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Memórias Sentimentais de João

Miramar
Oswald de Andrade

Arthur Pinoti
Debora Cristina
Eduardo Batista
João Augusto
Larissa Souza
BIOGRAFIA
Fundou junto com Tarsila o
"Movimento Antropófago". Foi
uma das personalidades mais
polêmicas do Modernismo. Era
irônico e gozador, teve uma vida
atribulada, foi militante político,
foi o idealizador dos principais
manifestos modernistas. Ao lado
da pintora Anita Malfatti, do
escritor Mário de Andrade e de
outros intelectuais organizou a
Semana de Arte Moderna de
1922.
 José Oswald de Sousa de Andrade  Em 1924 lançou o “Manifesto Pau-
foi um escritor e dramaturgo Brasil”.
brasileiro.  Em 1925 lançou o livro de poemas
 José Oswald de Sousa Andrade “Pau-Brasil” que foi ilustrado por
nasceu em São Paulo, no dia 11 de Tarsila do Amaral com quem teve seu
janeiro de 1890. primeiro casamento.
 Seu primeiro artigo “Penando” foi  Separa-se de Tarsila e casa-se com a
publicado em 1909 pelo Diário escritora e militante política Patrícia
Popular. Galvão.
 Em 1912 fez sua primeira viagem à  Em 1944 realiza seu terceiro
Europa onde absorveu muitas ideias casamento. Agora com Maria
futuristas. Antonieta D’aikmin, com quem teve 2
filhas.
 Formou-se em Direito pela
Faculdade de São Paulo, mas optou  Faleceu aos 64 anos em São Paulo, no
por continuar no jornalismo. dia 22 de Outubro de 1954.
ENREDO
João Miramar pertence a uma rica família burguesa. Sua
infância é marcada pela morte do pai. Miramar estuda em bons
colégios de São Paulo e, depois de se formar, parte para uma
longa viagem de conhecimento e amadurecimento onde, na
Inglaterra, recebe um dinheiro extra, enviado pela família, que
solicita seu rápido retorno ao Brasil para assumir suas
responsabilidades de herdeiro e de homem adulto.
Ao chegar, toma conhecimento da morte da mãe, recebe a
herança e se casa com a prima Célia, para manter o controle
financeiro em mãos familiares.
Viaja ao Rio de Janeiro com a esposa, que tenta arrastá-lo a
uma convivência mais estreita com a gente refinada do lugar. A
tentativa é inútil, porque desde logo Miramar desenvolve um
espírito rebelde às convenções.
O casal retorna a São Paulo e Miramar parte para uma viagem
de contato com suas raízes familiares, conhecendo as terras onde
seu pai tinha sido criado.
Miramar conhece a atriz Mademoiselle Rolah, que se torna sua
amante. Influenciado por ela, torna-se produtor cinematográfico,
mas consegue apenas criar fitas de segunda categoria. Enquanto
isso, retoma o contato com José Chelinini, companheiro de
estudos. O amigo tenta seduzir a sogra e as cunhadas de Miramar,
que conhece durante uma viagem.
O casal retorna a São Paulo e acompanha com apreensão o
desenrolar da guerra europeia, principalmente em função da
convocação de Pantico, primo e amigo de Miramar. Ao mesmo
tempo, Miramar parte para uma viagem de contato com suas raízes
familiares, conhecendo as terras onde seu pai tinha sido criado.

Miramar conhece a atriz Mademoiselle Rolah, que se torna sua


amante. Influenciado por ela, torna-se produtor cinematográfico,
mas consegue apenas criar fitas de segunda categoria.
O relacionamento de Miramar e Célia não vai bem. Ele suspeita
do envolvimento da esposa com seu amigo Pepe, enquanto ela
reforça suas desconfianças a respeito da relação do marido com
Rolah. O desenlace da crise matrimonial conduz ao divórcio. Para
piorar a maré de azar de Miramar, seus negócios não vão bem e ele
decreta falência. Depois disso, é abandonado por Rolah. Miramar
passa então a trabalhar em um jornal, enfrentando sérias
dificuldades financeiras.
Depois da morte de Célia, a filha do casal, Celiazinha,
reaproxima-se do pai.
PERSONAGENS

