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RESUMOS - PSICOLOGIA COGNITIVA

INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA COGNITIVA


A psicologia cognitiva consiste no estudo científico dos processos mentais envolvidos na perceção, memória,
pensamento, raciocínio, resolução de problemas, tomada de decisões e linguagem. Esta área da Psicologia procura compreender
como o cérebro processa, organiza e utiliza informações para orientar o comportamento humano. Os resultados da pesquisa em
psicologia cognitiva são aplicados em diversas áreas como a educação, a saúde mental, o marketing, o treino de habilidades
cognitivas e a inteligência artificial. A compreensão dos processos cognitivos é fundamental para a compreensão do
comportamento humano e para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

DOMÍNIOS DA PSICOLOGIA COGNITIVA


A psicologia cognitiva é um ramo da psicologia que estuda o processo mental que está atrás do comportamento humano.
Esta área de investigação abrange vários domínios, examinando questões sobre a memória, o raciocínio, a criatividade e a
resolução de problemas.
Memória - Capacidade no cérebro humano de armazenar, reter e recuperar informações e está dividida em 3 tipos: memória
sensorial, memória a curto prazo e memória a longo prazo.
Raciocínio - Processo mental que envolve a manipulação de informações para chegar a uma conclusão ou solução com 3 tipos:
dedutivo, indutivo e abdutivo.
Criatividade - Capacidade de produzir novas ideias, conceitos ou produtos, ou de fazer conexões entre ideias aparentemente
desconectadas, pensando de forma não convencional.
Resolução de Problemas - processo que envolve a identificação de um problema, a geração de alternativas de solução, a escolha
da melhor solução e a implementação dessa solução.

PERCEÇÃO: PROCESSOS “BOTTOM-UP" E “TOP-DOWN”


Na psicologia cognitiva, a perceção é entendida como um processo ativo e interpretativo, em que o cérebro usa
informações sensoriais para formar uma representação mental do mundo à nossa volta. Durante a perceção, o cérebro utiliza
informações sensoriais para atualizar as suas expectativas e os seus conhecimentos prévios, de modo a interpretar e dar
significado aos estímulos sensoriais. Dois processos importantes na perceção são o "bottom-up" e o "top-down" e estão em
constante interação e colaboração.
O processo "bottom-up" refere-se à perceção que é guiada pelos estímulos sensoriais em si. Isso significa que a perceção
começa com a análise de elementos sensoriais individuais como linhas, formas, cores e sons e, a partir dessas informações, o
cérebro constrói uma representação do mundo ao nosso redor. (Ex: quando olhamos para uma árvore, primeiro captamos as
características individuais como a cor verde das folhas, o formato do tronco..., e só depois o cérebro analisa estas informações e
constrói uma imagem completa da árvore).
Por outro lado, o processo "top-down" refere-se à perceção que é guiada pelas expectativas, experiências e
conhecimentos prévios, ou seja, começa com a informação já presente na mente do indivíduo como memórias, crenças e
expectativas, e essa informação influencia a perceção do estímulo sensorial em si (Ex: se virmos apenas os olhos de um rosto
escondido, o nosso cérebro pode preencher automaticamente as outras partes do rosto, com base no nosso conhecimento prévio
sobre a aparência facial humana).

