabalhar. Quando retornou pediu a mo de Lusa a sua me e foi marcado o casamento para um ano. Trabalhou durante quase o ano inteiro, ficando com um crdito muito bom, para tal ocasio e faltando dois meses para o casamento o seu amigo que lhe deu a viagem a Cabo Verde lhe pediu para ser o fiador de seu negcio. Ele aceitou e pouco tempo depois o seu amigo desaparece e, portanto reembolsar uma quantia muito alta e acabou ficando pobre outra vez. Tendo em vista de ter de ir a Cabo Verde de novo ele foi despedir de Lusa, mas no conseguiu e saindo da casa vendo a luz da casa de seu tio acesa foi l para dizer adeus para ele. Seu tio o chamando de estpido convidou novamente para voltar a trabalhar com ele e desta vez permitiria o casamento, assim aceitou. Faltando pouco menos de um ms para o casamento Macrio foi passear com sua noiva pela cidade e foi levar a sogra na modista, enquanto a me de Lusa estava l, eles vieram descendo at que ela o arrastou para um ourives ver anis. L ela viu vrios tipos de anis, agradou de um, mas ficou largo, portanto Macrio pediu ao ourives para diminuir o tamanho e que ele amanh o pegar.Saindo da loja, veio o ourives atrs dos dois dizendo que eles no pagaram, Macrio disse que pagaria amanh quando viesse buscar o anel, porm ele se referia ao anel que estava com Lusa. Ento Macrio comeou a encara - l e quando ela tirou o anel do bolso ele se assustou muito. Contudo disse ao ourives que ela se esqueceu do anel e o pagou. Pouco depois falou bem baixo para Lusa s uma ladra! e assim deu as costas para Lusa e partiu tarde para a provncia nunca mais ouvindo falar da rapariga loura.
CIVILIZAO Civilizao um conto de Ea de Queiroz onde narrada a vida de Jacinto, um homem novo e culto que vivia luxuosamente, rodeado dos mais sofisticados e recentes inventos e das mais belas obras-primas da literatura. O conto o embrio do romance A Cidade e as Serras. De fato, Jacinto era um homem sempre aborrecido, desanimado e entediado, apesar do luxo em que vivia. Era o prottipo do homem civilizado, mas tambm da infelicidade. Tudo havia de mudar quando o protagonista decidiu ir passar uma temporada bem longe da civilizao. Jacinto tentou superar o isolamento enviando para a todos os equipamentos tcnicos e demais apetrechos que julgava indispensveis a uma vida civilizada e luxuosa. Contudo, ao chegar, apercebe-se que os caixotes enviados no tinham chegado e que nenhuma da suas ordens, relativas realizao de obras na casa, tinha sidocumprida. Inicialmente fica desmoralizado e ainda mais pessimista com tamanha simplicidade da vida campestre. E vai ser assim, longe da civilizao, dispensando os exageros do luxo, que Jacinto redescobre o prazer e a alegria de viver.
CONCLUSO SINGULARIDADES DE UMA RAPARIGA LOURA As pessoas na vida real muitas vezes so levadas pelas aparncias, uma pessoa bem vestida, com um singelo poder aquisitivo normalmente no levanta suspeitas da sociedade. Isto ocorre com o conto no qual Lusa, sendo bem vestida, com acessrios de altos valores como o leque cines se mostra uma pessoa inofensiva e acima de qualquer suspeita, mas ela na realidade uma ladra e descoberta no fim do conto.
CIVILIZAO Esse conto vem nos mostrar que a felicidade no est somente nas coisas materiais, no dinheiro, nos luxos da vida. s vezes uma pessoa que possui todos esses luxos no possui a alegria de viver, como o caso do protagonista Jacinto, que por um incidente acaba percebendo o verdadeiro caminho para ser feliz.