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E.E.

B VIDAL RAMOS JÚNIOR

ALUNA: BRUNA CAROLINE SIEGA


201 MATUTINO

TRABALHO DE LEITURA
SOBRE O LIVRO
“O CORTIÇO”

CONCÓRDIA, SETEMBRO DE 2020


Aluísio de Azevedo
Aluísio de Azevedo foi o principal autor da vertente
naturalista no Brasil e o primeiro escritor a viver de literatura no
país. Exímio retratista de tipos sociais, escreveu inúmeras obras,
entre romances, contos, crônicas e peças teatrais, além de ter
sido desenhista e caricaturista.
Sua produção literária concentra-se entre os anos de 1882 e
1895, aproximadamente, com destaque para o célebre romance O
cortiço, leitura obrigatória para ingresso em diversas
universidades brasileiras, bem como para a compreensão das
estruturas sociais cariocas, no final do século XIX, pautadas na
exploração econômica e na perpetuação das desigualdades.

Biografia de Aluísio de Azevedo


Nascido em São Luís do Maranhão (MA), em 14 de abril de 1857,
Aluísio Azevedo era filho de D. Emília Amália Pinto de Magalhães
e do vice-cônsul português David Gonçalves de Azevedo.
Demonstrou, desde muito jovem, grande interesse por desenho e
pintura, o que o levou a mudar-se para o Rio de Janeiro em 1876,
a fim de matricular-se na Imperial Academia de Belas Artes.
Para manter-se na capital, desenhava caricaturas para os
jornais O Fígaro, A Semana Ilustrada, O Mequetrefe, e Zig-Zag.
Também rascunhava cenas de romances.
Aluísio Azevedo trouxe o naturalismo à literatura brasileira.
Morto seu pai em 1878, retorna a São Luís, onde dá início à sua
carreira de escritor no ano seguinte, com o romance Uma lágrima
de mulher, ainda aos moldes da estética romântica. Trabalha
também para a fundação do jornal O Pensador, publicação
anticlerical e abolicionista.
Em 1881, lança seu primeiro romance naturalista, O mulato,
abordando o assunto do preconceito racial. Bem recebido na
corte, apesar da temática da obra ter sido considerada
escandalosa, Aluísio embarca de volta para o Rio de Janeiro,
decidido a ganhar a vida como escritor.
De volta à capital do Império, produz diversos folhetins, que
garantiam sua sobrevivência. Nos intervalos dessas publicações,
geralmente melodramáticas e românticas, dedicava-se à pesquisa
e à escrita naturalista, que o consagrou como grande autor
brasileiro. Foi nessa época que lançou suas principais obras, Casa
de pensão (1884) e O cortiço (1890).
Aprovado em concurso para o cargo de cônsul em 1895, abandona
a carreira literária. Reside na Espanha, no Japão, na Inglaterra,
na Itália, na França, no Uruguai, no Paraguai e na Argentina, onde
falece, em Buenos Aires, em 21 de janeiro de 1913.

Obras de Aluísio Azevedo


Romances
 Uma lágrima de mulher (1880)
 O mulato (1881)
 Mistérios da Tijuca [reeditado com o título Girândola de amores]
(1882)
 Memórias de um condenado [reeditado com o título A condessa
Vésper] (1882)
 Casa de pensão (1884)
 Filomena Borges (1884)
 O homem (1887)
 A coruja (1890)
 O cortiço (1890)
 A mortalha de Alzira (1894)
 Livro de uma sogra (1895)
Teatro
 Os doidos (1879)
 Flor-de-lis (1882)
 Casa de orates (1882)
 O caboclo (1886)
 Venenos que curam (1886)
 A República (1890)
 Um caso de adultério (1891)
 Em flagrante (1891)
Contos
 Demônios (1895)
 Pegadas (1897)
 O touro negro [contos, cartas e crônicas em ed. póstuma] (1938)

Resumo da obra “O CORTIÇO”


O Cortiço narra a trajetória do português João Romão, dono do
cortiço, de uma pedreira e de uma quitanda, em busca do
enriquecimento, não medindo esforços para isso, ele explora
muito seus empregados principalmente Bertoleza, uma escrava
fugida e sua amante ela o ajuda de domingo a domingo,
trabalhando incansavelmente. Bertoleza cuidava das vendas de
uma quitanda e resolveu confiar em Romão. Juntos eles juntaram
dinheiro e ele com a desculpa de que compraria a alforria dela,
fica com tudo o que ela havia juntado.

