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TEORIAS COGNITIVISTAS

Cognição é um termo que se refere ao conjunto de processos mentais


e habilidades que envolvem a aquisição, armazenamento,
processamento, recuperação e uso de informações. É a capacidade que
os seres humanos e outros organismos têm de perceber, compreender,
interpretar e reagir ao mundo ao seu redor.

Os processos cognitivos estão relacionados à forma como as pessoas


adquirem conhecimento, resolvem problemas, tomam decisões,
aprendem novas habilidades, comunicam-se, pensam, raciocinam e se
lembram de informações. A cognição desempenha um papel crucial no
comportamento e na interação das pessoas com seu ambiente.

Principais elementos da cognição incluem:

1. Percepção: Processo pelo qual os estímulos sensoriais do


ambiente são interpretados e organizados para formar uma
representação mental.
2. Atenção: A capacidade de concentrar a mente em determinados
estímulos ou informações, excluindo outros, para processamento
mais eficiente.
3. Memória: A capacidade de armazenar, reter e recuperar
informações para uso posterior. Pode ser de curto prazo ou
memória de longo prazo.
4. Pensamento: Processo mental que envolve a organização e
manipulação de informações mentais para resolver problemas,
tomar decisões ou criar novas ideias.
5. Linguagem: Um sistema simbólico complexo que permite a
comunicação de informações e conceitos entre indivíduos. A
linguagem é fundamental para o pensamento e a expressão de
ideias.
6. Resolução de problemas: Processo de identificar um problema,
gerar soluções alternativas e avaliar a eficácia dessas soluções
para resolver o problema.
7. Aprendizagem: Aquisição de novos conhecimentos, habilidades
e atitudes através de experiências, estudo ou instrução.
8. Raciocínio: Processo de tirar conclusões ou inferências lógicas
com base em premissas ou informações disponíveis.

A compreensão da cognição é essencial em diversas áreas, como


psicologia, neurociência, educação, inteligência artificial, design de
interfaces e muitas outras disciplinas. O estudo da cognição ajuda a
entender como os seres humanos processam informações, tomam
decisões e interagem com o mundo ao seu redor, sendo fundamental
para o avanço do conhecimento e da tecnologia.
As teorias que compõem esse conjunto definem a aprendizagem como
um processo de relação do sujeito com o mundo externo, com
consequências no plano da organização interna do conhecimento
(organização cognitiva).

Para os cognitivistas, aprendemos a relação entre ideias


(conceitos) e aprendemos abstraindo de nossa experiência.

Os conceitos aprendidos são mantidos por processos cerebrais,


relacionados à percepção, às sensações, à atenção e à memória, que
são integradores dos comportamentos e dos pensamentos.

Quanto à possibilidade de transferência da aprendizagem para novos


problemas e situações, os cognitivistas afirmam que, mesmo no caso
de haver toda a experiência possível com as diversas partes do
problema – por exemplo, saber todas as etapas de fazer um laço –, isso
não garante que a solução do problema seja alcançada. Seremos
capazes de solucionar um problema se ele for apresentado de uma
determinada forma, mas não de outra, mesmo que ambas as formas
requeiram as mesmas experiências passadas para serem solucionadas.

De acordo com os cognitivistas, o método de apresentação do


problema permite uma estrutura perceptual que leva ao insight, isto é,
à compreensão interna das relações essenciais do caso em questão. Por
exemplo, quando montamos um quebra-cabeça e “descobrimos” o
lugar de uma peça sem termos feito tentativas anteriores.

cognitivismo é uma abordagem na psicologia que se concentra no estudo dos


processos mentais, como percepção, pensamento, memória, linguagem e
solução de problemas. Ele surgiu como uma reação ao behaviorismo, que se
concentrava apenas no comportamento observável, ignorando os processos
mentais internos.

