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NEURODESENVOLVIMENTO E

DESENVOLVIMENTO COGNITIVO

COGNIÇÃO

Profa. Dra. Andrea P. Jackowski


Prof. Dr. Marco A. G. Del’ Aquilla
O QUE VEREMOS NO CURSO?

1. Fundamentos da Neurociência
• Breve revisão neuroanatomia
• Base neurogenética – Introdução à neurogenética

1. Funcionamento cerebral
• Processamentos específicos
• Dimensão interna do desenvolvimento

2. Neurociência da cognição
• Funções e a cognição
• Localização e organização
• Apropriação do conhecimento
• Input / Output
• Memória, aprendizagem e plasticidade cerebral
• Base neurogenética da plasticidade
Sistema Nervoso
Relembrando alguns conceitos
• É o sistema que controla e coordena as funções de todos
os sistemas do organismo
• Uma vez submetida a estímulos tem capacidade de
transmitir, interpretar e desencadear respostas adequadas.

Irritabilidade (detecção)
Propriedades do SN Condutibilidade (resposta)
Contratilidade (resposta)
LOBOS DO TELENCÉFALO E SULCOS PRINCIPAIS
Organização dos inputs e outputs neuronais
Fibras de Associação Intra-hemisféricas
Fibras de Associação Inter-hemisféricas
NEURODESENVOLVIMENTO E
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO

BASES NEUROCIENTÍFICAS DA COGNIÇÃO


COGNIÇÃO

COGNIÇÃO – do latim COGNOSCERE

CO + GNOSCERE = VIR A CONHECER

“SABER, CONCEITUAR, RECONHECER”

Cognição - processo da aquisição do conhecimento que ocorre


por intermédio da percepção, da atenção, de procedimentos
associativos, da memória, raciocínio, imaginação, julgamento,
pensamento, etc.
COGNIÇÃO

Em outras palavras:

É o conjunto dos processos mentais complexos


usados no pensamento, na classificação, no
reconhecimento e compreensão, com a finalidade de
serem utilizados para o julgamento através do raciocínio,
para o aprendizagem de determinados sistemas e
soluções de problemas.
Como funciona o cérebro?

• Cada ser humano é único, pois as redes e


conexões neuronais formadas são próprias da
biologia cerebral e específicas da história de vida
de cada pessoa.

• Há várias áreas do cérebro em que os neurônios


são destinados a processamentos específicos.

• O cérebro funciona integradamente e de forma


complexa.
Áreas do cérebro destinadas a processamentos
específicos (exemplos)
Como funciona o cérebro?

• Plasticidade é a possibilidade ampla de formação


de conexões entre neurônios a partir das sinapses.

• O cérebro não só aprende, se reorganiza.

• O cérebro passa por um processo de maturação


biológica ao longo dos anos.
Como funciona o cérebro?

• Cada período de desenvolvimento humano é


marcado por:

• Mudanças físicas no cérebro (tragetória do


neurodesenvolvimento)
• Por aquisições biológico-culturais específicas e
possíveis graças à configuração físico-química do
cérebro naquele determinado período
Como funciona o cérebro?

Figura 1: Trajetória do neurodesenvolvimento nos períodos pré e pós-natal (Extraído de Giedd J. Nature Neuroscience, 1999).
Como funciona o cérebro?

• A aprendizagem se efetua pela criação de novas


memórias e pela ampliação e transformação de redes
neuronais que “guardam” conteúdos já trabalhados
anteriormente.
Como funciona o cérebro?

• Para esse processo corroboram tanto as


informações organizadas em conteúdos de memória
como a apropriação de novos conhecimentos.

• Ocorrem, deste modo, associações entre


experiências prévias com o novo conhecimento.

Bartoszeck (2009)
Como funciona o cérebro?

• O cérebro mostra períodos ótimos (sensíveis) para


certos tipos de aprendizagem, que não se esgotam
mesmo na idade adulta.

