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TERMO DE REFERÊNCI A PARA EL ABO RAÇÃO DE

ESTUDO DE ANÁLIS E DE RISCO PARA INSTAL AÇÕE S


CONVENCIONAIS

Este Termo de Referência tem como objetivo orientar a elaboração de Estudo de Análise de
Risco para Instalações Convencionais, o qual deve ser apresentado obedecendo à seguinte
itemização básica e respectivos detalhes:

1. CONDIÇÕES GERAIS
1.1 Além da documentação constante deste Termo de Referência, o INEA poderá solicitar
ao responsável pelo empreendimento quaisquer outras informações necessárias à
análise do que lhe foi requerido.
1.2 Deverá ser informada imediatamente ao INEA qualquer alteração havida nos dados a
ela apresentados, ou a substituição do Representante Legal, quer durante a vigência de
quaisquer das licenças ambientais, quer durante a análise de requerimento a ele
encaminhado.

2. CONDIÇÕES DE APRESENTAÇÃO
2.1 Os documentos deverão ser apresentados em português, em 02 (duas) vias: uma
impressa em formato A-4, e outra em meio digital (texto em *.DOC ou *.PDF e desenhos
em *.JPG ou *.PDF), detalhados segundo o disposto nesta Instrução Técnica.
2.2 As plantas deverão ser apresentadas em 02 (duas) vias: uma em papel dobrado no
formato A-4, de forma a permitir a inserção nos processos INEA e outra em meio digital
(*.JPG ou *.PDF).
2.3 Todos os projetos e plantas deverão ter o nome completo, a assinatura e o número de
registro no Conselho Regional de Classe dos profissionais habilitados e responsáveis
pela sua elaboração.
2.4 O programa / software empregado nas modelagens matemáticas para o Estudo de
Consequências e Vulnerabilidade deverá ter acreditação, reconhecimento e aceito no
Brasil e/ou nos seus países de origem. Os inputs (entradas) e outputs (saídas) deverão
ser apresentados em relatório original, conforme gerado pelo programa.

3. RESPONSABILIDADE TÉCNICA
3.1 O Estudo de Análise de Risco deve ser datado e assinado por todos os profissionais
envolvidos em sua elaboração, qualificados através do nome completo, graduação e
registro profissional no respectivo Conselho Regional de Classe. Quando houver
profissionais que não disponham de um Conselho de Classe, deverá ser inserida no
documento técnico uma declaração alusiva ao fato.
3.2 A equipe que elaborar o Estudo de Análise de Risco deverá ter pelo menos um
profissional qualificado como Engenheiro Químico ou Engenheiro de Segurança, com
conhecimento e experiência comprovados sobre a matéria e outro profissional ligado ao
projeto, à área de operação ou de manutenção da instalação.
3.3 Constatada a imperícia, negligência, sonegação de informações ou omissão de qualquer
dos profissionais envolvidos na elaboração do Estudo de Análise de Risco, a Instituto
Estadual do Ambiente - INEA deverá comunicar imediatamente o fato ao Conselho
Regional de Classe competente para apuração e aplicação das penalidades cabíveis.

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4. APRESENTAÇÃO DO ESTUDO DE ANÁLISE DE RISCO


O Estudo de Análise de Risco deverá ser apresentado ao INEA em forma de Relatório,
obedecendo a itemização e detalhes explicitados nos capítulos a seguir.

4.1 DADOS GERAIS SOBRE A REGIÃO ONDE SE PRETENDE LOCALIZAR OU


ENCONTRA-SE LOCALIZADA A ATIVIDADE
Apresentar os dados gerais sobre a região, incluindo mapas e plantas de localização,
em escala, indicando todas as instalações próximas e, em especial, as ocupações
sensíveis (residências, creches, escolas, cadeias, presídios, ambulatórios, casas de
saúde, hospitais e afins).

4.2 DESCRIÇÃO DA INSTALAÇÃO E SISTEMAS


4.2.1 A instalação deve ser subdividida em áreas, quando cabível, apresentando-se uma
planta em escala com a posição relativa das mesmas.
4.2.2 Considerar como parte da instalação os caminhões, trens e outros veículos, utilizados
para o recebimento ou expedição de produtos, que tenham de estacionar ou transitar na
área de domínio da instalação para efetuar suas operações.
4.2.3 Detalhar cada área, fazendo uma descrição do seu uso e relacionando todas as
substâncias tóxicas, combustíveis da classe II ou inflamáveis produzidas, operadas,
armazenadas, consumidas ou transportadas.
4.2.4 No caso da área conter unidades de produção, de geração ou de processamento,
envolvendo substâncias tóxicas, combustíveis da classe II ou inflamáveis, deve ser
informado para cada unidade se a operação é contínua ou por bateladas, e apresentado
um diagrama de tubulação e instrumentação indicando os equipamentos, as substâncias
e as condições operacionais.
4.2.5 Relacionar os dispositivos e recursos de segurança utilizados para eliminar ou reduzir os
efeitos de eventuais ocorrências acidentais.