Principais pontos do cognitivismo:

1. Processamento de informações: O cognitivismo vê a mente humana


como uma espécie de processador de informações, que recebe,
armazena, recupera e utiliza informações para resolver problemas e
tomar decisões.
2. Aprendizagem: A aprendizagem é vista como uma aquisição de
conhecimento e a formação de estruturas mentais. Os cognitivistas
acreditam que a aprendizagem ocorre por meio da organização,
interpretação e processamento ativo das informações.
3. Modelos mentais: Os indivíduos constroem modelos mentais para
representar o mundo ao seu redor. Esses modelos influenciam a forma
como percebemos, interpretamos e respondemos ao ambiente.

cognitivismo é uma abordagem fundamental na psicologia que teve uma


influência significativa no desenvolvimento da teoria e prática psicológica.
Surgiu na década de 1950 e 1960 como uma reação ao behaviorismo, que se
concentrava principalmente no comportamento observável e ignorava os
processos mentais internos. Vamos explorar a influência do cognitivismo na
psicologia:

1. Reconhecimento dos processos mentais: O cognitivismo trouxe de


volta o foco para os processos mentais internos, como percepção,
memória, pensamento, resolução de problemas e linguagem. Isso
permitiu uma compreensão mais completa do comportamento humano,
levando em consideração não apenas as respostas observáveis, mas
também o que acontece dentro da mente.
2. Metodologia e pesquisa: O cognitivismo impulsionou o
desenvolvimento de novas metodologias de pesquisa, como
experimentos controlados e estudos de caso, para investigar os
processos cognitivos. Essas metodologias permitiram uma abordagem
mais rigorosa e científica para estudar a mente e o comportamento.
3. Modelos de processamento de informações: Os psicólogos
cognitivistas desenvolveram modelos teóricos sobre como as
informações são processadas mentalmente. Esses modelos forneceram
estruturas para entender como as pessoas adquirem, organizam,
armazenam e recuperam informações, influenciando a forma como
projetamos intervenções educacionais e terapêuticas.
4. Aprendizagem e educação: O cognitivismo teve uma grande influência
na teoria da aprendizagem. Introduziu a ideia de que a aprendizagem é
um processo ativo de aquisição e processamento de informações,
contrariando as visões behavioristas mais passivas. As estratégias de
ensino baseadas nessa abordagem visam facilitar o entendimento, a
aplicação e a retenção do conhecimento.
5. Psicologia clínica e terapia: Na psicologia clínica, o cognitivismo deu
origem à terapia cognitivo-comportamental (TCC), uma abordagem
amplamente utilizada no tratamento de uma variedade de condições
psicológicas. A TCC se concentra na identificação e modificação de
padrões de pensamento disfuncionais que contribuem para problemas
emocionais e comportamentais.
6. Tecnologia e inteligência artificial: O cognitivismo influenciou a
concepção de sistemas de inteligência artificial, buscando replicar os
processos cognitivos humanos para melhorar a funcionalidade dos
sistemas. A compreensão dos princípios cognitivos tem sido fundamental
no desenvolvimento de tecnologias interativas e na interface humano-
computador.

HUMANISMO:

O humanismo na psicologia é uma abordagem que se concentra na


compreensão e no aprimoramento da experiência humana, valorizando
a singularidade e a dignidade de cada indivíduo. Surgiu como uma
reação às abordagens mais tradicionais da psicologia, como o
behaviorismo e a psicanálise, que frequentemente enfatizavam
aspectos mais deterministas e reducionistas do comportamento
humano.