• O cérebro mostra plasticidade neuronal


(sinaptogênese), mas maior densidade sináptica
não prevê maior capacidade generalizada de
aprender.
Como funciona o cérebro?

• Inúmeras áreas corticais são simultaneamente


ativadas no transcurso da aquisição da nova
aprendizagem.

• Há uma tendência (evolutiva) do cérebro em


perceber e gerar padrões quando testa hipóteses.

Bartoszeck (2009)
DIFERENÇAS ENTRE OS GÊNEROS

Ingalhalikar et al. (2014)

DTI - 949 subjects - Fractional Anisotropy (FA) - FreeSurfer

• 428 male (mean ± SD = 14.94 ± 3.54 y)

• 521 female (mean ± SD = 15.25 ± 3.47 y)


As diferenças no conectoma

RESULTADOS

Homens (A )

• > Proporção de substância branca (Exceto


CC)
• Conexões intra-hemisféricos

Mulheres (A)

• > Proporção de substância branca no CC


• Conexões inter-hemisféricas

Ingalhalikar et al. (2013)


As diferenças no conectoma

RESULTADOS

• Trajetóriasde desenvolvimento se
diferenciam já nos primeiros anos.(B)

• Demonstram grandes diferenças


durante a adolescência e idade
adulta. (C e D)

Ingalhalikar et al. (2013)


As diferenças no conectoma

RESULTADOS

As observações sugerem que os


cérebros são estruturados para:

• Masculinos: facilitar a
conectividade entre percepção e
ação coordenada,

• Femininos: facilitar a comunicação


entre modos de processamento
analítico e intuitivo.
Ingalhalikar et al. (2013)
Você se lembra?

MEMÓRIA !!!
Memória

Latim MEMOR = RECORDAR

Faculdade de reter e /ou readquirir idéias, imagens,


expressões e conhecimentos adquiridos
anteriormente reportando-se às lembranças e
reminiscências.
Memória

É a base para a aprendizagem

• Envolve um complexo mecanismo que abrange o


arquivamento e a recuperação de experiências

• Intimamente associada à aprendizagem


Memória ou memórias?

É tudo igual?
Memória ou memórias?

“Desde um ponto de vista prático, a memória dos homens e


dos animais é o armazenamento e evocação de informação
adquirida através de experiências; a aquisição de memórias
denomina-se aprendizado.
As experiências são aqueles pontos intangíveis que
chamamos presente.”

Izquierdo, I. (1989)
Categorias de memória
ULTRA-RÁPIDA: Retenção não dura mais que alguns
segundos.

PRIMÁRIA ou DE CURTO PRAZO (CURTA


DURAÇÃO): Dura minutos ou horas e serve para
proporcionar a continuidade do nosso sentido do presente

SECUNDÁRIA ou DE LONGO PRAZO (DE LONGA


DURAÇÃO): Estabelece engramas (ou traços duradouros
(dura dias, semanas ou mesmo anos).

Adaptado de Cardoso, Silvia H.


Como fazemos as memórias?

Depósito sensorial

Reconhecimento
de padrão

UFRGS
Como fazemos as memórias?
1. Entrada Sensorial e o Depósito Sensorial

O depósito sensorial consiste em memória de muito curto


prazo.
• Entra pelos órgãos dos sentidos.
• Tecnicamente, existe um depósito sensorial diferente
para cada sensação.
• Informação de depósito sensoriais decai rapidamente
em questão de alguns segundos.
UFRGS
Como fazemos as memórias?
2. Transferência de Informação do Depósito Sensorial

• A informação que será transferida do depósito sensorial


e não perdida é aquela informação que nós decidimos.

• A informação que nós prestamos atenção *, passa para


o segundo nível de armazenamento de memória, consiste
em informação que realizará as tarefas ou metas que nós
buscamos realizar naquele momento.

* Depende da sustentação do foco atencional


UFRGS
Como fazemos as memórias?
2. Transferência de Informação do Depósito Sensorial

• Reconhecemos um padrão de dados sensoriais crus


como algo significante.

