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Os Maias

Os Maias: História de uma família ao longo de três gerações, incluindo a intriga


secundária e a principal, que se constrói como uma ação fechada
Episódios da vida Romântica: Descrição de um certo estilo de vida - romântico – a
partir da critica de costumes da sociedade lisboeta, principalmente da aristocracia e
alta burguesia da década de 70 do século XIX. Esta critica constrói-se através de
ambientes e das personagens-tipo.
Contexto em que surge: Romantismo demasiado limitado aos problemas nacionais.
Período que sucede ao primeiro romantismo português (1850-1870) – não é fértil em
criações originais, rareiam os contactos com o estrangeiro a nível das grandes criações
de ideias  período de estagnação.

Romance: Pluralidade de Ações


Estrutura tripartida
1. Antecedentes da ação (analepse)
2. Ação principal
3. Epílogo

Intriga secundária: Amores de Pedro da Maia e Maria Monforte


 Condiciona o desencadeamento da intriga principal. São os
amores infelizes de Pedro e Maria Monforte que levam à separação dos
filhos, que desconhecem a existência um do outro.

Intriga principal: Amores de Carlos da Maia e Maria Eduarda

Amores de Pedro da Maia e Maria Monforte Amores de Maria Eduarda e Carlos da Maia
Consumação do incesto
Casamento Pedro da Maia e Maria Monforte Guimarães entrega a Ega um cofre, contendo
uma declaração de Maria Monforte
Viagem lua de mel Revelações de Ega e Vilaça
Revelações de Vilaça a Carlos
Nascimento de Carlos e Maria Eduarda Revelações de Carlos ao avô, Afonso da Maia
Incesto consciente de Carlos
Fuga de Maria Monforte com Tancredo Encontro de Carlos com Afonso
Morte de Afonso
Maria Monforte leva Maria Eduarda Revelações a Maria Eduarda
Partida de Maria Eduarda para Paris
Pedro da Maia fica com Carlos Viagem de Carlos e Ega por Londres, América
do Norte e Japão.
Suicídio de Pedro em Benfica

Intriga Secundária

Intriga principal

a) Vida dissoluta
b) Encontro fortuito com Maria Monforte
Paixão
c) Pedro procura um encontro com Maria
Monforte
d) Encontro através de Alencar / Melo
Elemento de oposição: a Negreira
(oposição real de Afonso)
e) Encontros e casamento
f) Vida de casados: viagem ao estrangeiro, vida social em
Arroios, nascimento dos filhos
g) Retardamento do encontro com Afonso
Elemento desencadeador do drama: o
Napolitano
h) Infidelidade e fuga de Maria Monforte –reações de
Pedro
O drama
i) Regresso de Pedro ao Ramalhete, diálogo com Afonso e
suicídio de Pedro
j) Motivação para a morte de Afonso

a) Vida dissoluta
b) Encontro fortuito com Maria Eduarda
Paixão
c) Carlos procura um encontro com Maria
Eduarda
d) Encontro através de Dâmaso (Indirecto)
Elemento de oposição: a amante (oposição
potencial de Afonso)
e) Encontros e relação
f) Vida de relacionamento íntimo: viagem ao
estrangeiro e casamento adiados, vida
social
na Toca
g) Retardamento por causa de Afonso
Elemento desencadeador da tragédia: o
Guimarães
h) Descoberta do incesto – reacções de
Carlos
A iminência da tragédia
i) Encontro de Carlos com Afonso, sem
diálogo,
e motivação para o suicídio de Carlos
j) Morte de Afonso

Antecedentes da Ação
1. Instalação dos Maias em Lisboa
2. Grande analepse – Afonso, Pedro, Maria Monforte
3. Juventude de Afonso e exilio em Inglaterra
4. Vida de Pedro- Infância, juventude, relação e casamento, suicídio
5. Período de 50 anos é aqui narrado

Intriga Principal
1. Carlos vê Maria Eduarda no Hotel Central
2. Carlos visita Rosa, filha de Maria Eduarda, a pedido de Miss Sara a governanta
3. Carlos declara-se a Maria Eduarda
4. Carlos e Maria Eduarda consumem incesto inconscientemente
5. Guimarães faz revelações a Ega
6. Ega conta a Carlos sobre Maria Eduarda
7. Carlos faz revelações a Afonso
8. Carlos consome incesto conscientemente
9. Afonso morre de desgosto no Ramalhete
10. Ega revela a verdade a Maria Eduarda
11. Maria Eduarda parte definitivamente para Paris