TEORIAS DA PERCEÇÃO
Teoria construtivista de Bruner e Gregory – Esta teoria enfatiza o papel ativo do observador na perceção. Segundo eles,
a perceção é influenciada pelas expectativas, crenças e experiências anteriores do indivíduo. A teoria destaca a importância da
organização e interpretação dos estímulos com base no conhecimento prévio do observador.
Teoria ecológica do ambiente de Gibson – Esta teoria enfatiza a perceção direta e ecológica do ambiente. Ele argumenta
que a perceção é baseada nas informações disponíveis no ambiente imediato pela visão, em vez de depender apenas do
processamento cognitivo interno.
Teoria da Formação de Limite de Weber e Fechner – Esta teoria postula que a percepção ocorre quando um estímulo
atinge um limite ou ponto de deteção mínima. Segundo a teoria, a perceção depende da intensidade do estímulo em relação a
um limiar percetual específico.
Teoria do Modelo - Essa teoria propõe que a perceção envolve a comparação direta entre o estímulo sensorial e um
modelo ou padrão interno armazenado na memória a longo prazo. Assim, o modelo de cada um depende das experiências vividas
individualmente.
Teoria da descrição estrutura de Irving Biederman – Esta teoria concentra-se na perceção de objetos tridimensionais e
na capacidade humana de identificar e reconhecer esses objetos com base na sua estrutura. Por outras palavras, nós extraímos
as informações mais simples dos objetos e, depois, juntamos essas informações para formar representações mais complexas.

RECETORES SENSORIAIS
Os recetores sensoriais são estruturas especializadas encontradas no corpo humano e noutros organismos, que são
responsáveis por detetar estímulos sensoriais do ambiente e converter esses estímulos em sinais elétricos ou químicos, que depois
podem ser interpretados pelo sistema nervoso. Estes recetores estão localizados em diferentes partes do corpo, como a pele,
olhos, ouvidos, língua e nariz, e cada um deles é especializado em detetar um tipo específico de estímulo sensorial, como luz, som,
pressão, temperatura, dor, cheiro, entre outros.
Quando um estímulo atinge um recetor sensorial adequado, ele é convertido num sinal elétrico ou químico chamado de
potencial de ação. Esse sinal é então transmitido ao longo dos neurônios para o sistema nervoso central, onde é processado e
interpretado, resultando na perceção consciente do estímulo. Os recetores sensoriais desempenham um papel fundamental na
nossa perceção do mundo ao nosso redor, permitindo-nos interagir e responder aos estímulos sensoriais de maneira apropriada.
PROPRIEDADES DOS ESTÍMULOS
• Fatores de Situação - tempo, local de trabalho e situação social;
• Fatores de quem percebe – atitudes/motivações/experiências e expetativas;
• Fatores alvo – movimento, som, tamanho, fundo e proximidade.

RELAÇÃO ENTRE O PENSAMENTO E A LINGUAGEM


A relação entre linguagem e pensamento é um tópico central em psicologia cognitiva, que se concentra no estudo dos
processos mentais envolvidos na perceção, memória, aprendizagem, raciocínio e linguagem. Através da linguagem, podemos
comunicar as nossas experiências, pensamentos e emoções a outras pessoas, bem como ajudar a moldar as nossas ideias e
pensamentos, já que a comunicação com os outros pode levar a novas perspetivas e insights.
Em resumo, a linguagem é vista como um meio fundamental de comunicação e expressão de pensamentos e ideias, além
de ser um elemento que influencia a nossa compreensão do mundo e a forma como pensamos e interpretamos a realidade.