• Processo extremamente complexo e ainda não


completamente compreendido.
UFRGS

Os mecanismos que selecionam as informações que serão


eventualmente armazenadas incluem o hipocampo e a
amígdala. Isquierdo, I . (1989)
Como fazemos as memórias?
2. Transferência de Informação do Depósito Sensorial

• Usamos um processo chamado Reconhecimento de


Padrão para transferir informação do armazenamento
sensorial para a memória de curto prazo, ou primária.

• O processo de reconhecimento de padrão envolve


associação de significado a um padrão sensorial.

UFRGS
Como fazemos as memórias?
3. Depósito de Memória primária ou a curto prazo

Consiste-se em um depósito sensorial e é reflexo do


estímulo original

Duração: o decaimento acontece em aproximadamente 15


segundos.

O depósito a curto prazo pode reter 7 itens de informação


(+ou- 2).

Um item de informação consiste em um pedaço de


informação como uma letra, número, formula, ou frase.

UFRGS
Como fazemos as memórias?
3. Depósito de Memória primária ou a curto prazo

O hipocampo intervém no reconhecimento de determinado


estímulo, configuração de estímulos, ambiente ou situação,
se são novos ou não, e, portanto, se merecem ou não ser
memorizados.

A ativação do hipocampo por condições de novidades,


tem duas conseqüências:

Isquierdo, I . (1989)
Como fazemos as memórias?
3. Depósito de Memória primária ou a curto prazo

• O hipocampo informa a seus sítios de projeção:


amígdala, hipotálamo, secundariamente através do
hipotálamo a diversos núcleos talâmicos associativos que
se trata realmente de uma experiência ou ambiente novo

• O hipocampo ativa, atravéz do fórnix, neurônios β-


endorfinérgicos localizados no hipotálamo medial basal

Isquierdo, I . (1989)
Como fazemos as memórias?

Isquierdo, I . (1989)
Como fazemos as memórias?
4. depósito de Memória secundária ou a longo prazo

Consiste em informação que nós temos permanentemente


mais disponível.

São armazenados dois tipos de memória a longo prazo:


• Episodica (registro de experiências e eventos pessoais) -
Informação associada com um lugar e/ou tempo particular.
• Semântica (não associada com um tempo particular ou
lugar) - Inclui conhecimento sobre palavras, idioma, e
símbolos; os significados e relações entre eles; regras de
uso e manipulação.
UFRGS
Como fazemos as memórias?
4. depósito de Memória secundária ou a longo prazo

A consolidação é modulável.

Em nível central, os principais sistemas moduladores são:

• O sistema colinérgico septo-hipocampal,

• O sistema colinérgico nucleus basalis-amígdala,

• O sistema noradrenérgico locus ceruleus-amígdala.

Isquierdo, I . (1989)
Como fazemos as memórias?
4. depósito de Memória secundária ou a longo prazo

Existem projeções do sistema b-endorfínico ao:

• Septum,
• Locus ceruleus
• Amígdala

Existem, ainda, sinapses GABAérgicas na amígdala e no


hipocampo.

Há uma possibilidade de interação de todos estes sistemas


neuromoduladores em diversos níveis.

O principal sítio de interação é a amígdala


Isquierdo, I . (1989)
Como fazemos as memórias?
4. depósito de Memória secundária ou a longo prazo
Vários sistemas hormonais também modulam a consolidação.

Os hormônios mais estudados são:

• Adrenalina
• Adrenocorticotrofina
• Vasopressina

Hormônios liberados em resposta ao alerta e/ou ao estresse. Uma


hipersecreção moderada no período imediatamente posterior à aquisição,
facilita a consolidação. Isquierdo, I . (1989)
Consolidação de memória
Exemplo de Fatores Intervenientes

Ambos os níveis, baixo e alto de excitação, produzem um desempenho mínimo, enquanto que um nível
moderado de excitação resulta no máximo desempenho em uma tarefa. Isto sugere que pouca ou muita
estimulação tende a ser ignorada pelos indivíduos.
Como fazemos as memórias?
5. Recuperação (evocação) de Informação de Memória

Recuperação de informação contida nos depósitos de memória


consiste em um complexo, processo de reconstrução.