Epílogo
1. Viagem de Carlos e Ega
2. Carlos em Sevilha
3. Reencontro de Carlos e Ega

Tempo da Narrativa

A faixa temporal abarca cerca de setenta anos 1820- 1887. Todavia apenas catorze
meses são objeto da atenção diferenciada: 1875-1877

Tempo histórico e criação da verosimilhança

A história narrada corresponde a grandes marcos da história portuguesa do século XIX


Ao longo do romance são várias as referências a acontecimentos históricos que
ajudam a contruir o efeito do real- induzem o leitor a acreditar que a história d’Os
Maias é tão real como os acontecimentos referidos:
1. Constituição de 1822
2. Regeneração 1850
3. Filósofos da década de 70

Tempo Psicológico

A passagem do tempo influência as personagens não só no seu envelhecimento como


também nos seus comportamentos.
1. Horas passadas no consultório, que Carlos considera monótonas e “estupidas”
2. Quando Ega e Carlos visitam o Ramalhete passados os dez anos e Carlos afirma
“É curioso! Só vivi dois anos nesta casa, e é nela que me parece estar metida a
vida inteira”

O epílogo do romance evidencia essa constatação por parte do narrador, ou seja, feito
balanço do passado e analisando o presente, a previsão para o futuro mostra-se
sombria, por força das instituições e das pessoas que as representam.

A complexidade do Tempo

Santa Olávia- Lugar puro e regenerador onde Carlos passa a sua infância
Coimbra- Formação de Carlos
Paris- Capital da Cultura
A representação de espaços sociais e críticas de costumes

“Episódios da Vida Romântica” Aponta para a pintura detalhada de uma sociedade


com os seus vícios e aspetos menos edificantes. Ao retratar os espaços da alta
burguesia e aristocracia do século XIX, Eça apresenta as personagens como produtos
de fatores naturais- Meio, Hereditariedade e Educação

A Educação

1. Mentalidade portuguesa: Visão católica, decadente, tradicionalista, avessa a


inovações.
2. Pedro e Eusebiozinho são alvos desta educação
3. Pedro- Fraco, frágil, sentimental, carente da mãe e da mulher
4. Eusebiozinho- Submisso à violência da mulher

1. Mentalidade Britânica: Educação moderna, aberta ao conhecimento e ao


futuro, apologista da cultura do físico, defende a ética e o respeito pelas
diferenças.
2. Alvo desta educação: Carlos
3. Carlos- forma-se em medicina, carreira que logo abandona por causa do ócio e
meio lisboeta. Carlos sobrevive à tragedia da família, devido à educação,
supõem-se.

Episódios representativos

Jantar no Hotel Central


1. Espécie de homenagem de Ega a Cohen
2. Proporciona que Carlos veja pela primeira vez Maria Eduarda
3. Discute-se sobre o estado das finanças de Portugal e como parece estar num
eterno endividamento; Ega defende extremas reformas
4. Intriga literária entre Ega e Alencar- Naturalismo vs. Romantismo
5. Alencar é um ultrarromântico que rejeita a Ideia Nova

Corrida de Cavalos
1. Carlos assiste na esperança de encontrar Maria Eduarda, algo que não acontece
2. Lisboa está tão desesperada pela cosmopolitização que organiza um evento
que nada tem que ver com a cultura do país
3. O espaço é inadequado ao acontecimento
4. Comportamento desajustado das senhoras que se vestem de forma
inadequada para o evento
5. Farta de desportivismo por parte dos portugueses nas apostas

Jantar dos Gouvarinho


1. Surge no momento em que Carlos já não está interessado pela Condessa pois
passa maior parte das manhãs com Maria Eduarda
2. Sousa Neto apresenta uma ignorância quando começa a conversar com Ega
sobre as supostas teorias de Proudhon relativas ao amor e à literatura em
Inglaterra
3. Incompetência dos políticos: O conde Gouvarinho já tinha passado por vários
ministérios e Sousa Neto era oficial superior da Instituição Pública e nada sabia
sobre os filósofos e figuras da literatura contemporâneos