4.3 CARACTERIZAÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS RELACIONADAS

Apresentar as Fichas de Informação de Segurança de Produto Químico – FISPQ, de


todas as substâncias tóxicas, combustíveis da classe II ou inflamáveis relacionadas nas
diversas áreas.
As FISPQs devem conter:
 Nome ou marca comercial, composição (quando o produto for constituído por mais de
uma substância), designação química, sinonímia, fórmula bruta ou estrutural;
 Número da ONU (UN number) e do CAS (Chemical Abstracts Service dos EUA);
 Propriedades (massa molecular, estado físico, aparência, odor, ponto de fusão, ponto
de ebulição, pressão de vapor, densidade relativa ao ar e à água, solubilidade em
água e em outros solventes);
 Reatividade (instabilidade, incompatibilidade com outros materiais, condições para
decomposição e os respectivos produtos gerados, capacidade para polimerizar
descontroladamente);

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 Riscos de incêndio ou explosão (ponto de fulgor, ponto de auto-ignição, limites de


inflamabilidade, atuação como agente oxidante);
 Riscos toxicológicos e efeitos tóxicos (ação sobre o organismo humano pelas
diversas vias - respiratória, cutânea, oral; atuação na forma de gás ou vapor, névoa,
poeira ou fumo; IDLH, LC50, LCLO; LD's; potencial mutagênico, teratogênico e
carcinogênico).

4.4 TRANSPORTE TERRESTRE


Informar como as substâncias tóxicas, combustíveis da classe II ou inflamáveis,
constantes do levantamento realizado, entrarão ou sairão da instalação, isto é, os meios
de transporte, as vias empregadas, a carga e a frequência.

4.5 IDENTIFICAÇÃO DOS CENÁRIOS ACIDENTAIS

4.5.1 Empregar uma Análise Preliminar de Perigos (APP) para cada área, na qual se
relacionaram substâncias tóxicas, combustíveis da classe II ou inflamáveis, para a
identificação de todos os cenários acidentais possíveis de ocorrer, independentemente
da frequência esperada para os cenários e independentemente dos potenciais efeitos
danosos se darem interna ou externamente à instalação. Essa identificação dos cenários
acidentais poderá ser auxiliada por outros métodos como a Análise Histórica, o HAZOP
e a Árvore de Eventos, por exemplo.
4.5.2 A APP deve analisar a possível geração de produtos tóxicos em decorrência de incêndio
e sua incidência sobre as pessoas (dentro e fora da instalação).
4.5.3 Levantar as causas dos possíveis eventos acidentais e as suas respectivas
consequências e avaliar qualitativamente a frequência de ocorrência de cada cenário e
da severidade das consequências.
4.5.4 Apresentar o resultado da Análise Preliminar de Perigos em forma de planilha, conforme
constante do modelo Anexo.

4.6 TOLERABILIDADE DOS RISCOS


Os riscos proporcionados pela instalação serão considerados toleráveis se nenhuma
ocupação sensível for atingida por um cenário de severidade crítica ou catastrófica.

4.7 REVISÃO DO ESTUDO DE ANÁLISE DE RISCO


No caso da Análise Preliminar de Perigos detectar a possibilidade de uma ou mais
ocupações sensíveis ser atingida por um cenário de severidade crítica ou catastrófica,
deve-se adotar uma das seguintes providências:
4.7.1 Pesquisar o que pode ser modificado na instalação, para que as ocupações sensíveis
não possam mais ser atingidas por cenários de severidade crítica ou catastrófica, e
propor as medidas correspondentes.
4.7.2 Passar a considerar como nível de risco maior e, desta forma, complementar O Estudo
através da realização de uma Análise de Consequência e Vulnerabilidade, de acordo
com o especificado no capítulo 5 desta Instrução Técnica, a seguir.

