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Temperamento

O temperamento é a tendência do humor do indivíduo, e constitui a forma de reacção e


a sensibilidade inatas de uma pessoa em relação ao mundo, que será levado até o fim de
sua vida. Rudolf Steiner se refere às quatro formas distintas de temperamento que
Hipócrates e Aristóteles reconheceram e descreveram, e tenta dar algum significado a
esses quatro tipos.

Ele denominou as duas qualidades que constroem o temperamento de ‘excitabilidade e


energia’. De acordo com isso, descreveu os quatro temperamentos, a saber:
 Colérico: grande energia e grande excitabilidade.
 Melancólico: grande energia e pouca excitabilidade.
 Sanguíneo: pouca energia e grande excitabilidade.
 Fleumático: pouca energia e pouca excitabilidade.
A energia, neste caso, significa a força de uma pessoa para viver e suportar.
Excitabilidade é a sua capacidade de reagir;

Memória

Memória” significa aquisição, formação, conservação e evocação de informações.


A aquisição é também chamada de aprendizado ou aprendizagem: só se “grava” aquilo
que foi aprendido. A evocação é também chamada de recordação, lembrança,
recuperação. Só lembramos aquilo que gravamos, aquilo que foi aprendido.

A memória e suas deformações

Nossa memória pessoal e colectiva e, às vezes, incorpora fatos irreais. Vamos perdendo,
ao longo dos dias e dos anos, aquilo que não interessa, aquilo que não nos marcou:
ninguém se lembra em que ano foi construída aquela casa feia do outro quarteirão ou
onde morava aquele colega da escola com quem tivemos pouco contacto.
“Memória” e memórias
As memórias dos humanos e dos animais provêm das experiências. Por isso, é mais
sensato falar em “memórias”, e não em “Memória”, já que há tantas memórias quanto
experiências possíveis.
É evidente que a memória de ter colocado os dedos na tomada não é igual à da casa da
infância, à de saber andar de bicicleta, à do perfume fugaz de uma flor, à de toda a
Medicina.
Algumas dessas memórias são adquiridas em segundos (a da tomada, a da flor), outras
em semanas (andar de bicicleta), outras em anos (a Medicina).
A memória apresenta três tipos de armazéns, que são:
 O armazém sensorial – de entrada da informação sensorial, que armazena a
informação por períodos de tempo muito breves e com capacidade limitada
(memória sensorial).
 O armazém de curto prazo – que armazena a informação por períodos um
pouco mais longos de tempo, mas também com capacidade limitada, (memoria
de trabalho).
 O armazém de longo prazo – que armazena a informação por períodos de
tempo muito longos e com capacidade virtualmente ilimitada, memoria de longo
prazo).

Atenção

A atenção define-se como um mecanismo ou processo psicológico implicado


directamente na motivação e funcionamento dos processos e /ou operações de selecção,
distribuição e manutenção da actividade psicológica (Gonzalez, 1999).
Portanto, atenção e o processo cognitivo básico para o processamento da informação,
assistindo uma função de exploração do ambiente, no sentido da manutenção da
focalização dos recursos perceptivos e cognitivos no estimulo, ou uma função de
selecção, podendo corresponder a um conjunto de processos que determinam a eleição
dos estímulos relevantes de entre vários recebidos (Ramalho, 2009).
De acordo com o Levitt e Johnston (2001) decompõem a atenção em quatro passos:
 O arousal- a capacidade para responder ao ambiente, ou seja, um estado de
alerta direccionado estimulo alvo de interesse para o sujeito;
 Atenção selectiva ou focalizada -capacidade para focar a atenção em estímulos
específicos e ignorar outros; é uma actividade que acciona e controla os
processos e mecanismos através dos quais o organismo processa apenas uma
parte de toda a informação e responde apenas as exigências ambientais que são
realmente úteis para si.
 Atenção dividida -a capacidade para prestar atenção a mais do que um estimulo
em simultâneo, mudar a atenção entre tarefas ou processar informação e
conservar, em simultâneo, outra consciente.
 Atenção sustentada - a capacidade para manter a atenção perante estímulos por
extensos períodos de tempo.

Percepção

A percepção é o processo que serve para reconhecer, organizar e entender o que nos
rodeia mediantes a informação que chega através dos sentidos; o processo através do
qual extraímos significação do meio envolvente (Fonseca, 2008). Sendo os problemas
perceptivos entendidos como a incapacidade de identificar, discriminar, interpretar e
organizar as sensações.
 Percepção visual – a capacidade do cérebro para interpretar dados visuais, e
cujo défices se traduzem não num problema de acuidade visual, mas antes num
problema no modo pelo qual os indivíduos usam os olhos para obter informação
e como essa informação é processada no cérebro.

 Percepção auditiva – cujos défices se traduzem ao nível da interpretação do que


se ouve, na forma de processamento da informação auditiva, e não num
problema de acuidade auditiva, pois os sujeitos ouvem normalmente, apesar de
apresentarem dificuldades na organização e estruturação do seu mundo auditivo,
não conseguindo discriminar com clareza os fonemas auditivos.

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