Jornais: Corneta do Diabo e A Tarde

1. O jornalismo desprovido de ética e moral pois os jornalistas deixavam-se


corromper pelo dinheiro o que significa que iam atrás deste e não da verdade
para relatar ao povo
2. Episódio de Carlos e Ega que vão ter com Palma Cavalão para saberem quem
escreveu tais insinuações sobre Carlos e Maria Eduarda e Palma Cavalão aceita
revelar na troca de 100 reais
3. Neves publica uma notícia de Dâmaso a admitir ter escrito as insinuações
porque estava embriagado

Sarau no Teatro da Trindade

1. Carlos vai apenas por dever de cumprimento social


2. Guimarães revela a Ega o caso de Carlos e Maria Eduarda
3. Este é o momento da ação preponderante para desencadear a tragédia final
4. Ausência da família real no espetáculo de beneficência
5. Ignorância tal que não sabem apreciar o talento de Cruges
6. Lágrima fácil pelos versos de Alencar

Passeio Final de Ega e Carlos

1. “Nada mudara” passados dez anos


2. Aceitação do fracasso e desencanto pela parte dos dois amigos
3. Falta de folego nacional para terminar as obras empreendedoras
4. Decadência dos valores
5. Estátua de Camões cuja tristeza espelha a grandeza de outrora, agora perdida
6. Bairros antigos oferecem a imagem de decadência de Portugal
7. Ramalhete solitário e amortalhado- ruína dos Maias

Os serões no ramalhete, o chá dos Gouvarinho e as conversas ocasionais também têm


presentes críticas sociais

Representatividade das personagens


1. Afonso- Português austero, símbolo das virtudes e da moral de outrora
2. Pedro- Fruto da educação tradicional portuguesa, fraco, sentimental, frágil,
carente da mãe e da mulher, tendência para comportamentos neuróticos e um
final trágico
3. Alencar- Poeta ultrarromântico que rejeita a Ideia Nova
4. Cohen- Financeiro sem escrúpulos que é o símbolo das finanças nacionais
oportunistas
5. Conde Gouvarinho- Político incompetente, retrógrado, mas com poder
6. Sousa Neto- Representante da administração pública, ignorante e inculto~
7. Eusebiozinho- Fruto da educação tradicional portuguesa, retrógrado e
deformador
8. Dâmaso- Cobarde, imitador, falta de identidade, “chique a valer”
9. Ega- Incoerente nas suas posições, alheio a convenções, mas vítima do meio
que tanto contesta
10. Carlos- Português educado superiormente, ditado de um gosto requintado que
se distância do meio social que o rodeia, mas vitima da ociosidade lisboeta que
o leva a desistir dos seus projetos
11. Cruges- Intelectual incompreendido e marginalizado
12. Craft- Inglês rico e boémio que se distancia do meio lisboeta
13. Steinbroken- Político neutro que nunca se compromete
14. Palma Cavalão e Neves- Jornalistas corruptos
Os espaços e o seu valor simbólico

Lisboa- Símbolo da sociedade portuguesa da regeneração incapaz de se modernizar


Santa Olávia- Lugar de refúgio de Afonso após a morte do filho; Carlos cresce e
prepara-se para a vida.
Coimbra- Símbolo da boémia estudantil, artística e literária; é o espaço de formação
académica e civil de Carlos
Sintra- Paraíso romântico perdido, refúgio, passeio

Espaços interiores

Ramalhete- Constitui um marco de referência fundamental. E o seu apogeu e


degradação acompanham o percurso da família.
Símbolo da decadência da família e do país.
Início do romance: O Ramalhete encontra-se fechado, abandonado e mostra
sinais de degradação.
Intriga principal: O ramalhete é lugar de vida, reflectindo o gosto de Carlos; o jardim
está viçoso.
No capítulo final: O Ramalhete está encerrado e vai-se degradando, desde que Afonso
morreu.
Consultório- É revelador de certas facetas de Carlos, o seu diletantismo, os seus
entusiasmos passageiros, os seus projetos inacabados conducentes ao tédio e ócio.
A Toca- Ninho de amor de Carlos e Maria Eduarda; requintado e sensual. Toca é o
esconderijo de um animal- Carlos e Maria Eduarda preservam-se aqui da curiosidade
da sociedade. Representa o fim trágico do amor através do quadro de “Vénus e
Marte”, o leito. O painel tétrico e a coruja empalhada.
realça o caráter animalesco da relação,

