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Atividade 3- Psicologia

1.O que se entende por cognição?


A cognição é o conjunto de mecanismos através dos quais cada um de nós adquire,
trata, conversa e explora informação, produzindo conhecimento e consciência, tais
como: perceber, memorizar, aprender, raciocinar, imaginar, etc.

2. O que é a sensação?
Uma sensação é uma reação dos órgãos recetores sensoriais aos estímulos do
meio. Implica a existência de um estímulo, por exemplo visual, sonoro, tátil, olfativo
ou gustativo; uma impressão provocada no recetor e transmitida ao sistema nervoso
central e um processo psicofisiológico que dá origem à sensação.

3. Como se distingue sensação de perceção?


Enquanto a sensação diz respeito ao modo como os recetores sensoriais captam os
estímulos e aos mecanismos que permitem que essas informações sejam transmitidas
ao cérebro, a perceção refere-se ao processamento posterior da informação
sensorial, cujo resultado são as representações ou construções mentais dos estímulos.

4. Como se relacionam sensação e perceção?


Ambos estes dois conceitos são o início (sensação) e o fim (perceção) de um processo
contínuo. A sensação é a nossa capacidade de reagir aos estímulos do meio como tato,
visão, sonoro, olfativo e gustativo etc. Já a perceção (processo cognitivo) é a maneira
pela qual o nosso cérebro processa (processamentos após ser transmitida a
informação sensorial) e comunica esses estímulos com o restante do corpo.

5. Que fatores influenciam a perceção?


Os elementos que afetam a perceção dividem-se em fatores inatos, relacionados à
biologia, e aprendidos, de natureza social. No âmbito da perceção, somos influenciados
por processos fisiológicos, como por exemplo a distinção entre figura e fundo, o
agrupamento de elementos, a perceção de profundidade e a constância percetiva. Além
disso, influências provenientes de necessidades, crenças, emoções e expectativas também
desempenham um papel significativo. As experiências conduzidas por Eleanor Gibson e
Richard Walk, como as experiências dos precipícios visuais, destacam a importância da
dimensão inata na perceção, evidenciando como os bebês demonstram resistência em se
aproximar de áreas percebidas como profundas. Diversas ilusões visuais observadas em
experimentos destaca a influência do ambiente e da cultura na nossa forma de perceber
o mundo.

6. Que papel desempenha a perceção na vida quotidiana?


A perceção desempenha um papel fundamental na vida quotidiana, influenciando a
forma como os indivíduos interpretam e interagem com o mundo á sua volta. A
perceção refere-se à maneira como processamos e interpretamos as informações
sensoriais provenientes do ambiente.
A perceção é essencial para pro exemplo:

• Interpretação do Ambiente: A perceção molda a forma como percebemos o


ambiente à nossa volta, incluindo objetos, pessoas e eventos.
• Tomada de Decisões: As informações sensoriais que recebemos afetam a nossa
avaliação de situações e influenciam as escolhas que fazemos.
• Compreensão Social: A forma como percebemos os outros desempenha um
papel significativo nas interações sociais. A perceção de expressões faciais,
linguagem corporal e tom de voz influencia a nossa compreensão das emoções e
intenções dos outros.
• Segurança e Orientação: A capacidade de perceber e interpretar sinais de perigo
ou direção desempenha um papel crítico na navegação quotidiana.
• Experiência Sensorial: Cada sentido contribui para uma compreensão mais
completa e rica do ambiente.
• Aprendizagem e Memória: A forma como percebemos e processamos
informações sensoriais afeta a maneira como aprendemos e recordamos
experiências passadas.
• Criação de Significado: A interpretação e compreensão do que percebemos
contribuem para a construção de significado nas nossas vidas.
7. O que é a memória?
A memória corresponde à habilidade para adquirir e conservar informação ou
representações da experiência passada com base nos processos mentais de
codificação, retenção e recuperação. É um campo complexo de processos baseados
em mecanismos biológicos e psicológicos.

8. Como se distinguem os três tipos de memória?


As teorias do processamento da informação separam a memória em 3 subsistemas.
I. Memória Sensorial (MS):
• Natureza: Permite conservar as características físicas de um estímulo captado
pelos órgãos sensoriais durante algumas frações de segundos;
• Exemplo: Quando alguém nos acena, conseguimos compreender o conjunto de
sequências deste gesto porque temos memória do milissegundo
imediatamente anterior;
• Duração: Muito curta, geralmente em segundos;
• Capacidade: Muito limitada;
• Base biológica: Redes sensoriais

II. Memória de Curto Termo (MCT):


• Natureza: Unidade processadora ativa e útil que funciona como uma
importante memória de trabalho. Contribui para manter presente a informação
guardada;
• Exemplo: Quando lês uma frase até ao final, apenas conseguirás ter perceção
do seu significado, se conseguires lembrar-te do que leste no início;
• Duração: Cerca de 20 segundos;
• Capacidade: Limitada a cerca de 7 itens;
• Base biológica: Hipocampo e lobo frontal.