4.8 MEDIDAS PREVENTIVAS E MITIGADORAS

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No caso de ficar demonstrado que os riscos para a comunidade são, ou poderão ser,
toleráveis, devem ser consolidadas e relacionadas as medidas preventivas e mitigadoras
levantadas pela Análise Preliminar de Perigos, referidas aos números de cenário (coluna
8 do Anexo).

4.9 CONCLUSÕES
Apresentar uma síntese do Estudo de Análise de Risco com as respectivas conclusões.

5. COMPLEMENTAÇÃO PARA NÍVEL DE RISCO MAIOR

5.1 DADOS METEOROLÓGICOS SOBRE A REGIÃO ONDE SE PRETENDE LOCALIZAR


A ATIVIDADE
5.1.1 Apresentar os dados meteorológicos relativos à direção e velocidade dos ventos, à
classe de estabilidade atmosférica e aos demais parâmetros ambientais de interesse:
temperatura ambiente, umidade relativa, pressão atmosférica, temperatura do solo e
outros.
5.1.2 Apresentar parecer sobre a utilização da classe de estabilidade atmosférica A, B ou C,
emitido por profissional ou entidade da área de meteorologia, caso essas classes de
estabilidade venham a ser empregadas.

Nota: Considerar os dados meteorológicos dos últimos cinco anos, obtidos de Estação
Meteorológica mais próxima da atividade / empreendimento, tendo em vista a
possibilidade de mudanças significativas na topografia da área de influência no EAR, o
que acarreta em alterações nas variáveis climatológicas.

5.2 ANÁLISE DE VULNERABILIDADE


Realizar uma Análise de Vulnerabilidade, através das equações “probit”, para todos os
cenários classificados na Análise Preliminar de Perigos como pertencentes à categoria
de severidade intermediária e superiores, independentemente da categoria de
frequência. Esta análise deve ser realizada levando-se em conta as condições
meteorológicas da região onde se encontra a instalação em questão, para os diferentes
tipos de efeitos físicos resultantes dos cenários analisados.

5.2.1 Adotar como análise mais conservativa, a hipótese de ruptura catastrófica do maior
recipiente (tanque, vaso ou reator), com vazamento, de 100% para líquidos e 85% para
gases liquefeitos, de seu volume nominal.

Nota: Considerar o somatório das capacidades dos recipientes quando dois ou mais
estiverem, de alguma forma, interligados e operando simultaneamente, podendo, dessa
forma, ocorrer o vazamento do volume total contido neles.

5.3 ALCANCE DOS EFEITOS FÍSICOS DANOSOS

5.3.1 Determinar o alcance para os níveis, a seguir relacionados, dos efeitos físicos
decorrentes dos cenários submetidos à análise de vulnerabilidade. Esse cálculo deve
utilizar modelagens matemáticas conceituadas e as condições meteorológicas da região.

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Os níveis a serem pesquisados são:


 para nuvens tóxicas: a concentração imediatamente perigosa para a vida ou saúde
humana (IDLH) e a concentração correspondente a 1% de letalidade, considerando
um tempo máximo de exposição de 30 minutos, em função das características da
região;
 para incêndios em poça (derramamentos) ou tocha (jato de fogo): o fluxo de radiação
térmica igual a 5 kW/m2 e o fluxo correspondente a 1% de letalidade;
 para explosões de qualquer natureza: o nível de sobrepressão igual a 0,069 bar e o
nível de sobrepressão correspondente à letalidade de 1%;
 para nuvens de substâncias inflamáveis: a concentração igual ao limite inferior de
inflamabilidade da substância;
 para bolas de fogo decorrentes de BLEVE's o fluxo de radiação correspondente a 1%
de letalidade em decorrência da exposição humana pelo tempo de duração da bola
de fogo.
5.3.2 Pesquisar também os efeitos físicos (temperatura, pressão, ondas de choque, impacto
de fragmentos) que produzirão danos em outras partes da própria instalação ou de
instalações vizinhas, resultando no chamado efeito dominó.
5.3.3 Apresentar um mapa ou planta da região, em escala, indicando as curvas de igual
magnitude dos níveis dos efeitos físicos pesquisados e as ocupações sensíveis
(residências, creches, escolas, cadeias, presídios, ambulatórios, casas de saúde,
hospitais, e afins) que estejam abrangidas por aquelas curvas. No caso de instalação
nova em zona de uso estritamente industrial, o mapa ou planta deve indicar o limite
dessa zona.