Esse processo é:

• Sempre desencadeado por algum estímulo ou estímulos


iguais ou semelhantes àqueles inerentes a cada experiência
(p.e. uma palavra evoca pode evocar a cena completa para um ator...etc.)

Isquierdo, I . (1989)
Como fazemos as memórias?
5. Recuperação (evocação) de Informação de Memória

• Nesse processo a participação de um mecanismo


colinérgico muscarínico na regulação da evocação.

Este processo requer memória de trabalho.

• Memória de trabalho consiste em processos de


decisão que administram a ativação de informação nos
depósitos de curto e longo prazo.

Isquierdo, I . (1989)
A arte de esquecer
Formas de esquecimento

“Há várias. A mais estudada é a extinção, à qual dedicaremos algumas linhas a


seguir. Outra, popularizada por Freud, é a repressão, talvez vinculada com a
anterior.
Existem memórias que não ultrapassam poucos segundos, e ficam na memória de
trabalho. Outras não ultrapassam a memória de curta duração (e não ficam na
memória de longa duração).
Outras memórias duram poucos dias e depois desaparecem.
Por último, há o esquecimento real: memórias que desaparecem por falta de uso,
com atrofia sináptica.”

Izquierdo, I
PLASTICIDADE

• Capacidade do sistema nervoso de mudar, adaptar-se e


moldar-se a nível estrutural e funcional ao longo do
desenvolvimento neuronal e quando sujeito a novas
experiências.

• Está na base da formação de memórias e


da aprendizagem bem como na adaptação a lesões e
eventos traumáticos.

Purves, D. et al. (2004)


Plasticidade cerebral - NEUROPLASTICIDADE

• Diretamente relacionada às fases do


neurodesenvolvimento, sendo maior quanto mais
jovem.

• Processo coordenado, dinâmico e contínuo que


promove a remodelação dos mapas
neurosinápticos.

Duffau, H. (2006)
Plasticidade cerebral - NEUROPLASTICIDADE

• Permite que áreas do cérebro destinadas a uma


função específica possam assumir outras funções.

• Tipos de PLASTICIDADE do Sistema Nervoso


ocorre, pelo menos em duas dimensões:
– PLASTICIDADE SINÁPTICA

– PLASTICIDADE DE CIRCUITOS (REDES NEURAIS)


PLASTICIDADE SINAPTICA (NEURONAL)

Na sinapse podem ocorrer modificações que levam à


modificações (plasticidade).

Modificações intracelulares na expressão de proteínas


essenciais à diferenciação sináptica e libertação de
neurotransmissores e estimulação da formação de novas
estruturas celulares (p.e., formação de novo de espículas
dendríticas e receptores) ou remodelação das estruturas já
existentes – plasticidade estrutural.

Turrigioano e Nelso (2000)


PLASTICIDADE SINAPTICA (NEURONAL)
Convergence of signalling pathways on Src
family kinases (SFKs)

Michael W. Salter & Lorraine V. Kalia Nature Reviews Neuroscience 5, 317-328 (April 2004)
http://www.nature.com/nrn/journal/v5/n4/fig_tab/nrn1368_F4.html
PLASTICIDADE SINAPTICA (NEURONAL)

• ‘PLASTICIDADE HEBBIANA*’ (formas duradouras de


plasticidade sinaptica): permite o controle dinâmico da
passagem da informação através da correlação
coordenada entre neurônios

• ‘PLASTICIDADE HOMEOSTÁTICA’ que promove a


estabilidade dos circuitos neuronais (mecanismo
compensatório) – ocorre por intermédio
de feedbacks negativos exercidos nas redes neuronais.
Turrigioano e Nelso (2000)