Principais conceitos e ideias do humanismo na psicologia incluem:

1. Autenticidade e Autonomia: O humanismo valoriza a


autenticidade e a autonomia do indivíduo. Acredita-se que as
pessoas têm a capacidade de tomar decisões conscientes e de
autodireção em suas vidas.
2. Autoconceito Positivo: O desenvolvimento de um autoconceito
positivo é fundamental para o bem-estar psicológico. Isso
envolve uma avaliação positiva de si mesmo, aceitação e respeito
por suas próprias habilidades e limitações.
3. Autorrealização: O objetivo final é a autorrealização, o processo
de se tornar a melhor versão de si mesmo. Isso implica o
desenvolvimento pleno de potenciais, talentos e habilidades
únicas de cada indivíduo.
4. Ênfase nas Experiências Subjetivas: O humanismo valoriza as
experiências subjetivas das pessoas, como emoções,
sentimentos, percepções e interpretações pessoais. Essas
experiências são consideradas fundamentais para entender o
comportamento humano.
5. Relacionamento Terapêutico: O relacionamento terapêutico é
visto como crucial para a eficácia da terapia. Os terapeutas
humanistas buscam estabelecer uma relação autêntica, empática
e não julgadora com seus clientes, fornecendo um ambiente
seguro para a exploração e a mudança.
6. Respeito pela Dignidade Humana: Os psicólogos humanistas
acreditam que cada pessoa é única e possui uma dignidade
intrínseca que merece respeito e consideração. A abordagem
busca compreender as experiências individuais de cada pessoa
em seu contexto.

Alguns dos psicólogos mais proeminentes associados ao movimento


humanista incluem Abraham Maslow, Carl Rogers e Rollo May. Eles
desenvolveram teorias e práticas que influenciaram profundamente a
psicologia humanista e continuam a impactar a prática clínica e o
pensamento psicológico contemporâneo.

Enquanto a psicanálise e o behaviorismo se concentravam


em pensamentos e comportamentos problemáticos do indivíduo, Maslow veio com
interesse em saber o que fazia as pessoas felizes e o que elas faziam para atingir
esse objetivo.

Mais tarde, Carl Rogers, que foi um psicólogo humanista, concordou com as
pressuposições de Maslow e acrescentou que para uma pessoa “crescer” e se
autorrealizar, precisa de um ambiente que lhes proporcione verdade (abertura
e revelação), aceitação (ser aceito como é, sem imposição de condições)
e empatia (ser compreendido). Rogers complementa que sem
isso, relacionamentos e personalidades saudáveis não se desenvolvem como
deveriam.

Rogers centrava seus estudos e atenção no ser humano saudável. Logo, o


considerava agente de sua mudança, e não um ser humano doente à espera
de fatores condicionantes. Rogers denominou o indivíduo como cliente. O
objetivo era aumentar a sua confiança no processo, assim, surgindo um novo
conceito de psicoterapia: A Terapia centrada no cliente (pessoa).
arl Rogers acreditava que as pessoas são naturalmente boas e estão sempre
buscando o seu crescimento pessoal. Ele destacou a importância do apoio
incondicional, inclusive partindo dos psicólogos, para um tratamento efetivo.

Os cinco níveis de necessidades são, de baixo para cima:

 Necessidades fisiológicas: comida, água, sono, homeostase


(funcionamento do organismo em equilíbrio), sexo, respiração,
excreção.
 Necessidades de segurança: segurança do corpo, família, emprego,
recursos.
 Necessidades Sociais: Família, amigos, comunidade.
 Necessidade de Estima: Aprovação da família, aprovação dos amigos,
respeito dos demais.
 Necessidade de Realização Pessoal: Crescimento
pessoal, autoconhecimento, realização de seu potencial, autocontrole,
independência.

Carl Rogers acreditava que os seres humanos têm um desejo básico, o de se


autorrealizar, isto é, atingir o nível mais elevado possível do seu potencial.

No humanismo, os seres humanos são vistos como indivíduos ativos e donos


de sua realização.

Para Rogers, a capacidade de se auto desenvolver está dentro de cada um.


Porém, muitas vezes está adormecida e precisa ser despertada. Esse
despertar pode se dar através da abordagem terapêutica humanista, com o
auxílio do psicólogo. Este deve agir sem julgar e sem direcioná-los a uma
estratégia sem antes fazer uma confrontação. Rogers defendia que o objetivo
de sua abordagem terapêutica era escutar o cliente, facilitar
o autoconhecimento e ajudar a encontrar a sua definição de personalidade.