5.4 TOLERABILIDADE DOS RISCOS


Os riscos proporcionados pela instalação serão considerados toleráveis, se nenhuma
ocupação sensível estiver contida nas curvas relativas a 1% de letalidade e na curva
correspondente ao limite inferior de inflamabilidade.

5.5 REVISÃO DO ESTUDO DE ANÁLISE DE RISCO


No caso dos riscos apurados não serem toleráveis, deve-se adotar uma das seguintes
providências:
5.5.1 Pesquisar o que pode ser modificado na instalação, para que as ocupações sensíveis
fiquem fora das curvas correspondentes a 1% de letalidade, e da curva correspondente
ao limite inferior de inflamabilidade. Esse reestudo deve constar do relatório, refazendo-
se as quantificações para a nova condição;
5.5.2 Complementar o Estudo de Análise de Risco, de modo a atender ao especificado no
capítulo 6 desta IT.

5.6 MEDIDAS PREVENTIVAS E MITIGADORAS


No caso de ficar demonstrado que os riscos são, ou poderão ser, toleráveis, devem ser
consolidadas e relacionadas as medidas preventivas e mitigadoras levantadas pelo
Estudo de Análise de Risco.

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6. COMPLEMENTAÇÃO PARA IDENTIFICAÇÃO DA TOLERABILIDADE DOS RISCOS

6.1 DADOS GERAIS SOBRE A REGIÃO ONDE SE PRETENDE LOCALIZAR A ATIVIDADE

6.1.1 Indicar o número estimado de pessoas existentes na malha urbana, ao redor da


instalação, sobre o mapa da região. Quando houver grande variação populacional entre
o período diurno e o período noturno, os dados devem ser mapeados separadamente
para essas duas situações.
6.1.2 Apresentar os dados meteorológicos sob a forma de tabelas de frequência relativa de
ventos (velocidade relativa a cada direção), contendo preferentemente 8 direções de
vento e 4 faixas de velocidades. A classe de estabilidade atmosférica da região deve ser
usada em conjunto com os dados de direção e velocidade para se comporem as tabelas
de frequências relativas.

6.2 IDENTIFICAÇÃO DOS CENÁRIOS ACIDENTAIS

6.2.1 Levantar as causas dos possíveis eventos acidentais e as suas respectivas


consequências e avaliar qualitativamente a frequência de ocorrência de cada cenário e a
severidade das consequências.

6.3 AVALIAÇÃO DAS FREQUÊNCIAS DE OCORRÊNCIA

6.3.1 Avaliar quantitativamente a frequência de ocorrência de cada evento iniciador,


utilizando-se dados existentes em referências bibliográficas e bancos de dados. Para
eventos iniciadores complexos, que envolvam falhas de sistemas, devem ser
construídas e avaliadas árvores de falhas específicas para cada situação.
6.3.2 Avaliar também as frequências de ocorrência dos diversos cenários de acidente
capazes de ocorrer após cada evento iniciador.
Estes cenários devem considerar as falhas dos sistemas de segurança que venham a
ser demandados em cada caso, as diferentes direções e faixas de velocidade do vento e
as possibilidades de ignição imediata e retardada e devem ser determinados através da
construção de árvores de eventos para cada evento iniciador.
6.3.3 Avaliar a probabilidade de falha ou a indisponibilidade dos sistemas de segurança
através da construção de árvores de falhas ou por outras técnicas equivalentes de
análise de confiabilidade.

6.4 ANÁLISE DE VULNERABILIDADE

Nesta análise devem ser consideradas as diferentes direções e velocidades dos ventos
e demais parâmetros atmosféricos, para os diferentes tipos de efeitos físicos resultantes
dos cenários analisados.

6.5 AVALIAÇÃO DOS RISCOS

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6.5.1 Avaliar o risco individual e o risco social. O primeiro deve ser apresentado sob a forma
de curvas de iso-risco, desenhadas sobre o mapa ou planta da região, em escala, desde
o maior valor obtido para o risco individual até o nível de 10-8 fatalidades por ano, pelo
menos, variando de uma ordem de magnitude de uma para a outra.
6.5.2 O risco social deve ser representado pela curva de distribuição acumulada
complementar em um gráfico FN cuja matriz está apresentada a seguir.

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Gráfico FN para a apresentação do risco social


10 -1

F
(ocor./ano)

10 -2

10 -3

10 -4

10 -5

10 -6

10 -7

10 -8

10 -9
1 10 100 1.000 N 10.000
(mortes)

Nesse gráfico, F é a frequência esperada (ocorrências por ano) para os acidentes que têm o
potencial de produzir N ou mais vítimas fatais.

