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Colégio Evolução

Maricá, 17 de novembro de 2023


Alunas: Rafaela Souza, Yasmim Nascimento, Bruna Souza
Professora: Juliana
Turma: 1001

Trabalho do Livro
Índice
Contexto.................................................................................................1
Histórico
Social
Literário
Relatório
Resumo....................................................................................................2
Crítica...................................................................................................... 3
Fonte

Contexto histórico
“Memórias de um Sargento de Milícias” é uma obra do escritor brasileiro Manuel Antônio de Almeida,
publicada em 1854. A história se passa no início do século XIX, período em que D. João VI e sua corte
estiveram no Brasil na cidade do Rio de Janeiro. A obra foi publicada durante o Romantismo no Brasil, um
período marcado por grandes mudanças políticas e sociais.

Contexto social
A obra traz um romance de humor popular que se destaca por retratar a vida das classes média e baixa,
em vez da aristocracia, que era comum na literatura romântica da época. A obra se destaca por
incorporar a linguagem das ruas e os costumes do povo, fugindo aos padrões românticos da época, que
geralmente retratavam os ambientes aristocráticos. A história gira em torno da vida de Leonardo, um
menino travesso e malandro que, entre tantas ações, se torna um sargento. Portanto, a obra oferece uma
visão realista e detalhada da vida cotidiana, dos costumes e da cultura popular da época.

Contexto literário
É um romance de folhetim publicado originalmente no Correio Mercantil entre 1852 e 1853. A escola
literária do livro é uma mistura de romantismo e realismo. É chamado de romance de costumes, pois é o
retrato dos costumes de uma sociedade, que se aproxima de um tom jornalístico. A narrativa, de estilo
jornalístico, incorpora a linguagem das ruas, classes média e baixa. Portanto, a obra oferece uma visão
realista e detalhada da vida cotidiana, dos costumes e da cultura popular da época.

Relatório
Manuel Antônio de Almeida nasceu em 17 de novembro de 1831, no Rio de Janeiro. Era filho de
portugueses. Apesar da morte do pai e das dificuldades financeiras enfrentadas pela família, o escritor
conseguiu continuar seus estudos, além de iniciar um curso de desenho na Academia de Belas Artes, do
qual logo desistiu.
Mais tarde, em 1848, fez a matrícula na Faculdade de Medicina e passou a trabalhar como revisor no
Correio Mercantil. Quatro anos depois, em 1852, publicou poemas em revistas como a Harpejos poéticos.
Começou a publicar seu único romance — Memórias de um sargento de milícias — em folhetim do
Correio Mercantil. Assinou a obra como “Um brasileiro”.
Já em 1854, o romance foi publicado em forma de livro, ainda sob pseudônimo. No ano seguinte, o
romancista terminou o curso de Medicina, quando defendeu a tese A moléstia vulgarmente chamada
opilação será a clorose?: Suas causas e tratamento. Contudo, não exerceu a profissão e continuou a
trabalhar como jornalista.
Em 1857, tornou-se diretor da Imperial Academia de Música e Ópera Nacional, além de ocupar o cargo
de administrador da Tipografia Nacional. Dois anos depois, recebeu nomeação para trabalhar na
Secretaria da Fazenda. No entanto, em 1861, o autor embarcou em um navio com destino à cidade de
Campos, pois tinha a intenção de ingressar na carreira política.
Assim, o navio Hermes, no qual se encontrava, naufragou, e o romancista morreu, possivelmente no dia
28 de novembro. Foi homenageado décadas depois, quando o escritor Inglês de Sousa (1853-1918) o
escolheu para ser o patrono da cadeira 28 da Academia Brasileira de Letras, instituição fundada no ano de
1896.