MODELO DE APRENDIZAGEM
Nós só organizamos o nosso pensamento porque temos uma língua, conhecimentos e vivências. O modelo de
desenvolvimento de aprendizagem refere-se a um conjunto de teorias e conceitos que descrevem como as pessoas adquirem
conhecimento e desenvolvem habilidades cognitivas ao longo do tempo.
METACOGNIÇÃO - Conceito que se refere à capacidade de uma pessoa refletir e regular os seus próprios processos cognitivos.
É a consciência e o controlo que temos sobre os nossos processos de pensamento, compreensão e resolução de problemas. Assim,
a metacognição inclui 4 etapas: o planeamento, a monotorização, direção e avaliação. Para atingir a metacognição, precisamos
de adquirir 5 processos cognitivos:
• Procurar significado - capacidade de buscar informações relevantes, estabelecer conexões e compreender o significado
de conceitos e ideias;
• Pensamento criativo - geração de ideias novas e originais, estabelecimento de associações inovadoras e a resolução de
problemas de maneiras não convencionais;
• Resolução de problemas - capacidade de identificar, definir e encontrar soluções para situações complexas ou
desafiadoras, desenvolvendo estratégias e chegar a uma solução;
• Tomada de decisão - envolve escolher entre várias opções disponíveis com base em critérios e objetivos definidos,
avaliando as consequências e refletindo;
• Pensamento Crítico - envolve a análise, avaliação e interpretação cuidadosa de informações e argumentos, buscado a
compreensão precisa e identificar falácias.
ATENÇÃO E CONSCIÊNCIA
Atenção - Processo cognitivo pela qual o intelecto focaliza e seleciona estímulos estabelecendo relação entre eles. Apenas
processamos ativamente uma quantidade limitada de informações. Embora tenhamos disponível através dos sentidos, vasta
informação em memória e outros processos cognitivos, a atenção é limitada. Assim, é um processo cognitivo, intelectual e de
seleção de informações.
Consciência - Soma total das experiências conscientes do individuo num determinado momento. É a experiência subjetiva
de estar consciente do mundo ao nosso redor e de nós mesmos como indivíduos. Assim, a consciência refere-se à capacidade de
estar ciente dos próprios pensamentos, sensações, perceções e experiências.

BENEFÍCIOS DA ATENÇÃO
• Monitorizar as nossas interações com o ambiente, ou seja, o que conseguimos dominar nas interações que temos
diariamente.
• Ligar o nosso passado com o nosso presente, de modo a dar um sentido de continuidade da experiência (só agimos e
antecipamos acontecimentos por causa da memória).
• Planear e controlar as nossas ações futuras, com base na informação proveniente das nossas memórias passadas e das
nossas sensações presentes.

FUNÇÕES DA ATENÇÃO
• Deteção de informação relevante;
• Atenção Seletiva – capacidade de direcionar e focar conscientemente a atenção em estímulos específicos, enquanto se
ignora ou suprime outros estímulos irrelevantes;
• Vigilância - capacidade de manter um estado de alerta e atenção constante em relação a estímulos ou eventos relevantes
que possam ocorrer no ambiente;
• Economia de recursos de processamento – refere-se à capacidade do sistema cognitivo de se adaptar e usar os seus
recursos de modo eficiente.
• Maximização do tempo de resposta - objetivo de realizar uma tarefa ou responder a um estímulo o mais rapidamente
possível.

TIPOS DE ATENÇÃO
Atenção Voluntária - Refere-se ao direcionamento intencional e consciente da atenção para estímulos ou tarefas
específicas. (Ex: ao ler um livro, concentramo-nos nas palavras, ignorando os barulhos à nossa volta.)
Atenção Involuntária - Refere-se ao direcionamento automático e não intencional da atenção para estímulos ou eventos
que se destacam no ambiente. (Ex: A nossa atenção é automaticamente direcionada para o barulho de uma ambulância enquanto
guiamos).

FORMAS DE ATENÇÃO
• Atenção Seletiva - É definida como a capacidade do individuo privilegiar determinados estímulos em detrimento de
outros. Nós selecionamos aquilo que queremos.
• Atenção Sustentada - É a capacidade de o indivíduo manter o foco da atenção num determinado estímulo ou sequência
de estímulos durante um certo período de tempo.
• Atenção alternada - a capacidade da pessoa em alternar o foco da atenção, ou seja, concentrar o foco da atenção
alternadamente entre dois estímulos distintos.