Rogers enfatizava acreditar que as pessoas são essencialmente boas e


criativas, e que as pessoas se tornam destrutivas somente quando um conceito
ruim de si mesmo e restrições externas se sobrepõem a valorização de suas
capacidades.

Humanismo e A Pessoa Totalmente Funcional

Uma das contribuições mais importantes de Rogers foi a descrição de uma


pessoa totalmente funcional, que, para ele, era o ideal de personalidade que
todos os indivíduos deveriam perseguir.

Rogers descreve uma pessoa que está buscando se aperfeiçoar para chegar a
autorrealização, uma pessoa altamente funcional. Segundo o psicólogo, cinco
comportamentos e características indicam um indivíduo funcional:

1. Abertos à experiência
Pessoas abertas a viver experiências e que aceitam todas
as emoções oriundas delas, sendo positivas ou negativas. Pessoas altamente
funcionais não negam as emoções negativas, e sim, aprendem a trabalhá-las.

2. Vida existencial

São pessoas que dão um sentido à sua existência, são ativas e estão em
constante movimento, vivendo, aprendendo, existindo. Essas pessoas se
preocupam em viver o presente, sem deixar de considerar o passado ou futuro,
mas aproveitando ao máximo o momento atual.

3. Confiam nos sentimentos

Essas pessoas confiam nos seus sentimentos, instintos e reações.


São pessoas autoconfiantes e que prezam a sua capacidade de decidir e fazer
escolhas certas.

4. Criatividade

Pessoas que possuem pensamento criativo e assumem riscos, agem com


criatividade e inovação para superar crises. Diz respeito a capacidade de se
ajustar às situações e buscar novas experiências.

5. Liberdade Experiencial

Uma pessoa feliz e autorrealizada está sempre em busca de preencher seu


tempo com novas experiências e emoções com liberdade e responsabilidade,
fazendo o que elas gostam e querem.

De acordo com Rogers, as pessoas em pleno funcionamento são equilibradas


e vivem de forma interessante, muitas vezes são reconhecidas como
empreendedoras e motivadoras.

Humanismo e o Desenvolvimento de Personalidade

A teoria da personalidade de Rogers se apoia no “eu” ou autoconceito, cuja


definição é: “o conjunto organizado de percepções e crenças sobre si mesmo”.

Na psicologia humanista, o “eu” é a personalidade interior, comparada à “alma”


da psicologia de Freud.

Segundo Rogers, todas as pessoas buscam a congruência, o equilíbrio e


consistência entre a sua autoimagem e seu “eu ideal”.

No humanismo, o autoconceito inclui três elementos:


 Autoestima: É a avaliação que o indivíduo faz de si próprio, e como ele
valoriza as suas características individuais.

 Autoimagem: Como a pessoa se enxerga e se descreve. A autoimagem afeta


como uma pessoa pensa, sente e se comporta no mundo.

 Eu ideal: Como a pessoa gostaria de ser. Os conjuntos de valores,


comportamentos e características que uma pessoa gostaria de ter. São as
ambições e objetivos que um indivíduo tem.

Quanto mais próximos o “eu ideal” e a autoimagem forem, mais congruente


uma pessoa é e aumenta o seu valor sobre si mesmo.

A incongruência é quando uma das partes é inaceitável, ou a autoimagem é


distorcida, causando uma discrepância, e consequentemente um desequilíbrio,
ansiedade e angústia. Por exemplo, se o “eu ideal” de um indivíduo é uma
pessoa ativa e que persegue seus objetivos, mas na verdade, o que acontece
na vida e nas experiências desse indivíduo é que ele age desinteressadamente
e sem ânimo, existe uma discrepância. Todas as pessoas experimentam a
incongruência em alguma quantidade e em algum momento de sua vida.

De acordo com Rogers, queremos sentir, experimentar e nos comportar de


maneira consistente com nossa autoimagem, e que ela reflita o nosso “eu
ideal”.

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