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MEMÓ RIA

1. O QUE É A MEMÓ RIA ?


A memó ria é parte da cogniçã o que se caracteriza pela codificar açã o
armazenamento e recuperaçã o.
A. Codificaçã o
Segundo o dicioná rio dicio edificaçã o é o processo de reduzir a có digos e colocar
a informaçã o em modo de representaçã o por meio de símbolos para FELDTMAN
(2015) acorde ficar sã o é a primeira etapa na recordaçã o de algo. É o registro
inicial da informaçã o.
B. Armazenamento
O armazenamento se refere a manutençã o do material salvo na memó ria caso o
material nã o seja armazenado adequadamente nã o poderá ser recortado, ou
seja, quando a memó ria é salva para uso futuro.
C. Recuperaçã o
A recuperaçã o ocorre com processo de ensaio e localiza o material armazenado
trazendo-o à consciência. É a recuperaçã o da informaçã o armazenada.

2. TIPOS DE MEMÓ RIA


Segundo a abordagem dos três sistemas, (Shiffri 1971apud Feldman 2015, p. 2005)
existem diferentes sistemas ou etapa de armazenamento da memó ria por meio dos
quais a informaçã o deve passar para que possa ser lembrada. Para ele existe a
memó ria sensorial, memó ria de curto prazo e memó ria de longo prazo.

A. Memó ria sensorial


A memó ria sensorial refere-se ao armazenamento inicial da informaçã o e dura
apenas um instante. Nela podem estar contidas memó ria iô nica e memó ria é
cueca as quais se referem respectivamente a informaçõ es do sistema visual e ao
armazenamento de informaçõ es auditivas. Contudo esse armazenamento dura
por cerca de um segundo.
Sua precisã o é bastante alta é possível armazenar uma réplica quase exata de
cada estímulo do qual é a exposta.
B. Memó ria de curto prazo
A memó ria de curto prazo segundo Hamilton e Martin (2007) é o local onde
ocorre a primeira significaçã o da memó ria, nesse sentido depreende-se que a
memó ria sensorial adquire significaçã o e passa para a memó ria de curto prazo.
A diferença entre ambas além do tempo de duraçã o é de que a memó ria de curto
prazo nã o possui um detalhamento tã o completo quanto a sensorial, ou seja
possui capacidades representacionais incompletas.
Dentro dessa memó ria, para que a retençã o de siglas em uma quantidade de
letras aleató rias, por exemplo, seja efetiva é necessá rio haver o agrupamento. O
agrupamento portanto “ é uma porçã o de informaçõ es que podem ser
armazenadas na memó ria” (FELDTMAN, 2015, 208)
Ainda sobre o autor supracitado segundo ele embora seja possível recordar até
cerca de 7 conjuntos relativamente complicado informaçõ es que entram na
memó ria de curto prazo a informaçã o nã o pode ser mantida nela por muito
tempo. o tempo de duraçã o má xima segundo alguns psicó logos é de 15 a 25
segundos nesse tipo de memó ria.
Para que o conteú do da memó ria de curto prazo seja passado para a memó ria de
longo prazo é necessá rio que haja um ensaio. O ensaio, para Jarrold e Tam,
(2011) é o processo que permite transferir informaçã o para a memó ria de longo
prazo.
Ensaio significa repetir a informaçã o que entrou no na memó ria de curto prazo
mas um simples ensaio nã o garante a passagem da memó ria de curto prazo para
longo prazo é necessá rio que haja um ensaio elaborativo esse ensaio ocorre
quando a informaçã o é considerada e organizada De maneira que possa ser
lembrada posteriormente pode incluir expandir a informaçã o para caber em
uma estrutura ló gica, transformar em uma imagem dental dar um sentido maior
a ela associar com algo, ou transformá -la de alguma outra forma.
Dentro do ensaio elaborativo as estratégias organizacionais sã o chamadas de
estratégias mnemô nicas as quais garantem aumentou consideravel de retençã o
na memó ria.
Para o dicioná rio Dício mneumô nico é aquilo que pode ser utilizado para
ampliar ou aumentar a memó ria.

Ainda Feldman menciona outro tipo de memó ria além das três referidas: a
memó ria de trabalho.

C. Memó ria de trabalho


A memó ria de trabalho nã o é nada mais do que a memó ria de curto prazo porém
alguns autores divergem se de outros nessa contemplaçã o. para eles a
denominaçã o memó ria de trabalho refere-se a mais uma arcabouço da memó ria
de curto prazo nã o considerada pelos outros autores. Nesse sentido, esse tipo de
cogniçã o é um sistema de processamento de informaçõ es que gerencia tanto o

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novo material reunido da memó ria sensorial quanto o material antigo puxado do
armazenamento de longo prazo (FELDMAN, 2015, p.210), ou seja, ela é um
conjunto de armazenamentos temporá rios, os quais conduzem e ensaiam as
informaçõ es ativamente conforme Engle (2005).
Essa memó ria contém um processador executivo central o qual cordena três
tipos distintos de armazenamento: o armazenamento visual o armazenamento
verbal e a memó ria episó dica.
O armazenamento visual é especializado em informaçõ es visuais e espaciais. O
verbal manipula e contém o material relativo a fala palavra e nú meros. A
memó ria episó dica armazena episó dios ou ocorrências. (Badley, Allen e Hitch,
2011).