Geração de 70: Grupo de jovens universitários de Coimbra


 pensa e põe em causa toda a cultura, desde as suas origens
prepara uma profunda alteração na ideologia e estrutura social (a revolução
republicana de 1910) através da análise crítica à sociedade portuguesa.
IDEÁRIO DA GERAÇÃO DE 70
 Inconformismo com a estagnação cultural
 Rejeição do estilo melodramático e rebuscado do ultra-romantismo
Adesão aos “ventos” da industrialização e modernização europeia
 “paixão” pela luta contra os grandes problemas sociais
 Reflexão sobre os conflitos políticos
 Questionação da cultura portuguesa desde a sua origem
Preparação da revolução ideológica e política da sociedade portuguesa
 Revalorização das tradições culturais
Recriação da língua e linguagem para permitir a tradução de um mundo novo.

NATURALISMO
Atitude crítica á sociedade e pretende denunciar os seus defeitos.
Movimento estético-literário ligado ao
Realismo (pode considerar-se o seu prolongamento). No romance naturalista encaram-
se os factos como resultado de causas determinantes – por exemplo, a educação, o
meio, a hereditariedade,... O indivíduo é uma entidade passiva, condicionada por estes
fatores e incapaz de lhes escapar.  daqui advém o carácter fatalista deste
movimento.
Porque falhou Carlos? Falhou, em parte, devido ao meio em que se instalou – uma
sociedade parasita, ociosa, fútil, sem estímulos; em parte, devido a aspectos
hereditários – a fraqueza e cobardia do pai, o egoismo, a futilidade e o espírito boémio
da mãe.  Determinismo de Taine
Determinismo de Taine: O destino das personagens está traçado de acordo com o
meio envolvente, o momento histórico da ação e a raça ou hereditariedade da
personagem.
Exemplo de Pedro da Maia: De acordo com o Naturalismo e Determinismo de Taine,
o percurso existencial do homem era decisivamente influenciado pelo meio, raça e
momento histórico em que se vivia. De facto é exatamente isto que acontce com
Pedro. A fragilidade física e psíquica herdada da mãe é reforçada por uma educação
tradicional portuguesa, católica e obsoleta, o que contribui para a sua falta de
autonomia e estabilidade. Também o momento histórico influencia Pedro. Viveu num
período de regeneração , no qual o romantismo estava em voga. Este período de
estabilidade promoveu o desenvolvimento da superficialidade da sociedade da época,
o que condicionou o destino trágico de Pedro.

Destino, presságios, peripécia(revelações de Guimarães), reconhecimento(momento em que


Carlos e Maria Eduarda ficam a saber que são irmãos), catástrofe(morte de Afonso e separação
de Carlos e de Maria Eduarda)  Índole trágica de Os Maias.

Presságios: A sombrinha escarlate de Maria Monforte antecipa o suícidio sangrento de Pedro


da Maia.

A lenda do Vilaça de que as paredes do Ramalhete eram sempre fatais aos Maias.

OS 3 lírios brancos(representam os 3 últimos membros da família) que murchavam em casa de


Maria Eduarda antecipam a queda da família Maia.

Carlos relembra Maria Eduarda da sua mãe enquanto que Maria Eduarda relembra Carlos do
seu avô.

Decoração da toca, com destaque no quadro de Venus e Marte, deuses do amor e da Guerra
respetivamnete, os quais são irmãos e têm uma relação incestuosa.

Narrador: Heterodiegetico, observador, omnisciente,


Gramática

Fonética e Fonologia

““ASA tira PEP põe””

Prótese – Acrescento de um som no início da palavra;

Epêntese- Acrescento de um som no meio da palavra;

Paragoge- Acrescento de um som no final da palavra;

Aférese- eliminação de um som no início da palavra:

Síncope- eliminação de um som no meio da palavra;

Apócope- eliminação de um som no fim da palavra;

Alterações

Sonorização- P/T/C passa a B/D/G;

Palatização- LI/NI/CL passam a LH/NH/CH;

Redução vocálica- enfraquecimento de uma vogal ao passar de tónica para átona;

Crase- Concentração de duas vogais numa só- pee/pé;

Sinérese- Concentração de duas vocais num ditongo;

Vocalização- Octo-Oito;

Metástase- mudança de posição de sons- inter e entre;


Assimilação- Nostrum-nosso; Dissimilação- Liliu- Lírio; Vocalização- Lana- Lãa- Lã.