III. Memória de Longo Termo (MLT):


• Natureza: Armazena os conhecimentos que possuímos de nós mesmos e do
mundo durante longos períodos;
• Exemplo: Se fores capaz de te recordar da tua primeira aula de psicologia, estás
a aceder a uma nova memória que estava guardada na tua memória de longo
termo;
• Duração: Alargada;
• Capacidade: Minutos, horas, dias, meses e anos;
• Base biológica: Diferentes partes do córtex cerebral.

9. Qual o papel da atenção?


A atenção corresponde ao estado de consciência em que os sentidos estão focados
em certos aspetos do ambiente e o sistema nervoso central está em estado de
prontidão para responder a estímulos.
O papel da atenção é selecionar e fixar recursos mentais em informações relevantes,
influenciando assim a perceção, a memória, a resolução de problemas, a consciência
e a aprendizagem.

10.Como se distinguem memórias explícitas de memórias implícitas?


Normalmente os cientistas dividem as memórias de longo termo em 2 tipos:
implícitas (procedimentais) e explícitas (declarativas).
• As memórias implícitas incluem procedimentos e ações. São coisas que
sabemos, mas nas quais não pensamos de forma consciente, são hábitos e
capacidades motoras, como andar de bicicleta ou desenhar uma forma.

• As memórias explícitas incluem factos e proposições. Dizem respeito às coisas


que sabemos por termos lembrança, como a cor dos olhos da avó ou os
acontecimentos de ontem à tarde. Distinguem-se ainda em memória episódica
ou autobiográfica (relativa à nossa narrativa e história pessoal) e memória
semântica (associada ao conceito de cultura geral)

11. Quais as diferenças entre memória episódica e memória semântica?


As memórias explícitas podem distinguir-se ainda em memória episódica ou
autobiográfica (relativa à nossa narrativa e história pessoal) e memória semântica
(associada ao conceito de cultura geral. A memória episódica é contextual e envolve
recriação mental, enquanto a memória semântica é mais objetiva e não depende de
experiências pessoais para recuperação.

12. Como se relacionam os três tipos de memória?


Ambas as três memórias dependem umas das outras. A memória sensorial (MS)
representa a primeira etapa no estabelecimento de um registo duradouro das nossas
experiências. Permite conservar as características físicas de um estímulo (visual,
auditivo, olfativo, tátil ou gustativo) captado pelos órgãos sensoriais. A memória de
curto prazo (MCP) permite guardar informação durante cerca de 20 segundos;
funciona como uma unidade processadora ativa e extremamente útil. Esta constitui
uma importante memória de trabalho, permitindo a exploração da informação da MS
(através da repetição) e mantendo presente informação guardada na Memória de
longo prazo MLP (através da recuperação). Dos três tipos de memória, a MLP é aquela
que se aproxima mais daquilo a que vulgarmente chamamos «memória». É
relativamente ilimitada, permanente e construída, tal como a MS e a MCP, a partir de
todas as modalidades dos sentidos, armazenando os conhecimentos que possuímos
de nós mesmos e do mundo durante longos períodos de tempo.

13.A memória humana é fiável? Porquê?


NÃO! A memória humana não é fiável e está muito longe de ser um registo fotográfico
fiel e objetivo de factos e acontecimentos, pois inclui esquecimentos, distorções, falsas
atribuições e, inclusivamente, efabulações e mentiras, mesmo que inconscientemente
construídas.
Alguns dos erros da memória, familiares à maioria de nós são por exemplo:
• Transitoriedade (Redução ou deterioração da memória com o passar do
tempo);
• Desatenção (Redução da memória por não termos prestado atenção
suficiente);
• Bloqueio (Incapacidade de recordar informações necessárias);
• Má distribuição (Atribuição de uma memória à fonte errada);
• Sugestionabilidade (Alteração das memórias devido a informações
enganadoras);
• Viés (Influência de conhecimentos atuais sobre as memórias);
• Persistência (Ressurgimento de memórias indesejadas ou perturbadoras).
14. Qual o papel do esquecimento?
De fato, a capacidade de adquirir novas informações e, ao mesmo tempo, esquecer
aquelas menos relevantes é fundamental para o funcionamento saudável da memória.
O esquecimento não é apenas uma característica inevitável da memória, mas sim uma
condição necessária e essencial. Sem o processo de esquecimento, a memória seria
sobrecarregada por informações irrelevantes, dificultando a recuperação e a utilização
eficiente das informações importantes.

15. Que ordens de fatores estão implicados na memória?


Processos cognitivos, biológicos e sociais.

16.Qual o papel da memória na vida quotidiana?


A nossa relação com o mundo não faria qualquer sentido se a memória não existisse,
pois assim não iriamos conseguir registar nem relembrar os resultados de interações
prévias.

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