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Governo do Estado do Rio Grande do Norte

Instituto de Desenvolvimento Econômico


Secretaria de Estado de Planejamento e Finanças
e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte

TERMO DE REFERÊNCIA
ESTUDO DE ANÁLISE DE RISCO PARA POSTOS E SISTEMAS
RETALHISTAS DE COMBUSTÍVEIS

Avenida Nascimento de Castro, 2127 – Lagoa Nova Documento sujeito a revisões periódicas
Natal – RN – CEP 59056-450 – Tel: (84) 3232-2102 / 3232-1975 / 3232-2118 Data de Emissão:
Fax: (84) – 3232-5879 – Inscrição no CNPJ (MF) 08.242.166/0001-26 25/8/2006
Website: www.idema.rn.gov.br – E-mail: idema-atendimento@rn.gov.br
Termo de Referência para Elaboração do Estudo de Análise de Risco
para Postos e Sistemas Retalhistas de Combustíveis
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I. DIRETRIZES GERAIS

O relatório do Estudo de Análise de Risco (EAR), a ser elaborado de acordo com o roteiro a
seguir, deverá ser entregue ao Idema em 02 (duas) cópias: uma em meio impresso e outra em
meio digital, quando da apresentação do requerimento para as Licenças de Instalação (LI), de
Regularização de Operação (LRO) ou ainda quando solicitado pelo Técnico deste Órgão
ambiental.

O estudo deverá analisar os riscos de importância relacionados ao empreendimento e avaliar


seus efeitos sobre o meio ambiente e à saúde pública da população externa ao mesmo, na sua
fase de operação.

O relatório do EAR deverá ser acompanhado da respectiva Anotação de Responsabilidade


Técnica (ART), registrada junto ao CREA-RN.

II. CONTEÚDO BÁSICO DO RELATÓRIO

O relatório do Estudo de Análise de Risco deverá abordar os seguintes aspectos, na ordem


relacionada:

1. INTRODUÇÃO

2. OBJETIVOS DO ESTUDO

3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO E DA REGIÃO

3.1. Identificação do Empreendimento:

- Razão Social;
- Endereço completo;
- CNPJ e Inscrição Estadual.

3.2. Caracterização do Empreendimento:

Deverá incluir os seguintes dados:

- Localização do empreendimento, incluindo mapa georreferenciado, assinalando


as estradas de rodagem/vias de acesso, redes de água e esgoto, energia elétrica,
linhas telefônicas, drenagens principais, lagoas, etc.
- Distribuição populacional da região;
- Descrição física e layout das instalações, em escala adequada;
- Características climáticas e meteorológicas da região;
- Substâncias químicas presentes, identificadas por meio de nomenclatura oficial e
número CAS, incluindo quantidades e formas de movimentação, armazenamento
e manipulação. Indicar as características físico-químicas e toxicológicas de cada
substância;
- Descrição dos processos e rotinas operacionais e de manutenção e conservação;
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- Apresentação de plantas baixas das unidades e fluxograma de funcionamento, de


instrumentação e de tubulações;
- Sistemas de proteção e segurança.

4. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO


ESTUDO

Nome completo, endereço, CNPJ, nome do responsável legal, nome da pessoa de contato
e respectivo número de telefone, e-mail e outras informações consideradas relevantes.

5. IDENTIFICAÇÃO DOS CENÁRIOS DE ACIDENTES E SEUS RESPECTIVOS


EVENTOS INTERMEDIÁRIOS

Neste item serão abordados os seguintes aspectos, no que couber:

• Análise Histórica de Acidentes (AHA);


• Análise Preliminar de Perigo (APP);
• Análise de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Analysis – HazOp);
• Árvores de Falhas (FTA);
• Árvores de Eventos (ETA) para verificação dos Sistemas de Controle;
• Identificação dos Eventos Iniciadores de Acidentes.

6. ANÁLISE DA VULNERABILIDADE DO PESSOAL E ESTRUTURAS


EXPOSTAS

O objetivo desta análise é saber a que distância os impactos do acidente se farão sentir,
com que intensidade e em quanto tempo. Portanto, deverá ser apresentada uma estimativa
da quantificação dos efeitos dos acidentes em relação ao meio ambiente, ao homem e às
propriedades, com base em modelos de vulnerabilidade de uso reconhecido, destacando
os seguintes aspectos principais:

• Cálculo dos espaços vulneráveis para os cenários de acidentes identificados;


• Plotagem, em escala adequada, dos espaços vulneráveis.

