funções neuropsicológicas, possibilitando ao indivíduo remeter-se a experiências impressivas, auxiliando na comparação com experiência atuais e projetando-se nas prospecções e programas futuros; assim, a memória para o processo pelo qual as experiências passadas levam à alteração do comportamento. Estudos com indivíduos normais e com amnesia fornecem evidencias para afirmar que a memória não é unitária, mas consiste em diferentes componentes, mediados por processos que são conduzidos por circuitarias neuronais diferentes As memória são codificadas por neurônios, armazenadas em redes neurais e evocadas por essas mesmas redes ou por outras. São moduladas pelas emoções, pelo nível de consciência e pelos estados de humor. Todos sabemos como é fácil aprender ou evocar algo quando estamos alertas e de bom humor; e como é difícil aprender qualquer coisa, ou até mesmo lembrar de uma pessoa ou de uma canção quando estamos cansados, deprimidos ou muito ansiosos. Naquelas experiências que deixam memórias, os olhos que veem se somam ao cérebro que compara e ao coração que bate acelerado. No momento de evocar, muitas vezes é o coração que pede ao cérebro que se lembre, e muitas vezes a lembrança acelera o coração Processando informações. O modelo de processamento de informações compara o trabalho da memória às ações de um computador. A memória comporta processos complexos pelos quais o indivíduo codifica, armazena e resgata informações. A codificação refere-se ao processamento das informações que serão armazenadas. A armazenagem, também chamada de retenção ou conservação, é o processo que envolve o fortalecimento das representações enquanto estão sendo registradas e a sua reconstrução ao longo da sua utilização e da entrada de novas informações. Finalmente, a recuperação ou repescagem é o processo de lembrança da informação anteriormente armazenada. O resgate pode utilizar uma busca consciente das informações ou ainda ser evocado de maneira não consciente através de associações dependentes do contexto, ativação por semelhança ou por necessidades Dois mecanismos importantes na recuperação são utilizados: o resgate e o reconhecimento. O primeiro caracteriza- se por uma busca ativa das informações armazenadas. Já o reconhecimento envolve comparações de estímulos anteriormente registrados com novos estímulos, sendo uma função bastante útil para se evitar falsas lembranças. O termo memória se refere ao processo mediante o qual adquirimos, formamos, conservamos e evocamos informação. A fase de aquisição é coloquialmente chamada “aprendizagem”, enquanto a evocação recebe também as denominações expressão, recuperação e lembrança. ● Como adquirimos memórias: ➔ De forma não-associativa ➔ De forma associativa ➔ Por Observação? Num ponto de vista funcional, existe um tipo de memória que é crucial no momento da aquisição e da evocação de toda e qualquer outra memória, seja esta declarativa ou não: a memória de trabalho ou operacional. Comparativamente, a memória de trabalho representa a função que a memória RAM (random-access memory) cumpre em um computador: manter a informação viva disponível enquanto está sendo percebida e/ou processada. Essa forma de memória é sustentada pela atividade elétrica dos neurônios do córtex pré- frontal e sua interação com o córtex entorrinal, o hipocampo e a amígdala. A memória de trabalho não deixa traços: depende exclusivamente da atividade neuronal on-line. Em alguns quadros esquizofrênicos existem falhas graves da memória de trabalho, as quais causam distorção da percepção ou alucinações. As memórias que persistem no tempo denominam-se memórias de curta e de longa duração, declarativas ou procedimentais. As primeiras duram entre 30 min e 6 h, enquanto as segundas perduram durante muitas horas, dias ou até anos. Neste último caso são denominadas memórias remotas. O processo de formação de memórias de longa duração requer uma sequencia de eventos moleculares que dura várias horas e que é suscetível de numerosas influências. A memórias de curta duração é a encarregada de manter a informação comportamentalmente disponível durante essas horas nas quais a memórias de longa duração ainda não adquiriu sua forma definitiva. Efeito da posição na série é a ideia de que a capacidade de recordar itens de uma lista depende da ordem de apresentação, com itens apresentados no início ou no final da lista sendo mais bem lembrados do que aqueles apresentados em seu meio Três sistemas de memória. O modelo de três sistemas de Atkinson e Shiffrin enfatiza que o armazenamento de memória varia em duração. O hipocampo e o córtex pré-frontal medial são importantes para a formação e recuperação da memória, enquanto o córtex temporal é fundamental para o armazenamento de informações de longo prazo. AMÍGDALA - Memórias emocionais - relacionadas com o medo, por exemplo. HIPOCAMPO - memória episódica - coleção de eventos na vida de uma pessoa. É a memória de experiências de vida centradas no próprio. Guarda também a memória semântica - conhecimento de eventos e números ou a capacidade de reconhecer amigos. CEREBELO - Memórias processuais - onde está guardada a informação para desempenho de determinadas ações como andar de bicicleta, conduzir ou usar uma caneta. CÓRTEX PRÉ-FRONTAL – Memória de trabalho – processo temporário de armazenamento da informação, enquanto esta passa para a memória de longo prazo ou é esquecida. TRONCO CEREBRAL – É por aqui que a informação vinda do resto do corpo chega. MEMÓRIA EXPLÍCITA ou DECLARATIVA: ocorre recuperação consciente do material (memória episódica e semântica).
MEMÓRIA IMPLÍCITA ou NÃO-DECLARATIVA: a
experiência prévia influencia o comportamento embora não haja recuperação consciente (habilidades perceptivo-motoras, pré-ativação, condicionamento clássico, condicionamento não- associativo). Memória de curto prazo:pequenas quantidades de informação por tempo limitado. Memória de longo prazo: envolve quantidades maiores de informação por períodos que variam desde poucos minutos até vários anos. A memória de longo prazo pode ser subdividida, para efeitos práticos, em recente ou remota, de acordo com o período decorrido entre o evento e sua recuperação (são termos definidos de modos diferentes na literatura). Memória semântica: impessoal e sem rótulo temporal. Seria a memória para os fatos ou conhecimentos gerais, cujo aprendizado ocorreu várias vezes e em diferentes ocasiões (termo mais adequado seria memória factual para diferenciar da ideia de gramática / vocabulário). Memória procedural, processual ou de procedimento: envolvida em habilidades motoras e perceptuais, como andar de bicicleta. Essa categoria de memória é mais facilmente demonstrável que explicável verbalmente. Armazenamento de acordo com o MATERIAL ENVOLVIDO: Memória verbal (temporal esquerdo). Memória não-verbal ou visual (temporal direito).
de acordo com o CONTEÚDO OU O SISTEMA
EM OPERAÇÃO: Memória episódica: memória para eventos da vida que podem ser colocados numa sequência temporal, num contexto têmporo-espacial e emocional (pessoal / auto-biográfica ou não).