6.6 TOLERABILIDADE DOS RISCOS


6.6.1 Instalações novas: os riscos proporcionados pela instalação serão considerados
toleráveis se:
 a curva de iso-risco correspondente a 10-6 fatalidades por ano não envolver, parcial
ou totalmente, uma ocupação sensível;
 a curva de distribuição acumulada complementar, desenhada sobre o Gráfico FN,
ficar abaixo ou, no máximo, tangenciar a reta inferior do gráfico.
6.6.2 Instalações existentes: os riscos proporcionados pela instalação serão considerados
toleráveis se:
 a curva de iso-risco correspondente a 10-5 fatalidades por ano não envolver, parcial
ou totalmente, uma ocupação sensível;
 a curva de distribuição acumulada complementar, desenhada sobre o Gráfico FN,
ficar abaixo ou, no máximo, tangenciar a reta superior do gráfico.

6.7 REVISÃO DO ESTUDO DE ANÁLISE DE RISCO


No caso dos riscos apurados não serem toleráveis, devem ser tomadas medidas que
promovam a melhora da segurança da instalação, de tal sorte que, após a revisão do
cálculo dos riscos, demonstre-se que os mesmos, devido à sua redução, passaram a ser
toleráveis.
O reestudo deve constar do relatório, com todos os cálculos refeitos.

6.8 MEDIDAS PREVENTIVAS E MITIGADORAS


No caso de ficar demonstrado que os riscos para a comunidade são, ou poderão ser
toleráveis, devem ser consolidadas e relacionadas as medidas preventivas e mitigadoras
levantadas pelo Estudo de Análise de Risco.

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ANEXO

PLANIL HA DE APRESE NTAÇÃO DA ANÁLIS E PRELIMINAR DE PERIGOS

Análise Preliminar de Perigo s – APP


Empreendimento:
Área Preparado por Data

(1) ( 2) (3) (4) (5) (6) (7) (8)


Perigos Causas Modos de Efeitos Categoria de Categoria de Recomendações Cenário
Detecção Frequência Sev eri d a de

Co lun a (1) per i go s s ão o s ev e nt os a c ide n t a is qu e a pr es e nt am a po ss ib il i da de de


c aus ar da nos à s pe ss o as .

Co lun a (2) a p o nt ar as c au s as d o s ev en t o s ac id e nt ais , inc lu siv e e rr os h uma n os .

Co lun a (3 ) i nf or mar a p re v is ã o de i ns t ru m e nt aç ã o e d e p r es en ç a de p es s o as co m
e s s e f im e s pe c í f ic o.

Co lun a (4) i nf or mar q ua is os ef e i t o s e s pe r ad os . As s ina la r os ce nár io s q u e p os sa m


a t in gi r oc u pa çõ es s en s í ve is ( re s i dê nc ia s, cre c he s, e s c o las , c ad e ias,
p re sí dio s, a mb ulat ó r io s, ca sa s de s aú de, h os p it a is ou af ins ).

Co lun a (5) os c e ná r io s ac id e nt a is de v e m s er c las s if ic ad os e m ca t e go ri as q ua li t at iva s


d e f re qu ê nc ia; as ca t e go r ias d e f re qu ênc ia n ã o s ão t o t a lme nt e
p ad r o niz a das , mas o s eu n úm er o n ão de v e s er in f e r i or a q uat r o , ind o da
c at eg or i a " e xt re m am e nt e r em o t a " at é a c a t e go r i a " f re q ue nt e" . ( Ex em p l o
T ab e l a 1)

Co lun a (6) os c e ná r io s ac id e nt a is de v e m s er c las s if ic ad os e m ca t e go ri as q ua li t at iva s


d e s ev er id a de ; as c a t e gor i as de s ev e r ida d e n ã o s ão t o t a lme nt e
p ad r o niz a das , mas o s eu n úm er o n ão de v e s er in f e r i or a q uat r o , ind o da
c at eg or i a " d es p re zí ve l" at é a c at eg ori a " c at as t r óf ic a " . Dev e-s e t o mar p o r
b as e q u e um c e n ár i o c at as t róf ic o imp l ic a na po ss ib il ida de d e mo rt e d e
u m a ou m a is p es so a s . (Ex e m p lo T ab e la 2)

Co lun a (7) pr op o r as r ec om e nd aç õ es t a nt o no s e nt id o p rev en t iv o q u ant o n o s e nt ido


c or r et iv o.