7. ANÁLISE DAS CONSEQÜÊNCIAS

Deverão ser analisadas as principais conseqüências decorrentes do desdobramento das


hipóteses acidentais consideradas na fase de identificação dos cenários, de forma que se tenha
uma visão global da magnitude dos vários efeitos adversos decorrentes de eventos indesejados.
Neste item deverá ser apresentado o cálculo das conseqüências dos eventos perigosos sobre a
população (fatalidades e ferimentos), o patrimônio e o ambiente.
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8. CÁLCULO DA FREQÜÊNCIA DOS EVENTOS ACIDENTAIS

Destacar os seguintes itens:

• Apresentação das referências dos dados de falha de equipamentos;


• Cálculo das freqüências esperadas para os cenários identificados, a partir das árvores
de falha;
• Cálculo da Disponibilidade do Sistema de Combate a Incêndio (SCI);
• Quantificação das Árvores de Falhas;
• Quantificação das Árvores de Eventos;
• Avaliação das Quantidades Vazadas.

9. AVALIAÇÃO DOS RISCOS

Deverão ser calculados os riscos individual e social para cada cenário acidental
identificado e o risco total do empreendimento. Os resultados deverão ser apresentados
em mapas de iso-risco (risco individual) e em diagramas (risco social), sendo esses
valores comparados com os valores típicos das atividades cotidianas, bem como com os
riscos médios da atividade em análise, de modo a permitir a avaliação dos resultados
obtidos. Deverão ser destacados os seguintes itens:

• Cálculo dos Riscos Sociais;


• Cálculo dos Riscos Individuais;
• Cálculo da Taxa de Acidentes Fatais;
• Comparação dos resultados com padrões de referência nacional e/ou internacionais;
• Plotagem das curvas de iso-risco.

10. MEDIDAS MITIGADORAS DOS RISCOS

Deverão ser apresentadas as medidas propostas para a mitigação dos riscos encontrados
pelo Estudo de Análise de Risco, sejam essas medidas para a redução das freqüências
e/ou das conseqüências desses riscos.

No caso das medidas para a redução das freqüências, deverão ser sugeridas medidas
capazes de reduzir a probabilidade de ocorrência dos cenários acidentais e/ou da
magnitude de suas conseqüências, sejam essas para as comunidades e/ou para o meio
ambiente diretamente envolvido com o empreendimento.

Quanto às medidas para redução das conseqüências, deverão ser divididas em três
grupos, cada um deles destacando, também, os efeitos sobre as comunidades e/ou para o
meio ambiente diretamente envolvido com o empreendimento, no que couber:

• Redução dos impactos físicos Ö trata da redução da quantidade de massa envolvida,


efeito dominó, etc;
• Redução ou proteção da população exposta;
• Plano de Ação de Emergência (PAE) – detalhado no item a seguir.
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11. GERENCIAMENTO DE RISCOS

Neste item deverão ser apresentadas as seguintes informações:

• Informações de segurança do empreendimento;


• Manutenção e garantia da integridade de sistemas críticos;
• Procedimentos operacionais;
• Capacitação dos recursos humanos;
• Plano de Ação de Emergência (PAE) Ö deverá conter as medidas/procedimentos a
serem adotadas para combater/reduzir os efeitos das conseqüências acidentais sobre as
populações limítrofes e ao meio ambiente, com a utilização de pessoal treinado para
combate das emergências, contemplando os seguintes itens:

- Introdução;
- Objetivos;
- Estrutura do Plano de Ação de Emergência (PAE);
- Condições para Implantação do PAE;
- Providências para manter o PAE em permanente estado operacional.

12. CONCLUSÃO

Apresentar as conclusões do Estudo de Análise de Risco.

13. EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO ESTUDO

O documento em evidência deverá conter o nome legível, o número do registro no


respectivo conselho de classe e a assinatura de toda a equipe técnica responsável por sua
elaboração, bem como a indicação de qual parte do relatório esteve sob a responsabilidade
direta de cada técnico. Como medida de segurança, sugere-se ao coordenador da equipe
rubricar todas as páginas do relatório apresentado.

14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A ser apresentada conforme as normas técnicas vigentes.

Anexos:

• Documentação fotográfica;
• Documentação cartográfica;
• Modelos matemáticos de cálculos das conseqüências, bem como as simulações desses
cálculos;
• Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) referente ao Estudo de Análise de
Risco;
• Outros documentos considerados relevantes.

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