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SÍNTESE
CRÍTICA
Carlos Heitor Cony diz que o autor quer mostrar que a alma humana é uma espécie de
corpo a parte que vive, sofre e se redime. Ráskolnikov sofria mesmo antes de cometer o
crime. Animava-se quando perdia a coragem e tinha certeza que jamais poderia cometer
tamanha atrocidade. Sofreu ainda mais quando cometeu o crime. Não conseguiu se aproveitar
do que roubou, se angustiou, ficou doente, e sua vida ficou pior.
Quando se entregou, se culpou, disse estar arrependido, não se poupou e isso chamou
a atenção dos juízes. Dentro da prisão já não enxergava da mesma maneira. Pensava eu o que
tinha feito não era tão grave; já não havia arrependimento pelo crime, mas se censurava por
ter sido tão fraco de espírito ao ponto de nem coragem de cometer o suicídio tivera, pois
ficara com medo da água.
Esses dramas psicológicos dependem da ocasião em que se está vivendo. No primeiro
momento ele queria se livrar da pobreza, dar uma vida digna para sua mãe e irmã apesar, de
pensar mais em si mesmo que em sua família. Ele não quer dar aulas, não que trabalhar e lutar
como Razumíkhin o fazia, ele podia ter agido como o amigo, mas ele preferiu se revoltar e
desistir.
Depois começa a sofrer por planejar a morte de Aliena, mesmo que ache que mereça
por ser uma exploradora. Depois sofre porque foi capaz de matar, não uma, mas duas vezes,
pois matara a irmã da vítima por aflição extrema. Tenta se redimir ajudando outras pessoas,
mas está perturbado e não consegue mais viver somente na realidade. Tem muitos delírios.
Já na prisão não se sente livre, mas inábil, com um espírito fraco e incapaz de resistir à
pressão de suas próprias decisões ao ponto de ficar doente como antes. Carlos Heitor Cony
diz que Rásklnikov é um pobre diabo que se tornou um assassino em troco de nada, por culpa
de sua própria alma tumultuada e confusa.