• João Miramar: • Célia: prima e


narrador-protagonista, o esposa de
jovem rico viaja pelo Miramar.
mundo em busca de Desconfia das
conhecimento. Precisa traições do
voltar ao Brasil para marido, assim
assumir os negócios da como ele
família. Casa-se com a desconfia da
prima, Célia, mas vive um infidelidade dela.
romance com O casamento
Mademoiselle Rolah. acaba em divórcio.
• Mademoiselle Rolah:
atriz e amante de
Miramar, convence-o a
investir no mercado de
produção de filmes.

• Celiazinha: filha de
Miramar, reaproxima-se
do pai depois que a mãe
morre.
FOCO NARRATIVO Em alguns momentos, o
narrador de 1ª pessoa cede espaço
O foco narrativo na obra é a outros narradores também de 1ª
predominantemente de 1ª pessoa. Isto ocorre quando são
pessoa. João Miramar relata os transcritas cartas e bilhetes
principais momentos de sua
trajetória.
“Ilmo. Sr. Dr.
Cordeais saudações
"Entrei para a escola mista de D.
Matilde." (Cap. 5) [...] Confirmo a minha de 11
próximo passado que aqui vai tudo
em ordem e a lavoura vai bem já
"Não disse nada do que queria estou dando a segunda carpa. [...]”
dizer a Madô." (Cap. 10)
MOVIMENTO LITERÁRIO

Oswald de Andrade aproveitou as técnicas do vanguardismo


europeu e as adaptou a transmissão literária de um país em
transição: primeiras décadas do século XX, contexto social e
mental da realidade urbana em processo inicial de
industrialização, mas culturamente presa a um passado
parnasiano, econômica e politicamente contaminada pela
guerra europeia.
Conclusão
CONCLUSÃO

Memórias Sentimentais de João Miramar é uma narrativa


que se recusa a construir-se como tal. Assim, através deste
verdadeiro mosaico que é a obra, Oswald de Andrade não
pretende somente explodir as bases da literatura da época,
mas também e principalmente implodir a sociedade burguesa e
seus valores morais.
QUESTÕES
1. A abertura de "Memórias Sentimentais de João Miramar" de Oswald
de Andrade se faz com um texto, cujo título é (À Guisa do Prefácio).
Relacionando prefácio e obra, assinale a alternativa INCORRETA:

a) O estilo do prefácio é empolado e recheado de clichês, contrastando


com o estilo do resto do romance.
b) O prefácio modela o romance, segundo os padrões reinantes na prosa
acadêmica brasileira.
c) O autor do romance, João Miramar-Oswald, intensifica a crítica à
literatura beletrista, já anunciada nas entrelinhas do prefácio.
d) O pseudo-autor do prefácio, Machado Penumbra, converte-se em
personagem, adentrando o romance como "orador ilustre escritor".
e) O prefácio revela o romance como renovação da prosa literária
brasileira através de um estilo fragmentário e sintético.
2. "Memórias Sentimentais de João Miramar" é um
romance:

a) realista que retrata fielmente a vida da burguesia paulista do


início do século XX.
b) romântico que contrapõe a riqueza da fazenda de café à
hostilidade do meio urbano.
c) modernista que, por meio da linguagem, inova a estrutura do
gênero.
d) parnasiano que apresenta um narrador de linguagem difícil e
truncada.
3. (PUC- Campinas)

O alpinista
de alpenstock
desceu
nos Alpes
O texto acima, capítulo do romance Memória Sentimentais de João Miramar,
exemplifica uma tendência do autor de:
a) Procurar as barreiras entre poesia e prosa, utilizando estilo alusivo e elíptico.
b) Explorar o poema em forma de prosa, satirizando as manifestações literárias do Pré-
modernismo.
c) Buscar uma interpretação lírica de seu país, explorando a forca sugestiva das
palavras.
d) Utilizar o poema-piada, para satirizar tudo o que não fosse nacional.
e) Procurar “ser regional e puro em sua época”, negando influencias das vanguardas
europeias.

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