Etimologia

Étimo- manum- manu- mão

Divergentes- plenu- pleno- cheio

Convergentes- Saunt (verbo) – São

Saunt (adjetivo)- São

Relações Semânticas

Hiperonímia- Global- Flor

Hipónimos- Específico- Cravo

Holónimos- Um todo- Libro

Merónimos- Constituinte- Capa

Formação de Palavras

Prefixação e Sufixação

Parassíntese

Morfologia- Junção de dois radicais- Hipo + Dromo- Hipódromo

Morfossintaxe- couve-flor

Extensão semântica- rato do computador não animal

Empréstimos- spam, zoom

Amálgama- Junta partes de palavras (informação, automática = informática)

Sigla- EU

Acrónimo- TAP (todas as letras têm a sua palavra)


Truncação- Metro (metropolitano)

Coesão textual:

Reiteração/Repetição- Vieira é um grande prosador. Vieira…

Substituição- Sinonímia;

antonímia;

holonímia/meronímia;

hiperonímia/hiponímia;

Referencial- Anafórica- O João… ele.

Catafórica- Ele… O João

Frásica- Concordância em género e número

Interfrásica- Quando há a existência de um mas (processo que assegure a

independência semântica entre frase simples e frase complexa).

Temporal- Asseguram a compatibilidade ao nível temporal e de localização


Orações Coordenadas

Copulativa- e; nem; não só…, mas também; não só…como também;

Disjuntiva- ou; ou…ou; ora…ora; quer…quer; seja…seja;

Adversativa- mas;

Conclusiva-logo;

Explicativa- pois; porquanto; que;

Orações Subordinadas

Subordinada Substantiva Completiva (Introduzidas por- que, para, se)

É possível que amanhã não venha

Subordinada substantiva relativa (Introduzidas por um pronome ou advérbio

relativo- que, o que, onde, quando) modificadores da frase

Ele come quanto pode (aquilo que)

Subordinadas adjetiva relativas restritivas (que, o que, o qual, cujo, onde, não

isoladas por vírgulas e alteram o significado do antecedente; modificador restritivo

do nome; função de adjetivo)


Ele leu o livro que é muito interessante

Subordinada adjetiva relativas explicativas (modificador apositivo do nome, adjetivo,

que, o que, o qual, cujo, onde, isoladas por vírgulas)

O escritor, cuja terra natal fica no ribatejo, ganhou o Prémio Nobel.

Subordinada adverbial causais (exprimem uma causa- porque, que, visto que…)

Cheguei a tempo porque saí de casa mais cedo

Subordinada adverbial final (exprime uma intenção/finalidade do evento escrito na

subordinante- para, para que)

Saíram às sete para jantarem com os amigos

Subordinada adverbial temporal (exprime uma ideia de tempo relativamente à

subordinante- quando, logo que…)

Quando estive de férias li muito

Subordinada adverbial concessiva (contrasta com a subordinativa- embora, apesar

de)

Embora esteja calor eu não vou à praia

Subordinada adverbial condicional (exprimem uma condição- se, caso, salvo se)

Se treinares muito ganhas o jogo

Subordinada adverbial comparativa (estabelece uma comparação- como, mais… do

que; menos… do que)

Sou tão alto como ele

Subordinada adverbial consecutiva (consequência de algo- tal, tão, tanto,

tamanho…)

Estava tanto frio que o jogo não se realizou

Funções sintáticas

Complemento direto- O que? quem?

Complemento indireto- A quem?

Complemento oblíquo- Valor locativo ou quantificacional (Onde? Quanto?)