Co lun a (8) at rib ui r u m n ú me r o s eq u e nc ia l a c ad a um dos c e n ár ios , nã o s ó c om o


re f e r ênc i a n o t ext o d o r e lat ó r io, m a s t amb ém pa r a f ac il it ar o
d es d ob ra m ent o d e u m c en ár i o e m v á r io s , s i mu lt ân eo s , o u e m um a
s eq u ên c i a ( ef e it o do m inó ). D eve h av e r u m d es t a q ue p a ra o s ce n ár io s
a c id e nt ais c u jos e f e it os p os s am s e f a z er se n t ir f o ra d a in st a la ç ã o .

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T abela 1: Exem plos de Categorias de Freq uên cia

CATEGORIA DENOMINAÇÀO DESCRIÇÃO

Co nc eit ua lm e nt e p os sí ve l, mas ex t re m ame nt e


E xt r e ma m en te
A imp r ov áv e l d e o c orr e r ao lo n go da v id a út il da
Re m ot a
in st ala ç ão .
Nã o e s pe ra d o o c or re r ao lo n go da v id a ú t il d a
B Re m ot a
in st ala ç ão .
P o uc o P os s í v e l qu e oc or r a a t é u ma ve z ao lo n g o da v id a út il
C
Pr o vá vel da ins t al aç ão.
Es per a do oc o rr er m a is de u ma v e z a o lon g o da v id a
D Pr o vá ve l
út il d a inst a laç ã o.
Es per a do oc o rr er v ár ias v e z e s ao lo n go d a v i da út i l
E Fr e qu e nt e
da ins t al aç ão.

Tabela 2: Exemplos de Categorias de Severidade

C AT E G O R I A D EN O M I N AÇ Ã O DE S C RI ÇÃ O / C AR AC T E R Í S T I C AS

 S e m d a n o s o u d a n o s i n s i g n i f ic a n t e s a o s e q u i p a m e n t o s e
propr iedade;
 Não ocorrem lesões, o m áxim o que pode ocorrer são casos de
I De s pr ez í vel p r i m e i r o s s oc o r r o s o u a t e n d im e n t o m é d i c o m e n o r ;
 S e m c om p r o m e t i m e n t o s i g n i f ic a t i v o e x t r a - m u r o s e d o m e i o
a m b ie n t e .
 Danos leves aos equipam entos e a propriedade;
 L es õ e s le v e s e m f u n c i o n á r i o s , e m t e r c e ir o s e / o u e m p e s s o a s
extra-muros;
II Mar g i n a l
 C o m p r o m e t im e n t o d o m e i o a m b i e n t e , p o r é m p a s s í v e l d e
contro le a través de equ ipa m entos e m ed idas o peraciona is
adequadas .
 Danos severos aos equipam entos e a propr iedade, levando à
par ad a orde nad a d a Unidade e /o u perd a d e dispo n ib i lida de d o
s is t e m a ;
 L es õ e s d e g r a v id a d e m o d e r a d a e m p e s s o a s e x t r a - m u r o s , c o m
III Cr í t i c a p o s s i b i l i d a d e d e v í t i m a s f a t a is ;
 D a n o s s u b s t a n c ia i s a o m e i o a m b i e n t e ;
 E x i g e a ç õ e s c o r r e t i v a s i m e d ia t a s p a r a e v i t a r s e u
desdo bramento em ca tás trofe .
 D a n o s ir r e p a r á v e is a o s e q u i p a m e n t o s e à p r o p r i e d a d e , l e v a n d o
à p a r a d a d e s o r d e n a d a d a U n id a d e e / o u s is t e m a ( r e p a r a ç ã o
l e n t a o u im p o s s í v e l ) ;
IV Cat a str óf i c a  Pr ovoca mortes ou lesões graves em pessoas e xtra-m ur os;
 S e v e r a d e g r a d a ç ã o a m b i e n t a l , c o m a l t e r a ç õ e s p o p u l a c i o n a is
e / o u e s t r u t u r a is .

O bs e rv aç ã o: P ar a cl as s i fi ca ç ão d e u m c e n ár i o em um a da da ca te g or i a de
s e ver i d a d e n ã o é n ec e ss ár i o q ue t od o s os a s pe ct os pr e vi st os n a ca te g or i a
e st e j am i n cl uí d o s n o s p o s sí vei s ef ei t os de st e a ci de n te.

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