FATORES QUE CONDICIONAM A ATENÇÃO


• Fatores fisiológicos - Ex: se a pessoa estiver doente, não vai conseguir ter tanta atenção;
• Fatores Motivacionais – Ex: Menos atenção devido ao desinteresse sobre algo.
TÓPICOS DE ATENÇÃO
ATENÇÃO CONCENTRADA
• Atenção concentrada auditiva: envolve a capacidade de concentrar a atenção em estímulos sonoros específicos,
ignorando os outros sons externos.
• Atenção concentrada visual: envolve a capacidade de nos concentrarmos num estímulo visual específico, ignorando as
outras informações visuais.
ATENÇÃO DIVIDIDA
Capacidade de prestar atenção a mais que uma fonte de informação ao mesmo tempo. Esta capacidade difere de pessoa
para pessoa e depende da experiência da própria pessoa, bem como da dificuldade das tarefas a realizar.

PROCESSAMENTO DA ATENÇÃO
Processamento pré-consciente - Este processamento refere-se à informação pré-consciente que inclui memórias
guardadas que podemos aceder facilmente. (Ex: Quando reparamos numa pessoa que nos é familiar, mas não nos lembramos do
nome).
Fenómeno da perceção subliminar – Capacidade de o ser humano captar, de forma inconsciente, mensagens ou
estímulos fracos demais para provocar uma resposta consciente, ou seja, ocorre sempre que um estímulo apresentado abaixo dos
limites da perceção consciente influência os nossos pensamentos, sentimentos ou ações.
Fenómeno da manifestação de memória implícita “Priming” - Está relacionado com o modo de como um estímulo inicial
pode afetar as respostas do indivíduo a estímulos subsequentes, sem que exista consequência dos mesmos sobre a tal influência.
(Ex: Primeira impressão).

PROCESSOS CONTROLADOS, PROCESSOS AUTOMÁTICOS E AUTOMATIZAÇÃO


Processo Controlado - Este processo refere-se a um tipo de processamento de atenção voluntário, de acordo com os
objetivos da pessoa. Este tipo de atenção requer esforço consciente e permite manter o foco em estímulos relevantes para o
indivíduo.
Processo Automático - Este processo refere-se as um tipo de processamento que ocorre de forma rápida, involuntária e
sem esforço. Este tipo de atenção é direcionado automaticamente para estímulos salientes, novos ou que têm relevância biológica
significativa.
Automatização - Processo pelo qual um procedimento muda do estado de altamente consciente para o estado
relativamente automático. (Ex: hábitos que demoram algum tempo a aprender).

MEMÓRIA
A Memória é a nossa capacidade de fazer o registo de experiências passadas, para a sua utilização posterior no presente.
A memória desempenha um papel fundamental no funcionamento cognitivo, pois permite que as pessoas aprendam, processem
informações, tomem decisões e se adaptem ao ambiente. Existem 3 processos principais da memória:
• Codificação - as informações são selecionadas, organizadas e atribuídas a um formato adequado para a memória, de
modo a serem facilmente recuperada depois.
• Armazenamento - as informações codificadas são retidas e mantidas na memória ao longo do tempo, normalmente
usando a memória a longo prazo.
• Recuperação - as informações armazenadas na memória são recuperadas e trazidas de volta à consciência,
espontaneamente ou através de estímulos/pistas.

TIPOS DE MEMÓRIA
Memória Sensorial - É a memória inicial e temporária que regista informações sensoriais, como visão (memória icónica)
e audição (memória ecoica). Estas memórias têm uma duração muito curta e são geralmente perdidas se não forem
conscientemente processadas.
Memória de curto prazo - retém informações por um curto período de tempo, geralmente na faixa de segundos a
minutos. É utilizada para tarefas imediatas, como manter um número de telefone em mente antes de esquecê-lo.
Memória de longo prazo - tem uma capacidade praticamente ilimitada e retém informações por períodos mais longos,
de horas a anos. Contem os nossos conhecimentos do mundo físico, linguagem, o significado dos conceitos, cultura, etc. Pode ser
declarativa ou não declarativa.
• Memória declarativa - refere-se à informação sobre atos e acontecimentos (factos, eventos lugares, rostos...). Existem 2
tipos: semântica - conhecimentos gerais sobre o mundo; episódica - experiências pessoais como um aniversário de um
amigo;
• Memória não-declarativa – refere-se a habilidades motoras e aprendizagem de hábitos. Procedimental – habilidades e
destrezas como andar de bicicleta.