Complemento agente da passiva- introduzido por uma proposição (por…)

Predicativo do sujeito- verbos copulativos

Predicativo do Complemento Direto- atribui uma qualidade ou característica ao

complemento direto, achar, considerar, nomear

Modificador- modifica a frase de forma a que se não estiver lá, não faz mal

Complemento do Nome- introduzido por uma proposição ou um grupo adjetival

colocado à direita do nome

Modificador do nome- Restritivo- restringem o nome que modificam; Apositivo- está

entre vírgulas.

Complemento do adjetivo- grupo preposicional ou um adjetivo

Atos ilocutórios assertivos:

Asserções- admito

Descrições- a noite estava estrelada etc.

Constatações- está bom tempo

Atos ilocutórios declarativos:

Nomeação- A engenheira será a nova CEO da empresa

Condenação- declaro que é inocente

Demissões- Está despedido

Atos ilocutórios diretivos:

Ordens- não faças isso

Conselhos- é melhor estudares

Sugestões- não queres ir ao teatro hoje?

Atos ilocutórios compromissivos

Promessas- Garanto-te que vou

Juramentos- juro acompanhar-te

Ameaças- Se fizeres isso deixo de te falar


Atos ilocutórios expressivos

Agradecimentos- estou grata por isto

Congratulações – Parabéns por teres ganho

Condolências- Lamento a tua perda

Desculpas- perdoa-me.

Deíticos

Deíticos pessoais

Os deíticos pessoais identificam as pessoas que participam ou são referidas na

interação verbal. Podem ser:

• pronomes pessoais [exs.: eu, tu, -nos, -lhes (quando se refere a vocês)];

• determinantes ou pronomes possessivos [exs.: meu, nosso, seu (quando se refere

a você)];

• marcas de flexão verbal referentes à pessoa e ao número (exs.: andamos, respondes);

• constituintes com a função sintática de vocativo (ex.: — Anda cá, Catarina.).

Deíticos espaciais

Os deíticos espaciais identificam o espaço, tendo como ponto de referência o local

onde o locutor produz o enunciado. Podem ser:

• advérbios ou locuções adverbiais de lugar (exs.: aqui, ali, lá, por aqui, por aí);

• verbos que indicam movimento (exs.: ir, entrar);

• determinantes ou pronomes demonstrativos (exs.: este, isso, aquela).

Deíticos temporais

Os deíticos temporais identificam o tempo, tomando como ponto de partida o momento

em que o discurso é produzido. Podem ser:


• advérbios ou locuções adverbiais de tempo (exs.: hoje, amanhã, de tarde);

• marcas de flexão verbal que indicam o tempo quando referenciado pelo contexto

(exs.: andarás, vemos).

Recursos Expressivos

Anáfora- Repetição de uma palavra no início das frases intensificando a ideia expressa

Anástrofe- Alteração comum de numa frase

Assíndeto- supressão de elementos de ligação entre palavras e frases

Enumeração- exposição de elementos da mesma classe gramatical

Paralelismo- Repetição de uma frase, de uma ideia ou construção frásica

Polissíndeto- repetição propositada do elemento de ligação entre palavras ou frases

Aliteração- repetição de sons consonânticos

Assonância- repetição de sons vocálicos

Onomatopeia- truz, truz

Alegoria- expressão de uma ideia abstrata através da sua materialização

Antítese- ideias que se contrastam

Apóstrofe- Chamamento ou interpelação de pessoas ou coisas personificadas

Comparação- relação de semelhança

Eufemismo- Suavidade a expressar algo desagradável

Gradação- sucessão de palavras ou grupo de palavras em ordem ascendente

Hipálage- realidade pertence a outra coisa (fumava um cigarro pensativo)

Interrogação retórica- perguntas à qual já se sabe a resposta

Ironia
Metáfora

Metonímia- Referência de uma realidade que remete para uma outra com a qual

também há uma relação- “lia, Proudhon, Augusto Comte, Herbert Spencer.

Oximoro- Ideia contraditória na apresentação da realidade, termos excluem-se um ao

outro (fogo que arde sem se ver)

Perífrase- apresentação minuciosa da realidade quando se podia fazer de uma forma

mais simples

Personificação- dar qualidades humanas a objetos

Pleonasmo- redundâncias

Sinédoque- referência ao significado de uma palavra através de outra (lusitana

=Portugal)

Sinestesia-Mistura de sensações que pertencem a sentidos diferentes (branco quente)

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