Você está na página 1de 5

ESCOLA: Centro Educacional Sarah Kalley

DATA: 30/03/2023
ALUNA: Ana Graziela Ferreira Alves
PROFESSOR: Warlley Patrick
MATÉRIA: Literatura

TRABALHO DO LIVRO
O CORTIÇO

1
FICHA TÉCNICA:
Nome do livro: O Cortiço
Data de publicação: 1890
Autor: Aluísio Azevedo
Gênero: Romance, literatura do naturalismo e ficção
Idioma: Português
Número de páginas: 231
O Cortiço é um romance do escritor brasileiro Aluísio de Azevedo. Foi publicado
em 1890 e faz parte do movimento naturalista do Brasil. O livro é dividido em 23
capítulos, O Cortiço apresenta um narrador onisciente sendo narrado em terceira pessoa.
Dono do Cortiço, João Romão é um português ambicioso que explora seus empregados.
Além de proprietário da habitação coletiva, ele é dono de uma pedreira e uma taverna, o
protagonista é descrito no livro como uma pessoa que é disposta a tudo quando o assunto
é enriquecer. Sua amante, Bertoleza, o ajuda de domingo a domingo, trabalhando sem
descanso, ao lado do cortiço aparece o sobrado aristocrático, em que vive o burguês
Miranda, comerciante de tecidos, casado com Estela. Eles vivem um casamento infeliz, e
Estela o trai sempre. Miranda demostra-se incomodado com o crescimento do cortiço e por
esse motivo, entra em rivalidade com João Romão. No entanto, com o intuito de ter um
status social parecido com de seu rival, João Romão casa-se com a filha de Miranda e
Estela: Zulmira. A partir daí, ele consegue alcançar melhores condições sociais, João
Romão, tem uma escrava chamada Bertoleza, ele forjou uma carta de alforria para ela, que
por fim, torna-se sua amante e passa a trabalhar para ele. Entretanto, após o casamento
de Romão Bertoleza não aceita que João Romão a descarte e se case com outra mulher.
Para se livrar dela, Romão denuncia Bertoleza como escrava fugida e seu verdadeiro dono
aparece para colocá-la novamente no cativeiro. Desesperada, ela se mata.

No cortiço, a vida é simples e dura. Grande parte do enredo retrata a vida de seus
moradores e de seus envolvimentos. Rita baiana é uma mulata de grande carisma e que
conhece todos os moradores da habitação coletiva. De natureza sedutora, teve um
envolvimento com Firmo e mais tarde, com o português Jerônimo. Esse envolvimento,
levou ao assassinato de Firmo. Jerônimo é um homem honesto que trabalha na pedreira
de João Romão. É casado com a portuguesa Piedade e juntos tem uma filha. Após se
envolver com a sedutora Rita Baiana, sua esposa descobre a relação e começa a beber.

2
Enciumado pelo envolvimento anterior que Rita teve com Firmo, Jerônimo resolve
assassinar seu rival. Por fim, Jerônimo abandona sua família para ficar com Rita, entra
então em um acelerado processo de decadência física e moral, assim como sua esposa,
que termina alcoólatra. Pombinha no início da narrativa ela é uma moça culta e inocente
que aguarda a primeira menstruação para que possa se casar. Seduzida pela prostituta
Léonie, ela foge para viver com a amante e também se torna prostituta. O incêndio no
cortiço foi um dos fatores principais para que muitos moradores se transferissem para
outro cortiço, o “cabeça-de-gato”. Com isso, o local foi reformado e a avenida recebeu o
nome de “Avenida São Romão”.

Assim, O livro retrata a vida dos moradores do cortiço de forma realista, mostrando
suas lutas diárias, seus relacionamentos, seus vícios e seus problemas sociais, a obra é
marcada pela descrição minuciosa dos personagens e de seus ambientes, assim como
pela denúncia das condições de vida dos mais pobres na época. No final, o cortiço é
destruído por um incêndio, simbolizando o fim daquela comunidade e o início de uma nova
fase na vida de seus habitantes. O livro é considerado um clássico da literatura brasileira e
uma obra importante do movimento literário do Realismo/Naturalismo.

BIOGRAFIA DE LUÍSIO AZEVEDO:

Considerado o pioneiro do Naturalismo (movimento literário da segunda metade do


século XIX) no Brasil, o romancista Aluísio Azevedo foi um importante romancista
brasileiro. Trabalhou também como jornalista, diplomata e caricaturista. Suas obras mais
importantes são: O mulato, O cortiço e Casa de Pensão.
Aluísio Tancredo Belo Gonçalves de Azevedo nasceu em São Luís, Maranhão, no
dia 14 de abril de 1857 e faleceu na Argentina no dia 21 de janeiro de 1913, filho de David
Gonçalves de Azevedo e Emília Amália Pinto de Magalhães, completou os estudos
secundários em sua cidade natal, no Liceu do Maranhão. Aos 17 anos mudou-se para o
Rio de Janeiro, junto com seu irmão, Artur Azevedo, teatrólogo e jornalista. Ali, estudou na
Academia Imperial de Belas-Artes a partir de 1876. Assim, além de escritor e jornalista,
Aluísio foi pintor e desenhista. Trabalhou como caricaturista em alguns jornais do Rio de
Janeiro: A Semana Ilustrada, O Figaro, Zig-Zag e O Mequetrefe.
As principais características do seu estilo literário é a valorização, em suas obras,
do cotidiano e das relações sociais e familiares, obras que retratam aspectos populares da

3
cidade do Rio de Janeiro no final do século XIX, Retrato da sociedade e crítica social,
adultérios e vícios, personagens simples, preconceito racial, abordagem de problemas
sociais, principalmente das camadas mais pobres da população, utilização de métodos
investigativos para a composição do enredo e a presença, em suas obras, do
determinismo social.

Suas principais obras são O Mulato (1881): obra que inaugura o movimento


naturalista no Brasil, denunciando o preconceito racial e criticando o clero, Casa de
Pensão (1884): obra em que descreve a vida de jovens estudantes, habitantes de uma
pensão no Rio de Janeiro e O Cortiço (1890): marco do movimento naturalista, essa obra é
um retrato da sociedade brasileira do século XIX, narra as histórias dos habitantes de um
cortiço no Rio de Janeiro.

4
5

Você também pode gostar