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Sempre que queremos resolver um problema, passamos por um ciclo de sequência para o solucionar. Tudo isto acontece
cognitivamente, em que continuamente nos estamos a resolver “faço ou não faço” “enquadra-se naquilo que tenho na minha
memoria ou não?”. A Gennie resolvia problemas? do tipo de saber o que vestir e calçar? Não, porque para ela não era problema.
Imaginemos que nunca se pôs a questão de escolher uns ténis, ela não tinha essa capacidade de escolher, de raciocinar sobre.
Aquilo que ela fazia era uma função motora, ela executa o calçar os ténis, mas não tinha a função cognitiva de escolher.
Independentemente se ela se calçar, ela não tinha a capacidade de dizer “não quero esse” e isso e muito mais importante do que
“eu calço estes”. A escolha é um processo cognitivo, o calçar e um processo motor.

CICLO DA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS


1. Identificação do problema
2. Definição do problema- será que aquilo é ou não é um problema? Muitas vezes nos podemos achar que X não é um
problema, mas para outra é. Se não tivermos capacidade cognitiva, não teríamos problema. Quando o identificarmos
bem deixa de ser problema. Quando vamos ao centro comercial e vemos uma montra muito bonita, isto serve sempre
para despertar a nossa cobiça, para comprarmos. Se depois pensarmos “ok eu não preciso daquilo, portanto não vou
comprar”. Nós só conseguimos fazer isto se tivermos capacidade cognitiva.
3. Construção de uma estratégia para resolver o problema- temos de ter capacidade para reagir.
4. Organização da informação sobre o problema- ténis: compramos ou não? “Não será melhor guardar estes e gastá-los e
depois compro uns novos?”. Esta sempre inerente um processo cognitivo de decisão.
5. Alocação de recursos- preciso de comprar os ténis, mas não tenho dinheiro, então vou pedir a um amigo. +1 processo de
decisão de ver que recursos temos disponíveis para tomar a decisão.
6. Monotorização da solução- como é que eu resolvo a solução disto? P.e- como pedi a um amigo o dinheiro dos ténis, agora
tenho de arranjar uma estratégia para lhe conseguir pagar o que devo.
7. Avaliação da solução.
Tudo isto acontece inconscientemente. Identificar a existência do problema, defini-lo, planear uma estratégia para o resolver,
integrar todas as informações que precisamos para realizar uma tarefa eficaz, alocar os recursos (tempo, dinheiro, equipamento,
espaço, etc- o que e que nos precisamos), monitorizar o processo de solução e avaliar a solução.
EX.: uma pessoa quer muito comprar uns sapatos, mas pensa que não precisa deles. Anda 8 dias a pensar nos sapatos, a arranjar
estratégias de poupar aqui e ali e ao fim desse tempo compra-os, descansando a mente. O que ela fez foi um processo cognitivo
de mentalização (a pessoa mentaliza-se que tem de ter aquilo e não muda a sua perspetiva). É um processo cognitivo, não
impulsivo. O impulsivo acontece quando nos arrependemos, quando é pensado isso não acontece.