Ao lado do cortiço vivia Miranda, um comerciante bem sucedido


que disputa com o quitandeiro um pedaço de terra para aumentar
seu quintal, entretanto, não havendo acordo, há o rompimento
provisório da relação entre eles.

João Romão motivado pela inveja que tem de Miranda que possui
uma condição social superior passa a trabalhar de forma árdua e
a privar-se de certas coisas para enriquecer mais que Miranda.
Entretanto, quando Miranda recebe o título de Barão, João
Romão entende que não basta ter dinheiro, é necessário também
ter uma posição social reconhecida e ostentar certos luxos, como
frequentar lugares requintados, teatros, usar roupas finas, ler
romances, isto é, inserir na vida burguesa.

A partir daí João Romão se equipara à Miranda e começa a imitar


suas conquistas, o cortiço todo também muda, perdendo o
caráter desorganizado e miserável para se transformar na Vila
João Romão. Além disso, se aproxima da família de Miranda e
pede a mão da filha dele, Zulmira, em casamento, visando
ascender ainda mais.
Há, entretanto, o empecilho representado por Bertoleza, que,
percebendo a intenção de João Romão em se livrar dela, exige
usufruir dos bens que ajudou a acumular enquanto ela estava ao
seu lado. Assim, para se ver livre da amante, que atrapalha seus
planos de ascensão social, ele a denúncia a seus antigos donos
como escrava fugida. Assim, num gesto desesperado prestes a
ser capturada, Bertoleza se mata com a faca de limpar peixes,
deixando o caminho livre para o casamento de Romão e Zulmira.

Também há em paralelo, os moradores do cortiço que têm menor


ambição, como Jerônimo que assume a gerência da pedreira de João e
passa a viver no cortiço com sua mulher Piedade. A princípio era um
homem de honestidade, força e nobreza louvável. No entanto, é
seduzido pela Rita Baiana, assassina o namorado dela, Firmo. Abandona
sua esposa e vai morar com Rita. Entra num processo de decadência
física e moral, assim como Rita. Deixando Piedade desolada, que se
torna alcoólatra.

A decadência atinge também os outros moradores do cortiço. Um deles


é Pombinha, uma moça bonita, discreta e educada que esperava a
primeira menstruação para poder se casar. Abandonou o marido, e foi
viver com a prostituta Leonie, prostituindo-se também.

ANÁLISE PESSOAL SOBRE O LIVRO


Após a leitura do livro “O cortiço” de Aluísio de Azevedo
romance naturalista escrito no final do século XIX (19), livro
este que se trata da memória viva da rivalidade e da ganância do
homem.
A história se passa em Botafogo no Rio de Janeiro, ele aborda a
realidade cotidiana da vida dos cariocas, se baseia na burguesia e
na pobreza, na exploração do trabalho na ambição do homem e do
capitalismo presente desde cedo na vida das pessoas.
Características marcantes presentes na obra são questões
sociais, individuais e sentimentais dos personagens. O
personagem João Romão é o maior representante desta questão
social, o comerciante passa por cima de tudo para conseguir o que
almeja, preocupando-se apenas com suas questões individuais. Já
o personagem Jerônimo é o que representa as questões
sentimentais, ele deixa sua esposa para casar-se com Rita Baiana,
mas não por amor e sim por se sentir atraído sexualmente por
ela. Esta característica está presente no naturalismo a
animalização dos personagens, agindo por seus instintos.

Pode ser destacado o fato de que o próprio cortiço acaba se


tornando, de certa forma, um personagem do livro devido a uma
personificação do espaço.

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