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O MOLEQUE RICARDO

E RICJARDO JOSÉ LINS REGO


VIDA DO AUTOR:
José Lins do Rego nasceu em 03 de junho de 1901, em Pilar, no
estado da Paraíba. Seu primeiro livro — Menino de engenho —
foi publicado em 1932 e possui traços autobiográficos. Com ele,
o romancista ganhou o Prêmio da Fundação Graça Aranha. Ainda,
o escritor fez faculdade de Direito, em Recife, e trabalhou como
promotor, em Minas Gerais. O autor, que morreu em 12 de
setembro de 1957, no Rio de Janeiro, fez parte da geração de
30 do modernismo brasileiro. Portanto, suas obras apresentam
caráter regionalista. Além disso, a crítica sociopolítica, feita por
seus narradores, mostra a visão do autor acerca da realidade
brasileira de final do século XIX e início do século XX.
•Menino de Engenho (1932);
•Doidinho (1933);
•Banguê (1934);
•O Moleque Ricardo (1935);
•Usina (1936);
•Pureza (1937);
•Pedra Bonita (1938);
•Riacho Doce (1939);
•Água-mãe (1941);
•Fogo Morto (1943);
•Eurídice (1947);
•Cangaceiros (1953);
•Meus Verdes Anos (1953);
•Histórias da Velha Totonha (1936)
O MOLEQUE
RICARDO
Dividida em trinta e três capítulos, a
narrativa obedece a uma
determinação cronológica e a um
andamento linear. O moleque
Ricardo, publicado em 1935, é o
quarto romance de José Lins do
Rego e, apesar de pertencer ao
denominado Ciclo da Cana-de-
açúcar, representa uma renovação no
universo ficcional do autor.
CONTEXTO:
• Um negro nascido na bagaceira que vai tentar a vida na zona urbana,
no Recife. São fartas as referências ao mundo do engenho e a suas
personagens, porque constituíam a referência de Ricardo, para ler a
cidade. O ambiente representado por José Lins do Rego é rico e vivo e
inclui imigrantes, operários em início de mobilização sindical,
candomblé, carnaval, o núcleo universitário da faculdade de Direito do
Recife e a vida miserável junto aos manguezais e pelo sufocante odor
do ambiente, a miséria vivida pelas crianças que precisam se meter na
lama para arranjar o caranguejo de cada dia, a esperança de uma
mudança social para os trabalhadores enganados por um líder
carismático mas com grande interesse individual.
A obra demonstra o temor dos regionalistas com as novas práticas e o
estilo de vida trazido pelas espaços modernos. Assim, analisando a
obra, podemos perceber como a construção histórica do nordestino
também possui suas descaracterizações, presente nas cidades (modelos
de decadência dos costumes "tradicionais"), com práticas consideradas
desvirilizastes.
O rapaz acaba infeliz, fracassado no casamento e desejoso de voltar às
suas origens na Fazenda Santa Rosa, mas, envolvido pelas questões de
trabalhadores, acaba sendo exilado para Fernando de Noronha.
•JOSÉ LINS DO REGO

(1933)
•PERSONAGENS:
• Operários: Ricardo, Florêncio, Seu Lucas, Deodato,
Leopoldino, Seu Antônio, Simão, Jesuíno, Francisco,
Sebastião e Seu Abílio
• Mulheres: Mãe Avelina, Dona ambrósia, Odette, Antônia,
Guiomar e Isaura
• Chefes: Seu Alexandre e Dona Isabel
• Líderes políticos: Doutor pestana, Clodoaldo, Dona Laura
Carlos de melo e José Carlos cordeiro
•ENREDO
O Moleque Ricardo tem uma narrativa imersiva e ambientação
impecável, como de costume nos livros de José Lins do Rego.
A sua jornada começa aos seus 16 anos, quando ele se sente
seduzido pelo apito do trem para a Capital.
Sem conseguir evitar sua vontade de conhecer o mundo, o
jovem muda-se para Recife e deixa sua vida no engenho de
Santa Rosa – onde nasceu e cresceu. Regado por
impetuosidade e experimentação, o menino tem um grande
choque de realidade.
TRECHO DE ANÁLISE
Depois que deixou a casa de dona Margarida, foi que Ricardo começou
a conhecer o Recife. Os dois anos da rua Arame, ele viveu como se
estivesse no engenho. Pouco saia de lá, e quando saía, era com medo.
Tinha medo de se ver sozinho no meio do povo. Ficava sozinho no seu
canto, no bonde, ouvindo a gritaria da cabroeira. Verdureiros com
cestos entulhados brigando com o condutor pelo preço de frete, uma
balbúrdia infernal de todos os dias. Nunca fizeram uma viagem sem
discussão de gente no bonde. Quando não era de passageiros, era do
fiscal com o condutor. Ricardo via "peixarias" enormes com o cabo
aparecendo. E se arrepiava só em pensar em briga ali no bagageiro.
Afinal foi se acostumando com o povo. E até gostava das conversas que
uns puxavam para os outros. Tempos de carnaval, só falavam de uma
coisa só: Toureiros, vassourinhas, pás - douradas.
Características da segunda geração do
mordenismo
O trecho destaca a influência do realismo e
romantismo,a valorização da Cultura brasileira,a
linguagem coloquial e tambem é destacado a realidade
social,cultural e econômico.
QUESTÕES:
1. Por qual motivo o Moleque Ricardo deixou o
engenho?

A. Porque não aguentava mas está no engenho


B. Porque queria uma nova família
C. Porque queria mudar de vida
D. Porque queria estar livre da sua mãe
2. Como era o trabalho onde o Moleque Ricardo
trabalhava?

A. Era um trabalho de péssimas condições


B. Era um trabalho de honestidade
C. Era um Trabalho que ganhava mais de um salário
D. Era um trabalho que ganhava pouco e trabalhava
muito
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao ler o livro observamos as dificuldades que o menino
Ricardo se deparou, dificuldades que encontramos em nossa
sociedade até hoje. Pessoas que precisam sair de suas
realidades em busca de encontrar algo novo, uma melhoria e
muitas das vezes se deparam com uma realidade dura, com
outras dificuldades.
O livro é muito rico, faz com que o leitor sinta realmente cada
sentimento do personagem, se sinta comovido com os fatos.
OBRIGADO PELA ATENÇÃO!!!

• ALUNOS: Stefany Gabriely; Julia Raquel; Emilly Evellyn; Carlos Daniel; Karlly Natiely; Ruth Maria

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