Resumo
1
No séc. XIX, no Rio, Leonardo vive peripécias engraçadas e irônicas. O autor conta sua trajetória desde
o nascimento. Ele nasceu do encontro entre Leonardo-Pataca, um vendedor de roupas, e Maria das
Hortaliças, uma camponesa, durante uma viagem de Lisboa ao Brasil. A criança teve como padrinhos a
parteira e o barbeiro, e o autor acompanha sua trajetória até se tornar Sargento de Milícias.
Desde criança, o protagonista sofre com os infortúnios do destino. Sua mãe foge com um capitão de
navio, e seu pai, antes uma figura prestigiosa como meirinho, o abandona. Durante uma violenta briga
entre Pataca e Maria, seu pai lhe dá um famoso pontapé, um gesto que o marcaria profundamente ao
longo de sua vida. Leonardo é criado pelo barbeiro, dedicado a ele. O padrinho se apega tanto ao menino
que não percebe sua falta de caráter desde a infância. O padrinho sonha em ser clérigo e, para isso,
prepara o garoto em suas travessuras.
O protagonista passa por aventuras enganando o barbeiro. Anos depois, ele entra na escola e se torna
amigo de um sacristão malandro, assumindo a mesma função na Igreja com a ajuda de Tomás da Sé, pai
de seu colega. Enquanto o garoto brinca, o autor expõe a libertinagem do padre e seu relacionamento
com uma cigana, ex-amante de Leonardo Pataca. Ao revelar essa história oculta, o protagonista é expulso
da Igreja. A tentativa de frequentar a escola é frustrada; dura apenas um dia, pois o garoto só recebe
palmatórias do mestre. Enquanto isso, a madrinha insiste que ele deve ter uma profissão.
Na juventude, ele se torna um desocupado. Seu pai deixa a cigana e casa-se com Chiquinha, filha da
parteira. O protagonista se interessa pela sobrinha de Dona Maria, amiga do barbeiro. Luisinha agora é
órfã e fica sob os cuidados da senhora. Dona Maria ganha sua guarda em uma das famosas contendas,
seu passatempo preferido. Quase a conquistar a moça, surge José Manuel, amigo antigo da madrinha de
Leonardo. Ele não gosta do homem e logo percebe suas más intenções.
Leonardo finalmente declara seu amor por Luisinha e eles têm uma filha. A parteira intriga José
Manuel e Dona Maria, indignada com Leonardo. Após a declaração, Luisinha sofre mudanças corporais e
comportamentais. José Manuel encontra um mestre de reza que o ajuda a indispor Dona Maria contra
Leonardo. O barbeiro morre e o protagonista é confortado por sua amada. José Manuel encontra mestre
de reza, indispondo Dona Maria contra Leonardo. Barbeiro morre e protagonista é confortado por amada.
Ele se torna o herdeiro de seu padrinho e Pataca passa a administrar a herança. Leonardo é obrigado a ir
morar com ele, contra sua vontade.
Ele e a madrasta entram em guerra e, após uma discussão acalorada, Leonardo é expulso de casa
devido à indignação de seu pai sobre seu passado que veio à tona durante a briga com sua nova esposa.
Ele vai ao Cajueiro e reencontra o antigo colega de sacristia, conhecendo Vidinha por meio dele. O
protagonista é encantado e recebe a proposta de morar com o grupo de jovens na Rua da Vala.
Dois primos de Vidinha competem pelo amor da garota, mas ela gosta de Leonardo. Eles começam a
namorar, provocando ciúmes nos pretendentes. Eles vão a Vidigal, denunciam que o protagonista está
vivendo clandestinamente na residência e se aproveitando das garotas. O herói é aprisionado, mas
escapa.
Sua madrinha o arranja um trabalho na despensa do rei, mas Leonardo arma mais uma de suas. Ele se
envolve com a mulher do chefe, Toma-Largura, e é demitido. O herói é preso novamente. Vidinha se
envolve com o ex-patrão do protagonista ao ir confrontá-lo juntamente com a esposa, a Moça do Caldo.
Leonardo é forçado a se alistar no Exército, mas não resiste e faz travessuras dentro da polícia. Ao
aprontar com Vidigal, é novamente aprisionado por insistência da parteira, de D. Maria e sua antiga
amante, Maria Regalada, o Major perdoa o malandro e o torna Sargento do Exército.
2
Já Luisinha, casada com José Manuel, sofre maus-tratos e ele só está interessado em sua herança. Logo
em seguida, o mismo morre. Então, Leonardo, trajando sua farda de sargento de milícias, finalmente se
casa com a moça, agora bela. Ao falecerem D. Maria e Leonardo Pataca, o casal herda suas riquezas.
Nesse texto, Manuel Antonio retrata os costumes antigos do Rio de Janeiro e brinca com a maneira
divertida que as pessoas encontravam para se sustentar. Cada personagem do livro enfrenta dificuldades
em sua luta contra a pobreza. Leonardo é o pioneiro na galeria dos personagens malandros da literatura
brasileira, representando os seres que percorriam as ruas do Rio de Janeiro no início do século XX.

Crítica
Memórias de um sargento de milícias possui uma fortuna crítica complexa e divergente, com aspectos
estéticos incomuns para a época. É uma obra peculiar, com elementos temáticos inéditos na época. A
crítica literária brasileira da época foi indiferente, prejudicando sua divulgação." Pessoas próximas
tentaram modificar o panorama após a morte de Manuel Antônio de Almeida, divulgando considerações
sobre sua obra e figura como escritor. O autor de Memórias morreu aos trinta anos no naufrágio do navio
que o levava a Campos, onde começaria sua campanha política para deputado. Iniciativa insuficiente de
seus amigos, não permitindo crítica justa à obra. Valorização encontrada somente no século XX.

Fontes:
https://mundoeducacao.uol.com.br/
https://www.todamateria.com.br/memorias-de-um-sargento-de-milicias/
https://www.portugues.com.br/literatura/memorias-um-sargento-milicias-analise-literaria.html
https://www.culturagenial.com/memorias-de-um-sargento-de-milicias/
http://mafua.ufsc.br/

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