TIPOS DE PROBLEMAS
1. Problemas bem-estruturados: bem definidos;
2. Problemas mal-estruturados: problemas sem caminhos claros para a solução, não tem o espaço bem definido, há
dificuldade em representá-lo e é difícil em arranjar soluções. Chama-se problemas de insight. Ex: Uma mulher que morava
numa cidade pequena celebrou casamentos com 20 homens diferentes na mesma cidade. Todos estão vivos, e ela nunca
se divorciou de nenhum deles. Mesmo assim ela não desrespeitou qualquer lei. Como conseguiu?
3. Problemas isomórficos: Estruturas de formas iguais e apenas os seus conteúdos são diferentes. São extremamente
difíceis de observar e há pouca probabilidade de se detetar este problema. (ex. Jogo do galo- qual a solução dele? Vai
depender de cada um de nós. Cada um resolve de maneira diferente).
NEWELL E SIMON
Os seres humanos devem usar vários atalhos mentais para a resolução de problemas: heurísticas- atalhos mentais de
raciocínio rápido (pensamento, meio, raciocínio). Sempre que procuramos soluções para um problema recorremos à heurística:
• Analise de meios e fins;
• Trabalhar para avançar para a solução;
• Trabalhar para verificar o passado quando necessário;
• Gerar e testar hipóteses.
Se eu disser “vai comprar uns ténis agora”, mas a pessoa não tem dinheiro e diz que “ah não este mês não dá, mas se me
deixarem pagar em prestações eu compro” - isto foi uma heurística.

OBSTÁCULOS À RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS


Transferência positiva: Transferência de solução adequada. “Esta tudo resolvido, posso dormir descansada”.
Transferência negativa: Resolução de problema anterior atrapalha a resolução do novo problema. “Ela queixa-se dos ténis,
comprei lhe uns ténis e ainda continua chateada. Uma coisa que lhe dei esta a atrapalhar a resolução do outro problema”.
Transferência de analogia: Tipo de transferência positiva – Problemas na busca e perceção do isomorfismo, são sempre iguais. O
mesmo problema de vomitar é sempre diferente de pessoa para pessoa, cada uma lida com o mesmo problema a sua maneira.
Transferência intencional: Aplicação da estrutura e não do conteúdo.
Incubação: Colocação do problema à parte por algum tempo. Aparece uma pessoa com um determinado problema e nos dizemos
assim “vamos entender o problema. Vai esquecer o problema durante dois meses e depois falamos disso”.
Papel da memória: Eliminação de efeitos negativos de configuração mental. Nós dizemos a pessoa “ah esqueça isso, não pense
nisso, foi uma coisa que já passou”. Passou para nos e não para a outra pessoa, temos de ter sempre isso em consideração. P.e. 2
irmãos- 1 deixa a fralda mais cedo que o outro- muitas das vezes isto é um problema. As vezes há pais que invés de treinarem os
miúdos, metem-lhe a fralda, e quando ele tiver 10 anos ainda vai usar fralda. Depois, se ele ficar a dormir em casa de amigos 1- é
enxovalhado pelos amigos por usar fralda; 2-vergonha porque faz xixi na cama-lhe já não vai voltar a ir a uma festa de amigos. A
culpa é dos pais que, por um filho ter acabado mais cedo, pensa que o outro também o vai fazer e não contribuem para isso.
Configurações mentais: entricheiramento.
Fixidez funcional: Incapacidade para perceber que algo que tem um fim determinado possa ser usado com outras finalidades.
Estereótipos: Cognição social- crenças de que grupos sociais tendem a ter, de modo uniforme, um conjunto de características. “A
menina é cigana, por isso é que faz isso”.
A Gennie numa das casas de adoção vomitou. A solução que em casa lhe davam era baterem-lhe quando falava. Então ela
nunca mais falou. Aquilo que ela associou foi “se eu abro a boca batem-me” e ela abriu a boca para vomitar, porém não teve
raciocínio para saber que uma coisa era falar e outra é vomitar. Aquilo que lhe ficou na cabeça foi o ato de abrir a boca.
O insight é um problema ou estratégia que auxilia uma solução
Visão dos 3 processos: Concentra-se nos mecanismos possíveis para a solução de problemas.
Há 3 tipos de insight:
o Codificação
o Combinação
o Comparação seletiva
Visões neogestaltistas: utilizam insight para resolver problemas de rotina
Visão Corriqueira: o insight é meramente uma extensão do perceber, reconhecer e aprender
Visão Gestaltista: Os problemas do insight requerem que as pessoas os percebam como um todo

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