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MEMÓRIAÊEÊAPRENDIZAGEM

domingo, 18 de setembro de 2022 01:18

MEMÓRIA

Longo prazo - tálamo


Curto prazo - hipocampo

 Armazenamento das memórias é difuso (neuroplasticidade) e pode se dar de duas formas:


○ Bioquímica: através de alterações estruturais ou funcionais de neurônios (abertura de
novos canais iônicos)
○ Etiofisiológico: por meio da ativação continuadas de determinados neurônios

Classificação quanto a natureza da memória:

- Declarativa - conhecimentos memorizados explícitos, descritos por palavras ou símbolos


- Não declarativa - conhecimentos memorizados por ações, procedimentos, memória motora
(implícita)

Memória de trabalho - informações retidas por segundos ou minutos (por tempo suficiente para dar
sequência a um raciocínio)
- " a memória de trabalho gerencia as informações contidas em nossa memória de longo prazo,
trazendo à consciência as informações de maneira sequencial e ordenada, criando um fluxo de
pensamento coeso e coerente, permitindo que, assim, possamos produzir nossas ideias em
consonância com o que a realidade nos apresenta"

- Córtex pré frontal determina o conteúdo da memória operacional que será selecionada para
armazenamento conforme a relevância da informação

A memória pode ser definida como a capacidade de um organismo alterar seu comportamento em
decorrência de experiências prévias. Do ponto de vista fisiológico, essa capacidade é resultado de
modificações circuitarias neurais em função da interação do indivíduo com o meio ambiente.

O encéfalo humano é composto por bilhões de neurônios, cada neurônio se projeta para centenas
de outros neurônios, e as regiões em que essas células se comunicam são denominadas sinapses.

A formação de novas memórias envolve mudanças nas sinapses existentes ou a formação de novas
sinapses; essas alterações levam à alteração e estabelecimento de circuitos neurais que
representam as memórias arquivadas

Tipos de memória:
- Memória de curta duração (memória operacional)
- Memória de longa duração
○ Explícita (declarativa)
○ Implícita (não declarativa)
O aprendizado é o processo de aquisição de informação enquanto que a memória corresponde ao
processo de manutenção do que foi aprendido de forma que possa ser evocado posteriormente.

Isto posto, conclui-se que, a memória é construída e reforçada pela repetição


- O que fica na memória é o que foi aprendido
○ Só lembramos o que "memorizamos", ou seja, as informações que transformamos em
memória

Assim de maneira geral, o conceito de fazer memória também tem sido ampliado para a "habilidade
de adquirir, armazenar e evocar informações"

Ao analisarmos as definições de memória e aprendizagem podemos concluir que a construção de


memórias não seria possível sem a aprendizagem

Diante disso, para que possamos entender como ocorre todo esse processo, é necessário
compreendermos, as diferentes etapas para o bom funcionamento da memória

- Codificação/aquisição

Esta é a etapa na qual ocorre a aquisição de informações. Assim sendo, as informações (entradas)
declarativas (explícitas) e/ou não-declarativas (implícitas) são preparadas (codificadas) para serem
conduzidas às estruturas encefálicas responsáveis pelo seu processamento (aquisição).
Esse processamento, em diferentes níveis corticais, subcorticais e/ou em outras estruturas
encefálicas corresponde ao aprendizado das informações, o qual pode ser unimodal, heteromodal,
multimodal, etc. Essa aquisição é resultado da formação/remodelagem de circuitos sinápticos (base
para a plasticidade sináptica)

- Armazenamento/esquecimento

Quando retemos ou perdemos qualquer tipo de informação, o processo de armazenamento é


iniciado logo após o registro do estímulo (aprendizagem), podendo se estender por horas, dias,
meses e até mesmo anos (memórias ultra-rápida, rápida ou de longa duração). As novas
experiências e informações podem estabelecer relações com informações adquiridas anteriormente
(modificando ou não esses padrões sinápticos pré-existentes), as quais continuam sendo ativadas e
desativadas (repetição da ativação como mola mestra para o processo de armazenagem). As
memórias são formadas a partir do processo de reforço sináptico e, consequente (e desejável)
consolidação dos mesmos. As redes neurais reforçadas ou enfraquecidas é que determinarão os
aprendizados que serão consolidados (reforçados pelo processo de potencialização de curta/longa
duração) ou esquecidos (enfraquecimento sináptico com consequente perda daquele padrão, pela
atuação do processo de depressão de curta/longa duração).

Ou seja , para se ter memória ou perde-la, precisamos fortalecer ou enfraquecer os circuitos


sinápticos responsáveis pela informação guardada.

- Evocação

Essa é a etapa que diz respeito ao acesso (quase livre) à informação armazenada. Para evocar
determinada informação (resultado do fortalecimento de um circuito neural) precisamos ativar tais
redes neurais, o que pode ser feito a partir de várias fontes (outros circuitos)

Por isso, um aprendizado multimodal, relacional ou que envolva várias fontes para sua formação
pode ser evocado a partir de várias origens. É o evocar, justamente, que nos permite recordar o que
guardamos. Vale ressaltar que há várias interações entre as etapas aqui descritas.

 Nível de consciência e o estado de ânimo interferem no processo de


construção/armazenagem/perda/evocação da memória.

 Deste modo, situações com um forte grau de alerta emocional podem se tornar mais fáceis de
serem recordadas. Da mesma maneira, pode ser mais fácil aprender ou lembrar algo quando
estamos bem humorados e mais relaxados. A aprendizagem e a memória são a base da
plasticidade neural que acompanham o desenvolvimento pedagógico da prática docente.

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