* Teoria hebbiana - descrever um mecanismo básico da plasticidade sináptica no qual um aumento na eficiência
sináptica surge da estimulação repetida e persistente da célula pós-sinápticas. (Donald Hebb, 1949)
PLASTICIDADE SINAPTICA (NEURONAL)

• RESUMINDO:

– Perante cada experiência nova do indivíduo, novas sinapses são


constituídas e sinapses já existentes são reforçadas, permitindo a
aquisição de novas respostas ao meio ambiente.
PLASTICIDADE DE CIRCUITOS (REDES NEURAIS)

Os neurônios formam circuitos neurais por vários tipos


de sinapses, cada uma com suas características e
funções que regulam e modelam a transmissão do
estímulo nervoso (informação):

•Químicas
•Elétricas
•Excitatórias
•Inibitórias

Destexhe, A. & Marder (2004)


PLASTICIDADE DE CIRCUITOS (REDES NEURAIS)

Formam uma complexa rede (circuitos)

Cada circuito possui especificidades que lhe confere


características muito particulares

Os circuitos interagem entre si o que permite uma dinâmica única e


controlada.

É necessário que haja um verdadeiro sincronismo entre neurônios


dentro de um certo circuito funcional o que permitirá:

• Potenciação da resposta ou função desse circuito


• Possível envolvimento e ativação de outros cirucitos na
execução da função
• E possível remodelação e rearranjo da atividade neuronal
associada
Destexhe, A. & Marder (2004)
PLASTICIDADE DE CIRCUITOS (REDES NEURAIS)

“A plasticidade de circuitos pode ser considerada,


então, como a mudança na atividade e nas relações
entre neurônios sincronizados dentro de um circuito
e a interligação que é feita com outros
neurocircuitos.”

Destexhe, A. & Marder (2004)


Bibliografia

• BARON-COHEN, S. Diferença Essencial: A verdade sobre o cérebro de homens e mulheres. Rio de Janeiro: Objetiva,
2004. 293 p.
• BARON-COHEN, S.; LUTCHMAYA, S.; KNICKMEYER, R. Prenatal testosterone in mind: Amniotic fluid studies.
Cambridge, Massachusetts: Bradford Book, 2004. 144 p.
• BUTMAN, J.; ALLEGRI, R. F. A Cognição Social e o Córtex Cerebral. Psicol. Reflex. Crit., vol.14, no. 2, p. 275-279, 2001.
• COSENZA, RAMON M. Neurociência e Educação - Como o Cérebro Aprende. Ed. Bookman
• DESTEXHE, A. & MARDER, E. Plasticity in single neuron and circuit computations. Nature. 431, 789–795 (2004)
• DUFFAU, H. Brain plasticity: from pathophysiological mechanisms to therapeutic applications. J. Clin. Neurosci. 13, 885–97
(2006)
• GUYTON, A. C. Fisiologia Humana. 6ªed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2010.
• IZQUIERDO, Ivan. Memórias. Estud. av., São Paulo , v. 3, n. 6, p. 89-112, Aug. 1989 .
• JACKOWISKI, A. et al. Up date on clinical features and brain abnormalities in neurogenetics syndrome. Journal of Applied
Research in Intellectual Disabilities. October 2010
• KANDEL, E. et al. Fundamentos das neurociências e do comportamento. Rio de Janeiro. Prentice-Hall do Brasil, 1995.
• KREBS, C; WEINBERG, J.; AKESSON, E. Neurociências Ilustrada. Artmed. 2013.
• LIMA, ELVIRA SOUZA LIMA. Neurociência e aprendizagem. Ed. Inter-Alia, 2007
• PURVES, D. ET AL. Neuroscience. Sinauer Associates, Inc. 3rd ed. 4, 7 (2004)
• TURRIGIANO, G. G. & NELSON, S. B. Hebb and homeostasis in neuronal plasticity. Curr. Opin. Neurobiol. 10, 358–364
(2000)
• WILKINSON, I.; LENNOX, G. Essential Neurology. 4th Edition. Blackwell Publishing
Teste de São Tomé

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