É importante salientar que ela consome uma quantidade significativa de


recursos cognitivos durante sua operaçã o, ou seja muitas vezes demandamos
pensamentos durante a realizaçã o de uma operaçã o matemá tica, desse modo
nã o conseguimos aprender tudo o que ocorre no ambiente, mas apenas aquilo
em que estamos focados. outro exemplo é que durante uma chamada telefô nica
enquanto se dirige nã o se pode conciliar ambas as atividades pois essa memó ria
utilizada para a fala com seu armazenamento verbal necessita de pensamentos
para a verbalizaçã o e diálogo, e assim nã o é possível conceber as duas
demandas. Logo nos tornamos menos conscientes dos ambientes ao utilizá -la.
D. Memó ria de Longo Prazo
A memó ria de longo prazo apresenta armazenamento e depó sito e limitados ela
arquiva e codifica os materiais e informaçõ es para poderem ser acessados
depois segundo pesquisas interferência na apreensã o dificultam o
armazenamento.
A definiçã o de memó ria de longo prazo e de curto prazo também ocorrem a
partir do efeito de posiçã o serial. Nesse feito a capacidade de recordar as
informaçõ es, por exemplo no efeito de primazia os itens apresentados
anteriormente sã o lembrados de forma mais rá pida; no efeito de recenticidade
os itens apresentados por ú ltimo na lista sã o mais facilmente lembrados.

Mó dulos da memó ria de longo prazo:


A memó ria é dividida em mó dulos de memó ria declarativa processual,
semâ ntica, episó dica.
Na memó ria declarativa ocorre o armazenamento de informaçõ es factuais como
nomes rostos datas fatos.
Na memó ria processual ou nã o declarativa ocorre o armazenamento de há bitos,
prá ticas e execuçõ es de atividades como dirigir por exemplo.
A memó ria semâ ntica é aquela que funciona para armazenar conhecimentos
gerais do mundo regra de ló gica que sã o usadas para deduzir outros fatos.

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A memó ria episó dica é aquela o que se recorda dos eventos que ocorrem em
determinado tempo e lugar ou contexto por exemplo o aniversá rio de debutante
o primeiro beijo, entre outros.
Essa memó ria consegue ser bastante detalhada e prover informaçõ es de eventos
que ocorreram há bastante tempo.

Redes semâ nticas

As redes semâ nticas constitui em relaçõ es entre informaçõ es. Sã o


representaçõ es mentais de aglomerados de informaçõ es interconectadas.
(FELDMAN, 2015, p.213). De acordo com pesquisadores associar diferentes
informaçõ es consiste em uma ferramenta organizacional fundamental para a
recuperaçã o da memó ria de longo prazo. Nesse modo o conhecimento é
armazenado nessas redes.

A ativaçã o da memó ria em cadeia outras memó rias relacionadas no processo


chamado de ativaçã o por propagaçã o segundo Foster e ao 2008 e Kreher ET al.
2008.

A neurociência da memó ria

Apesar de separadas nominalmente e devido suas características As memó rias de


longo prazo curto e sensorial encontram-se reunidas no cérebro. Associadas a
algumas estruturas que desempenham atividades relacionadas a memó ria
O hipocampo que faz parte do sistema límbico do cérebro desempenha um papel
central na consolidaçã o delas. ele é localizado no sobre os temporais mediais do
cérebro logo atrá s dos olhos e auxilia na codificaçã o inicial da informaçã o
atuando como um tipo de sistema de correio eletrô nico neuroló gico essa
informaçã o e subsequentemente repassado ao có rtex cerebral onde ela é de fato
armazenada. Dudai 2011)
Vale ressaltar que a descobertas relacionando o hipocampo a consolidaçã o de
memó rias espaciais.

Outro ó rgã o envolvido na memorizaçã o é amígdala ela por sua vez desempenha um
papel importante na memó ria especialmente naquelas que envolvam emoçã o.
Deparar com a situaçã o desagradá vel que ativou a amígdala uma vez novamente
ela será ativada e os protó tipos daquela primeira situaçã o inicial serã o gatilhos.

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A nível celular a uma potencializaçã o de longo prazo quantos neurô nios sã o
excitados em uma nova resposta aprendida pelo indivíduo. o nú mero de
sinapses entre os neurô nios aumenta à medida que os dentritos ramificam-se
para receber mensagens e isso reflete a consolidaçã o em que essas mensagens
tornam-se fixas na memó ria de longo prazo. Para que a aprendizagem seja
consolidada e o armazenamento se fixe na memó ria de longo prazo isso é
demandado o tempo ponto nã o ocorre subitamente. Traços da memó ria
encontram-se distribuídos por todo o cérebro e em á reas particulares onde
foram processadas as informaçõ es dos sentidos.

3. RECORDANDO MEMÓ RIAS:

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